Resident Evil: Chris Memories escrita por brunobb1


Capítulo 2
Capítulo 2




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Após presenciarmos o primeiro ataque canibal do que seria o começo de uma série de assassinatos, o individuo teve que ser abatido devido a um assalto que este fizera contra Joseph. O sangue daquele que em tempos fora uma pessoa vulgar, espalhara-se pela cara do meu colega que ainda não me dirigira palavra após o que acontecera no Departamento. Os seus olhos encontravam-se num estado esbugalhado e a sua boca aberta, apenas transmitindo palavras silenciosas demonstrando a sua surpresa. A sua face explicava os seus sentimentos todos. O choque de um ataque canibal contra si fora-lhe pouco provável antes de isto acontecer. A imagem de sua cabeça a separar-se para o fato negro dele, mantivera-se na mente, era algo que não o ia deixar até o momento da sua morte. Eu não sabia o que dizer. O seu estado era realmente preocupante mas…havia alguém que me perturbava mais. A presença de Jill faltara-me quando eu começava a olhar em meu redor. Reparava no caos que se encontrava no interior daquela casa pequena e modesta. Panelas, pratos, comida, tudo se encontrava espalhado pelo chão, inclusive a porção de carne que alimentara aquela falecida criatura e até mesmo o corpo desta onde a sua cabeça faltava após o uso de armas para proteger o policial do grupo Alpha. A iluminação era apenas feita pelo Sol que se penetrava pela única saída, a entrada que se encontrava aberta. Todos estes elementos transformaram este pequeno lar num local sinistro que mais ninguém queria estar.

Em vez de ver como estava Frost, assim como fez Barry e Wesker, eu decidi procura-la e tentar falar com ela. Imagino como esta estaria neste momento.

         Olhando através da entrada para o exterior, era visível a jovem rapariga encostada ao Jipe do nosso team. A sua cabeça erguida para baixo demonstrava grande sinal de preocupação e de pensamentos acerca do assunto. Eu tinha que lhe dizer algo para a fazer sentir melhor.

         -Jill… - Eu lhe digo enquanto me aproximava mais. As minhas intenções de a fazer melhor se transmitiam pela minha suave voz enquanto eu esperava uma resposta dela. Parecia não notar a minha presença… - Estás bem?

         Então, finalmente a sua cara ergue-se e quando esta olha para mim, timidez e vergonha era sentida pela sua expressão, no entanto, os seus olhos azuis continuavam lindos e era inevitável parar de olhar para eles.

         As evidências eram removidas do local do crime pela nossa equipa de investigação, mas nada disso importava. Tudo ocorria em nossa volta mas a minha concentração se encontrava totalmente naquela rapariga! Era estranho como a conhecia à pouco tempo e gostara muito dela de imediato.        

       -Redfield e Valentine, acham que estão no "Fica comigo?" ou

tratando da investigação de assassinatos canibais?

         Ela começa olhar em seu redor, confusa com o que acontecera. Parecia que eu era a única pessoa que ela começara a interagir, até à clara chegada de Wesker. Eu tinha de lhe responder alguma coisa para não pensar que nós tínhamos ou caso ou qualquer coisa parecida. Certamente que Jill não queria uma tal conclusão vinda do nosso exigente Capitão.

         -Hu-não Capitão…nós apenas… - Eu estava simplesmente atrapalhado! Não sabia ao certo do que dizer-lhe!

          - Não faça de novo, Chris. Este será um caso difícil e toda nossa atenção será necessária para resolvê-lo

         -Certo, não voltará a repetir – Eu estava bastante envergonhado com o que se passara! As minhas intenções eram de apenas ajudar aquela rapariga, não de causar uma descida no meu empenho como policial no meu equipe. Talvez eu deveria de ter deixado a Jill e ter visto como estava o Joseph, mesmo com a zanga que tivéramos, eu aprendi que perdoar era algo inevitável para o funcionamento de uma amizade. Nenhum ser-humano consegue viver sem desculpas! Estas ocorrem o tempo todo! Talvez eu deveria de o fazer, mas primeiro, desculpar-me em frente da minha colega.

         -Olha, Jil…eu juro que não queria…

         -Não há problema, eu…eu sinto-me melhor. Obrigada – Me fizera extremamente contente por finalmente a ouvir falar. Talvez, daqui a uns dias esta iria ter um bom relacionamento com o resto da equipa, especialmente agora que nós precisávamos de uma maior ajuda colectiva.

         Ao inicio me fora difícil de pedir desculpas a Joseph após o que lhe fizera, surpreendentemente este também reconhecera a sua arrogância contra Jill. A situação parecia estar normal como dantes, o que me fizera muito aliviado. Finalmente, eu não me tinha que preocupar com os olhares de gozo que me mandavam enquanto eu tentava trabalhar na minha secretária, agora como nunca, era necessário o trabalho da equipa toda para os casos que se iriam decorrer ao longo do mês de Julho.

 

         Todo o mundo se sentava nas cadeiras que se encontravam por duas filas paralelas, cada uma representando os dois grupos diferentes, Bravo e Alpha. Em nossa frente se encontrava dois dos homens mais importantes no Departamento, Capitão Albert Wesker e Capitão Enrico Marini.

         Ainda utilizando os seus óculos escuros, um pequeno brilho se reflectia enquanto este se confrontava com os policiais da esquadra. O caso parecia ser extremamente sério, pois, em minha mente o mesmo se derivava dos ataques recentes que estavam a ocorrer nos limites da cidade, claro que me estava referir às Montanhas Arklay em Raccoon Forest. A situação parecia estar preocupante e a taxa de mortalidade da nossa metrópole subia exageradamente em cada dia que passava! Era fora do normal! Para além de incidentes nas pequenas zonas de Raccon City, semelhantes ao anterior, também foram reportados ataques animais. Este caos instalava o pânico aos poucos entre os cidadãos.

 

         Deitado com os meus olhos abertos, olhando para o espaço obscuro que me cercava no quarto a meio da noite, eu pensava na partida dos Bravo e de como os seus membros se sentiam seguros com a excepção de uma novata. Forest, um rapaz de seu equipe, me informou que a sua chegada fora extremamente recente e que tinha pouca experiência acerca de como lidar com armas. Era muito nova e apenas tinha dezanove anos! Praticamente, tinha acabado de sair de Raccoon University e que não se encontrava num bom estado. Quem lhe poderia culpar? Eu próprio sentia pena pela situação em que esta se encontrava. Quem poderia imaginar que a primeira missão de sua carreira iria ser uma de tal perigo? Mesmo reconhecendo a coragem de seus policiais e a grande capacidade de controlo e responsabilidade do seu Capitão, Enrico Marini, eu não conseguia parar de demonstrar preocupação em relação ao seu caso, no entanto, Brad fora ordenado para manter contacto com eles e se algo acontecesse, nós saberíamos de imediato.

         A manhã começou. O abrir do meu olhar me fez distanciar do mundo que eu criara em minha mente e me trouxe novamente para os acontecimentos actuais. O caso dos Homicidios Canibais não foram esquecidos, de facto, o regressar para o Departamento me fazia grande curiosidade em saber a situação da equipa irmã. Eu coloco uma camisa branca pertencente às forças de salvamento, S.T.A.R.S; calcei as minhas jeans cinzentas-escuras e calcei-me o mais depressa possível.

         O meu pequeno-almoço foi tomado muito rapidamente, sem tendo tempo para saborear o pão que ainda estava num estado delicioso que fora engolido à força pelo entrar do leite em minha garganta.

Novamente, a minha rotina pelas ruas de Raccoon City fora normal. Como habitual, as suas lojas, que preenchiam uma enorme fila ao longo da longa avenida, continham essencialmente identificações da empresa Umbrella, a mesma que nos fornecia todos os produtos de medicina e beleza utilizados pelos seus cidadãos. Pessoalmente, eu respeitava esta companhia mas sempre me fora irritante de como a sua campanha estava por todos os pequenos cantos com sinal de comercialismo. O seu símbolo de representação (Um guarda-chuva branco e vermelho visto de um ângulo superior) era encontrado, até mesmo no placar de “Boas Vindas”! Talvez porque, dessa forma, a atracção turística se mantinha a um número elevado, assim beneficiando tanto a metrópole como a empresa.

A minha chegada ao Departamento ocorrera no momento certo para poder ouvir a discussão que o chefe da Esquadra, Chefe Irons, estava a ter com a sua empregada e o homem de limpeza. O pobre homem estava chocado com a expressão de fúria que este lhe fazia.

-Não admitirei esta desordem no Departamento! Eu lhe ordenei a guardar as estátuas no andar de cima, não no rés-do-chão! Você está fora de sua cabeça?

-Me desculpe, Sr. Irons – A sua secretária lhe dizia calmamente enquanto o empregado se encolhia. O homem parecia estar nos seus sessentas, era puro maltrato vindo no nosso Chefe.

-Eu não quero ouvir desculpas! Apenas retomem a posição correcta daquelas obras-de-arte antes que eu despeça ambos!

Eu apenas ficava ali, olhando para Irons como se nada mais importava. Dificil era de acreditar que este era o homem que representava o nosso Departamento. Não era sem tempo que este finalmente reparara em mim, olhando para ele chocado.

-O que foi? Volta ao trabalho! – Ele me diz com o mesmo tom e saindo para através da porta mais próxima que este encontrara.

Os seus ataques de nervos eram extremamente irritantes para os que trabalhavam em seu redor! Como era possível alguém ter um bom desempenho no seu local de trabalho se o homem que comanda o local é um tosco total?

O meu rumo para a sala da equipe continua, tentando ignorar os resmungos que Irons fazia para si mesmo, demonstrando o tipo de pessoa que este mesmo era.

Finalmente chego. Ao entrar, vejo um notável grupo de pessoas que rodeava a mesa onde Brad se sentava. Todos estavam muito preocupados por algo, como eu calculava, algo de bom não acontecera.

-O que ocorreu? – Eu pergunto de seguida a Barry.

Este faz uma expressão que apenas queria dizer más noticias. Após um breve suspiro, ele finalmente me conta o sucedido.

-Perdemos contacto com os Bravo Team, à pelo menos, duas horas.

Os meus receios e medos se tornaram realidade ao ouvir a declaração de meu colega. Mesmo sendo aquele período de tempo, não muito longo, numa missão de salvamento imensas coisas se podem ocorrer naquele espaço de horas e minutos. A possibilidade de um ataque canibal contra o grupo era bem-vinda para a teoria de seu desaparecimento. No entanto, tomar uma forma positiva acalmava o pessoal.

-Mas nós não temos a certeza do que lhes pode ter acontecido. Talvez eles… - Eu tento sugerir algo. Era impossível arranjar uma justificação para o que se estava a acontecer.

Capitão Wesker parecia muito pensativo naquele momento. O que lhe passaria pela sua mente? Qualquer ideia que esta fosse, o mesmo sai do compartimento, deixando-nos sem a mínima noção do que este planeava.

A sua saída fora minimamente notavel. Apenas um olhar durante um curto espaço de segundos passava pela mesma entrada onde por onde ele deixou. Todas as atenções continuavam em volta de Brad, que tentava captar algum sinal.

-…daqui Brad! Alguém me responda! – Este exclamava em vão, enquanto o forte ruído do rádio tirava todas as expectativas possíveis de uma resposta.

Novamente, a espera de um sinal de vida da equipa irmã é interrompida pela conversa do exterior da sala. Era audível o Albert a falar seriamente com o Capitão Irons. As suas sombras eram vistas pelo vidro que formava uma pequena área da porta onde haviam letras negras que diziam “ALPHA TEAM – S.T.A.RS. UNIT”.

Quando este finalmente entra, todos se encontravam curiosos acerca do que Wesker pretendia. A sua cara de sério se tornara mais rígida do que anteriormente e parecia ter algo em mente que levaria muita dedicação da nossa parte.

-Tragam todo o vosso equipamento necessário. O nosso Team irá sobrevoar a Raccoon Forest em busca dos Bravo. Qualquer sinal de socorro ou de acidente aéreo irá obrigar uma aterragem a ser feita. Qualquer ataque dos assassinos canibais levará a sua técnica de detenção, se for necessário, disparem para matar. Entendido?

Creio que nenhuns dos homens que se encontravam na sala estavam calmos com a situação. Claramente que a pessoa que o seu nervosismo era menos notável era o forte Barry Burton. A sua face não demonstrava qualquer sinal de medo, pelo contrário, mostrava sentimentos de preparação e de coragem. A minha situação, neste momento, estava entre ambos. Sentia-me preocupado mas, contudo, não me faltava coragem para deter aqueles doidos que andavam a aterrorizar a cidade e seus cidadãos!

Todos os membros do Grupo Alpha preparavam o seu equipamento. Barry guardava uma amorosa fotografia dele e sua família, todos juntos e felizes. Conseguia sentir a preocupação que este tinha em relação a seus filhos e mulher. Era fácil compreender a sua situação para com este caso. Um brilho em seu olhar aparecera quando a sua pistola Magnum era pegada pela sua grande mão. Era sinal que estava preparado para enfrentar qualquer coisa que lhe aparecesse.

Jill colocava a boina de seu pai em sua cabeça. Também era notável a força e dedicação que esta tinha para mudar o nome que a sua família sofrera. Esta era a sua oportunidade de provar o contrário do que as pessoas pensavam dela.

Joseph metia uma bandana vermelha e preparava uma câmera de blog. Aparentemente, uma fora entregue a cada membro S.T.A.R.S. para investigação mas raramente estas eram usadas. Apenas um outro agente utilizava uma, Kenneth Sulivan, um membro dos Bravo Team. Com um ar de auto-estima, este agarra sua Rifle e a carrega.

Brad Vickers parecia desesperado. Estava sentado em sua mesa com os seus cotovelos a fazerem-se de suporte para seus braços que aguentavam o peso de sua cabeça. A quase que era possível ver lágrimas em seus olhos! Wesker não pôde conter em fazer uma observação ao nosso piloto.

-Que raio é isso, Vickers? Para que é que veio para S.T.A.R.S? Seu cobarde. Levante-se imediatamente e prepare-se para a sua missão! Vidas estão em jogo!

Contra a sua vontade, ele assim o faz, juntando-se aos restantes membros. Nenhum de nós sabia do que esperar, mas sabiamos que esta missão teria que ser feita com muita coragem e determinação.

Eu irei ultrapassar todas as minhas dificuldades e encontrar os meus colegas, este era o começo de uma missão de salvamento.

 

 


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