Together By Chance 1 Temporada REBOOT escrita por M F Morningstar, Shiryu de dragão


Capítulo 17
O Festival


Notas iniciais do capítulo

Olá!! Mais um capítulo.
Espero que gostem.

Boa Leitura!!!



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P.O.V Castiel Salvatore

— Você vai assim? – Pergunta Monique enciumada com meu visual.

— Olha quem fala. – Rio e ela cora.

— Você está mostrando seu abdômen. – Retruca e eu me aproximo dela a beijando. Eu estava usando aberta uma jaqueta de couro preto, em meu pescoço havia uma corrente dupla preta, usava uma calça preta colada rasgada, um coturno também de couro preto. E por último, meu cabelo estava meio preso e meus olhos estavam esfumados por conta de um lápis preto que a Monique havia passado em mim.

— E você está mostrando um sutiã de rendas. – Ela suspira se sentindo derrotada. A loira estava de cabelos bagunçados, maquiagem escura tanto nos lábios quanto nos olhos, usava uma meia de renda fina preta que vinha até um pouco acima do joelho, um micro shorts de tecido mole que não parecia estar lá, um sutiã de renda também preto que aparecia por causa dos botões abertos de uma camisa xadrez cinza.

— Tá. – Grunhiu emburrada.

— Mesmo estando assim provocativa está linda e uma perfeita Taylor Momsen. – Digo e ela sorri.

— Você está bem gostoso assim. – Confessa ela e logo completa: – Mas você é só meu, ouviu? Não é para ficar dando autógrafos ou deixando as putianes te passar a mão. Você tem....

Antes dela terminar sua frase, a beijo intensamente. Essa loira é o tipo de garota não ligo se olham para você, mas um minuto depois: “por que você deixou ela te olhar?!”.

— Vamos logo ou vamos nos atrasar para o Festival. – Digo a puxando para fora do apartamento.

— Okay. Ainda bem que os instrumentos já estão lá. – Diz e eu concordo, carregar duas guitarras é foda, ainda mais de moto.

Quando chegamos na escola, rápido é claro por causa da moto, entramos direto para o auditório musical onde iria acontecer o festival musical.

— A Rosa está lá com as meninas da minha banda. Se vemos depois? – Pergunta me dando um selinho.

— Claro. Boa sorte.

— Para você também, mas sei que vai arrasar.

Enquanto a Mo se afastava de mim, tratei de procurar o Lysandre, eu tinha que contar para ele dos desenhos da Monique, ele estava lá quando fomos resgatar a Melissa. Ele viu aquele vampiro e aquela Dona Morte.

Encontro o Lysandre atrás do palco, cantando a música que iriamos apresentar. Ele estava usando uma blusa de manga curta preta com uns detalhes em couro e outros detalhes na cor azul esverdeado, uma calça preta, um coturno também preto e seu cabelo estava bagunçado.

— Fala Lys! – Comprimento ele e ele me olha travesso.

— Como conseguiu sair de casa assim sem que a Mo te proibisse? – Pergunta divertido, Lysandre virou bem amigo da Monique, não só porque eu sou amigo dele e ela minha namorada, mas também porque a melhor amiga dela é a Rosa, e o namorado da Rosa é irmão do Lys, enfim tudo em família como a Rosa diz.

— Digamos que ela também não veio comportada. – Rio e ele assente. – Lembra daquela miniaventura de resgatar a Melissa?

— Claro, por quê? – Pergunta confuso.

— Digamos que eu vi um caderno de desenhos da Mo, e tipo estava cheio de desenhos sobre demônios, anjos e etc. Nesses desenhos também tinham vampiros e a Dona Morte. – Conto ao Lysandre e ele parece pensativo.

— Você não falou para ela dessa aventura?

— Pior que não. Não quis contar para não ser arriscado a ela, e também ela já tem problemas demais, imagina se souber dessas coisas, vai sair correndo para querer ser um. – Falo meio brincalhão, mas Lysandre fica mais sério ainda.

— Que estranho... As vezes ela deve ter visto algo na internet. Não sei, pode ter várias explicações. – Dá de ombros.

— Foi o que eu pensei, mas ela explicou coisas que não se encontra na net. E havia outros, muitos outros. Ela parecia saber o que falava. – Digo sério e Lysandre dá uma batida de leve no meu ombro.

— Não estressa, ela só é fissurada nisso, e bem criativa, aposto que conseguiria inventar diversos seres. Não se preocupe. – Fala Lysandre me reconfortando.

— Tem razão. – Suspiro.

— Ah, você está aí! – Grita Rosa vindo em minha direção.

— Oi, Rosa, está tudo bem comigo obrigado por perguntar. – Falo brincando e ela me mostra a língua.

A garota de cabelos brancos e olhos amarelos brilhantes, estava usando um vestido preto curto rodado, parecendo uma Lolita. Aposto que aquele vestido foi feito por ela e com a ajuda do Leigh. A garota não perde tempo para roupas e outras coisas.

— Bobo, você não disse para a Mo, não é? – Me ameaça e eu rio negando com a cabeça.

— Claro que não, ela nunca iria vir se soubesse.

— Ótimo! Ainda bem que o diretor louco deixou. – Logo que ela disse isso, uma voz escoou dizendo: “Eu Não Sou Louco”. – Assustador. – Faz careta. – Então boys, terminem de fazer o que quer que estejam fazendo porque logo vai começar. Vou nessa! – Sai saltitando e Lysandre me encara arqueando uma sobrancelha.

— A Rosa armou para que a Mo e eu cantássemos um dueto. – Explico a ele.

— Não sabia que ela cantava. – Dá de ombros e eu sorrio.

— Canta e muito bem, só não sei se vai combinar nossas vozes, mas enfim, quando a Rosa põe algo na cabeça, não existe alguém capaz de tirar.

P.O.V Monique Lockwood

Estava muito ansiosa, já tinham passado quatro grupos e nada de chamar a minha banda. E o pior que a plateia estava cheia, nunca toquei para tanta gente! Alguns grupos estavam atrás do palco e outros na plateia. Eu claro, quis me esconder atrás do palco. Sorte que a Rosa veio comigo.

— Acalma a piriquita! – Diz Rosa para mim e eu rio.

— Bocó! E se eu errar as notas? – Pergunto e ela me dá um beliscão no braço.

— É só você pensar que tem o Cast e eu torcendo por você. Imagina nós dois. Imagina que está tocando para pessoas que nunca vão te vaiar e arrasa meu bem! – Me aconselha e eu suspiro.

— Obrigada Rosa. – Exclamo e a abraço.

— Próxima banda é Carmem e as Carmemzitas. – Fala o Licurgo saindo do palco.

— Que nome é esse?!?!?! – Exclamamos Rosa e eu.

— Puta que pariu. – Falo depois que paramos de rir.

Carmem, Maria Mello, Isa e a banda profissional contratada pela Carmem sobem no palco. Eu não faço ideia de como a Isa e a Maria Mello aceitaram fazer parte de um coral da Carmem, mas enfim, não posso julgar.

— Vou cantar uma música de minha autoria, se chama Too Cool (obs: não é própria, foi tirada do filme Camp Rock, mas na fic, como parece muito com a Carmem, fiz que fosse da autoria dela).

I’m too cool for my dress
These shades don’t leave my head
Everything you say is so irrelevant
You follow and I lead
You wanna be like me
But you’re just a wanna be
Love it or Hate It (ahh)…

— Que porra de letra é essa? – Exclamo pasma, “você quer ser eu”, “você acha que é bonita, mas não é”.

— Ela é idiota. – Ri Rosa.

— Olha juro que se ela ganhar eu me jogo de um penhasco. – Falo, e Rosa me olha assustada.

— Não que eu ache que ela vá ganhar, só não fala isso, vai que traz azar.

— Boba, foi brincadeira. – Digo, e ela alivia um pouco a tensão.

— Eu sei, só vai que né. – Dá de ombros.

Assim que a Carmem acabou com o “showzinho”, Licurgo subiu no palco para chamar os próximos.

— Recebam agora no palco a banda que ficou em segundo lugar no Show de Rock de batalha de bandas, Winged Skull. – Assim que os meninos entraram só se ouvia gritos e aplausos. É acho que a maioria já escutou os meninos.

— Hoje, vamos tocar para vocês, Here I Am da Banda Asking Alexandria. Esperamos que gostem! – Diz Lysandre, logo os meninos começam a tocar e fazer um coro para assim Lysandre começar a cantar.

So if you fund it hard to breathe
You can put your faith in me
I’ll be the light that leads your way
We are the voice of a generation
So take your chance and don’t back down

— Será que ela não percebeu que o Lysandre é caído por ela? – Pergunto a Rosa, me referindo a Melissa.

— Talvez não, ou só quer fingir que não. Pois está na cara que ele está cantando olhando para ela, mas não dá para saber o que passa na cabeça dela. – Rosa diz, e eu concordo com a cabeça.

Voltamos nossa atenção para a música dos garotos. Eles eram muito bons, todos, Cebola, Do Contra, Cascão, Lysandre e é claro, Castiel. Assim que eles terminaram a plateia enlouqueceu e pediu mais, mas como é uma competição, os garotos apenas saíram do palco.

— Agora é uma dupla. Recebam no palco, Mônica e Melissa!

— Olá, Mel e eu vamos apresentar a música, Cleópatra de Cone Crew. – Diz Mônica assim que as duas sentam no chão. Melissa começa a tocar dando início a apresentação das duas.

Não nego, elas cantam bem, mas não é bem meu estilo de música, então não me encantou. Melissa tocava suavemente no violão enquanto Mônica soltava sua voz no ritmo certo. Quando a apresentação delas terminam, elas saem do palco e o Licurgo aparece para chamar os próximos.

— Agora a banda que vem é apenas de meninas. Recebam The Pretty Girls!

— Ai meu coração! – Exclamo pulando de nervoso, meu coração quase saiu pela boca, não sabia que já era a minha banda.

— Vai logo muié! – Rosa me expulsa de trás do palco. Pego minha guitarra e fico na minha posição.

— Boa tarde, galera!!! Nós somos a The Pretty Girls e iremos tocar para vocês Just Tonight da nossa querida banda de inspiração, The Pretty Reckless. Espero que curtam, pois nós vamos. – Fala Maria Fernanda dando uma piscadela para todos. Ela realmente se soltou bem e pelo jeito gostaram dela, já que todos começaram a soltar gritinhos animados.

Just tonight I will stay
And we’ll throw it all away
When the light hits your eyes
It’s telling me I’m right
And if I, I am through
It’s all because of you
Just Tonight

Maria parecia a perfeita cantora, andava pelo palco, era espontânea. Quando encerramos a música a maioria aplaudiu e gritou, realmente nossa banda era incrível. Jessica, Magali, Maria, Denise e eu agradecemos, depois saímos do palco.

— Somos incríveis!!! – Grita Denise, e todas nós rimos.

— Foi incrível! – Diz Magali animada. – Nunca pensei que iria escutar tantos aplausos e gritos.

— É claro que iriam! Vocês são incríveis e minha banda preferida de garotas. – Diz Rosa vindo nos abraçar.

— Não conseguiríamos arrasar sem você e esses modelitos maravilhosos!!! – Diz Denise empolgada. Rosa havia feito roupa para nossa banda, assim combinamos todas com um estilo diferente da Taylor Momsen.

— Que nada, mas quando precisarem de roupas é só falar, e também se quiserem que eu arranje um showzinho para vocês que nem eu fiz isso para os boys, eu arranjo. – Todas gritaram alegres e começaram a puxar a Rosa para conversarem mais sobre isso em um canto mais reservado, não que eu não quisesse saber mais, só que o Castiel estava no canto oposto, tentando despistar umas putianes e é claro que minha yandere interior gritava para ir lá matar todas, mas como uma boa moça, só vou lá mandar elas vazarem.

— Amor!!! – Grito pulando nos braços do M-E-U ruivo.

— Minha Taylor. – Diz ele me abraçando deixando as putianes de cara no chão.

— Então quem são vocês? – Digo com um sorriso maníaco, elas me encaram assustadas e saem com o rabinho entre as pernas. – Ué, nem sou tão feia assim. – Rio, e o Cast me puxa para um beijo forte.

— Você não é nada feia, e aliás, você estava incrível no palco. – Diz me dando beijos no pescoço.

— Senhorita Loucawood e Senhor Tomate será que podem se agarrar menos!!! – Grita o Licurgo do palco me fazendo dar um pulo, faço um sinal de joia e ele volta a chamar os próximos a se apresentarem.

— Estraga prazeres... Eu estava só começando. – Sussurra Castiel me abraçando por trás.

— Shiu... – Sussurro rindo e volto a prestar a atenção nas apresentações.

Depois de muitas outras apresentações, que eu jurava já ter chegado ao fim do festival, Licurgo sobe no palco novamente.

— As apresentações encerraram, mas as músicas não! Recebam agora no palco o dueto de fechamento, Castiel e Monique. – De repente um holofote de não sei onde me iluminou junto com o Cast.

— Mas o quê?! – Eu não havia combinado de cantar com o Castiel, na verdade, eu nem combinei de C-A-N-T-A-R.

— Vamos amor. – Diz Castiel me arrastando ao palco. Sabe aquela cara de bunda que você faz quando não entende a merda que está rolando? Então, essa era minha cara. – Cortesia da Rosa.

Ah, mas ela me paga! Eu juro. Castiel pega sua guitarra, DC sobe para tocar bateria e o Cebola para tocar baixo. Todo mundo sabia disso menos eu?

— Não fica nervosa. – Diz o ruivo me dando um microfone e arrumando o dele.

— Eu não ensaiei nada... – Sussurro, e ele ri.

— Você conhece e ama essa música. – Ele começa a tocar e eu logo reconheço, Broken de Seether & Amy Lee, minha diva. Essa música me deixa triste e animada, um misto de sentimentos, e é claro, eu sabia de cor e salteado.

The worst is over now and we can breathe again
I wanna hold you high, you steal my pain away
There’s so much left to learn
And no one left to fight
I wanna hold you high and steal your pain

Castiel e eu combinávamos perfeitamente e o engraçado é que parecia que tínhamos ensaiado, pois não erramos nada e o ritmo estava correto, sendo que eu é claro, só cantei seguindo o instinto.

You’ve gone away
You don’t feel me here, anymore

No último verso, quando eu enfim coloquei meus olhos na plateia, juro que me arrependi, a plateia estava lá, mas não era só ela, monstros escuros e manchas escuras parecidas com buracos negros apareciam por toda sala. As vozes eram confusas e me davam arrepios. Algumas vozes davam de entender mais ou menos algo como pedidos de ajuda, outras que eu estava indo longe demais, e outras ainda falavam que eu ia sofrer por não sei qual motivo. Minha cabeça parecia que ia explodir! Tudo ficava maior e borrado.

 — Monique! – Grita alguém, mas não sabia quem era o dono da voz, e muito menos tive chance de procurar quem era, afinal, tudo ficou branco.

P.O.V Castiel Salvatore

Quando estava no último verso, a expressão serena e apaixonada da minha loira havia se tornado uma expressão de horror. Seus olhos percorriam o teto da sala de um lado para outro. Ela estava mais branca que o normal. Larguei a guitarra no chão de qualquer jeito assim que percebi que ela iria desmaiar, a segurei nos meus braços, mas ela parecia não me ver.

— Monique! – Gritava a chamando, mas ela estava em transe, os olhos estavam abertos, mas não eram os olhos lindos e brilhantes que eu conhecia, eles estavam inteiramente brancos. – Droga. Acorda!... – Digo chorando, não me importava o tumulto ao meu redor, que vissem meu desespero eu só a queria de volta. Aquilo não era normal! Ela estava ficando fria, ela parecia... ela parecia estar morta. Mas ela não estava! Não!!! Ela não pode estar....

— Castiel, eu posso ajudar. – Diz João tocando em meu ombro.

— Não há como você ajudar ela! – Exclamo com ódio. Eu não posso, eu não consigo acreditar que ela estava bem e do nada ficou assim. – Acorda, por favor... – Sussurro sabendo que ela poderia não escutar.

Havia se passado alguns minutos e ela parecia estar ainda em transe, Rosa havia saído para buscar não sei o que para tentar acordá-la e o Lysandre havia ido junto. A expressão da Mo continuava sendo de horror, mas à medida que passava, sua cor voltava um pouco. Levo um susto quando do nada, ela dá um pulo se sentando acordada e assustada olhando para todos os lados, procurando algo.

— O-onde estão aqueles monstros? – Pergunta gaguejando. Ela ainda estava fria, muito fria.

— Calma, princesa. Não tem nada, eu estou aqui... – Sussurro a abraçando. – Por favor, nunca mais faça isso. – Eu sentia que ela estava tensa e ainda olhava para todos os lugares, mas ela não procurava alguém, mas sim, algo.

— Cast, me tira daqui... – Sussurra ela, e eu concordo.

— Eu não acredito que você atrapalhou o festival, porque “viu fantasmas”. Vai se tratar, sua problemática! – Diz Carmem rindo.

— Repete isso que eu quebro sua cara. Eu estou pouco me fodendo se você é uma mulher, nunca fale qualquer coisa ruim para a minha mulher!!! – Digo repleto de ódio. Aquela garota me deixava irritado e enojado. Como alguém podia ser tão repugnante e idiota?

— Cast, ela não vale a pena... – Sussurra Monique, e eu relaxo um pouco.

— Vamos. Você precisa descansar.

Saio daquele lugar sem ligar para os professores que nos barravam ou pelos cochichos dos alunos, só queria levar a Mo para um lugar confortável. Quando estávamos quase saindo da escola, Lysandre e Rosa aparecem nos parando.

— Você está bem, sua doidinha? – Pergunta Rosa chorando e abraçando a Mo. – Que susto que você nos deu.

— Só preciso descansar. – Fala a loira dando uma risada fraca.

— Se precisar de qualquer coisa me chama! Sei que o Cast vai cuidar bem de você, mas eu também estou aqui para você, está bem? – Fala de um jeito protetor. Era até fofo o jeito que as duas se tratavam, sempre tão protetoras uma com a outra, principalmente a Rosa.

— Eu sei. Obrigada. – A loira abraça a de cabelos platinados novamente.

— Fica bem. – Diz Lysandre fazendo cafuné na Mo. Nunca senti ciúmes e nem vou sentir em relação aos dois, a amizade deles é como se os dois fossem irmãos.

Depois que nos despedimos, Monique e eu fomos para nosso apartamento. Ela fingia bem, mas não o suficiente para me enganar, não mais, afinal, conheço ela melhor que todos.

— O que aconteceu lá? – Pergunto, e ela dá de ombros.

— Só acho que os desenhos me deixaram um pouco alarmada. – Ri, e eu a encaro sério.

— Sei. – Bufo.

— Está tudo bem. Vai ficar tudo bem. Só alucinei e desmaiei, não é nada grave. – Gostaria de acreditar que foi nada mesmo, mas algo me diz que foi um aviso, só não sei se para mim ou para ela.

— Vem vou te pôr para dormir. – Digo com um ar meio brincalhão a pegando no colo e a levando para a cama.

— Não sou uma criancinha. – Reclama também rindo.

— Shiu... Eu que sei.

— Tiel...

— Hm?

— Eu te amo.

— Eu sei.

— Muito.

— Eu te amo demais. – Digo tocando a ponta do seu nariz com um dedo. – E se você me dar mais um susto, eu te esgano.

— Obrigada por cuidar de mim. – Me abraça chorando.

Ela não estava bem, mas sabia que iria melhorar. Se há alguém forte o bastante para sobreviver aos obstáculos da vida, é ela. É a minha mulher!

— Vou te cuidar para sempre.

P.O.V Denise Dutra Frias

Haviam se passado já alguns dias desde que eu comecei a namorar com o Xavequinho. Confesso que está sendo de longe, o namoro (não que eu tenha já namorado muito e muitas vezes, pois foram mais “pegas”) mais maravilhoso e incrível. Ele me trata como uma rainha, sempre me respeita, me mima, me dá seu amor, que eu retribuo com o maior prazer. Realmente, tomei a melhor decisão quando decidi dar uma chance a nós! Quando resolvi ir atrás dele! Quando eu acordei para ver que ele estava sempre ali para mim, mas fui burra para não perceber antes, mas enfim..., estamos aqui agora, felizes e bem um com o outro.

— Denise, eu tenho mesmo que fazer isso? – Pergunta ele.

— Claro né, amor? Namorado meu não tem que ser mole não!!! – Digo rindo, e ele suspira.

Como eu sabia que ele estava muito parado e sedentário, resolvi “propor” (está mais para ordenar) que ele corresse pelo bairro por quarenta minutos, todos os dias. Claro, que eu corro junto, pois a Denise aqui, por mais linda e por mais que eu possua um corpão maravilhoso desses, é necessário que eu mantenha uma estamina boa, nunca se sabe quando vou precisar correr. Ainda mais depois do cansaço que eu fiquei ao caminhar quando seguimos o Toni, aquilo abriu meus olhos para me mostrar que eu não estou me exercitando direito.

Porém, o que mais me faz querer essa mudança, é que comigo correndo com ele, sei que ele não vai desistir, pois estou de olho. E eu realmente só quero mudar a saúde física do meu Xavequinho, porque me preocupo com o mesmo. Já sua personalidade, eu quero deixar totalmente intacta. Ele é muito fofo! Não quero mudar nadinha do seu jeito de ser.

~~~~~*~~~~~

Depois que corremos, resolvemos parar perto de um banco, no parque do Limoeiro. Xaveco estava pingando suor e totalmente cansado, ofegante. Não que eu não havia suado um pouco, mas ele estava vertendo água, enquanto eu só estou cansada de correr, pois ainda não me acostumei.

— Xavequinho, meu amor, você foi muito bem hoje! Você aguentou correr mais do que ontem. – Encorajo ele com um sorriso. Me orgulhava ver que ele estava persistindo, mesmo que eu sabia que uma grande parte fosse por minha causa.

— Bem que você podia pegar leve, né? E mais, pra que toda essa obsessão em querer que eu fique em forma? – Ele pergunta ofegante com as mãos nos joelhos. Logo ele caminha até o banco e se senta esparramado. Ando até ele, sentando do seu lado.

— É para o seu bem, querido. Além do mais, aposto que você quer ficar bombadão, bonitão e saudável para arrasar na praia enquanto surfa, não é? – Instigo ele dando uma cutucada com meu cotovelo em seu braço.

— Pera aí! Como você sabe que eu quero ficar malhadão, hein? – Ele arqueia uma das sobrancelhas, e eu dou uma risadinha.

— Eu sei de absolutamente tudo, Xavequinho! – Digo enquanto solto uma piscadela para o meu loiro, me aproximo dele, eu sentia que sua pele estava meio “grudenta” pelo suor, mas por incrível que pareça, eu não me importava.

— Que estranho... Você encostando em mim, mesmo eu estando todo suado. – Ele me encara com um meio sorriso.

— Não se acostuma. – Digo desviando os meus olhos dos dele.

Novamente, eu não me entendo, nunca fui tímida e agora estou envergonhada porque ele percebeu que eu não me importo com o contato da pele dele com a minha, mesmo estando todo suado e grudento... O que está acontecendo comigo?

— Gostei disso... – Ele confessa e eu encaro seus olhos que estavam brilhando de felicidade. Por algum motivo, aquela carinha inocente e feliz me fez entrar em um modo automático e instintivo.

Quando dou por mim, estou com minhas pernas envolta da sua cintura, sentada em seu colo o dando um beijo intenso e de tirar o folego. Eu não me importava que estávamos em um parque e que alguém podia ver, eu só queria sentir o sabor dos seus lábios, mesmo salgados pelo suor.

Mesmo o beijo estando ótimo, meu corpo queria mais e eu não entendia o motivo. Quando percebo que estou perdendo o controle, saio do seu colo parando o beijo e sentando do seu lado novamente, olho para frente sem ter um ponto especifico. Sentia meu coração disparado, minhas bochechas coradas junto com minha respiração ofegante, agora por conta do beijo.

— Uau... – Sussurra ele.

Conseguia sentir que ele estava ofegante também, e completamente perdido com minha atitude, com meu beijo repentino. Até eu, não compreendo como fui tascar um beijo desses agora, eu apenas... senti uma tremenda vontade... Uma vontade de sentir ele..., sentir seus lábios..., sentir seu corpo..., sentir...

Me levanto rapidamente, tentando apagar todas as ideias que vinham a minha mente, para tentar voltar a realidade, deixando os desejos “hibernados”.

— Preciso de um sorvete. Vamos. – Digo a ele, quase correndo para uma direção. Xaveco teve que correr para me seguir e quando consegue me alcançar, me para puxando meu pulso para que eu virasse para ele.

— O que está acontecendo? – Pergunta ele confuso. – Fiz algo errado?... Você não gostou? Meu beijo foi tão ruim assim? – Sentia que ele estava nervoso e se sentindo levemente magoado, entristecido.

— Não, não tem nada haver com isso. Sério! – Digo o tranquilizando, mas ele parece não acreditar em mim. – Pelo contrário, esse beijo... foi sensacional...

— Então qual é o problema? – Ele acaricia meu rosto.

— Comigo... – Sussurro, e ele ri.

— Você não tem problema nenhum. Mas vamos fazer o seguinte, deixamos isso que aconteceu agora de lado, assim você me fala quando tiver mais tranquila.

— Obrigada. – Dou um sorriso agradecida por ele não insistir.

Eu realmente não gostaria de falar para ele o fogo que eu senti do nada, apenas por ter tocado na sua pele. Do quanto o suor dele não me incomodava e sim, me fazia apenas querer ficar mais próxima dele, e... Denise!!! Respira, para com isso! Qual seu problema?!

— E então, sua mãe deixou você ir para o acampamento? – Pergunta Xaveco quando voltamos a caminhar de mãos dadas pelo parque. Agradeço por ele ter mudado de assunto, foi necessário para minha mente voltar para o lugar.

— Já, mas ainda falta arrumar minhas coisas. Estou levando muito material para o documentário. – Explico com um sorriso animado.

— Quê?! Documentário?! – Sua expressão era confusa o que me fez rir.

— Sim. Nesses eventos raros, sempre ocorre algum tipo de babado. Óbvio que agora não vai ser diferente!

— Essa é a Denise que eu conheço. – Ele dá uma risada balançando a cabeça, parecendo se divertir.

A risada dele me tranquilizava, tanto quanto seus dedos entrelaçados aos meus. É... Xaveco, parece que mesmo você sendo um garoto “simples”, você simplesmente me conquistou, lentamente e carinhosamente.

Dou um sorriso ao olhar seu rosto, mas disfarço o que se passava em minha mente, falando sobre meu blog, ao qual, ele parecia até se interessar em saber tudo o que ocorria e quais eram meus planos futuros para o blog.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Até o próximo!



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