why do we have to go and make things so complicate escrita por WellDoneBeca


Capítulo 3
Desperate people find faith…




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Duas semanas. Foi o tempo que Rey se esforçou para ignorar todos os sinais apontando para ela estar grávida. Ela não estava usando nenhum contraceptivo e tinha passado a noite com Ben não fazia muito tempo. Era plausível, certo?

Certo?

Mas ainda assim, por duas semanas, Rey — uma médica, uma ginecologista! — fingiu que nada estava errado e que os sintomas que ela estava sentindo eram só um problema estomacal, e que ela não deveria se preocupar com sua menstruação atrasada. Por que ela não podia estar grávida. Ela não podia estar grávida e ponto.

Até que o tempo foi demais, e ela precisava saber a resposta. Então lá estava ela, tirando uma amostra de sangue de si mesma e escrevendo um nome falso aleatório em uma etiqueta, apenas para ter certeza absoluta de que estava bem. E não grávida.

E seu coração definitivamente não estava acelerado em seu peito enquanto ela caminhava até a bancada das enfermeiras para encontrar Kaydel, torcendo pela discrição de sua amiga.

— O que eu posso fazer por você? — A loira se inclinou sobre o balcão com um sorriso.

— Olha, eu tenho essa paciente. — Rey olhou em volta. — E ela é famosa. Eu preciso de um teste de gravidez para ela, mas ninguém pode saber.

Ela ofereceu a amostra de sangue e Kay a pegou, dando uma piscadela para a amiga.

— Então eu sou sua garota. — Ela garantiu e leu o nome da etiqueta. — Daisy Ridley? Esse é um nome falso legal. Eu te envio o resultado por e-mail, então.

— Sim, por favor. — Rey assentiu. — E muito obrigado, Kay.

— Por nada. — Ela assegurou com um sorriso, então alcançou debaixo da mesa para puxar um arquivo. — Essa é para você. A paciente está esperando na sala 3.

Rey suspirou, puxando o classificador para si.

De volta ao trabalho.

— Obrigada.

— Por nada. — A amiga respondeu enquanto ela se afastava. — Boa sorte.

Boa sorte. Realmente. Rey iria precisar.

. . .

Rey deu voltas impaciente pela sala pronta para arrancar os próprios cabelos de impaciência. Kaydel já devia ter lhe enviado os resultados do teste, ela havia dito que eles estariam prontos horas atrás. Por que ela estava demorando tanto?

O resultado tinha que ser negativo. Ela não podia ter um filho agora. Rey nunca havia pensado em ter filhos na vida e ser médica não ajudava em nada. Como ela cuidaria de uma criança trabalhando do jeito que trabalhava? 

E Ben... Primeiramente, como ela explicaria tudo a ele? Ele iria surtar, talvez até desmaiar. Ele nem se lembrava que os dois haviam dormido juntos, e ela simplesmente ia jogar um bebê no colo dele? Ela não podia fazer aquilo.

— Olha. — Ela levantou a cabeça, olhando para cima em busca de um céu invisível, prontamente falando com qualquer divindade que estivesse comandando sua vida agora. — Eu sei que não sou a mulher mais religiosa do mundo e nunca fui. Mas se você me ajudar e não deixar que isso aconteça, eu prometo que vou à sinagoga todo fim de semana e nunca mais vou trabalhar em nenhum sábado da minha vida e vou participar de todos os feriados…

O toque de seu telefone a fez correr para o pequeno bar onde ela o deixara e um e-mail apareceu na tela.

O teste.

Rey abriu a mensagem rapidamente, ignorando qualquer texto e pulando diretamente para o arquivo PDF que a acompanhava.

Sem notas clínicas, intervalos de referência e…

Positivo.

Ela estava grávida.

Ela definitivamente estava grávida.

— Merda.


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