Tão doce e tão fatal: Mel com limão e sal ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 38
Capítulo 22 - Parte Única (038)


Notas iniciais do capítulo

Desfrutem ♥



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O resto da semana em Cancun fora maravilhosa, inclusive Sara encontrou Esteban no seu último dia na cidade para ensinar-lhe um pouco de fotografia, e o menino simplesmente adorou.

— Você gosta mesmo de crianças, nunca pensou em ter um filho. – A mãe de Esteban, Mercedes perguntou a Sara.

— Não no momento. Tenho muitas coisas pela frente ainda e a volta para o Brasil. – Suspirou.

— Vocês voltam quando?

— Nós... Ah não. – Sara então lançou um olhar para Gilbert que conversava muito contente com o pai do menino. – Ele é dos Estados Unidos e eu do Brasil, – suspirou triste – ele não vai comigo. E nem eu posso ficar, é a vida.

— A vida da muitas voltas, e se forem para ficar juntos, ficarão.

Depois fora muito difícil conseguir ver Gilbert, ele teve uma semana atarefada, porém se viram quando puderam. Sara também ficou bastante atarefada fugindo de paparazzi, contando tudo que ocorreu para Julie, e com seus malditos mal estares que fez questão de esconder de todos.

— Finalmente, - gritou Sara – no próximo fim de semana Gris vai ter mais tempo para mim.

— Que ótimo, e eu perco minha amiga de novo. – Bufou.

— Oh loira, sei muito bem que o senhor Nicolas te visitou enquanto eu não estava. E falando nisso, vai sair divórcio mesmo?

— Não sei mais. – Riu. – E você, sai casamento?

O telefone de Julie então tocou, ela atendeu.

— Sara... É pra você. – A expressão de Julie não era as das mais agradáveis.

Sara então atendeu ao telefone:

— Oi... Camila... O que houve?... Como... Eu não acredito... Eu vou para aí agora... Quer dizer tenho que ver passagens, mas pego o primeiro voo de volta para resolver isto... Claro... Obrigado... Tchau.

— O que houve Sara?

— Uma longa história...

— Que você falou em cinco minutos com Camila.

— Depois te explico Julie, agora eu preciso arrumar as malas, conseguir uma passagem pro Brasil, e... Oh meu Deus, eu não vou conseguir fazer isto tudo. – Sara colocou as mãos na cabeça, visivelmente nervosa.

— Calma, vá fazer suas malas que eu compro as passagens.

Em duas horas Sara já estava para embarcar.

— Tchau amiga. – Julie abraçou Sara.

— Até breve. Volto quando resolver tudo.

— Volta?

— Sim. – Falou com firmeza. 

Então Sara pegou um envelope na sua bolsa e entregou para Julie.

— Entregue isso para Gris. Aqui está o endereço. – Entregou mais um papel. – Não consegui ligar para me despedir, mas assim que puder venho nem que seja para ver ele mais uma vez. Preciso disso. – Suspirou.

— Tudo bem, eu entrego. Vá tranquila.

Quando Sara embarcou, lembrou-se de Gilbert e do quanto sentiria falta dele, mas havia pensado muito nessa última semana e a decisão de ceder estava ainda maior. Talvez abrir mão de algo fosse o suficiente para encontrar sua felicidade.

Ela estava disposta a arriscar.

No entanto, agora tinha outra preocupação: Axel. Quando Camila ligou dizendo que estava preso, ela não acreditou, muito menos no motivo. As viagens internacionais eram demoradas e cansativas, quando finalmente chegou no aeroporto de São Paulo, onde Axel morava atualmente e tocava suas empresas, ela encontrou Camila ansiosa esperando-a.

— Oi Mila. – Abraçou-a forte.

— Oi Sar. – Recebeu o abraço.

— Como está Axel?

— Bem, ainda na delegacia. Talvez tão incrédulo como nós.

— Mas eu não entendo. Como ele pode estar preso por bigamia? Somos divorciados.

— A principio os papéis da separação de vocês não são válidos legalmente. Então você assim como eu continua sendo senhora Aguilar.

— Oh, ótimo. 

— E você como primeira esposa, pode ser presa se acharem que tu tens conhecimento disto.

— Maravilha, me chamou pra ser presa Ana Camila Alexandre. – Sara disse ironicamente e ambas riram.

Sara pode ouvir um murmurinho em um canto no aeroporto, quando se virou viu um bando de meninas se aproximando, e as caras não eram boas.

— Então você é a nova namorada do Gilbert Grissom? – Sara logo chegou a conclusão que eram um grupo de fãs, mas como elas sabiam que Sara estaria no aeroporto? Ninguém sabia.

— Isso lhes interessa mesmo? Acho que não. – Sara então continuou andando, estava com pressa, sem tempo e nem cabeça para aquele tipo de interrupções.

— Idiota. – Foi apenas o que uma das meninas disse antes de lhe dar uma cotovelada contra a barriga de Sara.

— Oh meu Deus. – Sara gritou apertando a barriga ao sentir uma dor intensa, quando olhou para baixo e viu um sangue escorrendo por suas calças sentiu-se ainda mais apavorada.

— Socorro! Socorro! – Camila gritou ao ver a cena.

O grupo de meninas logo se desfez e ninguém havia segurado. Os médicos que havia no próprio aeroporto lhe deram os primeiros socorros e fizeram o deslocamento ao hospital onde poderia fazer mais exames. Depois de algum tempo, e vários procedimentos, logo conduziram Sara para um quarto onde ela poderia descansar. 

Camila não havia saído dali. E logo que Sara foi para o quarto, foi para junto dela.

— Como se sente?

— Bem, eu acho. O que aconteceu? – Perguntou zonza, sem ainda entender o motivo do sangramento. 

— Eu ainda não sei, a única coisa que o médico disse é que você estava bem. Logo ele deve chegar para conversar.

Como se Camila estivesse adivinhando, em seguida o médico entrou no quarto.

— Como se sente? – Ele perguntou a Sara.

— Bem. – Respondeu simples. - O que aconteceu?

— Você teve uma hemorragia causada pelo impacto, é raro, mas pode acontecer nesta situação, conseguimos controlar e acredito que o atendimento rápido dos paramédicos no aeroporto ajudou a salvar a vida do seu bebê.

— Bebê? – Sara quase deu um salto da cadeira. – Que bebê?

— Você não sabia que estava grávida?

— Eu... – Sara recostou-se na cama. 

Estava grávida? Pensou que estava com viajou, porém os resultados foram negativos. Ela definitivamente não podia estar grávida de Doug.

— Quantos meses? – Sara perguntou receosa.

— Bom, é normal que não saiba. É bem inicial. - Ele disse assim que verificou os papéis. - Quatro semanas. – Afirmou.

Oh céus! Era de Gilbert. Talvez não tivesse de se surpreender, as tonturas, o cansaço, o tal escorrimento de coloração rosada, tudo isso indicava gravidez e somente ela não queria enxergar. E do modo que os dois estavam se cuidando, ou melhor, não estavam, era mais que possível que ocasionasse uma gravidez.

— É totalmente normal que mulheres não tenham conhecimento da gravidez nas primeiras semanas, a maioria não tem nem sinais disto, e quando tem sintomas não associam a isto. – O médico explicou ao ver a palidez de Sara. – O importante agora é ficar em repouso até amanhã e não sofrer estresses para a saúde do seu bebê. E claro começar o pré-natal.

A cabeça de Sara girava. Estava grávida? De Gilbert? Se cuidar? Pré-natal? Não se estressar? Como tudo isso era possível na atual situação. Ela queria Gilbert ali com ela naquele momento, precisavam tomar uma decisão sobre tudo aquilo. 

Um filho? Ainda era impossível de acreditar. Como iria contar? Céus! Estava virando louca com isto tudo.

— Eu... Eu não posso ficar aqui até amanhã. Axel... – Sara nem coordenava as palavras.

— Sara, se acalma. – Camila segurou sua mão tentando confortá-la. – Vou à delegacia falando com o delegado, e veremos o que acontece. Vou conversar com Axel também, veremos a melhor maneira de resolvermos isto. O advogado dele já está tentando conseguir um habeas corpus. Tudo irá se resolver. Agora fique tranquila pelo seu bebê.

“Meu bebê?”. Pensou Sara. 

— Está certo. – Disse resignada.

— Você deverá ter alta amanhã, mas igualmente é bom se cuidar. E, ah... – Ele disse dando uma pausa enquanto pegava algo entre os papéis que carregava na mão. – Acho que isso lhe ajudará a aceitar um pouco melhor. – Então ele alcançou um papel para Sara.

Sara olhou fixamente o papel, era uma foto de ultrassonografia. Seu bebê era apenas um pontinho no meio de seu útero. Tão pequeno que mal podia ver. Igualmente emocionada olhou aquela foto com intensidade.

— Bem eu tenho que ir ver os outros pacientes. – Então ele saiu do quarto deixando Sara e Camila sozinhas.

— O que eu faço Camila? – Virou então o rosto para a amiga.

— Conte para o Doug, não há nada que possa fazer, sei que ele não é o pai ideal e que...

— Não é de Doug. – Suspirou.

— Sara, você não está me dizendo que ele é filho do... – Camila chegou a ficar até sem fala.

— Ele é. E agora? O que eu faço? – Então afundou a cabeça no travesseiro.

Camila levou a mão até a cabeça de Sara, afagando os seus cabelos. Consoladora completou: 

— Calma Sara, tudo se resolve. Certo? Uma coisa de cada vez. Agora eu vou indo, certo? – Sara assentiu. – Axel deve estar preocupado, não consegui falar com ele. E não se preocupe, isso ficará entre nós.

— Obrigada.

Quando Camila se foi, Sara levou as duas mãos a barriga e a acariciou. Logo que viajou para a América pensando estar grávida de Doug cogitou em várias hipóteses o aborto, e lá como era legalizado em alguns estados poderia realizar o procedimento com segurança. Agora, sendo de Gilbert, e depois do susto de perdê-lo. Era queria esse bebê. Será que Gilbert também queria?

Quando a cena de ver seu sangue escorrendo pelas pernas, o modo como segurou a barriga protetora. Sabia que estava grávida, não queria enxergar, postergava a consulta ao médico, no fundo, em seu subconsciente sabia que estava. Desde o primeiro dia. E queria estar. Já estava na hora de constituir sua família.

Mas como seria uma família para essa criança? O pai vivendo na América e a mãe no Brasil? Eram tantas coisas para pensar. Ela alcançou o telefone em cima da mesa, tinha de ligar para uma pessoa.


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Notas finais do capítulo

EITA ATRÁS DE EITA!



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