Um ano de histórias escrita por Annabel Evers


Capítulo 3
Flores, chocolates e hipocrisia


Notas iniciais do capítulo

Eu ~admito~ que essa Rose tem uma personalidade forte bebe um pouco da apresentada em CC, mas sem aquele quê maldoso.
Espero que gostem!



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M A R Ç O 

 

Rose Granger Weasley

 

8 de março - Dia Internacional da Mulher

 

Hogwarts amanheceu com cheiro de flores e Rose Weasley não podia estar mais irritada com isso. Será que os homens nunca iriam entender? Todo dia 8 de março era assim: flores, declarações, todos os presentes mais piegas do mundo e ela parecia uma das poucas a se incomodar. 

No salão comunal, no café da manhã, nos corredores… 

Tomara que ninguém encha o saco durante a aula, pensou a ruiva. Ela escolheu a mesa que sempre sentava com os amigos e colocou o material de poções ali. Retirou também o cronograma de estudos que Alvo e Scorpius pediram que ela fizesse e foi alterando algumas coisas. Ela sentiu os olhares sobre si quando a sala começou a ser ocupada, mas nenhum corajoso tentou se aproximar dela. 

Ela sabia que era bonita para uma adolescente, quando todo mundo parece ter problemas com espinhas e mudanças de medidas. Rose era tão consciente do fato que, para ela, não era nada demais ser bonita. Da mesma forma que sabia o quão inteligente era e era ciente de sua personalidade mandona — seus cachos grossos e ruivos e seus olhos azuis eram apenas características físicas. 

Ela sabia que os dois amigos tinham chegado — Alvo estava usando ultimamente um perfume horroroso e Scorpius estava com aquela mania de mal levantar os pés quando andava. Ela continuou ocupada com os horários na sua frente, mas moveu a cabeça para o lado, convidando os dois a se sentarem. Alvo ficou do seu lado direito e Scorpius do esquerdo, como sempre. Rose imaginou como eles iriam abordar o assunto esse ano. 

— Parabéns? — arriscou Alvo. 

— Errado — Rose nem ergueu a cabeça para respondê-lo. 

— Mas o que eu fiz de errado?! Não citei beleza ou trouxe presentes que… como você disse naquele dia?... ah! Que objetificam a mulher. 

— Ou que reforçam uma imagem feminina em um estereótipo — completou Scorpius. 

— Então, nada de flores, maquiagem, perfumes. 

— Chocolates. Sem reforçar discursos machistas. 

Rose estava se divertindo tanto; os meninos ficavam nervosos quando envolviam esses tipos de situações de gênero. Desde sempre Rose rebatia tantos comportamentos daqueles dois que, daquela vez, os garotos se esforçaram para mostrar que não iam pisar na bola com ela. O Dia da Mulher era um dia antes do seu aniversário, então as comemorações tendiam a se misturarem. No segundo ano, quando a amizade deles estava mais consolidada, Scorpius a presenteou com flores. Ano passado, ele não tentou mais juntar as duas datas, mas ainda assim não acertou no presente. 

Esse ano, eles dois realmente a fizeram rir, com aquele nervosismo. Por achar fofo dois garotos de catorze anos terem mais noção do que geralmente ocorre nessa idade, ela tranquilizou-os. 

— Foi só o ‘parabéns’, gente. Parece que estão celebrando uma luta concluída, entende? 

— Você vai passar o resto da vida me corrigindo — resmungou Al. — Nunca vou pegar no ar todas essas coisas d-

— Não fale “coisas de garota”, cara, vai estragar tudo! — exclamou Scorpius. 

A risada da garota Weasley deu fim à conversa. 

Poções era uma das poucas matérias que eles conseguiram colocar juntos. Os dois sonserinos escolheram disciplinas diferentes no terceiro ano, além das diferenças de horário entre as turmas da grifinória e da sonserina. Eles sempre sentavam juntos. Rose não dizia com frequência, mas sentia falta dos primeiros anos, quando eles dividiam mais aulas e passavam mais tempo juntos. Ela era falante e mandona, Alvo era sarcástico e meio lesado e Scorpius completava o grupo com seu jeito conciliador e tranquilo. 

Os melhores amigos que ela poderia querer. 

— Esmaga estes escaravelhos, Scar — pediu Rose, separando outros ingredientes para a Poção da Sagacidade.  

— Nunca entendi esse apelido, eu não tenho uma gigante cicatriz na cara. 

— Ia ser irado uma no estilo do tio Gui — disse Al, parando de cortar as raízes de gengibre quando parou para imaginar. 

— Meio apavorante — concordou Scorpius. 

Era nessas horas que Rose tinha certeza: seus amigos tinham um grande problema de foco. 

— É de um filme trouxa, Malfoy — disse Rose, retomando a conversa. — Scar é o vilão-

— Eu pareço com o vilão?!

Rindo, Rose completou: — Calma aí. Ele tem uma frase que me lembra muito você no primeiro ano, “eu estou cercado de idiotas”. 

*

Aparentemente, as observações de Scorpius ainda eram válidas. Rose ficava cada vez mais indignada com o passar daquele dia, vendo garotos estúpidos transformando aquela data em um outro dia dos namorados. Drew Scott, monitora-chefe da Grifinória e uma das melhores setimanistas, estava se derretendo com a declaração do namorado: ele subiu na mesa da casa e fez um discurso que envolvia ressaltar todos os atributos físicos da garota. 

Se eu, um dia, namorar um cara assim, pensou a Weasley, eu juro que vou chutar minha própria bunda. 

— Senti falta da Roxanne e da Cristal — comentou Rose com a prima Lily enquanto almoçavam. — Elas eram aquele tipo de casal que faziam declarações e não perdiam o senso. 

— Você não abriu nenhum dos bilhetes, Rose! — exclamou Lily, indignada com a falta de interesse da prima. 

— Ah, fica pra você — disse Rose, mais preocupada com seu almoço. — Devem ter me elogiado o fato que sou ruiva, baixinha, pele bonita e meus olhos azuis. Com exceção da cor dos olhos, poderia ser muito bem você.

— Diz isso porque não tem mais 12 anos e não lembra como é ter espinha. 

— Lily, eu prefiro muito mais ser elogiada pela minha inteligência do que por beleza. 

E Rose falava sério. Os bilhetinhos começaram a aparecer no salão comunal, por isso ela já estava tão irritada pela manhã. E continuaram aparecendo durante as aulas. Precisava admirar a criatividade de alguns, como o que fez aparecer um acróstico (acróstico, por Merlin!) a cada hora por cima das suas anotações. 

Ela não ficou nem um pouco satisfeita. 

Ela teria continuado argumentando com Lily, mas a prima ainda era um tanto avoada e tinha alguns conceitos românticos que não era Rose, durante meia hora, que a faria ver a razão. Por isso, deixou a prima brincar de ler os bilhetes e se divertiu com suas declamações. 

E as batatas da hora do almoço eram boas demais para serem negligenciadas. 

— Ei!

Rose e Lily interromperam a leitura dos cartões quando Hugo veio correndo na direção delas. Ele parou apenas para tomar um pouco do suco de Lily (a garota deu um tapa na cabeça dele por isso) e tentou recuperar o fôlego. 

— Jay e… Fred… a Domi… 

— Hugo, fala algo que a gente entenda — pediu Lily, impaciente. 

— Ok… A Domi e as amigas se vingaram de uma pegadinha que eles fizeram com elas semana passada. Eles ficaram presos em uma espécie de visgo, sabe? Aqueles da tradição natalina? 

— Domi provavelmente quis vingança do natal passado, quando meu irmão colocou um visco debaixo deles dois — disse Lily, revirando os olhos. 

— Exato! E foi hilário: eles só conseguiram sair quando repetiram as frases que elas queriam. 

Rose conseguia imaginar o que a prima mais velha aprontou para a dupla dinâmica. — Dominique, eu nunca te critiquei. 

*

As aulas da tarde foram mal aproveitadas por Rose, porque finalmente (ou não) um corajoso resolveu se declarar para ela no meio da aula de Transfiguração. Quil Harker não era um amigo muito próximo; eles se falavam em algumas aulas e no salão comunal. Nunca imaginou que aqueles inocentes “Bom dia, Quil” ou “Parabéns pelo exame, até ficamos empatados!” a levaria àquela situação. 

Harker, um garoto ruivo e cheio de sardas, pigarreou bastante alto, tentando chamar sua atenção. Infelizmente, chamou a atenção de todos. O professor poderia muito bem ter interrompido aquela cena, mas fingiu estar ocupado com o quadro-negro — e ele provavelmente estava muito curioso, como toda a sala, com o desenrolar daquilo, principalmente quando o garoto ajoelhou-se na frente de Rose. 

Ela travou. Não queria ser grosseira com o colega, mas queria sacudí-lo e ordenar que levantasse. Seus olhos azuis estavam arregalados; ela esperava que Quil interpretasse isso como um aviso para não prosseguir. 

— Rose Weasley — começou ele, provavelmente interpretando a linguagem corporal dela de outra forma. — Você é a m-menina mais inteligente do-o ano e a m-mais gentil também. — enquanto dizia isso, o garoto colocou um livro sob a palma das mãos, oferecendo-o a ela de forma estranha. — Eu sei que você não gosta de rosas e nem de nada clichê, então trouxe pra você um livro. Eu sabia que você queria há tempos a cópia dessa grafic novel. Aceite meu presente e, por favor, outra coisa: você quer ir para Hogsmeade no fim de semana? Comigo?

O que tirou Rose de seu estado catatônico foram as vaias dos alunos. Antes disso, ela pensou seriamente em dar uma resposta ríspida ou dizer que ela não era fã de HQ (Alvo quem gostava). Mas a forma como Quil se encolheu e começou a tremer com as falas nada agradáveis a fez mudar de ideia. Ele não merecia isso. Movida pela raiva, Rose fez o que ninguém imaginava: aceitou o presente, pediu para Quil se levantar e deu um beijo no seu rosto, ficando na ponta dos pés para isso. 

— Obrigada, Quil, você é muito gentil. E por quê não? Melhor ir para o passeio com você do que com qualquer idiota dessa sala. 

O professor realmente precisou intervir, pois a gritaria só aumentou. 

Ela sabia que aquilo teria repercussões. Saiu em disparada da sala quando a aula encerrou, evitando que Quil se aproximasse de novo. Ela não estava realmente arrependida (foi bom demais a cara indignada de certos imbecis do seu ano), mas também não queria dar mais esperanças ao garoto. 

Ela estava sentada no jardim, local onde sempre encontrava Scorpius e Alvo. Os garotos vinham da aula de Criaturas Mágicas e apressaram o passo quando a viram. Eles pararam na sua frente, puxando o ar desesperadamente. Rose ia perguntar o motivo da pressa, mas Alvo a impediu, levantando um dedo, a outra mão na cintura, tentando fazer uma pose autoritária. A ruiva queria rir, controlou-se. Queria ver até onde o primo ia com aquilo. 

— Rosie Ursinha Weasley — a garota torceu o nariz; Alvo só falava assim com ela quando ia bancar o primo mais velho. — Como assim você vai em um encontro! com o tapado do Harker?

— Por causa de idiotas como você — respondeu a ruiva calmamente.

— Como isso poderia ser minha culpa?!

— Porque vocês, só por serem fisicamente mais bonitos que o Harker, pensam que podem humilhar o coitado. Olha, ele fez o pedido na aula e a galera começou a vaiá-lo… eu não tive coragem de dizer não e, vocês sabem, fazer dele motivo de piada. 

— Isso foi realmente legal da sua parte — murmurou Scorpius. Rose sorriu para ele, mas o loiro estava olhando para outra direção. 

— Mas você é muito nova para estar em encontros!

— Como vocês já sabiam disso? — perguntou a ruiva, ignorando o primo. Ela recolheu o material e começou a voltar para o castelo com os dois em seu encalço. 

— Rose Weasley dizendo “sim” para alguém? — perguntou Scorpius retoricamente. — Provavelmente ainda vai rolar um anúncio no jornal.  

— É, estilo “Rose Weasley tem seu primeiro encontro com a cara mais patético da Grifinória”. 

— Você nem gosta dele, Rose! — exclamou Scorpius, mas a ruiva não olhou para trás. — Os dois são ruivos, vão parecer irmãos! É assim que quer lembrar do seu primeiro encontro?

— As garotas não têm uma espécie de sonho de como vai ser esse momento? — Alvo tentava argumentar junto a Scorpius, mas percebeu que o amigo e a prima pareciam estar em uma discussão própria. — E você vai jogar fora, assim?

— Rose, por quê?

Furiosa, a garota virou para eles, os cachos longos ricocheteando neles. Ela poderia ser mais baixinha que os dois, mas seu olhar fez os dois calarem a boca imediatamente. Ficou calada por um instante, absorvendo o temor dos seus dois melhores amigos chatos e ciumentos. Alvo era até normal, mas Scorpius? Ele nunca agira assim. Pensando na última pergunta do loiro, o respondeu primeiro:

— Porque ele pediu, Scorpius. E não foi um babaca no processo. Ah — Rose abriu a mochila e tirou a HQ que ganhara, jogando-a na direção de Alvo. — Ele me deu isso de presente. Deve ter ouvido que eu estava atrás dessa edição de Sandman e achou que era para mim. Enfim, está aí, de presente. 

Alvo esqueceu sua raiva e já estava folheando a revista. Scorpius revirou os olhos, percebendo que perdera seu parceiro de argumentação. 

— Valeu, Rosie. 

— E da próxima vez que me chamar daquele apelido ridículo, vou te chutar onde vai doer — prometeu Rose, sorrindo docemente. Al sorriu marotamente, pedindo desculpas. — Você só é 2 meses mais velho que eu. 

— Minha doce prima, você vai ter 30 anos e eu ainda terei ciúmes de você, acostume-se com isso. 

Terminado um, Rose virou-se para o outro. Ela conhecia muito bem o rosto de Scorpius, sabia dizer o que ele estava pensando e sentindo só em observar os bonitos olhos cinzas. Dessa vez, Scorpius estava indecifrável. 

— Tem mais algo a dizer, Malfoy, ou já podemos parar com essa cena? Quero ir jantar. 

— Tenho, sim. 

Tendo um tato certeiro, Alvo logo despediu-se dos amigos, dizendo que avistou um amigo e que os esperaria na mesa da Sonserina. Mais algumas pessoas passavam por Rose e Scorpius, cochichando sobre eles, mas nada disso chamou a atenção dos dois. 

— Qual o problema, Scar? — murmurou Rose, perdendo boa parte da raiva. 

Com as mãos nos bolsos traseiros e olhando para os sapatos, o loiro respondeu: 

— É estranho imaginar você com ele, só isso. 

— Por quê? Scar, olha pra mim…

Ele o fez, o rosto agora completamente legível para ela. Scorpius estava magoado. 

— Você sabe que eu vou ser sempre sua Rosie, não sabe? — disse ela, abraçando-o pela cintura. 

— Você proibiu que Alvo te chamasse assim — respondeu ele, repousando o queixo na cabeça dela. 

— Só o ursinha que me irrita. Mas não vamos falar nada para ele, certo?

Eles permaneceram em silêncio, apenas aproveitando a presença um do outro. Rose sorriu, lembrando como o garoto antes ficava desconfortável com suas manifestações de afeto, mas que hoje as aceitava de bom-grado — e retribuía. 

— Scar, antes da gente entrar e esquecer tudo isso… Olha, vocês não podem agir assim. Com raiva de qualquer cara para quem eu disser “sim”, ok? Esse não vai ter muita relevância, mas outros vão. E vocês não podem ficar pirando sobre isso. 

— Eu tô com Alvo, nunca vou me acostumar — resmungou ele, apertando a sua mão antes de soltar. — Mas desculpa. Eu só espero que o próximo seja melhor. 

— Ah, para com isso — disse a ruiva distraidamente, puxando-o para o grande salão. — Além disso, vai demorar muito. 

— Por que você acha isso?

— Porque alguns caras são lerdos demais para tomar uma atitude — disse a ruiva, piscando para ele. — Olha, hoje tem peixe e batatas! 

Eles sentaram-se na mesa da Sonserina, servindo-se. Alvo perguntou o motivo deles terem demorado tanto, mas a ruiva só revirou os olhos e deu um leve empurrão no braço de Scorpius. 

Engraçado, Rose Weasley, comunicativa e observadora como era, não percebeu o olhar intenso de Scorpius sobre ela durante todo o jantar. 

*

Finalmente! Rose acordou animada — não é todo dia que uma garota faz catorze anos. Ela acordou cedo, feliz que seus amigos e família a conhecessem tão bem: eles sempre enviavam os presentes dela na noite anterior ou nas primeiras horas do dia, pois sabiam que ela gostava de começar seu dia abrindo os embrulhos. 

Quase como um natal parte 2. 

Ela não estranhou o presente de Scorpius não estar ali, pois o amigo gostava de entregar pessoalmente, mas achou estranho o envelope sem remetente. O envelope pequeno e delicado continha um dos presentes mais singulares que ela já recebera. 

cachos (s.m.)

é um emaranhado de beleza, é quando seu cabelo vira mar, é um convite pra carinho, são seus fios fazendo as curvas de um sorriso, é um cabelo volumoso de amor, é autoafirmação, são os anéis que entrelaçam os meus dedos e pedem meu cafuné em casamento. 

é quando a raiz do seu cabelo floresce cultura. 

 

Enquanto Rose lia, não pode evitar que algumas memórias dançassem por trás das palavras. Aos 12 anos, fazendo estrelinhas na praia, o cabelo ruivo misturando-se com a areia. Aos 13, deitada nos jardins da escola e seu amigo brincando com seu cabelo, fazendo de conta que uma mecha era seu bigode.  

Ainda havia um recado no verso do cartão:

 

Feliz aniversário, Rose. Você não sabe quem eu sou, e por favor não tente descobrir. Quero que saiba que você é muito admirada - por tudo o que você é. 

 

A ruiva não pode deixar de sorrir ao terminar de ler. Scorpius deveria lembrar que Rose reconheceria a letra dele. 


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Notas finais do capítulo

Algumas observações:
Aquele texto é do akapoeta, achei a cara dessa Rose ♥
Escrevi esse capítulo com a música Lucky na cabeça, do Jason Mraz - perfeita para isso de se apaixonar pelo melhor amigo.

Obg a quem chegou até aqui!



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