Contraste escrita por Paulinha Almeida


Capítulo 12
Capítulo 12




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Em meados de outubro já era possível sentir o vento frio que anunciava a chegada do inverno. Antes eu diria que a única vantagem dessa época era o fim dos ensaios com luz do amanhecer, agora eu acrescentaria que dormir de conchinha se tornava também muito mais gostoso.

Hannah faria aniversário no final da semana e, como de costume, as comemorações começariam desde a segunda-feira com uma noite de pizza na minha casa. Colin e eu éramos os únicos do grupo a morar sozinhos, então os encontros normalmente aconteciam na minha casa ou na dele.

No meio da nossa reunião de planejamento vi a notificação na tela do meu celular indicando que Harry havia me enviado uma mensagem, mas precisei segurar a curiosidade por alguns minutos. Pela primeira vez em semanas não nos víamos há cinco dias e eu estava morrendo de saudade. Essa coisa de dormir juntos quatro vezes por semana criava uns hábitos difíceis de se desapegar e eu estava gostando demais de tudo.

—Você não vem, Gin? - Olívio me chamou quando viu que eu ainda estava sentada enquanto todos os outros já haviam cruzado a porta da sala de reuniões.

Pedi um segundo para terminar de digitar minha resposta e coloquei o celular no bolso da calça quando me levantei e apanhei o casaco, que vesti enquanto o alcançava.

—Só estava respondendo uma mensagem do Harry, ele foi visitar os pais esse final de semana e tem uns dias que a gente não se vê. Vou perguntar pra Hannah se tudo bem ele se juntar a nós.

—Claro que vai ser legal, você sabe que nós não temos preconceito e acolhemos gente tradicional sem discriminações. - O tom condescendente me fez rir.

Nos sentamos ao redor da mesa de um pub que servia sanduíches, a pouco mais de cinco minutos de caminhada do estúdio, e aproveitamos o privilégio de um almoço de quase três horas, que era o tempo que faltava para o início da última reunião que eu e Katie deveríamos participar naquele dia, onde o estilo de edição da próxima capa seria definida.

Assim como eu sabia que seria, ninguém se importou com o fato de Harry se juntar a nós e ele também pareceu empolgado ao receber meu convite, o que eu gostaria de acreditar que queria dizer que ele também estava com tanta saudade quanto eu.

O aquecimento do meu apartamento permitiu que os casacos e sapatos fossem deixados de lado, então quando Harry se juntou a nós após sair do trabalho, encontrou seis pessoas espalhadas pelo sofá, poltrona e o chão da sala, com caixas de pizza entre nós e alguns copos vazios ao nosso redor. 

Era apenas a segunda vez que Harry via meus amigos, mas era notável quão mais confortável ele estava se sentindo ao sentar-se no chão e se encostar na poltrona onde eu estava sentada, a cabeça encostada nos meus joelhos dobrados. Ele não bebeu muito e eu também não estava no clima, mas os rostos à nossa volta já estavam visivelmente alegres demais a certa altura da noite.

As vozes já estavam mais altas, o riso mais solto e os assuntos mais aleatórios do que o normal. Num momento de breve silêncio, Katie se virou para o grupo com o rosto iluminado e sugeriu:

—A gente podia brincar de Eu Nunca!

O olhar de aprovação foi geral, tirando por mim que achava uma péssima ideia e pelo Harry, que parecia confuso.

—Vou buscar mais bebida! - Colin se prontificou e preparou-se para levantar do chão.

—Eu não vou brincar.

Todos os olhos ao meu redor rolaram em desaprovação.

—Ah Gin, não seja a chata do rolê, esse papel é da Parvati. - Olívio resmungou e levou um tapa da nossa amiga.

—Vou ser a chata do rolê dessa vez, desculpem.

—Eu Nunca tipo aquela brincadeira que a gente faz no ensino médio? - Harry perguntou, o rosto virado na minha direção.

—Sim, mas nossa versão é para maiores. É muito divertido. - Colin respondeu por mim.

—Mas pode ser bem constrangedor também. - Acrescentei.

—Não sei por que você está reclamando, você é sempre a primeira a topar o jogo. - Hannah contestou com a voz mais alta que o normal.

—Não hoje, então um de vocês vai ter a oportunidade de ver quem acaba bêbado primeiro.

Como eu não topei e Harry nem se manifestou, a ideia acabou morrendo e a brincadeira ficou para lá. A noite ainda se arrastou por algumas horas, mas eu notei que meu convidado não interagiu muito mais depois da sugestão de passa tempo da minha amiga. O fato pareceu ter passado despercebido por todos ao redor, mas não à mim.

Já passava bastante da meia noite quando meus amigos se acomodaram no táxi que os levaria para casa e eu fechei a porta, ficando a sós com Harry. Ele estava levando as caixas de pizza para a cozinha quando entrei e sorriu na minha direção, mas eu conseguia ver que tinha algo errado. Apanhei os copos que estavam ao redor e organizei a sala antes de me juntar a ele no cômodo ao lado.

Com a casa devidamente organizada voltamos para a sala, mas Harry passou direto pelo sofá e se encostou ao balcão do lado da porta, o rosto um pouco distante.

—O que foi, Potter? - Parei em sua frente e perguntei com as mãos espalmadas em seu peito, o corpo encostado no dele.

—Você não quis brincar com seus amigos porque eu estava junto, não é?

No fundo eu sabia que ele não tinha ficado satisfeito com aquela parte da noite, o que eu entendia porque achava que me sentiria da mesma forma. Ainda assim, eu não mentiria para ele.

—Sim, foi porque você estava aqui.

—Você estava com vergonha de mim ou tem algo que você não quer que eu saiba?

—Nem uma coisa e nem a outra, só acho que seria muito constrangedor para você. Já brincamos disso milhares de vezes e eu sei o tipo de coisa que eles comentariam e perguntariam, não acho que você se sentiria confortável em dar detalhes da sua vida sexual para pessoas que está vendo pela segunda vez na vida.

—E você não se sentiria confortável em dar detalhes da sua vida sexual na minha frente?

—Harry, eu não me importo de te responder o que você quiser perguntar sobre qualquer aspecto da minha vida, te garanto que não há nada, incluindo minha vida sexual, de que eu me envergonhe ou esteja tentando esconder. Mas não acho necessário o constrangimento de fazer isso com você na frente dos outros, porque eu sei que pode causar desconforto.

—Então você se negou a se divertir com seus amigos para não me constranger?

—Sim, eu não quero te deixar desconfortável e criar um clima desagradável. - Subi as mãos de seu peito e enlacei seu pescoço, aumentando nossa proximidade. - Olha Harry, talvez eu não demonstre muito, mas eu considero o que você pensa e como você se sentiria sobre tudo, o tempo todo, porque você não sai da minha cabeça. Eu cheguei num ponto que me importo demais para não me preocupar, mas se você quiser brincar de Eu Nunca a gente pode fazer isso agora mesmo, só nós dois e você tem total liberdade para perguntar qualquer coisa.

Ele sustentou meu olhar por um minuto inteiro, o rosto inexpressivo e sério. No começo eu considerei um gesto cúmplice, mas o ato prolongado começou a me deixar um pouco desconfortável e insegura sobre o que eu havia acabado de dizer.

—Tá tudo bem eu dizer isso? É cedo demais? Tudo bem para você saber que ultimamente venho pensando em você até demais e o tempo inteiro?

—De forma alguma, não acho que seja muito cedo. Mas tem sim uma coisa que eu gostaria de saber sobre você e acredito que seja uma boa hora para perguntar.

—Como eu disse, qualquer coisa.

—Na verdade é mais uma pergunta sobre a sua opinião em um tópico, não sobre algo que você já fez ou não. Mesmo porque eu acho que sairia dessa conversa chocado se eu começasse a perguntar o que você já fez.

A piada dele nos fez rir e amenizou o súbito nervoso que eu estava sentindo.

— Você quer saber minha opinião sobre o que exatamente? Assuntos polêmicos, tipo sei lá, posicionamento político? A posição da mulher na sociedade? Casamento entre pessoas do mesmo sexo?

—Não necessariamente, esses posicionamentos você deixa muito claro no seu dia a dia, estilo de vida e até no jeito de andar.

—Agora estou curiosa para saber sobre o que eu não sou tão óbvia assim.

Ele hesitou por um segundo, mas por fim falou:

— Sobre monogamia.

A palavra pairou entre nós por um momento, trazendo todos os significados implícitos que ela carregava. Nos encaramos profundamente enquanto eu absorvia o que aquela pergunta provavelmente queria dizer, mas não levei muito tempo para entender que eu gostei de ouvir aquilo.

—Eu acho que é um conceito que só funciona entre duas pessoas que estão muito dispostas a fazer isso dar certo e com alguém que você acha interessante o suficiente para que outras pessoas não tenham mais a mesma graça.

—Alguém em quem você pensa demais e o tempo inteiro, talvez?

—Sim, isso é um bom exemplo de situação em que eu acredito que monogamia pode funcionar.

—Isso é ótimo, porque eu também penso em você demais e o tempo todo, garota. E eu gosto disso.

Fui a primeira a sorrir, mas ele não tardou nem um segundo em espelhar o gesto e sorrir de volta.

—Eu gosto disso também, Potter.

Harry me puxou para mais perto e me abraçou com carinho, o rosto repousando na curva do meu pescoço. Havia tanta cumplicidade naquele ato que era reconfortante fechar os olhos e apenas aproveitar a sensação de leveza do momento e o sorriso bobo no meu rosto.

—Eu não sei o que mais dizer agora. - Confessei com uma risada.

—Talvez a gente não precise dizer mais nada, foi claro o suficiente para mim. - Ele se afastou o suficiente para me olhar, as mãos continuaram pousadas na base das minhas costas.

Grudei minha boca na dele em um selinho demorado, do qual me afastei alguns segundos depois, rindo.

—Quem diria que um dia eu estaria aqui aceitando o pedido de namoro indireto de um cara que da o sobrenome na Starbucks.

—E eu estaria aqui sugerindo monogamia para uma moça que sai por aí tirando fotos de estranhos e se veste como uma adolescente.

—Pode confessar, sua vida está muito mais divertida desde então.

—Sem dúvidas, não tenho nem como negar essa parte. - Ele me beijou brevemente e se afastou apenas o suficiente para conseguir me olhar. - Eu gosto de verdade de você, Gin.

—Eu gosto de você também, de verdade.

Me estiquei e grudei a boca na dele outra vez, em um beijo muito mais calmo e carinhoso do que normalmente eram nossos beijos, refletindo todo o clima daquele momento. Quando nos acomodamos para dormir naquela noite o clima de cumplicidade e contentamento entre nós era quase palpável.

O sorriso de empolgação me acompanhou durante todo o dia seguinte, evidente o suficiente para que meus colegas de trabalho notassem e questionassem. Quando contei a eles o desfecho da noite anterior precisei enfrentar um dia inteiro de piadas sobre o fato de que aparentemente Harry e eu éramos os únicos que ainda não sabiam que já estávamos em um relacionamento.

No intervalo do ensaio do dia peguei meu celular no bolso do meu vestido jeans e enviei uma mensagem para ele:

“Que tal um jantar para comemorar os acontecimentos de ontem? ;)”

“Ótima ideia, que tal sexta?”

“É aniversário da Hannah e eu já tenho compromisso, desculpe. Sábado?”

“Combinado. Preciso ir, tenho uma reunião agora. Bjs ”

A modelo passou pela porta no mesmo momento em que guardei meu telefone de volta, usando apenas um roupão branco, que ela retirou e deixou com sua agente, e o salto azul turquesa que fazia parte do figurino.

—Pronta Stef? - Ela acenou que sim e voltou ao divã recém adicionado ao cenário. - Ótimo, vamos começar com algumas fotos deitada então.

O ensaio correu bem, assim como o resto da semana. Hannah gostava de baladas mais alternativas, então acabamos comemorando o aniversário dela em um lugar esquisito em Camden, que era um bairro onde se podia encontrar tudo de mais diferente que Londres podia oferecer.

Harry e eu combinamos de nos encontrar na casa dele às sete da noite para nosso jantar em um restaurante indiano. Quando estacionei o carro na frente do seu prédio e avisei que já estava ali, ele me respondeu imediatamente perguntando se eu me importaria de subir, pois precisava de dez minutos para terminar de fazer uma coisa.

Quando entrei pela porta destrancada de seu apartamento, Harry estava sentado no sofá com o rosto concentrado e os olhos focados no computador em seu colo. Trocamos um beijo rápido e eu parei em frente ao espelho de sua sala de jantar enquanto o esperava, aproveitando o reflexo para arrumar o cabelo e ajeitar meu decote.

—Mas que merda. - Ele praguejou e eu me estiquei para vê-lo pelo reflexo.

—Tudo certo?

—O RH me entregou um número de treze dígitos que eu preciso incluir no meu cadastro de imposto de renda, mas eu não faço ideia de como fazer isso e já estou procurando há vinte minutos. - Ele bufou contrariado, o rosto irritado. - Por que eles não fazem um site que cidadãos normais conseguem usar?

Me desencostei do balcão e dei a volta no sofá onde meu namorado estava sentado, parei atrás dele e me debrucei sobre seu ombro para olhar o email onde estava o tal número que ele deveria registrar.

—Com licença.

Afastei sua mão do mouse e precisei apenas de cinco cliques certeiros para chegar na página que ele estava procurando. Voltei ao seu email, copiei o número, colei no campo indicado e cliquei no botão azul que salvaria o registro. Um segundo depois, a mensagem de cadastro bem sucedido apareceu na tela.

—Prontinho. Vamos?

Sua expressão confusa na minha direção não se suavizou até estarmos dentro do carro a caminho do jantar para o qual já estávamos quase atrasados.

—Não leve a mal minha pergunta, mas como você sabia tão bem o que fazer? Eu procurei aquilo um tempão. - Perguntou com a mão pousada na minha coxa enquanto eu dirigia.

—Acho que nunca comentei, né? Sou contadora.

—Você é o que? - Ele perguntou incrédulo, como se a informação não encaixasse.

Sua confusão me fez rir, porque eu também não achava que aquilo fazia o menor sentido para mim.

—Eu falei que minha vida era muito chata antes, lembra? Faz parte do meu passado sombrio, não saio falando muito disso por aí para as pessoas não terem uma ideia errada de mim. - Falei divertida e ele riu. - Meus pais eram completamente contra eu me tornar fotógrafa e disseram que só gastariam dinheiro com uma formação decente, nas palavras deles. Meu pai é contador e eles decidiram que era isso que eu faria também. - Dei de ombros no final, conformada.

—E você aceitou o que eles decidiram?

—Eu não tive muita escolha, equipamentos e cursos de fotografia são super caros. Contadores ganham bem e eu precisava de dinheiro para conseguir fazer o que eu sempre quis, então fiz o que precisava na época.

—Você se formou?

—Sim e com honras, se era para fazer aquela merda eu decidi que ia fazer direito. Entreguei o diploma para os meus pais no dia da formatura e nunca mais peguei, afinal eles é que queriam aquilo e não eu.

—E você trabalhou como contadora?

—Trabalhei durante os estágios da faculdade e por dois anos depois de me formar, tempo suficiente para eu terminar minha formação como fotógrafa, depois nunca mais pisei em um escritório na vida. E nem vou, espero.

—De tudo que eu já ouvi de você até hoje, tudo mesmo, isso sem dúvidas foi o mais surpreendente. Eu chutaria literalmente qualquer coisa antes de dizer que você estudou contabilidade. - Ele comentou e riu.

—Não se preocupe, eu também me surpreendo toda vez que me lembro.

Chegamos ao restaurante em cima da hora e nos apressamos para anunciar nossa chegada. Em poucos minutos estávamos acomodados na nossa mesa com o cardápio na nossa frente.

—Mas agora imagino que seus pais já entenderam que ser fotógrafa também é uma profissão decente e você é ótima no que faz. - Harry continuou o assunto.

Eu falei sério quando disse a ele que não me importava em responder nenhuma pergunta que ele quisesse fazer, mas esse tópico sempre me fazia hesitar um pouco. Eu não queria mentir, mas também não queria responder de uma maneira que fizesse parecer que meu pais eram as piores pessoas do mundo. Além disso, havia o fato de que o assunto sempre matava um pouco meu bom humor.

—Na verdade eles prefeririam que eu fosse uma contadora feliz em algum escritório sem graça por aí. Eu tenho certeza que eles ainda mantém a esperança de que um dia eu vou acordar e me tocar de que criar balanços patrimoniais e conciliar contas de resultado é minha vocação.

Harry riu abertamente por sobre o cardápio.

—Tem certeza de que senhor e senhora Weasley conhecem a própria filha?

Eu sabia que ele estava brincando e podia ver o tom de piada em sua voz, mas ouvir aquilo doeu um pouco, porque me fiz essa mesma pergunta durante quase toda a minha vida. O garçom nos interrompeu e me tirou a obrigação de ter que pensar em algo para responder, fiquei satisfeita em me pronunciar apenas para dizer qual vinho eu gostaria de beber.

Harry decidiu me acompanhar com o vinho e nossa garrafa não demorou a ser trazida e colocada na mesa entre nós dois. Nos servimos e ele levantou a taça em minha direção.

—Não precisamos começar a ser melosos, ok? - Falei levantando minha taça também.

—Por favor não, vamos continuar sendo nós mesmos e colocando duplo sentido em tudo.

—A que brindamos então?

—Pode ser a esse decote. - Seus olhos desviaram para baixo, sugestivo.

—Pode ser a como você olhou para ele na primeira vez que a gente se viu lá no parque.

Tocamos nossas taças levemente e bebemos um gole da bebida.

—Eu não olhei.

—Foi discreto, mas olhou sim.

—Só um pouco. - Ele confirmou e deu de ombros. - Deveria ter te dado meu telefone aquele dia, teria me poupado algumas semanas de imaginação fértil.

Com isso me lembrei de algo que eu ainda não tinha mostrado a ele. Peguei meu celular dentro da bolsa, me certifiquei de que estava no silencioso e coloquei em cima da mesa entre nós.

—Me liga.

Ele fez o que eu pedi e olhou com o cenho franzido para a foto que apareceu na tela quando a chamada foi completada.

—A última foto que tirei naquele dia foi exatamente quando você abaixou o jornal, ficou legal, não?

—Que stalker, Ginny Weasley. Vou ter que tirar algumas fotos de você qualquer dia também.

—Que tal o meu tipo de foto? - Pisquei para ele e seu sorriso se iluminou.

—Podemos chamar de um curso de fotografia particular.

—Vai ser divertido, não vou negar que desde aquele primeiro dia eu imagino você na frente da minha câmera.

—Mas você é que vai ser a modelo, não eu. - Harry franziu levemente o cenho, meio contrariado.

—Acredite Potter, se eu vou tirar a roupa para você me fotografar, pode apostar que você vai tirar a roupa para mim também.

—Essa conversa está me dando medo, porque eu sei que você é muito convincente.

Vi o garçom se aproximando com nossos pratos e achei melhor deixar aquele assunto para depois.

—Vai ser divertido. - Pisquei para o meu namorado e ele riu.

No segundo seguinte fomos servidos e o assunto ficou esquecido enquanto aproveitávamos nosso jantar de comemoração.


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Notas finais do capítulo

E pra quem estava esperando por uma oficialização do relacionamento deles, aí está! Não consigo imaginar uma maneira que seja mais eles dois do que essa conversa fofa, mas não melosa.
Essa é uma das minhas cenas preferidas da história toda, pensava desde muito antes desse momento chegar, então me contem o que vocês acharem também.
Opinem, me digam o que acharam, mandem suas sugestões do que vai acontecer daqui para a frente, amo ler o que vocês estão achando.
Beijos e até daqui duas semanas.



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