The Stars in George Weasley escrita por Morgan


Capítulo 7
Seven - The stars in us


Notas iniciais do capítulo

Depois de alguns dias de atraso, veio aí: o último capítulo de The Stars in George Weasley. Não deixem de acompanhar porque daqui alguns dias sai o epílogo. Muito obrigada e boa leitura! ♥



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George acompanhava Cedric e Fred até a entrada do saguão principal onde ambos encontrariam suas acompanhantes para o baile. Cedric conversava tranquilamente, mas Fred parecia estar prestes a desmaiar com a possibilidade de estar com Daphne naquela noite. 

Pouco depois dos três amigos chegarem às escadas, suas parceiras chegaram. Daphne vinha ao lado de Amélie e Valerie Watson, a corvina que Cedric havia convidado para o baile. De longe, George pensou que o vestido da sonserina era cinza, mas quando ela se aproximou passando pelas luzes bruxelantes das velas penduradas nas paredes, o vestido começou a brilhar parecendo ser de um verde-marinho escuro. Fred mal conseguia piscar e era possível dizer o mesmo de seu irmão gêmeo que embora achasse sim Daphne uma das garotas mais bonitas que já conhecera, principalmente naquela noite, seus olhos estavam parados em outra garota. Uma que não usava nenhum vestido de baile, nem maquiagem ou sequer um penteado diferente. Amy descia ao lado da amiga com um sorriso enorme no rosto, parecendo mais feliz até mesmo do que se fosse ela mesma ali. George não se lembrava da última vez que vira a garota usar uma calça sem ser em um jogo de quadribol, mas lá estava ela, com uma calça jeans azul clara que ia até pouco antes de seus tornozelos, um tênis de cano alto preto e uma blusa amarela de mangas longas. George queria dizer que Amy estava linda, mas de repente a palavra parecia pequena e sem significado demais para realmente passar tudo que o garoto estava pensando.

— Você é a garota mais bonita que já vi na vida – disse Fred ao lado de George quando as três garotas pararam em frente a eles. 

— Cale a boca – murmurou Daphne, as bochechas mais vermelhas do que o vermelho no brasão da Grifinória pendurado a poucos metros dos adolescentes.

— Estou falando sério, Black – disse ele, agora pegando a mão da garota e a fazendo descer o último degrau – Vou fazer você se sentir tão especial quanto o sol até o fim da noite. É uma promessa.

Daphne suspirou enquanto eles entrelaçavam os braços. 

— Ok, crianças – disse Amy rindo quando os dois casais começavam a se preparar para entrar no salão – Tomem cuidado. 

Daphne e Fred lançaram um último sorriso para George e Amy antes de se despedirem e entrarem. 

— Acho que foi a coisa mais certa que já fizemos – disse George mirando as costas do casal que praticamente flutuava quando estavam juntos. Amy soltou uma risada.

— Estamos agindo como se fossem nossos filhos. 

George olhou de lado para a lufana, com um sorriso provocativo no rosto – Quem sabe? Sempre quis colocar Fred como o nome do meu primeiro filho.

Amy começou a responder, mas foi interrompida por Cedric. 

O garoto havia parado no meio do caminho e agora caminhava sem a sua acompanhante chamando George. O grifinório franziu o cenho.

— Já volto – disse antes de ir encontrar o amigo no meio do caminho – O que foi?

Cedric olhou para a irmã mais nova atrás de George antes de falar.

— Tome cuidado com ela, tudo bem? 

George piscou – Sua irmã não precisa de uma babá, Ced. 

— Não é isso. Ela sempre fica um pouco sensível quando faz aniversário. E agora vai começar em uma detenção. Só... não encha muito a paciência dela.

O ruivo assentiu na mesma hora, prestando atenção em cada palavra do irmão mais velho de Amy. 

— Não vou. Na verdade, andei pensando em uma coisa... 

*

— Então, o que Cedric queria? – perguntou Amy depois de um tempo.

Os dois já estavam na sala de Filch. O velho zelador já havia despejado montes de pastas empoeiradas em cima da mesa, xingado um pouco e saído, batendo a porta com força. Amy passou o caminho inteiro até a sala calada e George se sentiu estranhamente tímido demais para tentar iniciar uma conversa.

— Ah, ele queria saber se eu conhecia algum lugar mais reservado – respondeu a primeira coisa que passou pela sua cabeça – Por causa do Mapa do Maroto.

— Não sabia que ele estava tão afim assim de Valerie – comentou ela jogando mais uma pasta para a pilha de 1962 – Vivemos em um mundo mágico, mas são os trouxas que têm computadores. Que piada.

— O que um computador faz, afinal? – perguntou George – Papai trouxe um deles uma vez, mas não conseguimos fazer muita coisa.

— Bom, eu também não sei direito – Amy riu – Mas sei que é possível fazer tudo isso – ela apontou para as centenas de pastas – Caberem todas dentro dele. Não seria mais fácil? Quer diz... Ai meu Deus! – exclamou ela chamando a atenção de George – Olhe só isso, George! Molly Prewett e Arthur Weasley! Seus pais! 

O garoto correu até a lufana e ela colocou o arquivo entre eles enquanto lia:

— 5 de Novembro de 1966, srta. Molly Prewett e sr. Arthur Weasley, ambos alunos da Grifinória, enfeitiçaram uma das nobres e antigas armaduras de prata no saguão principal para correrem atrás do professor Cuthbert Binns, recebendo assim, dois meses de detenção na Floresta Proibida e menos 25 pontos para Grifinória cada um. Professor Binns! Ele ainda estava vivo! – Amy riu juntamente de George.

— E ela ainda ousa implicar comigo e Fred? Pelo menos nós nunca fizemos isso.

— Bem, teve aquela vez que vocês enfeitiçaram bolas de neve para acertarem no turbante do professor Quirrell no terceiro ano – lembrou.

— Você tem uma memória boa demais para o seu próprio bem, Ames – disse George. Ela riu enquanto jogava a pasta na pilha de 1966, mas George não se moveu. Aproveitou a desculpa para continuar ao lado da lufana. 

Amy não se importou. Estava cansada de fingir que queria ficar longe de George. Não queria. Sentia falta de conversar com ele, de provocá-lo sobre suas habilidades no quadribol ou fazer piadas sobre Fred e Daphne. Sentia falta de George como amigo também. Podia ser que doesse um pouco depois, mas enquanto estava com ele tudo parecia suportável. Ela havia decidido antes da detenção que pararia de fugir. Ela faria 17 anos em menos de duas horas, pelo amor de Merlin, conseguia controlar os próprios sentimentos e já passara da hora de superar George Weasley.

— Srta. Violet Malfoy e sr. Aldous Black — disse George com um sorrisinho – Menos dez pontos para Grifinória e Sonserina por serem pegos aos beijos no banheiro dos monitores.

— Ai meu Deus! – a garota riu – Queria que Daphne pudesse ver isso! 

— Que bom que chegaram logo senão teriam encontrado os dois fazendo mais do que só se beijar.

— George!

— É verdade – ele deu de ombros – Aquele banheiro privativo deles nunca me enganou. Aposto que já deve ter acontecido coisa demais por lá. 

— Posso descobrir isso no próximo período se me tornar capitã da Lufa-Lufa – disse a garota puxando uma caixa nova para junto de si – Quem sabe eles não me convidam para alguma orgia também? 

George engasgou soltando a pasta que segurava. 

— Uma pena que Louis se forme agora – continuou ela rindo baixinho. 

— Isso não é engraçado, Ames – disse George, seu tom de voz sério fazendo com que Amy olhasse pra ele.

— Você anda muito sensível sobre o Louis ultimamente, George – disse ela – Não se preocupe. Eles não vão ganhar a Taça de Quadribol deste ano. 

George revirou os olhos. Sim, é este o problema, pode acreditar.

— Vocês estão mesmo... juntos? Você e Sheffield estão ficando?

Amy agarrou as folhas que segurava com mais força, olhou fixamente para o nome e o ano quase apagados no arquivo em suas mãos.

1976. James Potter. Fuga. Madrugada. Cozinhas.

Jogou-o na pilha dos anos 70 tentando controlar sua respiração que havia resolvido sumir um pouco com a pergunta tão direta de George. 

— Não – respondeu simplesmente. Sabia que, em algum lugar, Louis Sheffield sabia que ela havia acabado de dizer isso e a estava chamando de burra por perder a oportunidade de deixar George com ciúmes novamente, já que era isso que ele acreditava fielmente que era capaz de provocar. Amy sabia o que tinha acontecido perto da estufa no dia anterior, mas não conseguia convencer a si mesma que George era capaz de sentir ciúmes dela assim, tão de repente. 

O garoto suspirou aliviado, tirando a atenção de Amy do seu lado dos arquivos. Não. Não acreditava que George estava com ciúmes, mas ele claramente não gostava de Louis.

— Por que você não gosta dele? É por que ele é da Sonserina?

— Claro que não – respondeu ele, ofendido – Você sabe que não.

— E o que é?

O garoto passou a mão pelos cabelos ruivos e Amy franziu ainda mais o cenho. George só fazia isso quando ficava nervoso ou frustrado.

— É por que ele é bissexual? 

George arregalou os olhos – É claro que não, Amy! Nossa! O que acha que eu sou?

— Bem, desculpe, eu só não consigo imaginar porquê você não gostaria dele – disse ela – Todo mundo gosta.

— Fred não gosta.

— Fred têm ciúmes de Daphne – retrucou Amy – E na última vez que chequei, a sua princesa do quadribol não estava na mira do capitão, então, novamente: você não têm motivos.

O grifinório parou o que estava fazendo na mesma hora – Ahn... Princesa do quadribol? 

Amy bufou, jogando a pasta que estava em sua mão em uma pilha qualquer. Por que George tinha que ser tão lerdo às vezes? Ela sabia que não era de propósito, sabia que ele era assim desde criança – o que sempre a surpreendeu porque ela nunca havia achado que era possível ser tão inteligente e tão lerdo ao mesmo tempo –, mas algumas vezes era o pior tipo de castigo. Ela não gostava de Angelina Johnson, não queria vê-la, não queria falar dela, não gostaria nem de respirar o mesmo ar que a garota se pudesse evitar e não porque ela estava com George, mas porque ela não era sincera e não se preocupava com os sentimentos de ninguém a não ser os dela. 

Mas ali estava ela, com o namorado da dita cuja, falando sobre a dita cuja porque George não era capaz de entender nada se não fosse dito diretamente a ele. 

— Angelina Johnson, George. 

O garoto riu. 

— Ah, ela é a minha princesa do quadribol! – ele riu, jogando o arquivo que segurava para qualquer lado. Boa sorte para Filch se achava mesmo que George ia se dar ao trabalho de organizar tudo para ele e para sua gata fedida. George ainda tinha um sorriso no rosto quando acrescentou: – Ela não é a minha princesa do quadribol, Ames.

Amy olhou para George sem entender – Mas você gosta dela. Vocês estão namorando.

Ele balançou a cabeça mais uma vez, jogando uma pasta de 1950 no que ele tinha certeza que era a pilha de 1988. 

— Não estamos não – respondeu mirando os olhos verdes da garota – E eu também não gosto dela. Você não devia sair por aí espalhando esse tipo de coisa, Diggory. Quem sabe o mal entendido que poderia causar?

— Gosta sim – repetiu – Eu vi vocês essa semana mesmo. E você gosta dela desde o quinto ano quando ela fez aquela cagada gigante.

— Está achando que sabe mais do que eu, Ames? – George deu um passo a frente. Amy sentia seu coração palpitar como se fosse sair do peito. George não estava com Angelina? Espere, George não gostava de Angelina?! Como ela só estava sabendo disso agora? 

Ela respirou fundo, pegando a primeira pasta que apareceu na sua frente. 

— Não, eu só pensei que... bem... vocês estavam se agarrando no jantar um dia desses. 

— Acho que quis tentar quando ela pareceu sincera, mas ela não estava sendo realmente verdadeira e... – George parou e a lufana voltou seu olhar a ele, ansiosa para saber onde aquela história daria. O ruivo deu de ombros, se abaixando e tirando a varinha de dentro de sua bota – Eu finalmente percebi que não gostava dela. Não sei nem se um dia eu realmente gostei ou se só achei que era o que mais fazia sentido. De qualquer forma, acabou. 

Amy assentiu devagar. Ok. Tudo bem. George não estava com Angelina e aparentemente não gostava da garota. Isso era bom para ele. É claro que ela não merecia ficar com ele. Isso não necessariamente a autorizava a se encher de esperanças novamente e foi nisso que Amy tentou enfiar na própria mente quando o relógio de parede de Filch soltou um miado esquisito, avisando que o ponteiro menor atingiu o grande número onze. 

George ergueu a varinha, puxando o pó de todos os documentos que Filch havia jogado em cima da mesa como se fosse um aspirador, logo depois colocando todos eles dentro das caixas novamente.

— Vou aproveitar seu bom trabalho, srta. Diggory – disse George, colocando todas as pilhas que Amy havia montado em cima das suas. Os arquivos dos exs-alunos pareceram de repente muito organizados e limpos. George colocou as caixas na ponta da mesa de Filch. 

Amy mal percebera que estava sorrindo enquanto assistia o garoto apontar a varinha novamente para as caixas e dizer em voz alta: Fragili.

Ele ergueu o rosto de volta a Amy com um sorriso infantil enquanto explicava.

— Assim que Filch encostar nelas, elas vão cair – ele deu um sorriso – Até onde nós sabemos organizamos tudo direitinho e Filch botou todo nosso trabalho a perder.

— Georgie... – ela começou, dizendo que aquilo não parecia certo, mas George não conseguiu ouvir direito, pois fazia tempo demais que Amy Diggory não o chamava de Georgie e ele queria aproveitar aquela sensação novamente. 

— Não vou deixar você passar o seu aniversário presa aqui, Ames – disse quando ela terminou de falar. George caminhou até a garota, segurando sua mão e indo em direção a porta de madeira pesada e quebradiça da sala de Filch.

— E para onde vamos? – perguntou ela quando o ruivo destrancou a porta com um feitiço. Ele colocou a cabeça para fora, olhando de um lado para o outro antes dos dois saírem completamente de lá.

— Para onde quer ir? 

George entrelaçou ainda mais sua mão na de Amy mesmo que agora não parecesse tão necessário assim. Amy não se importou. Não se importou com nada enquanto George a puxava com delicadeza mesmo querendo sair o mais rápido que pudesse das masmorras. Eles estavam espremidos nas escadas escuras e íngremes quando Amy finalmente falou, suas mãos se separando quando George teve que empurrar a porta que dava passagem para o mundo acima.

— Não sei. Não podemos ir para o baile, não é? Seríamos escurraçados. 

George se virou, a tocha acesa deixando seu sorriso mais travesso do que o de costume. 

— Um tempo atrás você me levou ao seu quarto e disse que queria me mostrar cada estrela que havia em mim. Hoje é a minha vez. Sou eu quem vai te levar até às estrelas, Amy Diggory.  

*

George passou o caminho todo em silêncio, observando o Mapa do Maroto cada vez que eles precisavam entrar em um corredor diferente. Amy pensava que eles iriam até a sala vinte e sete ou algo assim, mas quando chegaram ao sétimo andar, ela percebeu que ou George havia se perdido, o que seria impossível quando ele e Fred conheciam o castelo tão bem quanto o próprio zelador Filch ou ele estava planejando outra coisa. 

E quando eles finalmente chegaram a tapeçaria dos Tragos Bailarinos e George parou, olhando para a parede lisa em frente a eles, Amy bufou.

— Vamos lá, George, me diga o que estamos fazendo aqui! Acho que passamos uns vinte minutos andando! 

Mas ele apenas fitava a parede, como se esperasse algo aparecer. 

— Sério, você é tão– Amy parou de falar quando viu um sorriso começar a se abrir no rosto do ruivo. Ela seguiu seu olhar a tempo de pegar uma enorme porta escura começar a se formar bem na parede que o garoto estava encarando a tanto tempo com expectativa – O que... o que é isso?

— Isso, minha pequena batedora bobinha, é a Sala Precisa. 

George deu dois passos a frente, abrindo a porta – Vamos, srta. Diggory, as damas primeiro. 

Amy fechou a boca que continuva aberta e riu fraco. Não devia estar tão surpresa com uma sala que surge a partir do nada em Hogwarts, muito menos com George Weasley a encontrando. Os dois entraram, a sala começou a se iluminar gradualmente enquanto Amy adentrava mais e mais. Quando tudo estava claro novamente, a boca de Amy se abriu em um círculo perfeito. 

— George... o que é isso? 

O teto da sala estava exatamente como o teto do salão comunal. Amy sabia que era apenas um feitiço, mas estava tão real que ela sentia que se conseguisse tocá-lo seria como tocar o céu. As estrelas brilhavam tanto que tochas nem pareciam ser precisas ali. Trepadeiras caíam delicadamente em uma das paredes e bem no meio da sala, havia um tapete roxo, exatamente como o que eles costumavam usar na sala vinte e sete para se sentar quando descobriram a sala e mais a frente, com os olhos brilhando, Amy viu um bolo azul redondo. Nas laterais haviam pequenas flores de doce como as que ela cultivava em seu quarto e morangos também. Amy se aproximou, soltando um suspiro ao ver o topo do seu bolo de aniversário. Havia uma pequena garota com roupas pretas e amarelas em cima de uma vassoura segurando um taco, mas foi o que estava escrito que chamou sua atenção.

— Suz, a elfa doméstica e eu quem fizemos – disse George parando ao lado da garota – Bem, ela fez quase tudo, eu só decorei. Isso explica muita coisa, não é? Minha letra não é a melhor.

Bem no centro do bolo em volta de pequenas estrelinhas azuis coméstiveis e com glacê rosa estavam os dizeres:

Feliz aniversário, Ames

— Ah meu Deus, George! – a garota soltou de repente, sentindo seus olhos arderem – Essa é a coisa mais bonita que eu já ganhei!

Amy passou a mão no rosto rápido quando sentiu a primeira lágrima escorrer. Se sentia sempre tão sensível no dia de seu aniversário, sabia disso, mas aquilo? Aquela sala toda decorada unicamente para ela? Por George? Como ela poderia não chorar? Era muito díficil tentar controlar seus sentimentos quando o ruivo parecia não conhecer a palavra limites. Amy estava tão encantada com o bolo, lendo e relendo as pequenas três palavras que George parecia ter se esforçado tanto para escrever que mal reparara nos doces ao lado ou na garrafa de cerveja amanteigada que George havia trazido. 

— Melhor do que aqueles bichos de pelúcia que dei no terceiro ano? – Amy não riu, apenas tentou controlar sua respiração mais uma vez. George se virou ao ouvi-la fungando pela primeira vez – Ames? – George se aproximou mais, virando a garota para si e quando Amy continuou olhando para o chão para que George não a visse chorar, ele tocou seu queixo, obrigando-a a fitá-lo também – Fazer você chorar não foi a intenção.

Ela riu dessa vez, revirando os olhos levemente. É claro que não foi a intenção, pensou ela com certo ressentimento. George era tão alheio aos seus sentimentos que não conseguia calcular o que um gesto como aquele poderia causar na garota. Nunca poderia. E Amy queria poder dizer que suas lágrimas conseguiam ser de gratidão e de frustração ao mesmo tempo, porque a cada dia que passava parecia ainda mais que ela nunca conseguiria parar de gostar de George Weasley e quando ele fazia esse tipo de coisa, bem, ele se tornava duas vezes mais culpado por isso. Amy se sentia muito burra por pensar que poderia ficar perto dele, que poderiam ser amigos porque já haviam sido uma vez e mesmo assim ela o superaria. Burra, burra, burra, pensava.

— Olhe só esse lugar – disse ela virando o rosto – Olha só tudo que você fez! Por que você fez tudo isso, George? 

— Porque é seu aniversário – respondeu ele com simplicidade, ainda segurando os braços de Amy. Ele virou o rosto em direção a um relógio redondo no topo de uma lareira – Olhe só. Faltam quinze minutos.

Mas Amy não seguiu seu olhar, continuou fitando o rosto bem marcado do Weasley. Suas sardas pareciam ter aumentado desde a última vez que ela conseguira ficar tão perto dele. Enquanto Amy pensava se era possível que isso acontecesse, o último momento de proximidade dos dois veio em sua mente: quando os dois se beijaram por aqueles curtos segundos antes dela correr como se sua vida dependesse disso. A lembrança fez o toque de George queimar e ela se desvencilhou dele dando um passo seguro para trás. George a encarou sem entender.

— Não sei o que você está fazendo, George, mas quero que você pare – disse ela. O garoto piscou, sentindo seu estômago inteiro se virar com a expressão de agonia no rosto de Amélie.

— Achei que você tivesse gostado...

Amy riu secamente.

— George, sei que você tem dificuldade de perceber algumas coisas, mas pelo amor de Merlin, não é preciso ser um gênio para perceber o que isso parece – ela ergueu os braços, circulando o local – Você... você não pode agir assim com todo mundo! Você não sabe o que as pessoas podem entender! 

Amy disse tudo de uma vez mesmo que sua voz ameaçasse falhar algumas vezes, se sentindo incrivelmente leve quando terminou. Seu peito subia e descia, mas as poucas palavras pareciam ter livrado Amy de metade do peso que ela sentia que vinha carregando desde que entendera seus sentimentos pelo amigo. 

— Eu não vou agir assim com todo mundo – disse George depois de um tempo, mas a garota ignorou.

— Você é tão... tão... lerdo, tonto, tão...!

— Ames... – começou George dando um passo a frente.

— Por favor, pare de me chamar de Ames... por favor – disse ela em um fio de voz e George congelou no lugar. Amy continuou olhando para o chão sentindo que seu corpo inteiro tremia.

Não queria continuar no limbo desse amor não correspondido, não queria continuar vivendo como se estivesse para sempre esperando George Weasley a notar. Não. Estava na hora de colocar um fim nisso e o primeiro passo era ser sincera para que os limites pudessem ser impostos.

George passou a mão nervosamente pelo cabelo enquanto olhava para Amy sem entender o que estava acontecendo, mas escolhendo ficar em silêncio, porque embora tivesse planejado muita coisa para àquela noite, Amy parecia precisar falar muito mais do que ele.

— Eu achei que conseguiria brincar com você, conseguiria conviver com você, mas não consigo, Georgie, sinto muito, mas não consigo ser sua amiga – ela hesitou por um momento antes de olhar fixamente nos olhos de George – Eu não quero ser sua amiga. Não quero ficar perto de você e continuar me sentindo... assim — Amy mexeu as mãos nervosamente em frente de si mesma – E quando você age assim, montando tudo isso para mim, me chamando de Ames... – ela riu – Isso é pior do que se você me beijasse bêbado de novo. E aquilo já foi bem ruim para minha cabeça.

Amy sempre falara rápido a vida toda. Isso costumava incomodar Cedric quando eram menores, mas George sempre achou um traço adorável. Naquele momento entretando, ele o odiou com todas suas forças. As palavras de Amy deram um nó tão forte na cabeça de George que ele sentia que podia desmaiar se o que ele entendeu fizesse o mínimo de sentido. 

— Não estou dizendo que você está fazendo de propósito – ela adicionou rapidamente – Nem que faz por mal, sei que você não é assim, George, mas eu não posso mais controlar o que sinto por você e eu estou cansada de...–

— Você gosta de mim? 

Amy parou, piscando em direção ao garoto.

— Você gosta de mim? Está dizendo tudo isso porque gosta de mim? – George deu um passo a frente – Pelo amor de Deus, Ames, como você me chama de lerdo quando é exatamente como eu? 

— O que? – questionou a garota. George levou as mãos até o rosto dela, segurando-o suavemente. Os olhos de Amy se arregalaram ao sentir o toque do ruivo em si, mas não o afastou novamente.

— Eu não vou agir assim como todo mundo porque só vou fazer isso por você, Ames, só por você – disse. Os olhos de Amy estavam permanentemente congelados olhando para todo o rosto de George, procurando apenas por uma coisa que dissesse que aquilo não era real – Eu gosto de você, Amy. Gosto de você demais, mais do que gosto de qualquer outra coisa na minha vida. Te disse que te traria para as estrelas, Amy e eu trouxe. Não existe mais ninguém pela qual eu faria isso. 

— Georgie... – murmurou ela.

— Deixe eu te mostrar as estrelas que existem em nós, Ames. Deixe eu te mostrar o que surge quando estamos juntos. 

O polegar de George acariciou vagarosamente os lábios rosados de Amy esperando a mais leve das confirmações que logo veio em forma de um suspiro nada contido. Assim como na sala vinte e sete, George deixou que sua mão escorregasse para nuca da lufana, a apertando levemente antes de colar seus lábios. 

George entendeu na aula de Herbologia que Amy era a pessoa certa para ele, mas beijá-la fazia com que ele visse isso. O beijo, que havia começado devagar e calmo, começava a tomar força e se aprofundar cada vez que Amy puxava um pouco mais os cabelos ruivos do garoto. George passou as mãos pelas coxas de Amy, a puxando para cima sem quebrar o beijo. Ele caminhou até uma das mesas onde colocou a lufana. Suas mãos percorreram cuidadosamente as coxas de Amy quando ela deixou que uma das mãos descesse até o cinto de George, puxando-o para mais perto com ele.

Foi nesse momento que a melodia de uma música começou, perfurando a barreira ofegante e desesperada dos dois jovens. 

— Ah, droga – disse Amy baixinho, enquanto puxava o discman de baixo dela. Ela o colocou de lado, voltando seu olhar para George, que já a encarava com um sorriso no rosto. 

Could you be the most beautiful girl in the world? 

— Eu lembro – disse George de repente.

— Do que?

It's plain to see you're the reason that God made a girl.

— Foi a única vez que nós dançamos. Dançamos essa música. Dance comigo de novo, Ames?

A voz de George era baixa, quase murmurada, tão rouca que se ele se aproximasse um pouco poderia arrepiar todo o corpo de Amélie apenas com uma palavra. Ela sorriu.

— Não, Georgie – negou, mesmo tendo se sentido ligeiramente feliz por saber que ele lembrava daquele dia.

When the day turns into the last day of all time I can say I hope you are in these arms of mine.

— Não estou aceitando não como resposta hoje, Diggory – ele puxou a garota pela mão que o seguiu até o tapete roxo sem muita dificuldade. 

George colocou as mãos na cintura de Amy enquanto ela cruzava os braços ao redor de seu pescoço novamente. 

— Foi nesse dia – disse ela depois de um tempo – No dia que dançamos. Foi nesse dia que eu percebi que gostava de você.

— Desculpe por não ter percebido antes. Se eu fosse um pouquinho mais inteligente, eu teria percebido. Eu teria entendido.

Could you be the most beautiful girl in the world? Could you be?

— Você é a pessoa mais inteligente que eu conheço, Georgie – disse Amy – Bem, talvez depois do meu irmão...

O garoto riu, mas negou com a cabeça.

— Não. Eu sou limitado, Ames – disse ele – Procurei coisas que faziam sentido, que pudesse entender logicamente e controlar como bem entendesse. É por isso que sempre fui muito conformado com a ideia de Fred ser o favorito de todo mundo. Porque fazia sentido e isso para mim dizia muita coisa, mas – ele riu, revirando os olhos para si mesmo –, não diz porra nenhuma. Nunca disse. Gostar de alguém não é um sentimento racional e enquanto eu continuasse pensando isso nunca teria percebido que...

— Que...? – incentivou.

It's plain to see you're the reason that God made a girl, oh, yes you are.

— Que sou apaixonado por você. Provavelmente desde aquele dia na sua casa. Talvez antes. Não sei. Não sei quando você deixou de ser a bruxa de taco para mim, só sei que já faz um tempo que tudo que eu consigo ver e pensar é você. Sinto muito por ter demorado tanto. 

Amy soltou uma risada, colocando seus olhos verdes brilhantes nos castanhos de George. 

And if the stars ever fell one by one from the sky I know Mars could not be to far behind.

— Não tem problema se você me mostrar que valeu a pena esperar – respondeu em um tom provocativo e George riu, virando-se para o relógio.

— Vou te mostrar quando você for legalmente uma adulta como eu – disse – Em 5... 4... 3... 2... – George levou uma de suas mãos até o rosto de Amy, virando-o para ele, os dois dividindo um sorriso pelo mesmo motivo –... 1. Feliz aniversário, Ames. Como se sente sendo a garota mais bonita do mundo?

'Cause baby, this kind of beauty has got no reason to ever be shy. 

Amy suspirou, mordendo o lábio inferior enquanto seu coração batia tão rápido quanto a baterista d'As Esquisitonas em seu instrumento no salão sete andares abaixo deles. Sentia-se pisando no céu de tão leve. Era tudo tão absurdamente maravilhoso que Amy sentia medo que fosse um de seus sonhos, aqueles que ela costumava ter depois da primeira vez que ouvira essa música, aqueles onde George dizia exatamente isso. Que ela era a garota mais bonita do mundo. 

Ela riu enquanto sentia suas bochechas corarem.

— Ah, eu não vou me acostumar com isso tão cedo.

— Eu posso te ajudar com isso – disse ele, beijando os lábios de Amy suavemente antes de descer devagar até o seu pescoço. Amy arfou baixinho e George a puxou, aprofundando os beijos que, muito provavelmente, deixariam marcas quando acabasse. 

'Cause honey, this kind of beauty is the kind that comes from inside.

Isso eu consigo ver, pensou ele quando a música chegou aos seus ouvidos. Amélie Diggory era linda. Era linda no céu rebatendo balaços perigosos, era linda com seu avental verde em Herbologia, era linda quando bebia cerveja rápido demais ficando com espuma no rosto, era linda quando dançava no meio da sala vinte e sete só porque queria se divertir sem sequer perceber que se tornava o centro das atenções e era linda agora, enquanto George a deitava em cima das almofadas que havia pedido e sido prontamente atendido pela Sala Precisa.

Amélie era linda por dentro e por fora. O tempo todo. 

E George faria questão de fazê-la entender isso todos os dias. 

Ele deixou que suas mãos vagassem sem rumo por dentro da blusa de Amy, tocando sua barriga levemente enquanto se posicionava no meio de suas pernas a beijando. Em um movimento rápido, Amy puxou George para baixo e subiu em seu colo. 

— Esqueci como você é mandona – comentou ele com um sorriso quando Amy passou as unhas delicadamente pela sua barriga assim como ele havia feito com ela a poucos segundos.

— Não sou mandona.

— Sim, você é – disse George – Mas tudo bem. Eu gosto. 

Amy se inclinou, capturando os lábios de George nos seus enquanto se remexia levemente em cima dele. George arfou fraco e a garota riu, deitando completamente por cima dele.

— Você acha isso engraçado? – disse tentando manter uma pose séria, mas falhando quando um sorriso começou a se formar ao sentir Amy enterrando o rosto na curva do seu pescoço – Não tem nada engraçado aí embaixo. 

— Não isso – ela sorriu, tímida – Nós dois. Amy e George dentre todas as pessoas. 

George agarrou a cintura da garota e virou o rosto, selando seus lábios demoradamente. 

— Não – confessou – Acho que é a coisa mais certa que já experimentei na vida. 

Amy não respondeu, apenas colocou seus lábios novamente em um beijo lento e cheio de paixão. As mãos de Amy foram novamente até o cinto de George, mas dessa vez ela o abriu, puxando-o logo em seguida e jogando em algum lugar que ela esperava que fosse por perto caso precisassem se vestir rápido. George parou o beijo apenas por tempo suficiente para encarar Amy e entender que queriam sim a mesma coisa. 

O beijo dos dois se aprofundou novamente e em poucos segundos, em uma confusão de pés e mãos agéis, suas roupas se espalharam pela Sala Precisa sem se preocuparem com quem poderia aparecer. George percorreu todo o corpo de Amy com beijos, em todos os lugares, até mesmo os que ninguém nunca havia explorado antes. Os gemidos baixos e roucos da garota faziam a pele do ruivo arrepiar e quando, no meio de suas pernas, George se atreveu a olhar para cima, sentiu que seria capaz de ruir bem ali onde estava sob o olhar penetrante e quase delirante de prazer de Amy Diggory. Sua Ames. 

Ela era capaz de fazer George se sentir o homem mais incrível do mundo apenas com um olhar, apenas com uma palavra, baixa, quase sussurrada que ela dizia enquanto dois de seus dedos deslizavam para dentro dela.

— Georgie... 

Era isso. Enquanto Amy o chamasse assim, enquanto ela se sentisse assim, George sabia que seria feliz. Não. Mais do que feliz. Ele seria capaz de dominar o mundo se tudo que fosse preciso fosse unicamente a sensação que estava dentro dele enquanto Amy fechava os olhos com sua respiração ofegante e puxava fracamente os cabelos ruivos de George, gemendo em alto e bom som para ele. Apenas para ele. 

George se colocou entre as pernas da lufana depois de fazer o feitiço de proteção e impulsionou-se devagar para dentro dela; algo que seu corpo já vinha pedindo há muito tempo.

— Me avise se doer, tudo bem? – disse George, recebendo apenas um aceno de cabeça silencioso de Amy que segurava em seus ombros com força. A garota não parecia ligar para a dor que estava por vir, pois tudo que conseguia era admirar o garoto em cima de si, o suor fino que escorria em sua testa, sua barriga desenhada e suas costas definidas que ela sabia que já havia arranhado completamente com suas unhas.

Ele mordeu o lábio inferior enquanto deslizava cada vez mais fundo dentro dela, devagar e com cuidado. Não sabia muito sobre primeiras vezes femininas, mas a última coisa que faria era machucar Amy. George levou uma de suas mãos até o ponto sensível da garota, começando a estimular devagar enquanto seu membro se fazia mais presente dentro de Amy. Seus gemidos passaram a ser mais altos e um pouco mais desesperados, se mostrando cada vez mais ávida por contato conforme seu corpo se acostumava com entusiasmo com a presença e as sensações que George a traziam. Quando sentiu que suas pernas começaram a enfraquecer novamente, Amy as prendeu ainda mais forte em volta do garoto em cima dela, o puxando para baixo e acabando com todo o espaço que restava entre eles. 

George soltou um gemido rouco, nada o preparou para a iniciativa de Amélie, mas não se importava, começando a se movimentar um pouco mais rápido a cada estocada que conseguia dar com mais liberdade. Amy jogou sua cabeça para trás, soltando sons ináudiveis e fechando os olhos enquanto deixava que seu corpo inteiro fosse tomado por George como deveria ser. 

O ruivo se inclinou depois de um tempo, deixando beijos nos seios de Amy, depois em seu pescoço e por último, puxando seu rosto de volta ao dele, em sua boca. 

O beijo foi como se Amy sentisse que tudo havia mudado de lugar dentro dela. De repente tudo ficou mais intenso, George a beijava com paixão enquanto ela inclinava-se para cima, procurando ainda mais dele, como se nenhum contato entre eles fosse suficiente. Talvez nunca fosse. Foi no meio do beijo que ambos arfaram ao mesmo tempo, sentindo seus corpos tremendo em um prazer como nenhum havia sentido antes. 

George caiu ao seu lado, puxando Amy para o seu peito, aninhando-a junto a ele enquanto passava os dedos pelos seus cabelos amendoados grudados em sua testa. 

— Não acredito que fizemos isso – murmurou ela rindo – Finalmente!

George soltou uma gargalhada, depositando um beijo na testa da garota.

— Quem vai acreditar nisso fora nossos amigos? – continuou ela.

— Todo mundo – George respondeu com tranquilidade – Todo mundo vai acreditar, porque eu teria que ser muito idiota para não perceber o que sempre esteve do meu lado desde os oito anos de idade.

— Você foi idiota por muito tempo.

— Não vou ser mais – disse ele – Nunca mais mesmo, Ames. Vou ser o melhor namorado do mundo, você vai ver.

— Namorado, huh? – retrucou a garota com um sorriso travesso – Não lembro de ter aceitado nada.

— Aceitou agora mesmo quando usou desse corpinho – Amy soltou uma risada e George puxou seu rosto novamente, agora selando seus lábios. Não conseguia parar de beijá-la.

— Lembra quando você me chamava de bruxa irritante de taco? – comentou Amy.

— Ontem? – retrucou ele, levando um soco fraco na barriga desnuda.

— Ainda vou ser melhor que você no quadribol – disse ela – E se quer saber, faz uns dois anos que Fred é o único que recebe meus balaços, por isso que você continua dizendo que é melhor que eu.

George arqueou as sobrancelhas, finalmente juntando as peças.

— É por isso que naquele jogo você travou! – exclamou com um sorriso tão largo que mudava sua voz – Você percebeu que era eu e não Fred por isso não quis me machucar? Ah, Querida Bochechinha-de-Mel, você gosta tanto de mim, não é? 

George agarrou uma das bochechas de Amy e, aos risos, a garota afastou sua mão.

— Você é um idiota. Pode se preparar porque vou enviar eles com toda força para você novamente. 

Ele abriu a boca dramaticamente, fingindo-se de ofendido.

— Você faria isso comigo? Logo agora que sou seu namorado?

Amy sentia seu estômago inundar-se de borboletas cada vez que George falava que estavam namorando. Parecia bobo, mas ela não conseguia evitar. Amava o som vindo dele e amava mais ainda como ele falava com toda naturalidade do mundo.

— É claro. Não preciso mais te conquistar. Você está louquinho por mim, olhe em volta. Fez até uma festa para mim!

— Não posso negar – respondeu simplesmente – Escreveria seu nome no céu se achasse que isso faria você gostar de mim.

Amy acariciou o rosto do garoto com carinho.

— Você nunca precisou fazer nada para que eu gostasse de você, Georgie. Sempre gostei de você de graça. Só porque era você. George Weasley. Mais ninguém.

George sentiu seus olhos marejarem. Amy era sempre boa nisso de fazê-lo sentir-se o único homem do mundo. O único e mais importante. 

A amava além da vida por isso e por mais mil outras coisas que ele sabia que existiam, porque Amélie Astéria Diggory era brilhante em todos os sentidos. 

George virou seu rosto de volta ao dele, depositando um beijo cálido sob seus lábios e depois encarando os olhos verdes que o reconfortavam antes mesmo dele sequer se dar conta.

— Eu te amo, Ames. 

O grifinório pensou que a pegaria de surpresa, que talvez não fosse receber nenhuma resposta e sabia que se este fosse o caso, tudo bem. Havia acabado de se declarar para ela, ela não precisava ter tanta confiança nele.

Mas Amy tinha. E com um sorriso maior ainda, respondeu com todo seu coração:

— Eu também te amo, Georgie. 

Eles se beijaram até o garoto a afastar abruptamente com os olhos arregalados.

— Merlin! A sua festa!

— Nós meio que estamos tendo ela agora, Georgie – respondeu Amy com uma careta de indignação por ele ter se afastado. 

— Não! Fred, Daphne... Cedric! – ele arregalou os olhos, sentando-se abruptamente – Seu irmão! Eles vão vir para cá. Para comemorar com você!

Amy deu um salto muito maior que George, ficando de pé e começando a se vestir.

— Por Morgana, George, agora que você diz? E se eles estivessem chegado há tipo, vinte minutos atrás? Imaginou que cena maravilhosa eles pegariam?

— Eu obviamente não estava... – ele colocou a cabeça dentro de sua camisa xadrez –... pensando. 

Amy soltou uma risadinha enquanto terminava de fechar o ziper de sua calça jeans. Ela jogou seus cabelos para trás e em um instante pareceu que nunca esteve pelada no chão de nenhum lugar. Exceto por algumas marcas em seu pescoço, é claro.

— Sim, você estava ocupado, não é? – ela se inclinou em uma das mesas, dando a George um de seus olhares provocativos, exatamente como os que ela o enviava quando dividiam o mesmo campo de quadribol – Bem no meio das minhas pernas. Já estou com saudade de você, aliás.

George riu, pronto para responder da maneira que ela merecia, mas a porta se abriu, revelando uma Daphne sorridente de mãos dadas com Fred e um Cedric que parecia levemente bêbado – como deveria ser no seu último baile da escola. Os três correram até Amy a abraçando e desejando feliz aniversário, mas ela continuava fitando George por cima dos ombros deles com um sorriso malicioso no rosto e ele sabia que ela estava planejando a melhor – ou pior – forma de revelar aos amigos que eles haviam finalmente se resolvido. E se ela trocasse mais algum olhar com o cinto de George que havia ido parar embaixo de uma das cadeiras do canto da sala, ele tinha um péssimo pressentimento sobre como isso aconteceria. 

Amy Diggory seria mesmo a perdição de alguém um dia, mas agora tudo que George conseguia fazer era agradecer por este alguém ser ele.

 

 

 

 

 

 

 


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