Elvenore: A Revolução Das Marés escrita por Pandora Ventrue Black


Capítulo 1
Prólogo




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Eu não tinha nenhum lugar para me esconder, estava completamente cercada pelos soldados do rei. Todos estavam armados da cabeça aos pés, com suas espadas pontiagudas apontadas para mim. Havia medo em seus olhos, um pavor tão profundo que eu podia muito bem sentir o cheiro de seus medos. Eram homens, com famílias para cuidar, esposas, filhos, irmãos e pais e mesmo sendo guerreiros treinados para matar, eles temiam a morte.

Eu não podia seguir em frente com o plano. Por mais que eu sentisse o olhar dela em meus ombros, exigindo que eu continuasse a destruição em massa. Eu simplesmente não conseguiria. Não poderia condenar aqueles homens a morte por conta dos pecados que o rei cometeu. Era ele quem deveria pagar…

— Termine o que começou, princesa do caos — O rei instigou, ainda segurando a lateral de seu corpo, onde eu havia lacerado sua carne — Não veio aqui para acabar com o meu reinado monstruoso e ditatorial? Termine o que começou! — Ele estava cuspindo as palavras agora, com seu cenho franzido e dentes a mostra, ele mais parecia um monstro, pronto para me comer — Não seja covarde! Não seja covarde como sua mãe! Não seja covarde como o seu pai! Mate meus homens, Kyanite!

— Não… — Um murmuro quase inaudível escapa da minha boca.

Eu recuo, minha espada caindo no chão. Seu tilintar ecoa em meu ouvindo, uma sinfonia infeliz e nauseante. Havia um nó na garganta, meu corpo formigava e eu tremia, não de frio, mas de raiva. Meu pai nunca tinha sido um homem covarde, muito pelo contrário. Ele sabia da podridão das mentiras do rei Evander, sabia do seu jogo repleto de manipulação e mortes…

— Sangue horrível dos Liadon… — Sibilou, apoiando-se em seu filho mais velho, fincando suas unhas no ombro do moreno. Uma expressão de dor ocupa sua face e ele se ajoelha perante seu pai, envergonhado e impotente, de uma forma que nunca vi antes — Uma bando de covardes! Avante, homens! Tragam-na para mim!

— Pai, não! — O mais velho tentou, mas antes que pudesse respirar, o rei o chutou bem onde estava ferido, em sua barriga.

Bufando Dominic cai, cerrando os olhos por conta da dor.

— Menino inútil! — Ele cuspiu errando propositalmente o rosto de seu filho.

Seus homens avançam em minha direção, mas a essa altura eu já mal conseguia raciocinar. Com Dominic no chão, lutando para respirar e se engasgando eu seu próprio sangue, eu sabia o que eu deveria fazer… Não estava nem um pouco orgulhosa, mas precisava ser feito…


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
xoxo



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