O Futuro Está Aqui escrita por Vanilla Sky


Capítulo 13
Pesadelos me levam a você


Notas iniciais do capítulo

((juro que agora estou conferindo duas vezes as histórias antes de postar hsuhsuhs))
Boa tarde, pessoal! Vim bem cedinho hoje para compensar o atraso na semana passada por conta da falta de luz. Inclusive, aproveito para pedir muitas desculpas pela minha ausência nesses últimos dias :(( meu PC deu problema e, por isso, estou com um note mais velhinho que sempre dá uns problemas: trava, não se conecta direito com a internet, não abre os apps, aí eu sou obrigada a reiniciar e isso me tira um tempo precioso para responder os comentários..... mas não desistam de mim! Fico feliz de conseguir usar o word nesse computador. Em último caso, iria escrever e postar pelo celular, jamais abandono vocês ♥
Em tempo vou responder a vocês, ok? :)
Aproveitem a leitura!



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Wanda se descobriu em um lugar desconhecido.

Porém, a sensação foi logo suprimida quando ela reconheceu as cortinas brancas e o espaço levemente apertado do hotel em Edimburgo.

O local que soube da gravidez. O local em que deu a notícia para Visão.

Ela olhou para uma barriga quase nula, tão diferente da sua atual gestação; e, em um momento de desespero, procurou Visão pelo quarto somente para encontrá-lo atrás da porta entreaberta do banheiro, provavelmente olhando para o teste de gravidez positivo sobre a pia.

— Vizh? – Ela o chamou, mas não obteve resposta.

Ao seguir na sua direção, as janelas subitamente abriram, dando espaço para uma abrupta ventania a qual a segurava firmemente no lugar e grossos pingos de chuva que mais pareciam navalhas contra seu corpo. As madeixas do cabelo ruivo cobriam seu rosto enquanto ela desesperadamente tentava gritar, movendo os pés com dificuldade.

— Vizh!

O chão oferecia a mesma resistência de areia movediça, e cada passo em que ela não afundava por completo era uma vitória.  O sintozóide não se movia com os chamados insistentes dela, quase como se não os ouvisse. Em seguida, as cômodas e roupas de cama começaram a flutuar em redemoinho por conta dos fortes ventos, e Wanda utilizou das habilidades intrínsecas a ela para evitar que os itens a atingissem.

Quando alcançou a porta e tocou o ombro de Visão, o mundo a sua volta se tornou completamente branco.

Wanda foi jogada para longe e, ao se levantar, notou que vestia uma camisola de mangas compridas feita de linho branco, além de sentir os cabelos ruivos soltos tocando a metade das costas. Com as mãos trêmulas, sentiu a barriga crescente, e um suspiro de alívio escapou dos seus lábios. Olhou para o chão, notando, por baixo dos pés descalços, um piso de madeira bastante familiar.

Era a casa dos seus sonhos.

A cama atrás de si estava posta para duas pessoas, mas bagunçada de apenas um lado. Dormira sozinha. Através das janelas, uma manhã gloriosa se estendia no horizonte, com as árvores cobertas de neve trazendo a sensação nostálgica, e ao mesmo tempo doída, para o peito de Wanda. Ela respirava com dificuldade, provavelmente pelos meses de gravidez pesando em sua barriga.

O casaco estava no mesmo cabideiro, e Wanda o buscou para cobrir seu corpo enquanto descia as escadas. A mesma vidraça sobre a escada mostrava a Base da HYDRA sobre uma montanha, e um frio percorreu a sua espinha ao lembrar dos experimentos os quais reiteradamente sofreu no passar dos meses.

Desceu a escadaria com cuidado, temendo dar um passo em falso e cair ao chão. Ao alcançar o térreo, seguiu diretamente até a porta, estranhando a ausência do cheiro de café da manhã e as vozes animadas vindas da cozinha. Porque estava diferente? Não havia qualquer sinal de outras pessoas na casa. Estava realmente abandonada.

Uma corrente de ar gelado envolveu seu corpo ao abrir a porta e colocar um pé para fora, o qual afundou na neve fofa acumulada na soleira. Surpreendentemente, porém, ela não sentiu frio, tampouco precisou usar dos poderes para se proteger do mau tempo. Era comum dizerem que mulheres grávidas não sentiam frio, e ela experimentava essa sensação em primeira mão.

De repente, ela escutou vozes de crianças chamarem:

Mãe!

Wanda utilizou de um impulso para voar floresta adentro, tomando cuidado para não esbarrar em nenhum tronco ou galho espichado de árvore. Era improvável que as vozes clamassem diretamente por ela, especialmente porque ainda estava grávida, e a voz em eco parecia distintamente de crianças já mais velhas, e não o choro de bebês recém-nascidos; entretanto, seu instinto materno a direcionara exatamente para ajudar.

A floresta parecia interminável, contudo, eventualmente, Wanda alcançou uma clareira repleta de neve e encontrou duas crianças da mesma idade, iguais perante os seus olhos embaçados. Não conseguia distinguir um do outro, tampouco seus gêneros, apenas que eles choravam e clamavam por ajuda. Fez menção de ir até elas, mas foi parada por uma resistência em sua mão esquerda.

Visão a segurava fortemente, implorando que ela não fosse. Com pesar em seus olhos verdes, ela se desvencilhou do sintozóide com um empurrão e correu até chegar nas crianças e se ajoelhar perante elas.

Subitamente, uma figura demoníaca vestida de verde e montada em um cavalo apareceu por trás deles, pegando ambos de uma vez só, ocasionando mais gritos. Wanda arqueou o cenho em horror e, ao olhar para trás, buscando a ajuda de Visão, percebeu que já não estava mais lá.

— Clame o quanto quiser, Feiticeira. – O demônio falou, de maneira ameaçadora. – Ninguém virá por você. Nem os seus filhos.

Um líquido viscoso e quente escorreu pelo meio das suas pernas nuas até cair na neve. Vermelho contrastando com branco. Sangue.

Logo, seu vestido estava repleto de sangue, e o chão, antes claro, ficou em um tom estranho e escuro sob seus pés, junto de uma dor pungente que a fazia chorar. Era tão físico que não mais parecia um sonho. Sua barriga apertava mais e mais à medida que o sangue escorria, e um grito escapou de seus lábios, sendo a escuridão a última coisa a qual vira antes de apagar completamente.

Wanda abriu os olhos assustada, e notou estar na casa de campo que dividia com os Vingadores Ocultos. Suor escorria por sua testa e cabelos, e ela arfava pesadamente, notando que havia sangue no lençol ao seu lado. Desesperada, ela desceu as escadas o mais rápido possível, sendo parada por Visão, em roupas humanas, se materializando em sua frente para abraçá-la e confortá-la enquanto perguntava, consternado:

— Wanda, meu amor, o que houve?

Nos braços de Visão, Wanda sentiu lágrimas escorrerem por seu rosto e tocarem a blusa que ele vestia, incapaz de dizer qualquer palavra. Ele afastou alguns fios de cabelo da sua testa úmida para beijá-la com carinho enquanto acariciava suas costas.

— O que houve, querida? – Ele insistiu, com delicadeza na voz.

— Os bebês... O sangue...

— Ah, o sangue é do seu machucado de ontem. Não tem nada de errado com a sua gestação. – Ele tocou sua barriga. – Acordou assustada? Perdão por não estar lá...

Wanda balançou a cabeça em negação, ficando um pouco mais calma através dos toques amorosos de Visão.

— Eu preparei uma xícara de chocolate quente para você. – Sussurrou Visão ao beijar o topo de sua cabeça. – Tome uma ducha enquanto preparo a mesa, que tal?

Ela assentiu e seguiu em direção ao banheiro.

~.~

Enquanto Wanda tomava sua ducha, Visão separou a roupa de cama, totalmente suja de sangue e molhada de suor, para lavar a mão em um tanque do lado de fora da casa. Depois, pegou roupas limpas e antissépticos para a moça, deixando-os sobre uma cômoda perto da cama. Após um banho relaxante, Wanda, enrolada em uma toalha, ingressou no quarto e encontrou Visão admirando a vasta paisagem através da janela.

— Oi, Vizh.

Os olhos de Visão voltaram-se para Wanda, e ele sorriu ao encará-la com afeto. De todas as vistas que tivera contato, sua namorada humana certamente era a mais bonita delas. Apesar de um pouco sem jeito, ela buscou as roupas na cômoda e ficou nua para se vestir.

— Como está o braço?

Apesar de não demonstrar, o sangue sintético nas veias de Visão se encontrava mais rápido, bombeando mais rápido para diversas áreas de seu corpo, como a ponta dos dedos e o meio das suas pernas. Mas ele ignorou os sentimentos, a preocupação com ela falando mais alto.

— Está... Melhor. – Ela propositalmente deixou o sutiã de lado e vestiu a calcinha e um vestido, observando o braço em seguida. Estava inchado, um pouco vermelho, e os pontos coçavam, porém, ao menos, não estava sangrando. – Obrigada.

Visão se aproximou e aplicou antissépticos, junto de uma gaze antiaderente para proteger o curativo. Os cabelos molhados de Wanda pingavam no tecido de roupa, mas ela não se incomodou e apenas disse, em voz baixa:

— Preciso meditar. – Ela engoliu em seco.

— Claro. – Respondeu Visão. – Algo errado?

Ela lembrou do pesadelo. Da casa, das crianças, do demônio, do sangue.

— Não. – Mentiu, olhando para o outro lado. – Mas quero me conectar com essa criança. – Ela voltou o olhar para Visão. – Você... Pode ir comigo?

Visão finalizou o curativo e beijou o alto de sua testa.

— Claro que sim. Vamos depois que você terminar o café da manhã? O relógio aponta seis da manhã, nossos colegas estão dormindo, e acredito que o raiar do sol seja ideal para realizar a meditação.

Wanda confirmou com a cabeça e sorriu enquanto se virava e beijava os lábios de Visão com afeto. Seus pesadelos poderiam dizer o que quisessem, mas sempre teria a presença dele ao seu lado nos momentos difíceis que enfrentaria em breve.

~.~

— Então você não os achou?

— Senhor Stark, eu os encontrei, mas o Visão saiu voando e não consegui chegar até ele.

— Então voltamos para a estaca zero. – Tony suspirou, incomodado. – Você sabe o quanto o governo está pegando no meu pé?

— Eu posso imaginar, senhor. Mas, infelizmente, não teve nada que pudesse fazer para impedir.

— É só que eu e o Rhodes estamos de mãos atadas. Não podemos sair do nosso Complexo sem levantar suspeitas. Por isso, eu conto com você para isso.

— Sim, é claro.

— Monica?

— Sim?

— Você notou algo de... Estranho... Na Wanda ou no Visão?

Ela notara uma barriga de gravidez na escuridão, mas resolveu manter silêncio.

— Não, senhor. – Respondeu finalmente.

— Tem certeza?

— Absoluta.

Em verdade, Monica Rambeau gostaria de conversar com sua mãe, Maria, para elas buscarem uma estratégia diferente para se aproximar deles. Algo que ela certamente aprovaria, e seria menos nocivo que o ataque a cidade planejado por Hayward.

— Em breve teremos evolução, Senhor Stark. – Ela sorriu e esticou a mão para apertá-la amigavelmente. – Pode confiar em mim.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo vai ser bastante emocionante, já estou ansiosa para compartilhar com vocês ♥
Aos meus leitores queridos, POR FAVOR VÃO LER HOME. É sério. Estou morrendo de vontade de ler a atualização mas aaaa estive um tanto ocupada com a faculdade. Mas recomendo a todos a leitura ♥
Lembrando que aceito críticas e sugestões :))
Fiquem bem e nos vemos amanhã em For Those! Um beijão e um abraço bem quentinho ~ ♥



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