Sanatório escrita por Chrys Monroe


Capítulo 8
Capítulo 7 - Enlouquecendo


Notas iniciais do capítulo

Olá, este é um dos capítulos mais aguardados, então não vou enrolar aqui.

Boa leitura ♡



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Capítulo 7 - Enlouquecendo. 

 

 

 

 

 

No fim da noite, James trocou os remédios da esposa novamente mas desta vez, por um sonífero. 

[...]

— E aí? A mosca morta já dormiu? - Victória questionou assim que o amante saiu do quarto. 

— Sim, está dormindo feito pedra. - James afirmou sorrindo - Agora podemos preparar tudo para amanhã com mais tranquilidade.

— O que vamos fazer? 

— Vic, você é muito lenta. - O loiro revirou os olhos enquanto ambos desciam as escadas - Temos que fazer algumas coisinhas, como por exemplo... Hum...

Me arruma uma tesoura? 

— Um instante. - A ruiva saiu de lá e três minutos depois, voltou a sala com uma tesoura - Pra que isso?

— Pra cortar o fio do telefone e assim, evitar que minha querida esposa peça socorro amanhã.

— James! Você não pretende mata-la, não é? Não quero ir pra cadeia. - A governanta reforçou vendo-o cortar os fios.

— É claro que não. Já falei que não sou assassino, só quero que Bella fique doidinha de pedra, não morta. Esconda isso. - Deu os fios para ela - Agora vamos deixar o telefone assim como se estivesse funcionando normalmente. - O colocou de volta no gancho. 

— O que mais vamos fazer?

— Sumir com o celular dela para que também não possa pedir ajuda, além de quebrar o interfone para que ela não chame a segurança da portaria do condomínio. Você precisa pegar um lençol velho e sujar com ketchup, molho de tomate, sei lá. Depois, irá colocar no quarto da mãe da Bella para que pareça sangue. Também procurei umas óperas daquelas bem assustadoras, sabe? E misturei no computador com aquelas gravações da atriz imitando a Renée pedindo socorro, ficou perfeito. É aquela coisa, trabalhar na área da tecnologia tem suas vantagens.

— Gatinho, você está preparando o inferno para sua esposinha, hein? - Victória gargalhou. 

— Lembre-se que as portas e as janelas da casa precisam estar trancadas com cadeados e que a Isabella não pode te ver de jeito nenhum, okay? Senão o plano vai por água abaixo na hora. 

— Está bem. E agora? 

— Agora vamos aproveitar a noite porque pela quantidade de sonífero que dei a minha esposa, ela só vai acordar amanhã mesmo. - Afirmou puxando a ruiva para si e tascando um beijo caliente em sua boca. 

[...]

Na manhã seguinte....

 

 

12 de outubro, aniversário de dez anos da morte de Renée Swan. 

 

 

 

— Querida, hoje vou demorar um pouquinho mais para voltar. Certo? - James questionou a mulher durante o café da manhã - Ei, você está bem? 

— Não sei... Apaguei totalmente essa noite como se tivesse tomado sei lá, um sonífero. Minha cabeça está bem dolorida.  Semana que vem vou ao médico pedir pra trocar os remédios. Estes não estão me fazendo nada bem e é estranho, nunca me aconteceu algo assim antes. - Desabafou tomando um pouco de leite. 

— Isso querida, semana que vem. - James sorriu beijando a mão dela. 

— Não quero ficar sozinha hoje. Esses dias nessa casa não estão me fazendo bem, sem contar que hoje faz dez anos da morte da Renée. É um dia muito triste para mim.- Apertou a mão dele. 

— Eu sei querida, mas tenho uma reunião com os empresários de Houston. Mas prometo fazer o possível para voltar depressa. O que pretende fazer hoje? 

— Cozinhar, ver televisão, tomar um banho de piscina, o de sempre. - Deu de ombros. 

— Ótimo. - Levantou-se dando um beijo na testa dela - Tenha um ótimo dia, te amo. - Pegou sua maleta e saiu de casa.

[...]

Depois de fazer uma sobremesa gostosa para o marido e deixar na geladeira, Isabella foi assistir televisão enquanto Victoria, sem que ela soubesse, terminava os preparativos para a noite infernal que planejava para ela. Ao longo do dia, a morena procurou seu celular, mas não encontrara em lugar algum. E como estava cansada e sonolenta pelo remédio que tomara sem saber na noite anterior, procrastinou demais ao longo do dia. 

Era quase noite quando após ir ao banheiro fazer xixi, a morena percebera que a televisão estava desligada. 

— Ué... - Murmurou - Vou ligar para Alice, como não acho meu celular, irei ligar do fixo mesmo. - Pegou o telefone em mãos, mas viu que a linha estava muda. - Eu hein?! - Colocou o telefone no gancho de novo quando de repente, tomou outro susto. 

 

"Filhota..."

 

Mais uma vez, ouviu aquela voz. 

— De novo não! Vou no jardim, respirar, olhar para as flores e vai ficar tudo bem. Isso! - Respirou fundo caminhando até a porta, mas quando tentou abri-la, percebeu que estava trancada - Emperrou? Será? 

 

 

"Bella..."

 

 

Ouviu outra vez. 

— Merda! - Resmungou indo até a outra porta da casa, dos fundos, mas a mesma também estava trancada - O que está acontecendo aqui? - Perguntou-se voltando pra sala - A casa está vazia. Quem será que trancou tudo? - Checou as janelas que também estavam trancadas. 

 

 

"Bella..."

 

 

A morena tapou os ouvidos. 

— Para... - Pediu baixinho tentando se controlar - O que está acontecendo comigo? Será que estou enlouquecendo?!

De longe, Victoria a observava sorrindo discretamente, tentando ao máximo não fazer barulho. 

Sentindo seu celular vibrar no bolso, a ruiva viu uma mensagem de James e se comunicou com ele. 

 

"Já cheguei. Como estão as coisas aí?"

 

"Hilárias. Já iniciei o plano. Coloquei as gravações da Renée, as mais fracas, por enquanto."

 

"Está bem. Abra a porta dos fundos para mim agora mesmo. Assim que entrar aí, vou ao sotão desligar a luz."

 

"Okay gatinho."

 

Victoria abriu a porta e depois de um rápido selinho no amante, ambos se separaram. De volta a sala, Isabella ainda ouvia a cada dez segundos, uma voz semelhante a de Renée. 

De repente, a luz acabou e tudo ficou escuro. 

— Ah não... - Cobriu o rosto entre as mãos e segundos depois, uma ópera assustadora começou a tocar. 

Ao fundo da mesma, haviam gritos semelhantes a voz de Renée. 

 

 

"ME AJUDA BELLA, POR FAVOR!"

 

A voz repetia várias e várias vezes o mesmo pedido de socorro. 

A música estava no último volume,  ensurdecedor. 

E as portas dos ambientes se abriam e fechavam a todo momento. 

— Mãe? - Confusa, a morena subiu as escadas de encontro aquela voz. 

Percebendo que vinha do quarto de Renée, Bella exitou. 

 

 

"SOCORRO FILHA!!!"

 

 

— Mãe... - Lentamente, a morena entrou no quarto escuro dando um grito ao ver que o lençol da cama da mãe estava todo vermelho, como se fosse sangue. 

Bella correu dali até seu quarto.

Tentou abrir as janelas para pedir socorro, mas as mesmas também estavam trancadas. 

O coração da jovem parecia que ia sair pela boca. 

Suas mãos tremiam, seu corpo todo. 

Sua boca estava seca e sua garganta, arranhada de tanto gritar.  

Seus ouvidos doíam pelo som alto da música e pelos gritos que lhe lembravam o pior momento de sua vida.

Flashs do dia em que Charlie matara Renée surgiam a todo tempo em sua cabeça, lhe deixando completamente perturbada.

Sua mente já não sabia mais distinguir que aquilo que estava lhe acontecendo era uma simples armação. 

Parecia real.

Era real. 

Bella pedia socorro e corria pela casa, totalmente fora de si. Enquanto Victoria vigiava tudo, James saiu da casa mais uma vez a fim de dar um telefonema.

— Agora é o último passo para minha liberdade. - Disse sorrindo e discando para alguém muito importante. 

— Pronto?

— Doutor Cullen, é o senhor?

— Quem é?

— Sou eu, James. Marido da Isabella. 

— Ah, tudo bem com o senhor?

— Nada bem, preciso que venha até aqui e traga seus melhores enfermeiros. Minha esposa está fora de si! Está gritando, agindo como se estivesse ouvindo vozes, estou tão assustado. Acho que está louca de vez! Estou desesperado, Doutor! 

— A senhora Swan? Mas como assim?

— Veja com seus próprios olhos, Doutor. Vou te enviar uma mensagem com meu endereço. Por favor, venha logo, o mais depressa possível. - E desligou. 

Após enviar o endereço da mansão por SMS, James retornou a casa pelos fundos, onde Victoria o aguardara. 

— Onde ela está? - Sussurrou. 

— Trancada em um dos quartos de hóspedes gritando, chorando muito. Essa aí está doidinha de pedra. 

— Então temos que ser rápidos. Vou acender a luz e enquanto fico de olho na porta do quarto dela, você coloca os lençóis sujos para lavar e por último, desligue o som. Combinado? 

— Deixa comigo. - Sorrindo, a víbora saiu correndo para cumprir as ordens de James. 

[...]

No momento em que Victoria desligou o som, ambos ouviram um barulho de carro. 

— Chegaram. 

Sorrindo, James desceu as escadas até a porta de casa assim que ouviu a campainha. 

— Doutor Cullen? Que bom que veio e trouxe os seus enfermeiro como lhe pedi. Estou muito aflito. 

— O que está havendo? - Edward perguntou entrando na casa e olhando ao seu redor. 

Estava tudo uma bagunça. 

— Minha mulher está lá em cima, Doutor. Me sigam. - Os acompanhou até que no corredor, ambos se depararam com Victoria. - Está é minha governanta, a governanta da casa. - James os apresentou e Edward nada disse, apenas acenou para a moça e ambos entraram no quarto onde Isabella estava. 

— Senhora Swan? - Com a testa franzida, Edward se assustou ao ver a jovem tão equilibrada debaixo da cama, visivelmente apavorada e dizendo coisas desconexas.  

— Renné está aí... Ela, ela veio me buscar, ela, ela... Quer me matar também. O sangue, tinha muito sangue. Charlie vai mata-la de novo, ele vai...

Os enfermeiros tentaram tirar a morena da cama, mas ela se debatia para sair. Com muito custo, conseguiram retira-la mas a CEO se debatia a todo instante. Vendo que ela estava totalmente fora de controle, Edward permitiu que aplicassem um sossega-leão na jovem que antes de desmaiar, ainda viu James e Victoria perto da porta do quarto e muito próximos. 

— Levem-a para o utilitário. - Edward ordenou guardando seus apetrechos na maleta enquanto a jovem era levada dali. 

— E agora Doutor?

— Não sei, preciso analisar o caso da senhora Swan com calma. Preciso saber também detalhes do que de fato aconteceu aqui. Mas antes, tenho uma pergunta. 

— Diga. - James falou olhando rapidamente para Victória. 

— O que sua governanta está fazendo aqui?

 Minha mãe disse que há alguns dias vocês tinham dispensado todos os funcionários. Pois bem, o que sua governanta faz aqui? 


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Notas finais do capítulo

O que James vai responder?

Comentem, favoritem, recomendem...