Eles se recompuseram assim que lhes faltou o ar. Fitaram-se sujos de areia e húmidos de água do mar.

— Precisamos de um banho. – Sara murmurou entre lábios.

— Não há lugar onde possamos fazer isto, a não ser chuveiros de praia. – Ele piscou.

— Vamos jogar uma água por cima então e voltar para o carro, chega de emoções por hoje. – Sara riu.

Obediente Gilbert seguiu-a até o chuveiro mais próximo e tomaram um banho rápido. A água que vinha do chuveiro ainda parecia mais gelada que a do mar, voltando para o carro, trocaram de roupa.

— E como vamos dormir?

— Acho que se tirarmos as malas do porta-malas, conseguimos deitar o banco para trás, e dormimos assim.

— Aqui? No meio do nada?

— Você tem razão, vamos procurar um local mais seguro.

Dirigindo Gilbert encontrou um posto de gasolina vinte e quatro horas, e quando pediram para deixar o carro para dormir ali, ele avisou que havia uma senhora ali que alugava quartinhos simples, e provavelmente teriam um para que eles pudessem passar a noite. Eles não tinham nada a perder e foram até lá.

A senhora fora muito simpática, e realmente havia um disponível. Eram somente duas peças pequenas, em uma das peças havia uma cama de meio casal, uma cômoda e um armário pequeno, do outro lado desta mesma peça havia um balcão, uma geladeira pequena e um fogão quatro bocas. A outra peça era o banheiro, dividido apenas com uma porta sanfonada, havia um vaso sanitário, uma pia, um box dividido com uma cortina de plástico contendo um chuveiro, que Sara rezou por ter água quente.

— Está ótimo. – Disse Gilbert simplesmente satisfeito com o local.

Quando a mulher saiu satisfeita por terem pago o valor que ela havia cobrado, foram até o posto buscar suas malas, não havia garagem, então o carro ficaria ali mesmo. Chegaram felizes por haver onde descansar, e por um momento pensaram o quanto se arrependeriam de ter saído de Tulum sem ter onde passar a noite. Agora estavam felizes.

Sara e Gilbert tomaram banho separadamente, não por vontade, mas chegaram num consenso: Nem que ocupassem o mesmo lugar caberiam naquele box juntos. Apenas de roupas intima ela deitou-se na cama e sentiu-a ranger.

Gilbert que acabara de sair do banheiro somente de cueca box preta soltou uma gargalhada pesada.

— O que foi? – Sara franziu o cenho ao ver o sorriso malicioso de Gilbert.

— Essa cama irá ranger muito essa noite sabia? – Então ele aproximou-se da cama e começou a balançar do mesmo modo ela mexeria quando ele começasse um vai e vem. Pode perceber o barulho alto que fazia ao ser balançada.

— Isso pode incomodar os vizinhos.

— Foda-se os vizinhos. – Ele riu.

— Você não pensa em outra coisa não? – Sara fitou-o séria.

— Não, e nem você. – Sorriu maliciosamente. – Vem cá vem. – Puxou-a em seus braços e a jogou deitada sobre a cama.

— Gris. – Sara o repreendeu. – Essa cama é dura, não faça isso. – Ela formou um bico nos lábios, e em seguida sentiu seu corpo invadir com o calor de Gilbert sobre si.

— Querida, a única coisa dura que tem aqui sou eu. – Fitou-a com olhar quente, forçando seu corpo contra o dela fazendo com que ela sentisse a ereção de seu membro contra sua perna.

— Me fazer envergonhar já é uma meta sua não? – Sara disse ruborizada.

— Confesso que nada é mais bonito que ver sua face toda rosada de vergonha. – Gilbert afastou os cabelos de Sara e lhe deu uma mordida no pescoço que suspirou.

A cama rangeu a noite inteira, os barulhos da cama principalmente durante as estocadas o faziam rir entre gemidos e de alguma forma lhe deram mais prazer nas vezes que fizeram. Não pensaram somente no barulho da cama, mas também em seus gemidos altos de prazer que transpassariam sem a mínima dúvida aquelas paredes finas e acordariam alguns dos vizinhos. 

Quando pela manhã estavam finalmente satisfeitos e exaustos, dormiram por algumas horas. Em seguida, despediram-se da senhora com a maior naturalidade e foram para o hotel, ao chegarem lá, ambos olharam para a cama decepcionados.

— Esta não deve fazer barulho. – Sara disse por fim.

— Não sei. – Gilbert fitou-a. – Podemos testar. – Falou malicioso.

— Nem vem Gris. – Sara falou bocejando. – Eu estou cansada, realmente preciso dormir um pouco para recuperar as energias. 

— Ah, Sar. – Gilbert chegou por trás de Sara pegando-a pela cintura. – Será que te cansei um pouquinho essa noite? – Falou malicioso distribuindo beijos pelo seu ombro e pescoço.

Sara sentiu-se arrepiar, mas recompondo-se rapidamente fitou-o.

— Gris, eu vou dormir, boa noite. – Jogou-se então na cama e virou de lado.

— Posso dormir com você ao menos?

— Sempre. – Ela sorriu levantando o olhar para ele. 

Ele deitou-se ao lado de Sara e abraçou-a puxando bem para perto de si, ambos fecharam os olhos e logo pegaram no sono. Acordaram somente perto do meio dia, mortos de fome. Sara acordou primeiro, e um pouco zonza sentou-se na cama, acordando Gilbert.

— Bom dia meu amor, quer dizer boa tarde. – Gilbert disse ao sentar-se na cama também, porém sem resposta ficou um pouco preocupado. – Sar, está tudo bem?

— Está sim, estou um pouco zonza somente – sacudiu a cabeça – acho que é fome, estamos há muito tempo sem comer.

— Então vamos almoçar. O almoço está inclusos nas diárias do hotel e o restaurante é muito bom.

— Vamos, só vou ir ao banheiro antes e já descemos. – Sara levantou-se ainda com tontura, mas conseguiu chegar ao banheiro em seguida.