Contraste escrita por Paulinha Almeida


Capítulo 15
Capítulo 15




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No final de semana seguinte à nossa viagem meus pais comemoraram seu aniversário de casamento, então foram eles a viajar. 

Ron, Mione, Harry e eu aproveitamos a noite de sábado em um bar a que eu ia com meu irmão de vez em quando. Era divertido ver Mione, sempre tão moderada, exagerar nas taças de vinho e começar a me acompanhar na risada alta e gestos expansivos. Quanto mais o tempo passava, mais eu me admirava com como meu irmão tinha evoluído da namorada anterior para atual, talvez eu devesse dizer isso a ele um dia.

Como acontecia na maioria das vezes em que saíamos juntos, o táxi nos deixou no apartamento do Harry quando a madrugada já ia alta. Eu me sentia estranhamente confortável demais na casa dele, fato que parecia agradá-lo muito. Sem um almoço de domingo para comparecer, não me preocupei em programar um despertador para o dia seguinte e dormimos enroscados um no outro.

Eu não fazia ideia das horas quando um barulho irritante interrompeu o silêncio e a paz do nosso sono. Harry estava deitado meio de lado, meio de bruços, o braço ao meu redor e o rosto enfiado no meu cabelo, mas se virou lenta e preguiçosamente para o celular que tocava na mesa de cabeceira ao seu lado.  Eu estava muito sonolenta, mas desperta o suficiente para ouvir a conversa.

—Alô. - Ele falou com a voz rouca. - Quem é? Oh! - O ouvi fizer imediatamente mais alerta. - Por onde você anda, cara? Não acredito, desde quando? Agora? Mas são… - Ele afastou o celular da orelha e olhou a tela. - Ah, são duas da tarde. Vou liberar a entrada pra você, só um minuto.

A conversa me despertou o suficiente para notar o sorriso empolgado que ele tinha quando encerrou a ligação.

—Hey Gin, acorda que a gente tem visita, quero que você conheça uma pessoa.

—Não são seus avós dessa vez não, né?

Harry riu e negou, mas não me disse quem era. Me espreguicei e joguei as cobertas para o lado antes de me levantar, felizmente eu tinha algumas peças de roupa aqui, então não precisei vestir novamente a roupa do dia anterior. Ainda do banheiro ouvi uma voz alta cumprimentá-lo, seguido de risadas descontraídas, o que me dava certeza de que a pessoa que havia chegado, seja quem fosse, era muito íntima do meu namorado.

Vesti a legging que tinha deixado ali, mantive a camiseta que usei para dormir e coloquei por cima o moletom que Harry usou na noite anterior, depois de vestida saí do quarto e fui até a sala. O rapaz de frente para o meu namorado tinha um sorriso largo no rosto despreocupado e estava carregando uma mochila pendurada em um ombro só. Era possível ver que ele tinha a pele muito clara, embora estivesse um pouco bronzeado, e os cabelos muito loiros.

—Olá. - Anunciei minha presença e os dois me olharam.

—Hey Gin, esse é o Draco, meu amigo de infância. - Harry falou empolgado. - Draco, essa é Ginny, minha namorada.

Ele se inclinou e me deu dois beijos no rosto.

—Agora está explicado você não estar acordado as nove da manhã no domingo, Potter. Muito prazer, Gin. Se vamos dividir esse homem, acho que eu posso te chamar por um apelido.

—Claro que sim, isso seria o mínimo. - Respondi no mesmo tom, fazendo Harry rolar os olhos do nosso lado. - O prazer é meu.

—Saímos ontem a noite e chegamos em casa de madrugada.

—Fico feliz em saber que alguém esteve cuidando da sua vida social durante a minha ausência.

Draco não esperou pelo convite e se jogou no sofá, era nítido que ele era íntimo o suficiente para considerar a casa como sendo dele também. Me lembrava como eu agia com Luna.

—Eu não sabia que você estava de volta. - Harry se acomodou do outro lado do sofá, as pernas sobre o assento, e eu me sentei encostada nele.

—Cheguei ontem, minha mãe estava me enlouquecendo e me mataria se eu não estivesse em casa para o natal, então decidi vir passar uns dois ou três meses.

—Mas como ela conseguiu falar com você? Achei que você estivesse incomunicável. - Diante da minha expressão confusa, Harry se virou para mim. - Draco inventou de passar um ano em um retiro de medicação na Tailândia…

—Indonésia.

—Isso, na Indonésia. Então fazem seis meses que ele não tem celular, internet e nenhum acesso ao mundo virtual para se conectar apenas com seu eu interior e realinhar os shakras.

O tom irônico de Harry me fez rir, Draco também pareceu achar graça.

—Ela entrou em contato com a administração do retiro e disse que era um assunto de família que não poderia ser adiado. Enfim, eu não estava me divertindo mesmo, então decidi voltar.

—Se você está mais zen eu não sei, mas mais bronzeado com certeza.

—Mas vejo que eu não sou o único aqui com novidades, há quanto tempo vocês estão juntos?

—Uns cinco meses, nos conhecemos aquele dia que saímos para nos despedir. Lembra do namorado da Mione?

—Sim, Weasley não é isso?

—Sim, é irmão dela.

—Eu lembro dele, cara legal. Espero que você também seja. - Ele falou brincando.

—Eu sou muito mais.

Harry acomodou o braço ao meu redor para continuar conversando com o amigo.

—Quais os planos para esses meses em Londres, Malfoy?

—Malfoy tipo o ex primeiro ministro? - Perguntei com o cenho franzido, porque não era um sobrenome comum.

—Isso mesmo, ele é meu pai.

—Uau, não sabia que Harry tinha amigos infiltrados no governo. Vocês se conheceram em Oxford?

—Definitivamente não. - Draco falou como se a ideia não fizesse sentido. - Estudamos juntos no colégio, desde que tínhamos o que? Uns cinco anos?

—Por aí.

—Potter era o nerd mais legal do Eton.

—Se você está se referindo àquela escola tradicional que custa mais do que a melhor faculdade do Reino Unido, desculpa mas eu vou precisar te considerar um nerd legal também.

Ele levantou os ombros se rendendo ao meu argumento.

—Você também trabalha em algum escritório monótono por aí?

—Você me perguntou se estudei em Oxford e se trabalho em algum escritório, estou ficando seriamente preocupado com a imagem que eu passo. Acho que é você, Harry, fazendo as pessoas pensarem coisas absurdas de mim.

—Draco é rico, essa é basicamente a profissão dele.

—Ei cara, falando assim soa tão errado. - O sorriso enquanto dizia mostrava que ele não estava falando sério. - Em qual escritório monótono você trabalha, Ginny? Porque eu já sei que eu ocupo a cota de pessoas originais na vida do Harry.

—Agora eu também estou ficando preocupada com a ideia que eu passo. - Franzi o cenho e Harry rolou os olhos. - Sou fotógrafa.

—Dependendo do que você fotografa, isso pode ser bem interessante.

—Sou fotógrafa oficial de uma revista online destinada ao público adulto. - Falei com o palpite de que dessa vez não haveria um semblante de desaprovação do interlocutor.

—Está brincando! - Draco falou com desconfiança, mas Harry e eu acenamos que não, não estávamos brincando. - Não acredito que eu mal dei as costas e você já arrumou outra pessoa original, Potter, agora eu estou realmente enciumado. 

—Draco é ridículo também. - Harry falou para mim. - Rico e ridículo, são as ocupações principais dele.

Ele passou a tarde toda conosco e se mostrou uma companhia agradável e improvável. Eu já podia dizer que conhecia bem meu namorado, então quando eu via o contraste entre o homem que lia o jornal de finanças aos sábados e dava o sobrenome na Starbucks era difícil entender como seu melhor e mais antigo amigo poderia ser alguém que passa seis meses em um retiro de meditação apenas por diversão e aparentemente não tem nenhuma preocupação na vida. Talvez nosso relacionamento causasse a mesma confusão.

Pedimos comida para um almoço tardio que aconteceu por volta das seis da tarde e Draco se despediu de nós no início da noite, com a promessa de que ligaria para o Harry no meio da semana para marcarem algo só entre os dois.

—Eu gostei dele. - Falei quando ficamos sozinhos

Harry deixou os sapatos de lado e se deitou no sofá ao meu lado antes de responder.

—Não sei por que eu sempre soube que vocês dois se dariam bem.

—Mas essa coisa de se trancar num retiro de meditação é meio aleatório, não?

Harry riu e colocou a perna sobre as minhas.

—Draco tem tempo demais e recursos praticamente ilimitados, o que não falta pra ele são ideias aleatórias. Mas quando ele disse que ia fazer isso um dia eu achei que fosse brincadeira.

—Então a ideia existe faz tempo?

—Quando eu terminei a faculdade nós dois passamos seis meses viajando pela Ásia, aí ele disse que voltaria para um retiro um dia, mas eu achei que fosse só papo furado.

—Que legal, nunca fiz isso, mas parece uma experiência interessante.

—Nós dois nos divertimos muito, foi a melhor viagem da minha vida, mas meus pais ficaram loucos quando falei para eles que estava indo. - Ele riu com a lembrança.

—Eles não gostaram de você estar indo passar um tempo na Ásia ou de você ir com Draco?

—Eles não gostaram de nada, mas acho que o pior foi descobrir que eu não queria fazer mestrado e doutorado, como eles queriam que eu fizesse.

—E como você os convenceu?

—Os convenci a que?

—A desistirem da ideia do mestrado e doutorado.

—Eu não os convenci de nada, só falei que não tinha intenção nenhuma de seguir carreira acadêmica e não ia fazer. - Harry respondeu com o cenho franzido.

—E eles aceitaram assim tranquilamente?

—Eles insistiram, mas falaram sozinhos. Eu não ia gastar anos da minha vida fazendo uma coisa que nunca foi uma vontade minha só pra atender expectativas de outras pessoas.

Aquela era sem dúvidas uma ótima maneira de encarar as coisas, talvez eu também devesse aprender a não me responsabilizar por expectativas que não são minhas. Não que elas mudassem minhas escolhas mais importantes de vida, mas não era tão simples lidar com todos os sentimentos por trás disso.

—Então seu melhor amigo não é do mesmo mundo que você… - Comentei, deixando aquele assunto de lado e voltando para a conversa descontraída de antes.

—O que você estava esperando?

—Alguém que usa roupa social no final de semana, lê o jornal também e te acompanha no chá das cinco para vocês discutirem as notícias da semana.

—Incrível como você sempre me descreve como alguém tão entediante, isso está começando a mexer com meu ego.

—Como se seu ego tivesse algum problema… - Rolei os olhos para ele, arrancando uma risada. - Eu estou notando que existe um padrão surpreendente nas suas pessoas preferidas no mundo. Somos todos descontraídos e autênticos.

—E quem te disse que você é uma das minhas pessoas preferidas no mundo? - Harry perguntou com a sobrancelha erguida e se virou, ficando agora parcialmente sobre mim.

—Se você vai negar é melhor sair do meio das minhas pernas. - Prendi meus joelhos ao redor de seu quadril e empurrei levemente o aro entre seus óculos, do jeito que eu sabia que ele não gostava.

Ele franziu o rosto e prendeu meu pulso sob sua mão.

—Eu sempre soube que você é convencida, mas não achei que fosse tanto.

—Não me subestime, Potter.

—E as suas pessoas preferidas no mundo?

—Izzie está no topo da lista e isso talvez só mude quando o Ron tiver um filho, porque aí os dois vão dividir o posto.

—Concorrência mais desleal essa minha. Ela não tem nem um metro, tem certeza que não tem lugar pra nós dois? Se apertar um pouquinho eu acho que cabe.

—Se você soubesse o quanto você não tem concorrência nenhuma, eu não seria mais a única convencida aqui. Não que você já não seja convencido normalmente.

—Continua me contando, acho que vou gostar de saber.

—Biscoiteiro. - Cutuquei seus óculos novamente com a mão livre.

Ele se esquivou e repetiu o gesto, agora minhas duas mãos estavam presas.

—Para, atentada. Você é um pacote muito completo, garota, é concorrência desleal por natureza.

—Continue, gosto dessa linha de raciocínio.

—Quem está biscoitando agora, hein?

—E nem pense em começar a me negar, porque eu só estou aqui pelo tanto que você me elogia.

—Você é péssima.

—Sou nada. - Pisquei para ele.

Harry desviou os olhos do meu rosto e olhou para as minhas mãos ainda presas sob as dele.

—Acho que eu gosto dessas mãos presas. - Falou com aquele brilho no olhar que eu já conhecia.

—Ah gosta, é?

—Sim, acho que vou dar um jeito de prendê-las em algum lugar. O que você acha?

Eu adorava o jeito que ele me olhava em busca de consentimento toda vez que queria ousar em alguma coisa, e principalmente como fazia isso soar natural e como parte do momento, não algo que fosse quebrar o clima caso eu dissesse não.

—Acho que pode ser uma ótima ideia, talvez eu queria copiá-la um dia.

—Agora estou ansioso.

—Melhor se preparar, porque eu talvez me empolgue.

—Eu já conheço essa empolgação, estou constantemente preparado para ela.

Eu conhecia a empolgação dele também, e o beijo, o toque firme, o corpo, a urgência e o empenho em me satisfazer. A sensação que eu tinha é que nunca teria o suficiente de tudo aquilo, que sempre haveria algo a ser descoberto. 

Naquela noite antes de dormir, Harry e eu combinamos que eu conversaria com meus pais na próxima vez que os visse e os avisaria que iria apresentar meu namorado a eles. Eu passei a semana toda pensando e ensaiando aquele momento, mas aparentemente não havia sido suficiente para me deixar tranquila, pois eu estava uma pilha de nervos quando cheguei para o almoço de família no final da semana.

Não poderia ser assim tão difícil, poderia? Ron fez isso tantas vezes e nunca pareceu estar nervoso.

Passei o tempo todo fingindo prestar atenção nos relatos sobre a viagem que os dois fizeram, mas na verdade eu ainda estava me convencendo de que não tinha motivo para nervosismos e usando milhões de argumentos para me convencer de que era só dizer, não era como se eu estivesse fazendo qualquer coisa errada.

—Mas e vocês, crianças, como passaram essas duas semanas?

—Nada de especial, casa e trabalho como sempre. - Meu irmão respondeu primeiro.

Eu tinha saído com o pessoal da equipe duas vezes e ido na festa de aniversário de uma antiga colega de trabalho, mas achei melhor omitir esses detalhes para manter o clima agradável.

—Nada de especial pra mim também, tudo na mesma durante a semana e passei o final de semana na casa do Harry.

—Hm. - Meu pai murmurou como resposta.

Por um momento pairou entre nós aquele silêncio característico de quando meus pais não sabem o que responder para algo que eu falei, então decidi preenchê-lo e dizer logo o que eu precisava.

—Aliás, vou trazê-lo comigo na semana que vem para que vocês o conheçam. - Fiquei satisfeita ao notar que o tom casual da minha voz não entregava quão nervosa eu estava por dentro.

De canto de olho notei quando Ron olhou para nós sem dizer nada, apenas observando. Meus pais se entreolharam sem saber o que dizer antes de se virarem para mim. Respirei fundo e prometi a mim mesma não perder a paciência dessa vez.

—Não nos importamos que você traga seus amigos em casa, querida, mas tem certeza que você o conhece o suficiente?

—Na verdade ele é meu namorado há um mês, não meu amigo.

—Tem certeza de que você o conhece o suficiente para trazê-lo?

—Bom, é o mesmo tempo que Ron e Mione estavam juntos quando ela foi recebida com empolgação.

Eles ficaram levemente sem graça quando falei isso, da maneira que sempre ficavam quando eu apontava a diferença óbvia de tratamento entre meu irmão e eu.

—Mas eles já estavam saindo há algumas semanas, é diferente… - Meu pai argumentou sem muita convicção.

—Harry e eu estamos juntos há seis meses. Posso trazê-lo ou não?

—Claro que sim, meu bem, não precisava nem perguntar, estamos ansiosos para conhecê-lo. - Minha mãe não soou nada convincente, mas decidi me conformar com aquela resposta.

—Vou confirmar para a próxima semana então, ele também está ansioso.

O assunto ficou de lado pelo resto do dia, ninguém perguntou como ele era, o que gostava de comer ou pediu para ver uma foto. Novamente eu estava dizendo para mim mesma que não importava e falhando miseravelmente em realmente não me importar.

—Então quer dizer que teremos um convidado na semana que vem? - Ron perguntou quando ficamos sozinhos.

—Um convidado que está ansioso para conhecê-los. - Suspirei e me virei para ele. - Harry levantou esse assunto quando conheci os pais dele.

—Como você acha que vai ser?

—Aqui em casa? - Ele confirmou com um aceno de cabeça. - Você sabe tão bem quanto eu que eles vão amá-lo. Vai bastar o Harry dizer que estudou em Oxford, trabalha em um ambiente em que todos estão vestidos e é melhor amigo da Mione e ele vai ser mais bem vindo do que eu nessa família.

—Ai que exagerada… - Ron comentou e me cutucou.

—Não é exagero, é só que isso é meio chato, sabe? Eles vão se surpreender positivamente com o Harry porque ele é praticamente o oposto do que estão esperando, e a única referência que os dois tem para criar a imagem dele sou eu.

—Você sabe que é só implicância, Gin. E como os pais dele são?

—Tão adoráveis quanto os nossos, só que ricos. Mãe e Sra. Potter seriam melhores amigas, com certeza.

Ele riu da minha ironia e eu o acompanhei.

—Mione já comentou comigo que os pais dele são meio esnobes e cheios de opinião, para não dizer julgadores.

—Como sempre, Mione estava certa. Nosso encontro foi bem rápido, mas foi tempo suficiente para eles elogiarem a ex namorada e dizer que meu trabalho é inapropriado, mas tudo em um tom muito educado e sorrindo, o que deixa tudo bem.

—E o que o Harry falou sobre isso?

—Quando eles começaram a falar essas coisas ele simplesmente levantou, cortou todo mundo, se despediu e fomos embora. Aparentemente quando eles começam a ser inconvenientes e se meterem demais ele não fica pra escutar, talvez eu devesse aprender a fazer o mesmo.

Ron não disse nada por um momento, eu também fiquei quieta.

—É difícil para mim dizer como eu reagiria, porque nós dois sabemos que as minhas cobranças foram e são muito menores, mas eu também acho que talvez você devesse aprender a colocá-los no lugar deles um pouco, porque eles não vão fazer isso sozinhos.

Eu já tinha remoído aquela possibilidade tantas vezes que sabia exatamente todas as coisas que eu passaria conjecturando durante o resto do dia, mas deixei que o assunto morresse entre nós dois para poder fazer isso sozinha. Afinal, como ele havia dito, não era algo que meu irmão pudesse me ajudar a fazer, simplesmente porque ele nunca precisou pensar nessa possibilidade. Eu mesma já tinha pensado naquilo tantas vezes, ensaiado tudo que gostaria de dizer aos nossos pais e montado discussões calorosas dentro da minha cabeça, o problema era que na prática não era assim tão simples.

—Xadrez? - Perguntei a ele.

—Boa ideia.

Talvez uma distração me fizesse bem, eu continuaria com meus dilemas internos em outro momento.


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Notas finais do capítulo

Claro que o Harry também tem um melhor amigo, e quem melhor do que o Draco para ocupar o posto?
No próximo capítulo finalmente o tão esperado encontro entre Harry e os papais Weasley.
Até lá, não deixem de me dizer o que estão achando da história.
Beijos e até a daqui duas semanas.



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