Asas Douradas - Fremione Reescrita escrita por Lumos4869


Capítulo 5
Capítulo 05 - Águas turbulentas.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/799201/chapter/5

Capítulo 05 – Águas turbulentas.

Era o dia da Segunda Tarefa e toda a escola e seus visitantes estavam reunidos em volta do Lago Negro. Fred e George eram os responsáveis pelas apostas e já podiam imaginar o quanto ganhariam com tudo aquilo. Cada galeão era um passo a mais em direção à seus sonhos.

— Você viu Hermione hoje? – Fred perguntou a seu gêmeo depois que se sentaram em seus lugares. Havia um lugar vago ao lado de Fred para Angelina que estava conversando com uma de suas amigas duas fileiras à frente de onde estavam.

— Não. Na verdade, não a vejo desde ontem à tarde. – George franziu a testa. Os gêmeos esticaram seus pescoços e procuraram no meio da multidão algum sinal da castanha, mas não obtiveram sucesso.

— Não acho que ela deixaria de estar aqui, afinal, Harry é um dos campeões. – Fred comentou.

— Ela quem, Fred? – Angelina se aproximou e se sentou ao lado de seu namorado. Fred a olhou em alerta, pronto para se defender dos ciúmes de sua namorada, mas Angelina apenas inclinou sua cabeça, parecendo confusa com a reação do ruivo.

— Acha que ela está com algum problema? – George sussurrou para seu irmão.

— Espero que não. – Fred sussurrou de volta. – Estamos longe daquele dia ainda, não? – ele perguntou se referindo à noite de lua cheia.

— Acha que devemos procura-la? – George perguntou.

— Eu acho-

— Fred Weasley. – a voz de sua namorada o interrompeu. – De quem está falando? – seu tom de voz mostrava que não havia ficado nada feliz em ter sido ignorada.

— De Hermione, Angie. – ele respondeu e suspirou.

— Hermione Granger? A namoradinha de seu irmão? – ela perguntou.

— Ela não é namorada de Ronald. – Fred revirou os olhos.

— Eu acho engraçado que vocês nunca foram próximos dela e de repente, vocês são a sombra dela. – Angelina cruzou os braços irritada. – Não achem que não reparei nas piadinhas internas de vocês.

— Não achei que tivesse que reportar tudo que faço a você. – Fred respondeu sarcástico.

— Vocês podem parar? – George perguntou. – Não podem discutir mais tarde não? Não estou vendo Ron por aqui também. - o ruivo falou. Angelina bufou irritada, mas ficou quieta. Fred suspirou e massageou sua têmpora. Sabia que estava errado também, mas não tinha paciência para os ataques de ciúmes de Angelina o tempo todo.

— A segunda tarefa vai começar. – Fred se endireitou na cadeira ao ver os campeões se aproximarem. Podia ver o quanto Harry estava nervoso. O moreno estava pálido e suas mãos tremiam.

— Bem, os nossos campeões estão prontos para a segunda tarefa, que começará quando eu apitar. – a voz de Bagman ecoou entre as arquibancadas. Fazendo com que as vozes se calassem. - Eles têm exatamente uma hora para recuperar o tesouro que foi tirado deles. Caso o tempo se esgote, eles nunca mais terão seus tesouros novamente. Então, boa sorte campeões! Quando eu contar três. Um.. dois... três! – e apitou.

— Ouviu o que ele disse agora? – George perguntou a seu gêmeo, mas a mente de Fred já trabalhava de forma rápida.

— Acha que esse tesouro que foi tirado deles pode ser uma pessoa? – Fred perguntou com a testa franzina. – Ron como o tesouro de Harry e Mione como tesouro de Krum?

— Isso explica a ausência dos dois. – George falou. – Acha que eles correm perigo?

— Não acho que Dumbledore arriscaria a vida deles assim. – Fred falou, mas não havia muita confiança em sua voz.

*****

Foram longos minutos que mais pareciam dias para os gêmeos. Os alunos torciam para seus favoritos, mas os ruivos não conseguiam dizer nada. Os olhos de Fred estavam fixos no Lago, esperando ver os cachos de Hermione ou o tom ruivo dos fios de seu irmão saindo do Lago a qualquer momento.

— E parece que aí vem um campeão, senhoras e senhores! – uma voz anunciava levando a arquibancada à loucura. Os alunos gritavam os nomes dos campeões de forma louca, mas logo se calaram ao ver uma... não, duas figuras surgirem na superfície da água: Fleur desacordada e Krum com um machucado feio no rosto.

— Fred, aonde você vai?! – Angelina se levantou na cadeira ao ver seu namorado e seu cunhado saírem de onde estavam. Os gêmeos desceram da arquibancada às pressas e tentaram se aproximar da tenda onde Krum e Fleur estavam sendo atendidos.

— Os senhores não podem entrar aqui. – um dos organizadores da Tarefa falou. Os gêmeos trocaram um olhar rápido e logo um plano estava formado.

— Senhor, por favor. – George praticamente se jogou nos ombros do homem. – Meu irmão caçula está envolvido nisso não está? Preciso saber se ele está bem. O que irei falar para nossa mãe? – George abaixou a cabeça e tampou seu rosto com as mãos. – Ele morreu? Está machucado? - o ruivo levantou sua cabeça e agarrou os ombros do homem que o olhava atordoado. – Oh, pobre Ronizinho. O que será de nós sem ele agora? – George sacudia o homem. Fred trocou um olhar com seu irmão e entrou na tenda enquanto o homem tentava de alguma forma acalmar George.

— Senhor Weasley, o que pensa que está fazendo aqui? – a voz severa de McGonagall chegou até seus ouvidos, mas os olhos de Fred estavam fixos em Krum que estava tendo seu machucado tratado.

— Cadê Hermione? – Fred o puxou pela gola sem se importar com as pessoas ao seu redor.

— Você não tem noção nenhuma do que há ali em baixo. Tentei voltar para resgatar Hermione, mas não consegui. – o búlgaro abaixou sua cabeça.

— Foda-se. Ela só está nisso por sua causa. – Fred o sacudiu.

— Senhor Weasley!

— Se algo acontecer a Mione, você vai se entender não só comigo, mas com toda a Grifinória. – ele soltou a gola após mais uma advertência vinda de McGonagall. – Campeão é o cacete.

— Posso garantir que Srta. Granger não está correndo nenhum perigo. Seu irmão também está seguro. – Dumbledore ajeitou seus óculos.

— Seguros no fundo do Lago? – Fred questionou com a sobrancelha arqueada. O ruivo balançou a cabeça de forma negativa e saiu da tenda sem olhar para mais ninguém. - Vamos George.

— Conseguiu algo? – seu gêmeo perguntou. Havia conseguido se livrar daquele homem assim que Fred entrou na tenda.

— Dumbledore garante que eles estão seguros. – Fred bufou irritado enquanto fazia o caminho de volta para onde estavam sentados.

— O que nos resta é esperar então. – George colocou uma mão no ombro de seu gêmeo.

*****

Harry estava confuso. Já estava ali esperando os outros por um tempo e nenhum sinal. Havia chegado primeiro no local dos tesouros, mas decidiu esperar até o final para garantir que todos chegassem bem na superfície. As criaturas ao redor não estavam facilitando isso.

... já se passou meia hora, por isso não tarde

Ou o que você busca apodrecerá aqui...

Seu coração batia de forma descontrolado e pedia silenciosamente que os outros campeões chegassem logo porque segundo os sereianos, quem ficasse para trás, jamais voltaria à superfície. As criaturas ao seu redor começaram a apontar suas lanças em uma direção e Harry viu Cedrico surgir com uma bolha de ar em volta da cabeça.

— Me perdi. – Harry conseguiu ler os lábios do rapaz. Cedrico olhou uma última vez para o moreno antes de cortar as cordas de Cho Chang e a levar embora.

Harry ficou observando o lufano levar embora a garota que gostava e suspirou. “Nunca que vou ter uma chance com ela.” pensou. E então, ele esperou. Esperou. Esperou. “Onde estão os outros dois?!” pensava. Ao observa atentamente o movimento dos sereianos, ele soube que seu tempo estava acabando e consequentemente, o tempo dos reféns. Sem pensar duas vezes, cortou rapidamente as cordas que prendiam Rony e se dirigiu às cordas da criança francesa lutando com os sereianos que tentavam impedir. Com desespero, percebeu que o efeito da guelricho estava passando e se apressou em direção a Hermione. Os sereianos estavam furiosos com o rapaz que quebrara as regras e atacaram sem dó e piedade. 

Harry, que não tinha energia (e nem fôlego) o suficiente para lutar contra os sereianos, foi empurrado pelas criaturas para a superfície, sem soltar Rony e a criança. Lançando um último olhar a sua amiga e com a promessa de que voltaria, Harry Potter alcançou à superfície.

— ... Aí está o nosso último campeão! – o locutor narrava animadíssimo. – E com ele, dois dos reféns! Isso mesmo, senhoras e senhores! Obviamente, Harry Potter não seria ele mesmo sem quebrar algumas regras e agir como herói. Mas parece que o menino que sobreviveu deixou sua melhor amiga para trás!– e continuou a narrar coisas que  o moreno não se importava. Tudo que sua mente gritava era o nome de sua quase irmã e assim que viu que os professores alcançaram Rony e a francesa, mergulhou novamente nas águas turbulentas do Lago Negro, ouvindo de longe, a voz do diretor o chamando.

*****

Hermione abriu os olhos lentamente e se assustou ao ver que ainda estava no fundo do Lago Negro. Os sereianos riram de sua tentativa falha de tentar se soltar das cordas que a prendiam e isso a deixou irritada.

— Por que raios vocês não me ajudam?! – Hermione tentou falar, mas tudo que saiu foi bolhas. As criaturas riram novamente.

 “Não ajudamos, criança.” – um deles respondeu. Hermione estava entrando em pânico e por isso, não notou que o oxigênio não estava lhe faltando. Fechou seus olhos se concentrando nas cordas que a prendiam. Talvez conseguisse desfazer aqueles nós. Uma movimentação desconhecida fez com que ela abrisse seus olhos atenta e viu que os sereianos apontavam suas lanças com expressões raivosas em uma direção.

“Você de novo, seu insolente.” – um deles falou e Hermione quis gritar ao ver os sereianos atacarem um Harry Potter machucado que mesmo assim, mantinha um olhar determinado fixado na castanha.

— Saiam! Saia de perto dele! – a dona dos cabelos castanhos se debatia e tentava se comunicar ferozmente com as criaturas. – Eu disse, SAIAM! – Hermione gritou (tentou gritar) e os sereianos paralisaram ao olhar em sua direção.

“Interessante, criança caída.” - A que parecia ser a líder deles se pronunciou. – “Você tem sorte de que respeitamos imensamente os anjos e somente por isso que perdoaremos seu companheiro de invadir nosso território.” — ela fez um sinal e os sereianos se afastaram depois de cortarem as cordas da grifinória. Hermione se assustou com a repentina mudança na atitude dos sereianos e com terror, sentiu que seus olhos estavam dourados. “Mas a Lua Cheia já foi.” Pensou enquanto via Harry nadar em sua direção. Esperava muito que ele não tivesse reparado nesse pequeno detalhe. Fraca por conta do uso repentino de seus olhos, Hermione se deixou ser carregada por seu amigo e se entregou à escuridão.

*****

— “Olá, Hermione.” – Nichola a cumprimentou. Estava de novo naquele mesmo porão, mas dessa vez, ele estava sozinho. Era a primeira vez que sonhava com ele desde que o viu sendo torturado. – “Vejo que sua marca se despertou.”

— Leo me contou um pouco sobre você. – ela começou.

— “Leo?” – ele parecia confuso. – “O que ele está aprontando? Céus.” – Nicholas sussurrou.

— Como conseguiram te pegar? – ela se aproximou dele e analisou os machucados dele. Infelizmente não havia nada que ela pudesse fazer.

— “É uma longa história. Há muitas coisas que gostaria de dizer e de te explicar, mas infelizmente, não tenho muito tempo.” – ele deu um sorriso triste. – “Converse com seus pais e diga a eles que está pronta. Deixei uma memória minha com eles para que pudessem dar a você quando sua marca se despertasse. Essa memória vai poder responder muitas de suas perguntas. Sinto muito que seja nessas circunstâncias, é meu dever te ajudar, mas não posso fazer muito nessa situação.”

— Obrigada Nicholas. – Hermione sorriu. – Não há necessidade para desculpas, está tudo bem. – ela respondeu gentilmente. – Leo pediu para dizer que sente sua falta e pediu para que você não desistisse.

— “Diga a ele para cuidar de si mesmo e que não se preocupe, logo estarei em casa.” – ele suspirou. – “Por favor, não conte a Leo os detalhes de como estou.”

— Não irei falar nada. – Hermione prometeu. – Irei dar um jeito de te ajudar a sair daqui.

— “Não se arrisque por mim, Hermione.” – ele pediu. – “Tome cuidado, além da adaga celestial, ele está atrás de anjos caídos.”

— O que é a adaga celestial? -  Hermione questionou, mas não obteve resposta pois a porta do porão havia sido aberta. A castanha segurou sua respiração ao ver Pettigrew entrar e quis chorar sabendo o que aconteceria novamente.

—“Se cuide.” – Nicholas mexeu os lábios sem emitir som e Hermione foi mandada de volta para a realidade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Asas Douradas - Fremione Reescrita" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.