Nos caminhos da vingança escrita por Lilium Longiflorum


Capítulo 2
Chegada ao quartel




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/795422/chapter/2

Depois que Cage saiu, Tatsuo voltou a sua sala de treino e pegou sua alabarda. Tinha a intenção de voltar ao que estava fazendo, mas olhou para a lâmina de sua alabarda e pensou:

“O que será que encontrarei nessa missão?”. Pensou em Bruce, não havia o consultado para saber se ela poderia ir ou não. Guardou a alabarda, foi ao seu quarto, trocou de roupa e saiu indo em direção à casa de Wayne.

(...)

A chuva já estava fraca, Tatsuo já havia passado na mansão e disseram que ele ainda estava na empresa. Não demorou muito e ela já estava esperando ser chamada por Bruce em sua sala. A secretária deu permissão para que ela entrasse e lá foi Katana, abrindo a porta vagarosamente da sala da presidência, entrou e sentou-se em um dos sofás que estavam dispostos naquele cômodo. Bruce estava de pé frente a uma janela toda de vidro, vendo a água da chuva escorrendo. Observava Gotham do alto com suas luzes já aparecendo timidamente.

— Eu esperava que você viesse. – disse Wayne se virando para ela.

Tatsuo se levantou logo ao ouvir a voz rouca dele. Ficou um pouco intrigada com sua afirmação e perguntou:

— Como soube que eu viria? Colocou algum de seus dispositivos de vigilância em minha casa?

— Tatsuo, eu confio em você – respondeu Bruce – Não tenho motivo algum para te vigiar.

— Então...

— A general Blade me telefonou esta manhã – disse Bruce voltando para a janela - para me pedir você emprestada por um tempo.

— Então você já sabia? – perguntou Katana aproximando-se do homem morcego.

— Sim – ele respondeu com um sorriso nos lábios – ela me deu todos os detalhes da sua nova missão.

— Se é assim... Não pode me adiantar...

— Ela pediu que você fosse nesta sexta-feira até o quartel general das Forças Especiais. Queria falar a você pessoalmente.

Katana respirou fundo, sabia que Bruce era irredutível e guardava bem um segredo. Voltou para trás sentando-se novamente no sofá e disse em tom de alívio:

— Eu pensei que você não aprovaria a minha ida.

— Quando Sonya foi me contando como será – falou Bruce se aproximando e sentando-se perto dela - lembrei-me do que você me disse que estava a fim de uma aventura mais empolgante. Eu simplesmente disse para a general perguntar se você aceitava, pois por mim já estaria liberada.

Os dois se levantaram, Katana apertou a mão de Bruce e sorriu dizendo:

— Era apenas isso que eu viria te comunicar, mas como já estava sabendo de tudo...

— Pode ficar tranquila – respondeu Bruce com um sorriso raro – Apenas vou pedir que Sonya me mantivesse informado de como você estará.

— E quanto as suas missões? – perguntou Katana soltando a mão de Bruce – Quem poderá te ajudar?

— Gotham City está segura. E não se preocupe você está precisando respirar novos ares.

— Muito obrigada, Bruce!

Katana se virou e estava caminhando em direção à porta quando Wayne disse:

— Espere!

Ela parou onde estava e virou-se na direção em que sua visão podia alcança-lo. Bruce se aproximou e disse:

— Pela manhã da sexta-feira vou enviar um carro da empresa para te levar até o quartel.

— Mas eu tenho o meu carro, posso ir sozinha.

Bruce sussurrou em seu ouvido:

— O quartel das F.E. é um lugar secreto, é melhor ir com um dos meus carros, para não correr riscos de ser rastreada por algum inimigo.

Ele se afastou dela, colocou suas mãos pesadas sobre o ombro da samurai e ela sorriu assentindo.

(...)

Cedo na manhã seguinte, Tatsuo foi ao seu notebook e começou a pesquisar sobre o quartel general das F.E. , todas as suas influências e feitos para o bem da nação americana. Apesar de ser amiga de Cage de muito tempo, sabia pouco sobre sua esposa a general Blade. Pesquisando mais afundo sobre ela, leu uma reportagem sobre um acontecimento de aproximadamente vinte e cinco anos atrás em que ela e seu marido foram sobreviventes de uma chacina onde morreram aproximadamente oito pessoas em um templo budista. Por mais que fosse amiga de muito tempo de Cage, ele nunca mencionou esse fato. “Isso foi muito doloroso, por isso ele nunca me contou.” Ela pensou. Desligou o computador e foi preparar o seu café da manhã.

Não demorou muito para que o carro das Indústrias Wayne chegasse. Ela já estava esperando-o no lado de fora do portão do prédio onde morava. Era um carro branco luxuoso, que Tatsuo desconhecia a marca, com o símbolo em preto da indústria de Bruce no lado direito e esquerdo. O motorista saiu de onde estava e abriu a porta detrás da sua e pediu que ela entrasse, um pouco receosa ela entrou. Poucas vezes havia entrado em carros assim e nessas vezes ela sempre se sentia estranha.

 O percurso durou por volta de uma hora. Tatsuo colocou sua máscara branca com um circulo vermelho na altura da testa, ela cobria apenas a parte superior do rosto deixando as bochechas, boca e queixo a mostra.  Seus cabelos na altura dos ombros estavam soltos, vestia um casaco e calça pretos com uma blusa branca por baixo, um lenço vermelho amarrado na cintura e por fim portava a sua soultaker, para evitar algum tipo de ataque.  

Quando enfim chegaram ao lugar, o portão feito de chumbo e aço se abriu lentamente arrastando tudo o que tinha atrás de si. O lugar estava bem camuflado para ninguém desconfiar. O carro entrou silenciosamente passando pelos soldados vigilantes da F.E., que saudava com vênias. O motorista estacionou em frente o caminho que dava para a sala da general, saiu do carro e abriu para que Katana saísse. Ela saiu rapidamente deixando que o motorista fechasse a porta. Seus olhos estavam fitos na porta da general e ela foi caminhando a passos firmes até lá, sem olhar para os lados. A maioria dos soldados já haviam sido informados da chegada da samurai e, portanto, não ousou intercepta-la. Takeda que conversava com um dos soldados se assustou ao ver a visitante, por não ter sido avisado foi ao encontro dela para intercepta-la, o soldado tentou segurá-lo, mas foi em vão. Ele parou em frente a Katana e disse:

— Somente para pessoas autorizadas.

Tatsuo parou de frente ao rapaz e disse em japonês:

— Tenho autorização para falar com a general!

— Não fomos avisados de sua visita. – respondeu ele no idioma dela.

Katana sem paciência pegou a soultaker que estava em suas costas e perguntou:

— Quer ficar com a alma presa nessa katana, pivete?

— Acho que ele não quer esse fim, não é mesmo Takeda? – Sonya colocou a mão no ombro dele interrompendo o diálogo em japonês.

Ele se virou para Sonya e disse:

— Mas ela...

— Eu já a esperava, Takeda – respondeu Blade bagunçando o cabelo de Takeda.

O rapaz fuzilou a samurai com os olhos, não aceitava ser ameaçado daquela forma. Jacqui se aproximou dele, pousou a mão em seu ombro e disse com suavidade na voz:

— Relaxa... Ela deve estar estressada.

— Você viu? – perguntou Takeda indignado – Ela me chamou de pivete.

Jacqui conteve a sua risada enquanto via Katana e Sonya entrando na sala general. Kenshi observava toda a cena de longe.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nos caminhos da vingança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.