The Chosen Ones — Chapter One. escrita por Beatriz


Capítulo 15
Sayuri: festa de agradecimento.




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Passado o constrangimento de ter atrapalhado Akemi e Gaara em um momento quase íntimo, nós saímos do hospital para a festa que ocorria nas ruas da aldeia. As decorações me lembraram muito a Vila da Folha, porém aqui as coisas pareciam bem menos caras. Ando animadamente por entre as pessoas, eu só queria poder esquecer um pouco que estávamos em uma missão em que corremos risco de morte. Queria esquecer essa tal Doragon, o que aconteceu com Akemi, todos os problemas... Mas, eu sabia que a fonte dos meus principais problemas não podia ser esquecida assim.

Sasuke simplesmente desaparecera depois que deixou o quarto de Akemi horas atrás e agora eu não conseguia parar de pensar onde ele poderia estar. Continuo dizendo à mim mesma que ele já é bem grandinho e pode se cuidar sozinho, mas, depois de tudo o que aconteceu nessa missão, fico constantemente com uma sensação ruim e a preocupação vem de brinde.

Só consigo relaxar um pouco mais quando vejo uma pessoa vendendo saquê e paro para comprar. Eu realmente precisava espairecer um pouco e a bebida sempre me ajudava nisso. Gaara e Akemi andam à minha frente, eles parecem um casal que ainda não sabem que são um casal. Suas expressões corporais falam muito. Akemi anda tímida ao lado do ruivo, olhando tudo ao redor como se fosse a primeira vez; Gaara anda como um robô ao lado dela, como se qualquer movimento mais brusco fosse fazê-la sair correndo. Aí eles olham na mesma direção e seus olhares se encontram, Akemi sorri minimamente e logo corta o contato visual, como se estivesse envergonhada demais para sustentar o olhar dele; Gaara, por sua vez, pressiona um lábio contra o outro, sem saber o que fazer quando eles se encaram. Deveria sorrir? Puxar assunto? Quem sabe segurar a mão dela? Essa última parte percebo, pois ele não para de olhar para as mãos da menina.

Alguns centímetros atrás deles, eu apenas rio disso tudo. Eles parecem estar no primeiro encontro, mas nenhum consegue tomar uma iniciativa. Iniciantes, penso. Akemi então para em uma barraquinha para ver uns objetos feitos de madeira, para enfeitar a casa, eu acho. Gaara e eu paramos atrás dela. Ela fala animadamente com a dona da barraca, perguntando quanto estava a coruja com olhos azuis de vidro que pareciam estrelas em um mini universo, e pede a opinião de Gaara sobre o animal de madeira. Ele parece surpreso com o interesse dela em saber a opinião dele, mas faz o possível para não ser tão estranho e responde normalmente.

Não me preocupo muito com a nossa segurança. Akemi, a que mais corre perigo aqui, está sob a vigilância de Gaara — que eu tenho certeza que faria o impossível para mantê-la segura — e eu sei me virar muito bem. Então, estamos bem. Giro 180º graus para ver a barraquinha atrás de nós, deixando os pombinhos a sós com a coruja de madeira.

É uma barraquinha onde vende armas – kunais, shurikens, espadas – observo atentamente cada um dos itens e percebo um símbolo gravado em cada uma delas: às vezes um dragão, às vezes um águia. Com a ponta do meu indicador, toco o talhamento no cabo de uma espada, me lembrando do ataque à Vila da Folha.

— Com licença — chamo o dono da barraquinha. Ele se vira para mim com um sorriso gentil nos lábios. — quanto é essa espada? — começo com um assunto normal, não queria assustar o homem. Ele me responde o preço e me finjo de mais interessada. — É muito bonito esse símbolo — digo, indicado o animal entalhado no cabo.

— São animais específicos daqui — ele comenta. Está entrando no meu jogo. — As lendas dizem que, há muito tempo atrás, esses animais andavam por essa região. Dá pra imaginar? Dragões e águias gigantes...

— Devia ser uma época magica — digo.

— E era! — ele diz, animado. — Sabe que ainda temos esses animais até hoje? — faço uma cara tipo “é sério?”, demonstrando interesse no que ele dizia. — Sim, sim. Muitos shinnobis daqui têm esses animais — ele se aproxima mais de mim e abaixa a voz, como se fosse me contar algo super secreto. — Em seus jutsus de invocação.

— Uau — digo, como se eu estivesse realmente admirada. — Que incrível. E qualquer ninja pode ter esse jutsu?

— Não, não — ele se afasta, como se o que eu disse fosse uma ofensa. — Não todos, apenas aqueles que treinarem muito. Sabe o que eu quero dizer? Trabalhe muito e você terá recompensas de um deus.

Deixo a barraca com essa palavra na minha mente: “deus”. O que será que ele quis dizer? Um jutsu de invocação não era muito difícil de aprender para uma pessoa ter status de deus. Bebo mais um pouco do meu saquê e caminho novamente até Gaara e Akemi.

Assim que nós quatro voltamos a andar, avisto Sasuke. Ele não parece machucado nem nada, então penso que não se envolveu em nenhuma confusão e nem estávamos sendo atacados. O observo abrir caminho entre as pessoas como se elas não passassem de coisas insignificantes. Nada parece chamar sua atenção no caminho, mas, em compensação, ele chama bastante atenção. Muitas mulheres o observam, desejando tê-lo, e muitos homens o observam, desejando ser ele. Porém, o ar de superioridade dele não o deixa devolver nenhum desses olhares. Até seus olhar encontrarem os meus.

É um clichê dizer que perco o fôlego quando percebo que, além de estar olhando diretamente para mim, ele está vindo em minha direção, mas é exatamente isso o que acontece. O vento que sopra por ali, balança seus cabelos escuros, jogando os fios na frente de seu rosto. Sua expressão nem se altera, posso jurar que nesse exato momento ele pode ver minha alma, todos os meus segredos mais obscuros. Cerro meu punho, pois sinto minha mão tremendo. Que merda de efeito é esse que ele tem sobre mim? Ele está cada vez mais próximo de mim e não consigo me mover. 2 metros, 1 metro, alguns centímetros... E estamos cara a cara.

Sasuke é bem mais alto que eu e tenho que levantar minha cabeça se quiser continuar mantendo nosso contato visual. Devo dizer que deveria ter ido embora antes dele chegar perto, pois agora tudo o que consigo pensar é no quanto um beijo dele seria bem-vindo. Lembro das vezes em que nos beijamos, o que torna ainda mais doloroso o fato de que provavelmente não faremos mais isso. Eu mesma já tinha estipulado uma nova barreira entre nós dois desde aquele momento em que nos beijamos na floresta, então por que agora eu o quero tanto? Sinto como se meu peito fosse explodir se eu não o tivesse em meus braços agora.

— Nós precisamos conversar — ele diz tão baixo que se eu não estivesse tão próximo não teria escutado.

Conversar? Sobre o que? Nós dois? Tremo internamente. Será que ele estava com as mesmas vontades que eu e isso era só uma desculpa? De repente sinto dificuldade em respirar.

Ele passa por mim, um aviso claro para que eu o siga, mas não conseguimos dar sequer um passo para longe da multidão, pois as pessoas ao nosso redor começam uma dança de rua enquanto cantam uma canção que nunca escutei. Algumas meninas se metem entre Sasuke e eu e acabamos nos separando. Inferno, praguejo mentalmente. Se ele não fosse tão alto, eu o teria perdido no meio da multidão. Tentando procurar meu fôlego novamente, encontro Akemi com meus olhos e aparentemente tinham a separado de Gaara também, pois ela parece um pouco perdida o procurando e tenho certeza que ele não se afastaria dela por livre e espontânea vontade. Abro caminho entre as pessoas, recebendo algumas empurradas por conta da dança, e vou até ela.

— Onde está Gaara? — pergunto, parando ao seu lado.

Ela aponta para a nossa frente e vejo, há alguns metros de distância, Gaara parado como um poste enquanto umas meninas se esfregavam nele. Eu teria rido alto se não tivesse olhado para Akemi e ela estivesse com uma expressão péssima no rosto. Não era raiva, era a típica expressão de ciúmes. Não acredito que ela estava com ciúmes do menino da areia.

— Você deveria ir tirá-lo de lá — digo. Ela vira o rosto, emburrada.

— E você devia ir tira o Sasuke dali — rebate.

Viro meu rosto para o outro lado apenas para ver a mesma coisa que estava acontecendo com Gaara acontecendo com Sasuke. Meu eu interno vira o demônio. Quem deu permissão para essas desconhecidas se esfregarem nele? Falo tanto palavrão mentalmente que se eu tivesse um potinho onde colocasse moedas todas a vezes em que um palavrão fosse dito ele encheria agora.

— Sabe, acho que vou precisar de um saquê— Akemi diz ao meu lado.
— Nós duas.

Como um tanque de guerra, nós duas vamos até o homem da bebida. Estamos com expressões tão ruins no rosto que ele dá a bebida de graça pra gente. Bebemos tudo em um gole.

Essa palhaçada dura mais uns segundos até Akemi, que estava toda tímida minutos atrás, tomar a iniciativa de ir tirar o homem dela daquele covil de víboras. Juro que ela poderia matar só com o olhar enquanto abre caminho como uma pedra pelas pessoas até Gaara. Lá no meio das meninas, ele nem sabia o que fazer além de ficar parado com uma cara de assustado. Não sei porque Akemi estava com tanto ciúmes sendo que ele com certeza não era tão experiente em assuntos assim como... Sasuke. Lembro que o Uchiha está na mesma situação que Gaara e meus olhos se voltam novamente pra ele. Meu eu interno surta novamente,queria ter visão de raio lazer pra poder puverizar essas garotas que estavam se esfregando nele.

Assim como Akemi, estou quase indo até Sasuke, quando algo interrompe a dança e tudo o que estava acontecendo ali. Era o senhor feudal em um palco, ele estava chamando a atenção de todos ali para um discurso. Meu grupo e eu nos juntamos finalmente para escutar. Não tem nada demais no que ele fala, apenas agradece à mim e ao Sasuke por termos derrotado aqueles ninjas, fala mais umas coisas para os moradores e é ovacionado no final. Assim que ele desce, vem até nós quatro.

— Seria bom se pudéssemos conversar agora — ele diz.

Sasuke e eu entendemos o que ele quer dizer. Ele tinha prometido que nos daria alguma informação relevante sobre a organização que estava atrás de Akemi se conseguíssemos acabar com aqueles ninjas. Bem, Sasuke e eu cumprimos nossa parte, agora ele tinha que cumprir a dele.

Seguindo a mim e ao Uchiha, Akemi e Gaara nos acompanham até a casa do senhor feudal que não ficava muito longe dali. Nós tiramos nossas sandálias antes de entrar e nos acomodamos por ali.

— Então, o que você pode nos dizer sobre a organização? — pergunto.

— Lembro que eles andavam por aqui. Causavam medo em todo mundo. Aquelas capas vermelhas com aspirais... — ele estremece. — Eram umas dez pessoas, homens e mulheres — anoto essa informação mentalmente. —, eles eram bem reservados, pelo menos aqui nunca criaram confusão grande. Mas, assim como chegaram, foram embora. Em uma manhã, quando a cidade acordou, eles não estavam mais aqui.

— Você tem alguma ideia de pra onde eles possam ter ido?  — minha voz se faz presente.

— Não, desculpe — ele se senta em uma cadeira por ali. — Mas, um dia, um outro homem chegou aqui. Ele não usava nenhuma capa vermelha com aspirais, mas era tão misterioso quanto os visitantes anteriores, por isso imaginei que tinha algo a ver com eles — uma pausa. Ele suspira. — Soube até que estava treinando com algumas pessoas da aldeia — lembro-me do homem da barraquinha de armas me falando que as pessoas que treinavam muito conseguiam o jutsu de invocação daqueles animais. “Trabalhe muito e você terá recompensas de um deus”, foi o que ele dissera. Será que esse homem tinha conseguido o jutsu de invocação? E se sim, que vínculo ele poderia ter com essa organização para ter ido invocar aqueles animais? É a minha vez de estremecer.

—Como esse homem era? Fisicamente — é Sasuke quem pergunta.

— Hum... — o homem parece estar fazendo esforço para lembrar. — Não lembro exatamente os detalhes, mas ele tinha umas características bem distintas. Cabelos longos e rosa e olhos verdes — ele olha para mim. — Como você.

De repente a sala me parece pequena demais e me sinto exposta quando todos os olhares se voltam para mim. O cara tinha as mesmas características que eu? Cabelo rosa e olhos verdes não eram vistos em muitos clãs. Com assombro, uma ideia passa pela minha cabeça. Será que...? Não, impossível.

— Você sabe o nome dele? — pergunto, engolindo meu medo, como se o que ele tivesse acabado de dizer não fosse nada demais e uma pessoa de cabelos rosa e olhos verdes pudesse ser encontrada em qualquer canto.

— Não perguntei. Ele também foi embora bem rápido, não deu pra coletar informações. Pode perguntar a qualquer um da vila, ninguém sabe nada.

Saímos da casa do senhor feudal minutos depois. Ele tinha dado algumas informações relevantes, mas não tinha mais nada além daquilo. Voltamos para as ruas lotadas e de repente a festa não me parecia mais tão animada e eu só queria ir embora o mais rápido possível. Nós quatro andamos lado a lado, mas não me sinto segura. Cada cabeça que vira na nossa direção, eu penso que é para mim, que estão me ligando ao homem desconhecido de cabelo rosa e olhos verdes. Eu nem sei bem porque estava tão assustada, assim como esse homem podia ser mal, ele podia ser bom. Por favor, seja bom, me vejo pedindo mentalmente.

Não demora muito para Akemi dar a ideia de comermos alguma coisa antes de irmos dormir. Sasuke estava mortalmente silencioso e eu sabia bem o porquê. Assim como eu, ele sabia que o único clã com cabelos rosa e olhos verdes eram o meu. Toda a “magia” e conexão que tivemos minutos atrás tinha se dissipado e um muro estava formado entre nós dois novamente.

— Vamos embora de manhã — Akemi diz enquanto comemos. Ela estava tomando a posição de líder novamente.

— Tem certeza? — a voz de Gaara se faz presente. — Você pode descansar mais um dia. Digo, seu ferimento foi bem grave.

Eu teria achado fofo o fato dele estar se preocupando com ela, mas minha mente estava longe. Na Aldeia da Névoa, no meu clã. Por um momento penso se eles estão seguros ali e um frio percorre minha espinha.

— Tenho certeza — Akemi diz, firme. — Não temos mais nada para fazer aqui e eu já estou melhor.

Depois disso, nosso jantar é silencioso. Cada um mais perdido que o outro em seus próprios pensamentos. Sasuke e eu até esquecemos de conversar, o que quer que ele tivesse para me falar, não parecia mais tão importante assim agora.

A minha noite é bem conturbada. Não consigo fechar os olhos sem que o medo de que algo ruim esteja acontecendo e eu não esteja ciente se assome sobre mim. Eu queria respostas, mas para quem perguntar? Estou a vários quilômetros de distância da Vila da Névoa, assim como da Vila da Folha e meus companheiros de missão sabem tanto quanto eu, ou seja, quase nada. Me sinto frustrada e ansiosa e isso me estressa. Se eu durmo umas duas horas nessa noite é muito.

Na manhã seguinte, eu vejo o sol nascer pela falta de sono, levanto apenas para tomar um banho e depois deito de novo, fico observando as nuvens passando no céu pela janela do quarto. Estou pensando em várias coisas ao mesmo tempo quando a porta do meu quarto se abre com um estrondo, me fazendo sentar na cama, assustada. Akemi está ali, ofegante, como se tivesse corrido uma maratona para chegar até mim.

— Levanta, Sayuri — ela diz, nervosa. — Temos que ir embora agora mesmo. O senhor feudal foi assassinado.

Ao ouvir o que ela diz, sinto meu coração disparar. Assassinado? Como? Por quem? Quando? Minha cabeça se enche de perguntas para fazer à minha amiga, mas ao invés de reproduzi-las, me vejo levantando como um raio, pegando minhas coisas o mais rápido que eu posso. Akemi e eu saímos do quarto e deixamos o prédio em que fomos instalados noite passada pelas portas dos fundos. Me pergunto o porquê. Sasuke e Gaara já estão nos esperando.

— O que aconteceu? Por que estamos saindo assim, como fugitivos? — escuto minha voz dizer.

— Por que você acha? — Sasuke pergunta, com seu mal humor matinal. — Somos estrangeiros, o senhor feudal foi assassinado ontem e nós fomos os últimos a vê-lo. O que você acha que vão pensar?

O entendimento cai sobre mim. Iam culpar a gente, tinham motivos suficientes: estrangeiros, com a desculpa de estar em missão, foram à casa do senhor feudal no meio da noite e na manhã seguinte ele é encontrado morto. Não estava a fim de passar o resto da minha vida na cadeia.

As ruas estavam lotadas como na noite anterior, mas dessa vez ninguém sorria e nem estava feliz. Todos pareciam com medo, amedrontados e muito assustados. Brigas apareciam aqui e ali e as mães seguravam seus filhos como se a qualquer momento eles pudessem sumir. Me aproveito desse momento para pegar algumas capas em uma lojinha para mim, Akemi e Gaara, nós precisávamos nos esconder. Sasuke já tinha a dele. Assim que colocamos o capuz, vamos o mais rápido que a multidão permite para longe da vila.

Felizmente conseguimos sair antes que dessem contam de que fomos os últimos a ver o homem. A segurança da floresta nos faz relaxar um pouco, mas não muito. Não tiramos o capuz, não falamos uns com os outros e nem paramos. Fazemos o percurso de volta para a Vila da Folha pelas árvores, rezando para que tivéssemos uma trégua e ninguém mais nos atacasse.

A noite cai e estamos cansados, com fome e sem nada para comer. Akemi finalmente resolve parar, pois ela já estava exigindo demais de si mesma e de seus machucados. Sem protestar, todos concordam, pois todos queríamos descansar um pouco também. Paramos perto de um riacho. Akemi se encarrega de acender uma fogueira e Sasuke tem ideia de ir pescar. Espero que ele tenha sucesso, pois estou faminta. Gaara e eu ficamos de vigia.

— Você não acha que fugir daquele jeito só levantou mais suspeita de sermos os assassinos? — Gaara quebra o silêncio entre a gente.

— Sim, acho, mas não é como se tivéssemos escolha naquela hora — mudo o peso do meu corpo de um pé para o outro. — Seriamos presos assim que juntassem um mais um e a missão ia por água abaixo.

 Gaara sabia que eu tinha razão então a conversa acaba por aí. Minutos depois estamos sentados ao redor da fogueira feita por Akemi, comendo uns peixinhos que Sasuke tinha conseguido pegar. Estávamos enrolados em nossas capas, pois estava frio ali e ninguém fala muito. Não tinha o que conversar. A cabaça de areia de Gaara estava encostada em um tronco de árvore e o ruivo parecia um pouco menos intimidante sem ela. Os peixes assados logo acabam e nos vemos em um silêncio mórbido, encarando o crepitar do fogo à nossa frente. Gaara e Akemi estão sentados lado a lado e Sasuke está perto de mim, mas não muito. A líder da missão começa a ficar sonolenta em algum momento e a cabeça dela vai tombando para o lado até que fique apoiada no ombro de Gaara. Ele se assusta e isso me tira um sorriso. Me perguntava quando eles iam começar a agir normalmente perto um do outro. Akemi dorme tranquilamente, sem notar a agitação do menino ao seu lado.

Sasuke e eu concordamos silenciosamente que devemos ficar de vigia. Seria mais uma noite sem dormir para mim, mas não me importava, minha mente estava muito agitada para que eu conseguisse pegar no sono. Olho para as estrelas acima de mim e peço baixinho para que tenhamos uma volta tranquila.


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