A Nossa Última Noite - La Madrastra escrita por Mrs Belly


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que goste da mini fic. Boa leitura!
Deixe seu comentário e muito obrigada!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/799300/chapter/1

Estevão:

Estou aqui e não é a primeira vez que eu procuro refugiar-me nos braços de outra desde que a Maria me deixou. Eu ainda não a esqueci, admito. Mas mesmo com as minhas inúmeras tentativas de perdão, mesmo com as minhas juras de amor porque apesar de tudo eu sempre a amei, não obtive sucesso.

Fomos casados por dez lindos anos, tivemos juntos um casal de filhos, Heitor e Estrella que hoje tem dezoito anos e nos enchem de orgulho! Porém toda a nossa vida mudou e virou de cabeça para baixo quando Maria e eu, tivemos uma crise no casamento.

Maldita seja essa crise!

Já que me fez errar e colocar o meu amor na berlinda e por isso agora estou aqui - Jogado na cama e refém do meu próprio ato de covardia. Ato este que me mantem preso e incapaz de seguir a vida e de deixar que Maria siga também.

Maria:

Estevão é um tremendo desgraçado! Não tem nem meia hora que ele saiu da empresa onde infelizmente ainda seguimos trabalhando juntos depois de tudo o que aconteceu e, acabo de receber em meu celular uma foto em que ele está na cama dormindo nos braços daquela loira oxigenada. Meu corpo inteiro treme e sinto uma vontade tremenda de ir até lá e acabar com a raça dos dois, mas ao mesmo tempo a razão me alerta e eu tenho a consciência de que devo seguir - Afinal, foi ele quem me trocou por outra e não eu!

Estou em minha sala e batem na porta, o expediente logo vai terminar pois são sete horas da noite e me vejo cansada através do pequeno espelho que tiro da bolsa. Mando a pessoa entrar, é minha filha.

Estrella: Mamãe, achei que já estivesse em casa! - ela me beija no rosto com carinho e eu afasto a minha cadeira para ela sentar no meu colo - A aula terminou cedo hoje na faculdade. Tá tudo bem? - Sorri e eu a beijo na testa.

Maria: Está sim minha filha! Só estou um pouco cansada.

Estrella: Você trabalha demais mamãe! precisa sair, relaxar, encontrar um boy novo! - Ri de novo, brincando com as mechas dos meus cabelos longos.

Maria: Ficou doida? Já chega de problema pra mim, Estrella! - A tiro do meu colo e dou um tapa no bumbum dela - Homem nunca mais! - Suspiro me lembrando de Estevão e não sei porque, sinto tesão - Só quero paz, minha filha!

Estrella: Tudo bem dona Fernandez Acuña, não está mais aqui quem falou! - Ela puxa a cadeira que está em frente a minha mesa e senta ali - Só acho que a minha mãezinha querida deve se distrair um pouco, sair dessa fossa de mulher traída. Meu pai foi um cafajeste com você né mãe? Eu juro que não sei o que deu nele pra te trocar por aquela lambisgóia..

Maria: Nem eu minha filha! Mas se Estevão quis assim, se achou que eu não era mais mulher suficiente para ele, o que posso fazer? Quem planta colhe e ele já está colhendo o mal que desejou a si mesmo! - suspiro e retiro meus saltos do pé, Estrella baixa o olhar e eu entendo, não é fácil para ninguém ter a família destruída assim.

Estrella: Vamos pra casa? Heitor não está, nos encontramos na faculdade e ele me pediu pra te avisar que hoje vai dormir fora, na casa daquela garota, a Vivian!

Maria: Seu irmão e essa historia com essa menina sem sal! - Me levanto, coloco os sapatos e pego a bolsa - Eu já disse que é muito cedo para namorar... Vamos? - Dou a mão a minha filha.

Estrella: Mamãe, ele já tem dezoito anos! Aliás, se a senhora não se lembra, eu também! - Sorri e juntas andamos até o elevador da empresa.

Maria: Está transando com quem, Estrella? - Pergunto bufando. Onde esses jovens estão com a cabeça?

Estrella me olha e pega as chaves do carro para entrar. Vamos no carro dela mesmo porque eu estou exausta, sem paciência e com uma dor de cabeça terrível. O meu carro depois o motorista vem buscar.

Estrella:  Credo mamãe! Que bicho te mordeu? - Entramos no carro e ela vira a chave dando a partida - Eu não transo com ninguém ainda...

Maria: E nem vai minha filha! Você é muito nova para essas coisas assim como o seu irmão. Não quero que sofram depois de se apaixonar e acharem que aquela pessoa vai ser para sempre... não quero isso para vocês! - Eu a olho e ela segura a minha mão.

Estrella: Isso não vai acontecer com a gente mamãe, não vai! - Me olha - Por que não conversa com o papai? Eu sei que vocês ainda se amam!

Maria: Não Estrella, não existe mais "nós", acabou! O seu pai jogou o que construímos fora, ele quis assim e não tem volta.

O carro para no sinal. Meus olhos ardem e me seguro para não chorar. Falar da separação é sempre tão doloroso para mim porque infelizmente querendo ou não, eu sei que o amor que um dia senti por Estevão ainda está vivo no meu coração. Mas enquanto eu sofro passando noites sem dormir sentindo a falta, ele está lá na cama e feliz com Ana Rosa - a piranha mais vagabunda da face da terra!

Um dia eu vou esquecer esse homem, e quando isso acontecer sim, será o apocalipse para ele, aqui se faz, aqui se paga, Estevão San Román!

Deixo meus pensamentos de lado e olhando a rua pela janela do carro nem percebi que já estamos em casa. Descemos e entramos na mansão e apesar de tudo eu ainda sorrio por estar ali e ver naquela casa tudo o que conquistei com o esforço do meu trabalho. É claro que muitas das coisas lembram Estevão, vivemos ali dez anos felizes e não posso negar... vida que segue.

Estrella entra e depois de me dar um beijo, sobe para o quarto só saindo de lá quando for a hora do jantar, essa é nossa rotina. Subo as escadas e também vou para o meu quarto, entrando ali e jogando meus sapatos no chão, as costas doem e então dou alguns passos até me jogar na cama. Ao lado na mesinha de canto está o relógio é um porta retrato da minha família que aos poucos se perdeu.

Estico o braço e alcanço o celular no bolso do meu terninho vermelho, verifico as horas e também as mensagens - 30 de Estevão pedindo para me encontrar.

Droga! Quando ele vai me deixar em paz? Meu coração dispara, não sei explicar.

Estevão:

Já é tarde e Ana Rosa já foi embora depois da tarde intensa de sexo que tivemos aqui no meu apartamento. Trabalhei mais cedo e como sempre ver Maria na empresa todos os dias como se ela fosse uma estranha para mim, depois dos anos em que foi minha e que a tive em meus braços - me rasga a alma - eu a amo ainda e muito mas a sua recusa em aceitar meu perdão e reatar nosso amor me consome e me revolta de tal maneira que, não suporto e acabo descontando na cama com outra.

Ana Rosa não significa nada para mim. Ela é uma mulher linda, cheia de curvas e com um corpo escultural, é verdade, mas o que vivo com ela depois que me separei de Maria é apenas sexo e nada mais, uma diversão e refúgio, é um consolo para um homem que sofre e é rejeitado por quem ama mas que tem as suas necessidades masculinas.

Sofro muito calado e arrependido. Antes de tudo e de todo o prazer que tive nessa cama ainda a pouco, me humilhei e mais uma vez supliquei por perdão a ela, a minha Maria. Entrei na sala dela em nossa empresa e simplesmente a beijei com força e vontade tentando apagar tudo o que causei por não achar que aguentaria a barra em que passávamos em nosso casamento e que era normal - Que casal não passa por maus momentos? - fui um babaca, insensível, me afoguei no trabalho e na bebida ao invés de estar em casa muitas vezes para dar a minha mulher, o amor e a atenção que ela merecia.

A trai. Com Ana Rosa em uma noitada na mesa de bar. E hoje recebi em troca o que mereci.

Quem não erra?

Ainda estou nu largado na cama enquanto o lençol cobre miseravelmente a minha intimidade. Olho o celular ao lado e penso em Maria, escrevo uma mensagem e envio mas não tenho resposta, até que, vários textos ignorados depois, recebo uma ligação e imediatamente atendo, porque era ela. Eu amo essa mulher!

Estevão: Maria! - me sento na cama cobrindo meu membro que começa a subir só em ouvir a voz dela. Ele é como um escravo que se oferece prontamente para atender a sua dona, assim como eu.

Maria: Me esquece Estevão! Já disse que não quero que me importune no telefone a não ser que seja para falar de nossos filhos! Já me basta conviver com você naquela empresa! - Ela já foi logo falando, imagino como deve estar linda agora com seu rosto todo vermelho de raiva. Meu membro está duro, vou explodir.

Estevão: Maria se aquieta mulher! Liguei porque a nossa conversa ainda não acabou! - suspiro tirando o lençol e acariciando com a mão livre a base, preciso me aliviar e nada melhor do que fazer isso com a voz de Maria no meu ouvido gritando nervosa no celular. Uma delícia.

Maria: Tudo o que existiu entre eu e você acabou, Estevão! Você mesmo escolheu que fosse assim, agora não temos mais nada a tratar além de trabalho e de nossos dois filhos que cresceram e que por falta de diálogo do pai desnaturado deles, estão por aí transando com qualquer pessoa como se não houvesse amanhã!

Estevão: O que disse? - Meu corpo pega fogo e a respiração falha, acelero os movimentos da minha mão no membro e xingo alto! - Estrella está transando? Está louca Maria?

Maria: Não, mas vai logo! Heitor se tornou um devasso, dorme na casa daquela garota sem graça praticamente todos os dias! Belo exemplo deu a seu filho... - Ela percebeu a minha voz falha e a respiração desordenada - O que foi?

Maria:

Converso com Estevão e me viro deitada na cama mas de repente algo na voz dele me chama a atenção de um modo diferente pois eu o conheço muito bem e imaginar o que ele possa estar fazendo enquanto fala comigo me enche de raiva. Ele não tem vergonha? Está com aquela vadia enquanto fala comigo? Desgraçado!

Respiro fundo e crio coragem, mesmo que não tenhamos mais nada um com o outro aquilo me incomoda e tenho que perguntar. Minhas pernas tremem e meu íntimo molha. Espero que ele esteja sozinho ou não respondo por mim!

Maria: Estevão o que você tem? - finjo não ter interesse em saber - Ela está aí com você?

Estevão: Não! - fala grosso - Ela quem? Estamos falando de Heitor e Estrella! Ahhh - ele geme e eu faço silêncio.

Cretino, hoje você vai morrer!

Maria: Se ela não está aí então... está se tocando enquanto fala comigo seu.. seu cretino!!! Eu te conheço Estevão!

Estevão: Maria... eu te pedi perdão! Eu te quero mas você me obriga a fazer essas coisas! Pensa, poderia estar aqui agora sentada nele do jeito que você gosta!

Maria: Eu te odeio Estevão! Eu te odeio! - desligo o celular e o jogo com raiva na parede, as lágrimas vem e eu as deixo sair, aliviando a minha alma de uma culpa que não tenho mas que ele, esse mesmo infeliz que ainda amo acaba de me acusar.

Mas isso não ia ficar assim. De uma vez por todas tudo estaria acabado.

Levanto da cama e tomo um banho rápido, saio do banheiro e coloco uma roupa simples e confortável, a lingerie é azul e está combinando, sempre gostei de me arrumar assim para ele mas depois por costume faço para mim. Um vestido preto, o cabelo de lado. Desço as escadas de casa e Estrella me chama mas saio dali com tanta fúria que nem olho para trás, Estevão é capaz de muitas coisas mas me acusar pela ruína que ele mesmo plantou era demais e eu não podia aceitar calada.

Dirigi com pressa furando todos os faróis até que cheguei estacionando o carro de Estrella na frente de um prédio bonito. Passei pela recepção sem ser anunciada e subi ao décimo primeiro andar.

Estevão:

De repente a campainha toca e eu saio da cama para ver quem é, depois da ligação de Maria, a última pessoa que podia imaginar que viesse ao meu apartamento era ela mesmo sabendo que com toda a certeza ela estivesse irritada.

Abro a porta. E a visão que tenho é de uma mulher declarando guerra! Maria entra já me empurrando com força para dentro, e como eu fiquei do mesmo jeito em que estava antes,  apenas alcancei uma toalha para envolver a cintura antes de abrir a porta.

Maria: Infeliz! Não estamos afastados vivendo esse inferno apenas porque eu não quis estar aí sentada no seu... - ela chora - Não me acuse, não me diga essas coisas! Desde quando eu te obriguei a me trair com aquela vagabunda?

Estevão: Maria! Calma você me entendeu mal! - seguro os braços dela tentando me esquivar dos tapas que recebo e a toalha que cobre meu sexo, cai, me deixando inteiramente exposto para ela.

Maria: Você não tem vergonha! - ela cobre o rosto e vira de costas quando me vê nu - Acabou Estevão, há muito tempo acabou e agora eu só quero ter paz! Você me traiu, estava com ela agora a pouco porque aquela vadia teve a ousadia de me mandar uma foto de vocês dois na cama!

Estevão: Ana Rosa fez isso? Maria... - fico bem atrás dela quase colado mas sem me encostar - Hoje?

Maria: Sim! - chora mais, tentando controlar seu nervoso, eu fui um idiota.

Estevão: Me perdoa Maria, eu sou um idiota! - me encosto nela e minhas mãos rodeiam seu corpo. Maria suspira...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Continua...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Nossa Última Noite - La Madrastra" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.