Apesar aparentemente não apresentar nenhum perigo nós não estávamos seguros com relação a origem daquela criança, mas para Nessie bastou alguns segundos para que ela se encantasse pela menina.

Passei pela porta tentando convencê-la que aquela não era uma boa ideia— Amor não sabemos a origem dessa criança – Falei enquanto a seguia pela nossa casa, mas Nessie ignorou minhas explicações.

Olhei para Sam e seu semblante demonstrava que também não concordava com a presença da criança—Nós estávamos em uma ronda quando encontramos o sanguessuga, ele entrou na área Quileute, ele procurava por alguém, pois passou por outras casas antes – Ele tentou me ajudar a convence-la.

— Era um Cullen? Nessie perguntou balançando a menina em seus braços tentando acalmar o seu choro.

— Não amor – Respondi ficando ao lado dela– Nunca o vimos antes.

— O sanguessuga pode ter assassinado os pais da criança e a trazido com ele – Disse Paul – Isso só saberemos se o encontramos.

— Temos que encontrá-lo, Collin e Brad devem estar seguindo o rastro dele, Embry já deve ter se juntado a eles, enquanto não descobrirmos a criança precisa ficar em algum lugar – Disse Sam olhando para mim, ele só podia estar de sacanagem, a criança era suspeita para ficar sobre a tutela dele, mas não era parta ficar sobre a minha?

Eu estava prestes a confronta-lo, mas Paul se antecipou — A Nessie gostou dela então, acho que o Jake não vai se importar de fazer um breve estágio como pai – Ele deu um sorriso debochado  caminhou até a porta dando um leve tapa em meu ombro ao passar por mim.

Que filho duma...

Discordei de imediato, eu não ia deixar Nessie em uma situação arriscada, não tínhamos certeza que o sanguessuga não retornaria para buscar a criança, portanto ele poderiam leva-la para algum outro lugar– Espera não podemos ficar com um bebê, não é seguro para a Nessie e...

— Jake! Nessie esbravejou me interrompendo– Você acredita que um bebê me faria mal? Isso é o cumulo.

— Apesar da criança ser suspeita tenho que concordar com a Renesmee, é só um bebê – Disse Sam apoiando a decisão dela, ele estava decidido a deixar aquela responsabilidade sobre Nessie e eu não estava disposto a aceitar isso.

— Então por que não a leva para a sua casa Sam? – Perguntei o encarando.

—Emily e eu já temos um – Disse ele dando um sorriso e em seguida olhou para Nessie– Se precisar de algo, fraudas, mamadeira Emily e eu podemos providenciar temos coisas do Sammy.

— Eu vou aceitar Sam, eu acho que essa coisinha fofa está faminta.

— Vou providenciar e mando pelo Seth – Ele falou antes de passar pela porta.

Eu fui totalmente ignorado. Cruzei os braços e os observei conversar sobre fraudas e mamadeiras, de nada adiantaria eu continuar a debater com eles, Nessie já havia tomado a decisão e mesmo preocupado tinha que admitir que a criança havia a animado, ela não tinha mais o semblante abatido pela morte da irmã.

Sam se despediu e eu caminhei até a porta a fechando – Não sabe o desespero que senti ao perceber que aquele sanguessuga estava vindo para cá Ness – Falei ao me aproximar dela, ainda me sentia culpado pelo desentendimento que havíamos tido horas antes, de qualquer forma a deixar sozinha foi um grande erro de minha parte.

Nessie olhou em meus olhos e suspirou- Me perdoa Jake, por ter sido injusta com você hoje cedo.

Dei um tímido sorriso, levei ambas as mãos até seu rosto e acariciei suas bochechas com os polegares olhando naquele par de olhos verdes que eu tanto amava– Eu não estou chateado com você amor, estou decepcionado comigo por ter gritado com você e a deixado sozinha correndo riscos.

Ela deu um sorriso lindo e olhou para a bebê em seus braços, a menina bocejou e levou os dedinhos a boca – Bom, eu não acho que essa coisinha fofa represente algum risco para minha integridade física.

Dividi minha atenção entre a menina e ela — Pode ser que ela não, mas o sanguessuga sim, sabe que se encontrarmos os pais dela teremos que a devolver para eles, não sabe?

 – Sim, e eu vou ficar muito feliz por ela, não consigo imaginar o desespero deles sem saber onde ela possa estar.

—Se eles ainda estiverem vivos.

— Você acha que o vampiro os matou e a abandonou para fugir?

— É uma teoria válida- Deslizei minhas mãos até seus ombros e fiz uma leve caricia, Nessie estava com a menina a apenas alguns minutos e já estava envolvida demais - Amor sei o quando ama crianças, não quero que se apegue a ela e depois fique triste por tê-la que devolver aos pais.

— Eu sei Jake, eu acho que ela está molhada e com fome.

Dei um sorriso, por um breve instante imaginei Nessie sendo mãe, com nossos filhos, apesar de ainda ser cedo para isso– Vou ligar para Leah e pedir que pegue as coisas na casa  de Sam, espero que essa pequena bola de gordura sem dentes consiga esperar um pouco.

Peguei o telefone e liguei para Leah, enquanto conversávamos observei Nessie se sentar no sofá e conversar com a criança, apesar de no início Leah fazer algumas piadas sobre a estadia da criança na minha casa ela acabou cedendo ao meu pedido.

Desliguei o telefone e me aproximei de Nessie me ajoelhando ao seu lado— Resolvido – Falei olhando para a menina e só então percebi que ela tinha muitas semelhanças com Nessie, o mesmo tom dos cabelos, as feições do rosto – Estranho – Sussurrei deixando meu pensamento escapar entre meus lábios.

— O que? Ela perguntou confusa.

— Ela é sua cara amor.

A criança olhou para mim e sorriu, e eu não resisti a aquela gesto, segurei sua mãozinha em um gesto carinhoso e ela segurou meu polegar o apertando.

— Eu acho que ela me lembra alguém – Disse Nessie.

— Você, os mesmos olhos, o formato do rosto, será que Phil não engravidou alguma amiga de vampiro?

—Que teoria mais absurda.

Eu gargalhei ao perceber seu aborrecimento e beijei seus cabelos me levantando em seguida, mas brincadeiras a parte aquilo era muito suspeito, era coincidência demais aquela criança ter sido deixada justamente em nossa porta e parecer tanto com Nessie, e mesmo que fosse uma coincidência a qualquer momento poderíamos ter a notícia da procura por uma bebê desaparecida, não queria que ela se apegasse demais e depois sofresse com a separação, fora o fato de que já havíamos conversado sobre bebês. — Você sabe que mesmo que seja por pouco tempo cuidar dela é uma grande responsabilidade não sabe?- Toquei seu queixo carinhosamente – Nós conversamos sobre bebês, concordamos em esperar justamente por sabermos disso.

— Você esqueceu essa conversa enquanto estávamos no bangalô em Meeru, não lembro de termos utilizado camisinha na maioria das vezes as quais fizemos amor, portanto talvez a Clarinha seja realmente um estágio caso alguma surpresa ocorra nos próximos meses.

A olhei pensativo, eu não havia pensado sobre essa possibilidade e por mais que desejasse ter filhos com ela, ainda era cedo— Clarinha? – Sussurrei ao ouvir o nome que Nessie havia dado a menina.

—Sim, ela precisa de um nome e não vamos ficar a chamando de bebê, Clara combina com ela, Clara Black.

— Amor ela já deve ter um nome. – Tentei desacelerá-la um pouco.

— Mas não sabemos, enquanto ela estiver aqui se chama Clara.

Suspirei e olhei para a criança, como sempre Nessie me dobrava com facilidade – Tudo bem, espero que aproveite a estádia na família Black pequena Clara – Disse me levantado e beijei os cabelos de Nessie – Está ficando mais frio, vou buscar um cobertor para ela.

Nessie sorriu concordando com a cabeça e fui para o quarto pegar o cobertor, parecia uma grande loucura, mas eu tinha algumas suspeitas sobre Clara, algo me dizia que ela tinha alguma ligação com Nessie.