As Doze Casas Estereotipadas escrita por Miss Siozo
Notas iniciais do capítulo
Vamos começar o final de semana com bom humor?
Boa leitura!
Os cavaleiros de bronze subiram as escadas com a esperança de encontrar o cavaleiro de Cisne em Libra, já que Shun ainda estava apreensivo pelo o que havia acontecido em Gêmeos. Não demorou muito para que eles localizassem Hyoga no centro da sétima casa, congelado em um esquife de gelo.
— PUTA QUE PARIU! O PATO CONGELOU! — exclamou Pégaso.
— Pela Deusa! O que será que aconteceu aqui?
TRÊS HORAS ATRÁS
Hyoga percebeu que havia voltado ao “Mundo real” quando caiu de costas em um piso, tão forte que sentiu a coluna estalar. Resmungou de dor e se levantou, arregalando os olhos quando viu a pessoa à sua frente:
— Mestre Camus? — Hyoga estava surpreso. — Isso significa que estamos na décima primeira casa, a Casa de Aquário!
— Errado, nós estamos na sétima Casa, Libra — respondeu o cavaleiro de ouro — Eu precisei interceder por você, mas agora é o meu dever como seu mestre pará-lo.
— O que diz, mestre? — ajoelhou-se, curvando-se para demonstrar seu respeito.
— Você sempre foi muito lerdo, sabia? — revirou os olhos — Nada do que eu te ensinei surtiu efeito! Olha só como você está patético estatelado no chão.
— Ai, grosso. É só para ser respeitoso, mestre. Ingrato, não faço mais, também. — levantou e limpou os joelhos.
— Está bem, pena que foda-se — continuou a debochar — Enfim, serei breve pois não tô pra conversa. Estou exausto, da vida. Ficar procurando o sentido das coisas é muito cansativo.
— Então, o que o senhor tem a me dizer?
— Eu soube do vexame na Casa de Gêmeos e de outras atitudes condenáveis suas. Você se transformou em um rebelde sem causa e com zero argumentos plausíveis.
— Onde eu tenho zero argumentos? Fiquei curioso.
— Argumentos plausíveis. E quer saber? Não te interessa! — preparou-se para o ataque — Eu estou aqui para te corrigir e não conversar. Não vai arrastar mais o meu nome na lama permanentemente. É com muita dor em meu “coração gelado” que terei que fazer isso. — uma lágrima caiu — EXECUÇÃO AURORA!
— AAAAH! MESTRE!
Foi atingido em cheio por um ar gelado. Sentiu seu sangue parar, a respiração ficar dolorida e pouco a pouco seus músculos pararam de responder seus comandos. Fechou os olhos. Quando Camus baixou os braços, seu pupilo já estava preso em um “caixão de gelo”.
— Te faltam duas coisas, meu pupilo: Noção e fofoca. Pff… Ideais? Só tem ideal quem não se garante no argumento.
Virou-se de costas.
— Nem que os outros cavaleiros tentem, ninguém te tirará daí e este esquife nunca irá derreter. Nunca… bem, dou dois meses. Quando você descongelar, quero que você vire gente de verdade.
AGORA
— Minha Deusa! Como isso foi acontecer?! — Shun se abanava com as mãos. Estava preocupado e já sentia algo ruim acontecer em seu estômago, mas precisava se manter firme.
— Você acha que o pato arrogante ainda tá vivo? — Seiya encarava o libriano.
— Eu não sei, talvez sim, talvez não — andava de um lado para o outro — Ele treinou no gelo, lembra? Então deve estar acostumado com esse tipo de coisa.
— Porém não parece seguro que ele fique aí dentro por mais tempo. Precisamos tirá-lo daí para que ele siga conosco até o Grande Mestre.
— Você está certo, Shun. Agora como vamos tirá-lo dessa grande pedra de gelo?
— Sai da frente! — O sagitariano deu alguns passos para trás. — Meteoro de Pégaso!
Acertou diversos socos no gelo, mas acabou caindo no chão e segurando o punho, gemendo de dor e com os dedos queimados. Shiryu tentou com a sua Cólera do Dragão e Shun ficou receoso de utilizar as suas correntes, pois o dano poderia ser letal apesar do cuidado. Dependendo de como o gelo quebrasse, Hyoga poderia ser partido ao meio no processo. Então eles pararam para pensar em uma nova e eficiente solução.
— Bem que a resposta para essa pergunta poderia vir do céu, né? — disse o moreno.
— Shiryu… — uma voz podia ser ouvida e os demais entenderam que se tratava de uma mensagem telepática.
— Mestre Ancião?
— Sou eu sim, agora foco! Vou ajudá-los a tirar o seu amigo de dentro desse esquife de gelo.
— Como é que esse velho sabe?
— Respeite os idosos, Seiya! — Shun deu um puxão de orelha no colega — Por favor, prossiga senhor.
— Está bem. Eu pretendo ajudá-los com a sagrada armadura de Libra — uma urna flutuava e pousou no chão diante deles — A armadura de Libra vem acompanhada de um conjunto de doze armas, escolham a correta para salvar o cavaleiro de Cisne.
— O senhor não poderia facilitar e nos dizer qual é a melhor escolha? — perguntou o pupilo de Dohko.
— Essa decisão não é minha. Vocês precisam aprender a fazer escolhas — o velho libriano na verdade queria se livrar da responsabilidade de acontecer alguma merda com Hyoga — Boa sorte, garotos! Câmbio e desligo.
— Puta que pariu… E agora? — Seiya olhou para as armas e para seus colegas. — Eu faria unidunitê.
Shiryu se abaixou na frente da armadura, tremendo.
— Acho que… acho que o nunchaku? Não, se perder o controle podemos acertar Hyoga. Então, hã… O escudo? Eu…
— Gente, desculpa! Não estou me sentindo bem, eu já volto! — saiu correndo e sumiu perto de uma parede da casa.
— O que houve com o Shun?
— Ele estava com aquela expressão…
— Que expressão?
— Eu posso ser indeciso, mas você é a mula alada! Está óbvio que ele ficou com dor de barriga!
— Ele encheu o buchinho de buchada e a buchada não quis ficar no buchinho. E não me chame de mula!
— Eu vi ele comer pouco, mas talvez o estômago dele seja muito sensível. Nem sei como aguentou chegar de Touro até aqui. — olhava para as outras armas e analisava — Espero que naqueles bolsos ele tenha trazido papel higiênico. Meu mestre não fica aqui há muito tempo.
— Qualquer coisa ele limpa com a meia. Decidiu a arma que vai usar?
— Ainda não! Minha deusa, por favor, ilumine minha mente com sua sabedoria para que eu escolha a arma certa.
— Use as espadas, seu estrupício! — Saori respondia por telepatia — Tá foda ficar flechada aqui na casa de Áries. Esses dois só berram e por qualquer coisa. Manter a serenidade virou missão impossível!
— Obrigado minha Deusa! Fique firme aí! — pegou as armas — Vou usar as espadas, Seiya! — usou de sua habilidade e fez cortes no esquife de gelo.
O gelo se despedaçou e Hyoga caiu no chão. Sua pele estava até azul pelo gelo e pela dificuldade que seu sangue tinha em circular por seu corpo. Shun retornou do banheiro com um semblante aliviado e viu que conseguiram tirar o companheiro da pedra de gelo.
— Que bom que vocês conseguiram tirá-lo de lá! Mas, ele ainda não me parece bem.
— Claro que ele não está bem, ele estava praticamente morto e dentro de um pedaço de iceberg! — Pégaso estava segurando o russo, apoiando as mãos em seu corpo para tentar esquentá-lo. — Acho que ele pode morrer se continuar frio assim!
— Shiryu, por acaso você tem acesso às coisas que seu mestre deixou aqui na casa de Libra? Podemos encontrar algo que o ajude!
— As tralhas do mestre estão em um quartinho, ele guardou algumas antes de sua viagem.
— Ótimo! Vamos logo até lá!
Shun e Shiryu foram até o quartinho e conseguiram algumas coisas. O libriano ligou a energia elétrica da casa e retornaram até onde o picolé russo estava.
— Acho que já reunimos tudo o que você pediu, Shun.
— Perfeito! Eu assumo daqui. Nós não podemos perder tempo. Sigam até a oitava casa que eu darei um jeito de recuperar o Cisne.
— Tudo bem, Shun. Deixamos Hyoga em suas mãos. — O libriano assentiu enquanto se levantava e corria para a próxima casa.
— Vem cá, Patinho — comentou enquanto carregava o companheiro até próximo de uma tomada, deitou-o no chão e ligou um secador de cabelo na energia. — Sei que você é vaidoso, então não se incomode se acordar quando seus cabelos estiverem todos bagunçados!
O cavaleiro de Andrômeda o secou e o envolveu em uma manta térmica. Também usava o secador de cabelos para ajudar a aquecer o aquariano. Seu estômago ainda doía um pouco, mas precisava se manter firme, pois Hyoga precisava de ajuda. Passado algum tempo, o cavaleiro de bronze acordou. Ele sentia seus dedos formigarem um pouco e o calor, que pensava que não sentiria falta, pois sempre odiou o verão. O russo olhou para trás e viu o seu amigo japonês com o secador de cabelos na mão e semblante cansado.
— Shun? — chamou tentando se apoiar para ficar sentado.
— Não, não! Caso você levante agora, sua pressão vai cair — desligou o secador. — Você está bem?
— Melhor do que eu esperava estar depois de ter sido congelado pelo meu mestre. O cara é doido de pedra! — Camus espirrou na casa de Aquário após o comentário do pupilo — Você que não me parece muito bem.
— Três palavras: buchada de bode.
— Aquela do Aldebaran ainda? Eu falei pra você não comer.
— Isso é detalhe. Eu ia fazer desfeita? — voltou a ligar o secador.
— Querer agradar os outros é a maior merda que você pode fazer. Bom, agora literalmente.
— Cala… Cala a boca! — Suas bochechas ficaram vermelhas. — Não tinha como eu saber que meu estômago é fraco para esse tipo de comida — suspirou — Enfim, está devidamente descongelado, meu amigo.
— Sim! Vamos seguir para Escorpião?
— Só alguns minutinhos, por favor! — correu de volta para o banheiro.
Hyoga esperou Andrômeda sair do banheiro. O coitado parecia ter deixado a alma lá dentro, tanto que precisou subir apoiado em si até a casa seguinte. Enquanto isso, os cavaleiros de Pégaso e Dragão já haviam avistado Milo e agora estavam sentados no chão ouvindo a apresentação dele.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E essa lição do Camus? Quem acha que aquarianos não são fofoqueiros, não viram alguns que eu conheço. A diferença é o que eles fazem com aquelas informações.
A buchada não caiu bem para o nosso querido Shun, tadinho.
Já deu para sentir um pouquinho sobre como será a próxima casa?
Abraços e até segunda!