Together By Chance 1 Temporada REBOOT escrita por M F Morningstar, Shiryu de dragão


Capítulo 18
Acampamento!!!


Notas iniciais do capítulo

Olá, mais um capítulo, espero que gostem.

Boa Leitura!



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P.O.V Rosalya Price

E o dia do acampamento chegou. Se estou feliz? Não. Odeio tudo que tenha muito mato, pois morro de coceira, mas enfim, pelo menos vai ser divertido, por causa da Mo, do Cast e do Lys-Fofo.

— Rosa, se apresse, o Leigh está te esperando para te levar a escola!!! – Grita minha mãe no andar de baixo.

Será que eu peguei tudo? Eu sei que estou levando duas malas grandes, duas pequenas e ainda minha bolsa de make-up, mas sabe aquela sensação de esquecer algo? Ah, lembrei, minha bolsa com produtos e minha mochila para fazer trilha.

— Estou descendo! – Grito descendo as escadas. Tudo já estava no carro, menos minhas duas bolsas.

— Bom dia, meu amor. – Diz Leigh, meu boy, me beijando.

— Bom dia. – Digo sorrindo.

— É bom se cuidar, mocinha. – Diz minha mãe me abraçando. – Te amo, querida.

— Também te amo, mãe. E pode deixar, sei me cuidar. – Digo dando um beijo na bochecha dela para em seguida deixar a casa entrando no carro de meu namorado.

— Oi Lys. – O cumprimento assim que sento no banco do lado do motorista.

— Olá Rosa, tudo bem? – Me pergunta com um sorriso doce.

— Claro, e você?

— Tudo ótimo.

Assim que chegamos na escola, Lys e Leigh me ajudam a tirar minha bagagem, a levando para o ônibus que iria levar a turma para o acampamento.

— Nossa!!! Vai ficar cinco meses lá. – Diz Monique me zoando.

— Baka. – Rio e a abraço. – Você sabe que sou exagerada. – Faço biquinho.

— É, eu sei. – Concorda rindo.

— Eu juro que as vezes duvido que vocês são só melhores amigas. – Confessa o ruivo que olhava para Mo e eu ainda abraçadas.

— Nós não somos só melhores amigas. – Digo maliciando, e ele revira os olhos.

— Somos irmãs!!! – Gritamos ela e eu juntas trazendo a atenção da turma toda para nós.

— Estou indo, amor. – Diz Leigh me dando um beijo e um abraço. – Bom acampamento. Te amo, linda.

— Também te amo, meu bem. É bom não aprontar nada! – Digo fazendo biquinho, e ele ri.

— Vocês duas tão andando muito juntas. – Diz ele olhando para Monique que levanta as mãos em sinal de rendição.

— Ela me deseja. – Diz brincando a loira, o que fez nosso grupinho rir.

— Até daqui alguns dias.

Assim que Leigh foi embora, começamos a conversar sobre o acampamento, o que achamos que poderá acontecer.

— Oi Cast!!! – Diz uma patricinha toda de rosa brotando do nada.

— O que você quer, Carmem? – Pergunta com cara de poucos amigos, o ruivo.

— Quer ir comigo na minha limusine? O ônibus é tão desconfortável, então pensei que você preferiria ir com algo mais confortável. – Diz a vaca, tentando ser sensual.

— Você não se toca mesmo, né? – Ironiza minha BFF, antes que o próprio ruivo falasse algo, a mesma continua: – Ele é M-E-U! Será que é difícil de entender o que eu falo? Se é assim, observe... – Assim que ela termina de falar, dá um beijão no Castiel, fazendo a Carmem ficar com raiva e com uma tremenda cara de cu.

— Arrasou! – Confesso, assim que a patricinha se retira indo para a sua limusine.

— Cansei. – Suspira minha amiga, e eu rio. Ela nunca havia agido dessa maneira, tão furiosa com as insistências da Carmem para com o Castiel, mas eu a entendo, uma hora a paciência se esgota.

— Percebi, mas teve alguém que gostou. – Malicio olhando um ruivo todo sorridente que conversava com o Lys-fofo.

— Verdade. – Se parte de ri.

— Atenção alunos, podem entrar no ônibus, pois ele está prestes a sair. – Fala em tom alto o motorista do busão.

Todos da turma começaram a entrar no ônibus, par por par. Antes que o Cast sentasse do lado da Monique, eu roubo seu lugar.

— Na viagem trocamos, quero conversar com ela. – Digo quando ele me fuzila com seus olhos cinzas. – Não me olha assim! Você mora com ela, dorme com ela, come com ela, faz bem dizer tudo com ela. – Argumento, e ele se rende.

— Está bem, mas depois trocamos. – Diz derrotado e senta no banco de trás onde estava o Lysandre.

— Ele está com raiva e nervoso. – Confessa sussurrando a loira do meu lado.

— Por quê? – Pergunto sussurrando também, sem entender o nervosismo do meu amigo rebelde.

— Porque não vamos poder dormir juntos no acampamento. As cabanas vão ser separadas por sexo.

— Não me lembrava desse detalhe. – Rio e ela me acompanha.

~~~~~*~~~~~

O ônibus já estava passando pela entrada do acampamento Sunshine, era sem dúvidas dentro de uma floresta enorme e linda, mesmo que eu odeie mata e principalmente odeio ficar sem sinal no celular, confesso que o lugar era um paraíso. Árvores longas e que possuíam folhagens espalhafatosas, a mata tinha uma cor esverdeada escura puxada para algo mais acinzentado, mas ainda assim, um tom muito lindo, aquele lugar sem dúvidas seria uma paisagem perfeita para fazer um book de fotos. Quando o ônibus parou, todos descemos. O ar era puro, sem resíduo algum de poluição, dava para respirar profundamente e facilmente, um lugar ótimo para meditação e yoga.

O acampamento Sunshine é como qualquer um outro, a única diferença está no local e na beleza da floresta. Olhando ao redor conseguia ver um grande totem que representava o acampamento. Na direita, havia uma trilha que dava para as cabanas de madeira escura, não conseguia ver até onde ia, pois as árvores tapavam um pouco. Havia placas espalhadas mostrando o que haviam em cada direção, as que mais prestei atenção foram as do refeitório, área das fogueiras, trilha e por último, a que mais me fez ficar animada, a que dizia “cachoeira”. Se a cachoeira for tão linda quanto as árvores e mata daqui eu vou querer voltar com um fotógrafo profissional para fazer um mega book de fotos.

O chão que eram as trilhas para todos os lugares, era de terra com uma tonalidade de marrom claro avermelhado o que deixava o local muito mais bonito e acolhedor. Confesso que agora talvez não seja tão ruim acampar, pois, esse acampamento tem um certo charme impossível de negar, e também, estou com meus amigos.

— Bem-vindos forasteiros, eu sou seu instrutor deste acampamento, John Smith. – Diz um cara muito gato com um sorriso enorme branco.

— Que gato... – Sussurro para Monique que concorda, escutamos uma tosse falsa vindo do senhor tomate. É, acho que ele escutou.

O nosso instrutor tinha aparentemente uns vinte e cinco anos, tinha pele meio bronzeada, era sarado, tinha cabelos pretos e olhos claros. Usava uma roupa normal de instrutor.

— Se precisarem fazer perguntas, saberem de algo, não hesitem em me perguntarem.

— É solteiro? – Pergunta Maria Fernanda fazendo todos olharem para ela. – Que foi? Ele que disse que podíamos fazer perguntas. – A risada é geral, até o instrutor ri.

— Sou sim. – Responde brevemente para assim voltar a falar sobre o acampamento e mostrar o lugar para nós.

Após o John ter mostrado todo o acampamento, ou quase todo, começamos a decidir quem ficaria em qual cabana, como os meninos estavam em ímpar, eles ficariam com uma cabana de cinco e outra de quatro, já as meninas só com as cabanas que podem dormir quatro. Depois de muita discussão, as divisões das cabanas ficaram:

Cabana 1: Mônica, Magali, Sofia e Denise.

Cabana 2: Jessica, Maria Fernanda, Dorinha e Melissa.

Cabana 3: Carmem, Irene, Isa e Maria Mello.

Cabana 4: Eu, Monique, Aninha e Marina. Ou seja, as sobras. Sinceramente, a Mo e eu nunca havíamos conversado com essas duas, elas sempre foram as mais “isoladas” da sala.

Cabana 5: Castiel, Lysandre, Do Contra, Cebola e Cascão. Em outras palavras, minha banda masculina preferida. É engraçado saber que agora o Cebola e o DC conversam de boa, já que pelo que eu sei eles tinham uma rixa por causa da Mônica, e agora, o Cebola tem rixa com o João, já que atualmente o “ficante” da Mônica é o João.

Cabana 6: João, Xaveco, Titi e Jeremias. Acho que esse “grupo” foi uma completa sobra, como a da minha cabana, pois nunca, nunca mesmo, eu vi o João ou o Xaveco ficar de papinho com o Titi ou Jeremias. Mal e mal trocavam umas palavras.

~~~~~*~~~~~

— Ai... Não aguento mais carregar essas malas. – Me queixo para Monique assim que terminamos de levar nossas coisas para a nossa cabana.

A cabana por dentro era confortável, havia um banheiro pequeno, mas limpinho, além disso, as camas não eram tão desconfortáveis. Como eram quatro camas, duas delas estavam de um lado da parede e as outras duas do outro, dando um espaço para transitarmos entre elas. A porta do banheiro dava de frente para um dos guarda-roupas que estava do lado da porta de entrada e o outro guarda-roupa do outro lado da porta. Haviam um criado-mudo por cama e tapetes felpudos do lado das camas. A iluminação não era forte, mas nada que atrapalhasse para andar pela cabana.

— Quem mandou trazer um apocalipse de roupas para esse acampamento. – Zoa a loira, e eu mostro a língua para a mesma.

— Boba! Você trouxe um violão. – Rebato e ela dá de ombros.

— Na verdade foi o Cast, mas eu roubei dele. – Fala convencida, e eu rio.

— Sei... “Roubei” ein... – Malicio, e ela joga a almofada na minha cara me fazendo rir.

Depois de uma miniguerra de travesseiros, Marina e Aninha entram trazendo suas malas. Mo e eu se entreolhamos, ou seja, conversamos por olhares.

— Querem ajuda? – Pergunta minha BFF com um sorriso amigável para elas.

— Não. Obrigada. – Responde a Aninha meio surpresa.

— Não. – Sorri Marina dando uma risadinha aliviada. É acho que elas “sabem” algo sobre nós e esse “algo” não é muito bom.

— Você desenha? – Quase grita Monique, olhando para um caderno que a Marina tira de uma das suas malas.

— Sim. – Responde meio desconfiada.

— Não vou roubar. – Ri divertida a loira, tirando um caderno e indo até a ruiva. – É que eu também desenho.

Por incrível que pareça, foi bem mais fácil fazer amizade com elas. Principalmente graças ao hobby igual das duas cujo os nomes de ambas começam com a letra M, afinal, facilitou o desenrolar dos assuntos.

— Eu nem acredito que nos deixamos levar pelo o que ouvimos. Vocês não são nenhum pouco metidas ou esnobes como ouvimos por aí. – Confessa Aninha, e Marina concorda.

— Por isso que eu sempre falo, nunca crie ideias sobre as pessoas antes mesmo de ter as conhecido. – Fala Monique, e elas concordam.

— Mas quem foi que falou tão mal da gente? – Pergunto meio curiosa e elas se entreolham. Não acredito! Elas também sabem fazer isso? Olho para a loira do meu lado para ver se ela havia percebido o que eu percebi e é claro que percebeu!

— Olhares comunicativos. – Falamos, Mo e eu em uníssono.

— O quê?! – Exclama rindo a ruiva de cabelos enrolados.

— É que vocês fazem que nem a Rosa e eu.

— Verdade. – Concordo rindo.

— Acho que são as ligações. – Dá de ombros, rindo a Aninha.

— Olha, nós falaremos quem foi se vocês prometerem que não vão contar ou ir lá discutir, ou fazer sei lá o que com a indivídua. – Olha sério para nós, as duas.

— Claro, só queremos saber, não queremos falsianes perto. Já chega a putiane da Carmem indo para cima do meu ruivinho.

— É sério! Só queremos saber. Vai que essa pessoa fala conosco mó amiguinha, mas é fura olho. – Confesso, e elas assentem.

— Foi a Mônica. Eu não sei o porquê, mas ela não vai com a cara de vocês. Principalmente de você, Monique. – Diz a Marina e parece que a Monique busca no fundo do poço o motivo, porque a cara que essa mina fez foi uma de “saí do corpo, fui para o passado e voltei com a resposta”.

— Ai meu core! – Cai na gargalhada a loira. – Se for pelo motivo que eu estou pensando, ela é muito infantil.

— Que motivo? – Pergunto confusa.

— Lembra que ela era de uma banda junto com o Castiel? Então, eu acho que ela tem raiva de mim por causa das tretas que se formaram naquela época. Porque tipo, eu me lembro que quando a banda se separou, o início foi dado pelo Castiel. Afinal, ela gritava com todos e se sentia superior, daí ele quis sair e todo mundo defendeu o Cast e deixou a Mônica como a errada da história. E também porque montamos uma banda só de meninas depois desse rompimento e não convidamos ela. – Explica a loira, e nós começamos a raciocinar.

— Mas será que foi por isso mesmo? – Pergunto meio achando estupidez ser esse o “grande” motivo.

— Pode até ser. – Confessa a Aninha pensativa.

— A Mônica leva certas coisas muito a sério e tem pavio curto, pode ter sido sim. – Completa Marina.

— Enfim, sendo por esse motivo ou não, não ligo, minha vida depende de mim e minhas escolhas, não das palavras mentirosas de outra pessoa. – Dá de ombros Monique.

— Tem razão. – Concordo e voltamos a conversar normalmente.

~~~~~*~~~~~

— Não! – Grita Monique assustada, me fazendo acordar do meu sonho tranquilo.

— Mas o quê?! – Exclama Marina na cama do lado da minha.

— Acho que ela está tendo um pesadelo. – Falo assim que vejo a loira ainda com os olhos fechados e uma expressão tensa.

— Você precisa parar... – Murmura se mexendo na cama. – Você vai destruir a todos!

— Será que devemos acordá-la? – Pergunta Aninha assustada.

— Eu não sei. – Confesso também. – Monique. – Chamo a sacudindo levemente, mas ela parecia não me ouvir.

— Ela não acorda e continua falando essas coisas sem sentido, estou começando a ficar assustada. – Confessa Aninha, e eu concordo.

— Cuidem dela! Vou chamar o Cast. – Digo saindo da cabana usando só meu pijama mesmo. Ando a passos largos até a cabana dos meninos.

— Rosa?! – Exclama surpreso Lysandre abrindo a porta depois de escutar as batidas que eu dou nela.

— Chama o Castiel, é a Monique. Ela está tendo um pesadelo, só que as meninas e eu não conseguimos acordá-la. – Eu explico, e não demora muito para o Lys chamar o Castiel que sai porta a fora usando só uma calça de moletom cinza.

— Faz muito tempo que ela está tendo esse pesadelo? – Pergunta enquanto caminhamos para a minha cabana.

— Mais ou menos. Acordamos com ela gritando. – Respondo ainda assustada com aquilo tudo.

Assim que chegamos à cabana, o ruivo senta na cama da loira e a puxa num abraço apertado e carinhoso, ele começa a embalar como se ela fosse um bebê.

— Shiu... Calma... Vai ficar tudo bem. – Sussurra ele para ela com uma voz calma. Era, em certo ponto, estranho ver ele assim, mas não tanto, pois quando se tratava da Monique, ele deixava de ser totalmente “durão”. – Calma, meu amor. Não tem nada.

Aposto que não só eu, mas as meninas também achavam que aquilo não ia adiantar, só que adiantou. Ele ficou só mais uns minutos e ela acordou assustada com os olhos cheios de lágrimas.

— Tiel... – Sussurra ela e o abraça soluçando.

— A quanto tempo ela faz isso? – Pergunto preocupada, e ele suspira.

— Faz alguns dias. Não sei por qual motivo, mas ela tem tido esses pesadelos. – Responde ainda abraçando ela.

— Desculpa, meninas. – Diz a loira depois que se acalmou.

— Tudo bem. Todos já tivemos pesadelos. – Digo sentando na cama e a abraçando.

— Sem problemas. – Diz Aninha e Marina com um sorriso amigável.

— Vou ir antes que eu acabe em encrencas. – Diz rindo o ruivo.

— Mas e se ela ter outro pesadelo? – Pergunto, e ele ri.

— Agora ela vai dormir bem, mas caso ela tenha, é só fazer que nem eu fiz. – Diz e logo dá um beijo na testa da loira que parecia mais um bebê dengoso nos meus braços.

— Obrigada... – Sussurro para ele e o mesmo sorri.

— De nada, mas é bom cuidar dela! – Diz brincando e logo sai porta a fora.

— Desculpa mesmo. – Sussurra a loira no meu ouvido chorando.

— Foi nada, meu bem. – Falo a ela, logo as outras duas garotas a abraçam também.

— Está tudo bem. – Diz Aninha acariciando os cabelos da Mo.

— Se precisar da gente é só chamar. – Sorri Marina.

— Obrigada. – Diz sorrindo envergonhada. Nunca vi a Monique em um estado tão frágil. É, esses pesadelos realmente estão deixando-a mal.

— Quer que eu durma com você? – Pergunto assim que Marina e Aninha vão dormir.

— Não quero te incomodar. – Confessa e eu rio baixinho.

— Vamos. – Digo deitando em sua cama, que era encostada na parede, a puxando para deitar também.

Muitos vão pensar besteira por eu estar dormindo abraçada com ela, mas eu só tenho a dizer que isso é uma amizade e é uma amizade do tipo irmãs. Para o que ela precisar, eu vou estar aqui para ajudá-la, até o fim.

P.O.V Denise Dutra Frias

Já estamos a dois dias aqui e não fizemos nada de bom. A única coisa que de fato foi interessante foi esse instrutor gato que a escola arrumou. Até daria em cima dele, se não tivesse o meu Xavequinho como prioridade. Mesmo o instrutor sendo um gato, não trocaria meu loirinho por nada.

— Que chatice...

— O que houve, Denise? – Pergunta Sofia, que estava comigo na frente da cabana.

— Ah Maitê, é que não acontece nada de mais aqui. Tudo muito normal, muito mediano para meu gosto.

— Você só gosta de confusões, não é? Por que não aproveita a paisagem, a natureza. Veja: os pássaros cantando, esse cheiro de... – A corto soltando um grito irritada.

— Pelo amor! Dá para parar com essa ladainha? Isso é chato do mesmo modo.

Fico pensando, andando de um lado para outro sem ter o que fazer. Sem internet para ver e postar foto no Instagram, sem TV para ver os babados dos famosos e sem poder usar nem maquiagem (pois na cabeça dos líderes, maquiagem atrairia mais insetos para o local).

— Denise!!! – Me chama Xaveco me dando um susto.

— Que susto, menino! Quer me matar do coração?

— Ah, é que eu estava te procurando. Tem um laguinho com cachoeira bem bonito aqui. Bora lá tomar um banho?

— Tem que ser agora mesmo? – Pergunto meio desanimada com a ideia.

— Vamos, Dê! Lá estão a Monique e o Titi.

— Que estranho. Logo eles que não se falam. Acho melhor ir, os santos dos dois não se batem. Vai que dá treta. – Diz Sofia me fazendo surgir coisas em minha mente.

"Treta".

"Santos não se batem".

É I-S-S-O!!!

— Sofia, você é um gênio!!!!!!! – Exclamo animada com a possibilidade de tudo não ser uma completa chatice.

— Eu? – Pergunta ela confusa.

— Xaveco, preciso de papel e caneta!! Sofia, chame o pessoal!! Hoje, teremos altas revelações.

P.O.V Xaveco Lorota Diniz

Em um círculo, estamos reunidos Denise, Monique, Castiel, Magali, Cascão, Mônica, Cebola e eu. Os outros estavam dispersos por aí, então não os achamos. Sofia resolveu não participar por achar que a brincadeira poderia dar confusão. Eu também acho isso, mas não tive opção a não ser participar.

O local que nos reunimos era na frente do lago da cachoeira, a água era de um verde cristalino e com as árvores ao redor dava um clima incrível, era como se estivéssemos em uma daquelas fotos de paisagens montadas, mas na verdade, essa é de verdade. A cachoeira despencava causando um som reconfortante, haviam algumas pedras perto da montanha da cachoeira que fechava levemente o lugar. A escola escolheu bem o acampamento, pois até agora, tudo está completamente perfeito e muito lindo de se admirar.

— Bem pessoal, o jogo é o seguinte: para haver mais clareza entre nós mesmos, resolvi fazer um game para falarmos o que achamos uns dos outros. Cada pessoa pegará um papel escrito com o nome de alguma pessoa diferente e assim cada um terá que falar de cada um. – Denise explicou as regras para a galera e quase todos acharam que seria divertido, mas...

— Que idiotice. – Diz Castiel. – Não quero participar de um joguinho tão infantil como esse. Eu estava muito bem ouvindo minhas músicas. Tchau para vocês.

— Pra mim você está apenas fugindo. – Denise sorri vitoriosa.

— Como é que é?! – O ruivo a fuzila com os olhos.

— Você claramente está com medo de falarem mal de sua pessoa e prefere não jogar. Ou estou enganada? – Ela arqueia uma sobrancelha confrontando-o.

— Pouco me importa a opinião dos outros. Ninguém tem nada a ver com minha a vida a não ser a minha própria namorada. Mas já que está tão incomodada e acha que eu me importo, então eu participo desse jogo infantil.

Após essa discussão que deixou um clima levemente pesado, Castiel sentou e a Denise, por meio de uma caixinha, saiu distribuindo a cada um papeis com os nomes escritos de cada uma das pessoas que estavam presentes na roda. Cada um pegou um papel e a primeira a começar foi a própria Denise.

— Bem gente, a pessoa que peguei é alguém arrogante, que sempre faz de tudo para se sobressair e ser o maioral de tudo. Uma pessoa que já me meteu em perigos mortais e já lascou quase toda a galera com suas armações. Claramente estou falando do nosso grande amigo Cebola! Eeeh!!! – Diz ela fazendo todos rirem da declaração, exceto Monique, Castiel, e claro, o próprio Cebola.

— Podia fazer uma propaganda melhor de mim. Eu não sou tão ruim assim. – Cebola se defende com braços cruzados e um olhar mortal.

— Fica tranquilo, migoh! você é uma boa pessoa no fundo, bem no fundo.

Após isso, Cebola se acalmou e começou a falar suavemente.

— A pessoa que peguei é alguém realmente amigável, que nos últimos dias vem me surpreendendo cada vez mais pelo seu avanço de personalidade. Até outrora ele era alguém que ficava quieto no canto, não fedia nem cheirava, não secava nem molhava, mas vem cada dia mudando e me dando orgulho. Estou falando do secundário mais querido, meu amigo Xaveco!

Admito que fiquei até bolado pela descrição que ele me fez (apesar de já estar acostumado), mas fiquei contente por estar mudando na visão das pessoas.

— Obrigado, Cebola, mas você me avacalhou na maior parte da declaração.

— Ah, o que é isso? Você sabe que eu te adoro, cara! – Fala isso enquanto me dá uns tapinhas nas costas.

Incrível como ele não sente nenhum remorso por falar dessa forma assim com os amigos. Eu tenho bastante coisas para falar sobre essa pessoa, até porque ela é minha amiga desde a infância, mas é melhor ser breve...

— A pessoa que peguei é uma garota sensacional, de grande coração e é muito gentil. Uma pessoa que realmente me orgulho de conhecer. Meiga, carinhosa, e...

— Ai, Xaveco!!! Obrigada!!!!!! – Denise me abraça por trás e fica beijando minhas bochechas. Obviamente estava gostando, só não entendia a razão daquilo. – Eu não sabia que você achava tudo isso de mim!!!

— Er... Denise... Eu não me referia a você. – Digo timidamente enquanto ela muda a expressão facial (que por sinal dava medo). – Estava falando da Magali.

Todos dessa vez deram risada, até mesmo Castiel e Monique. De cabeça baixa, Denise saiu de perto de mim e sentou no lugar onde estava. Logo, Magali veio até mim e me abraçou. Se o Cascão ficou com ciúmes? Aparentemente nem um pouco, já a Denise...

— Tal pessoa é alguém com quem não tenho intimidade, mas pretendo conhecer melhor com o tempo. Ele já é amigo e parceiro de alguns membros da galera, porém, ainda o acho muito fechado. Apesar de não termos muito contato, eu penso que ele é alguém gente fina e amigável. Estou falando do Castiel.

Castiel continuou sentado, mesmo quando a Magali lhe ofereceu um abraço. Todos acharam aquilo estranho e grosseiro.

— Não me leve a mal, mas não curto ter contato com gente como você. – Diz ele deixando a Maga calada.

Todos ficaram espantados e boquiabertos. Até onde se sabe, Magali e Castiel nunca se desentenderam.

— Se quer saber o motivo, é que diferente do menino ali, eu te acho chata, falsa e duas caras. Esse seu jeitinho aí é fachada. – Ele dá de ombros. Cascão pula indo diretamente a Castiel com cara de poucos amigos.

— Ei, cara! Cuidado com o que fala! Como você pode dizer isso se não conhece ela direito, hein, babaca?

— Sua namorada aí já falou de muitas pessoas pelas costas e vive de fofoquinha com suas amigas. É basicamente uma leva-e-traz da turma. – Castiel dá um sorriso sarcástico. – Ao contrário de todos, não vou fingir que não percebo isso.

Com essas palavras, Magali começa a chorar de cabeça baixa. De fato, ela era muito delicada e se machucava fácil com as palavras.

— Olha só o que tu fez, cara!? Era mesmo necessário tratar a garota assim?

— Só fui sincero. Achei que o jogo era falar o que cada um pensa. De qualquer modo, ela deveria saber que nem todos vão gostar dela, então não deveria se importar e muito menos chorar.

— Filho da mãe!!! Não fale assim da minha amiga! – Grita Mônica irritadíssima.

A garota dentuça parte para dar um soco na cara de Castiel, mas ele não se moveu nada. Todos arregalamos os olhos, pois geralmente qualquer um que recebesse um soco da Mônica sairia voando pelos ares.

— Agradeça por você ser uma mulher. – Disse enquanto tirava a mão da Mônica de seu rosto levemente ensanguentado. – Vou voltar a escutar minhas músicas. Sabia que essa brincadeira ia dar merda. Vem, princesa.

Monique levanta olhando com cara de poucos amigos para a Mônica. A loira acompanha Castiel para longe do grupo. Ninguém sabia como reagir aquela situação, exceto Denise, que tinha filmado tudo.

— Beleza, essa aqui vai para o meu blog! Sabia que algum momento isso aqui iria dar treta!!!

~~~~~*~~~~~

Mônica e Cascão ajudavam Magali a consolando. Ela não estava em prantos, mas estava bem chateada.

— Não liga para o que aquele abobado falou. Você é uma ótima pessoa, Maga. – Diz Mônica, porém ela estava com uma expressão bastante pensativa.

— Eu vou ir tirar satisfação com ele agora! Vou obrigar ele a te pedir desculpas!!! – Cascão estava realmente irritado.

— Calma, Cascão. Todos estamos de cabeça quente agora. Brigar não vai adiantar em nada! – Digo estendendo a mão colocando no ombro do meu amigo.

— É verdade, mas...

— Vamos esperar tudo se acalmar.

Apesar disso, esse Castiel é um cara muito estranho, porém ao mesmo tempo, uma pessoa admirável que merece respeito. Não é qualquer um que tem a coragem de dizer na cara da outra pessoa o que acha e mesmo sendo agredido, não revidou.

Realmente ele é um cara que divide opiniões.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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