Where Are You Now? escrita por JP


Capítulo 2
Capítulo 2: WHERE I MET YOU


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi!!

Mais um capítulo dessa FIC novinha :DDD Agradeço pelos reviews no capítulo anterior. Fico muito contente que tenham gostado da ideia rsrs



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Capítulo 2: WHERE I MET YOU.

[1 Semana antes do Halloween]

PDV Jade

Minha história com Beck Oliver começa no dia em que tomei a ousada decisão de me inscrever no Clube de Teatro do colégio.

Fui motivada pela minha psicóloga, que me disse: "participar de clubes poderia aumentar o meu ciclo social"; não que eu estivesse afim de aumentá-lo, somente estava curiosa para saber como funcionavam esses clubes toscos.

E lá fui eu.

Confesso que para esse meu primeiro dia de aula cheguei levemente atrasada. Perdi uns 30 minutos de aula.

Enfim, ao abrir a porta da sala, deparei-me com uma dúzia de alunos no meio de uma interação teatral. 

Todos, incluindo o professor doidão, estavam dentro de um círculo. Eles falavam um com o outro em um tom de voz alto - praticamente berrando. Cessaram a gritaria quando me notaram parada, estática, na entrada da sala.

— Acho que entrei na sala errada... - arregalei os olhos, enquanto fui saindo de fininho.

— ESPERE AÍ, LINDINHA! - gritou o professor, vindo na minha direção. - Eu me lembro de você. Você é a aluna que se inscreveu para esse clube.

O professor careca e de roupas exóticas nem sequer esperou eu abrir a boca para falar alguma coisa, já foi me puxando para dentro do círculo com ele.

— Sou o Sikowitzs - fez a apresentação para toda a turma. - E essa é a… - sussurrou no meu ouvido: - Qual o seu nome mesmo?

— Jade.

— JADE. - apresentou o meu nome com firmeza. - Turma, digam olá a Jade.

— "Olá, Jade" - disseram todos em união.

De uma hora para a outra tornei-me o centro das atenções. Girei o olhar para cada um dos meus "colegas" de classe. Todos eles me pareciam desinteressantes ou metidos demais para o meu gosto. Todos, exceto um moreno com cabelos aos vento, que se encontrava bem a minha frente. 

Reparei quando ele me lançou um singelo sorriso cortejador, mas não lhe dei tanta moral. Já o reconhecia por andar de mãos dadas com a sua namorada pelos corredores.

Enfim, voltei a atenção para o professor, que deu continuidade a atividade:

— Ok, todos sentados. - ordenou Sikowitzs. Eu, assim como os outros, obedeci. - Nessa nossa próxima dinâmica, quero abordar um assunto delicado que todo artista, do mais iniciante ao mais experiente, precisa lidar ao subir nos palcos: a plateia. Sem a plateia não somos absolutamente nada…

Conforme o professor biruta ia falando, o meu tédio por aquela aula começava a dar às caras. Bufei baixinho, cruzei os braços e acomodei as minhas costas na cadeira. Esperava que, assim, as horas passassem mais rápido.

— Alguém sabe me dizer uma tática clássica para se livrar da timidez na hora que for entrar em cena? - questionou Sikowitzs para a turma.

O moreno de cabelo bagunçadinho a minha frente foi o único a levantar a mão para responder. De imediato voltei o olhar para ele. Somente aí reparei o quanto ele era bonito e estiloso em sua jaqueta esverdeada, especialmente ao se gesticular enquanto falava:

— Imaginar que o público está pelado. - ele disse.

— Isso aí, Beck! - parabenizou Sikowitz. - Imaginem o público pelado. Isso faz com que as suas mentes criem um laço de descontração e intimidade ao mesmo tempo.

Essa foi a primeira vez que ouvi falar o seu nome: "Beck". Ele não me parecia ser nerd, mas - de longe - era um dos alunos mais aplicados e que demonstrava amar as aulas de teatro.

— Então… - o professor ficou de pé. - Para a próxima dinâmica quero que todos fiquem de pé e imaginem os seus colegas aqui pelados.

Arregalei os olhos, abismada. Que show de horrores eu havia me metido. Questionei se esse tipo de atividade era permitido em um colégio. Um professor ADULTO pedindo para que os ADOLESCENTES se imaginassem pelados.

— Como é a história?! - permaneci de braços cruzados e sentada na minha banca. Ao meu redor, todos os outros se levantaram e fizeram exatamente o que o professor maluco pediu.

— Vamos lá, Jade. Não tenha vergonha. - Sikowitz riu. - Não há nada mais natural do que a nudez. Se quiser seguir a carreira de atriz, você também terá que usar o seu corpo em 'nome da arte'.

Respirei fundo, ficando de pé para a dinâmica estúpida; e - quando me dei conta - estava lá encarando o moreno a minha frente. Mal havia descoberto o seu nome e, agora, teria de lhe imaginar pelado?

Não foi lá uma tarefa difícil. Ele tinha cara de quem fazia academia, então poderia garantir que ele tinha um corpo trabalhado. Talvez uma tatuagem ou outra, mas tentei não me prender nesses pequenos detalhes. Fui descendo o olhar para o seu quadril e quando parei para pensar/imaginar o seu dote… Travei. 

Reparei que ele também parecia me imaginar pelada. O safado mordeu levemente os seus lábios, enquanto me fitava da cabeça aos pés.

— Muito bem, muito bem. Chega, seus taradinhos! - Sikowitzs voltou a atenção para si. - Por hoje a aula terminou. Mas… Calma, não vão embora ainda! Teremos atividade para casa. Quero que, para a próxima aula, tragam um monólogo das suas peças teatrais favoritas.

Justo no momento que fui recolhendo a minha bolsa para me retirar daquela sala - e nunca mais voltar -, sou surpreendida pela aproximação do moreno.

— E aí, gostou do que viu? - me questionou de um jeito saliente.

— Se manca, cara. - fechei a cara, enquanto ia colocando a alça da minha bolsa no ombro.

— Eu estava me referindo a aula, ué. - ele disse com um sorrisinho amarelo. - Confessa, você pensou besteira.

Revirei os olhos, me recusando a continuar interagindo com ele. Dei-lhe um empurrãozinho de lado e segui em frente.

— Você é sempre assim? - veio me acompanhando até o corredor dos armários.

— Assim como?

— Fechada? Mal humorada?

Virei-me para ele, expressando um sorriso desafiador. A minha resposta afiada estava na ponta da língua.

— Eu…

— Ah! Ei, amor. - Beck me deixou de lado para ir cumprimentar a sua namorada, que acabara de sair de uma das salas. Ela era uma morena magrela e popular.

Ousei passar na frente do casal 20. Beck desviou o olhar da sua namorada para me dar um simples aceno e dizer:

— Nos vemos na próxima aula!

— Tanto faz. - resmunguei, desanimada, sem parar de andar.

Notei que a sua namorada não foi muito com a minha cara; muito menos eu com a dela. Arrebatou o nariz, desconfiada. No fundo, ela sentia que eu pudesse ser uma espécie de ameaça para ela.

 


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Notas finais do capítulo

Hmmm, o que acharam da Jade conhecendo Beck?? O.o



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