Forever Unchanging escrita por Kamui Nishimura
Notas iniciais do capítulo
Oi lá, demorei hoje por motivos de 'falta de concentração' kkkkk
Mas sem mais demora~~~
Boa leitura!
O dia já estava quase amanhecendo, quando Kouyou resolvera se levantar e fechar as cortinas para que o sol não atingisse Índigo que continuava ao seu lado.
Ainda mantinha o gato em seus braços, na esperança de que Lúcifer notasse seu desespero sem Yuu ao seu lado.
Ouvira passos no corredor, e correu até a porta, em alerta para outro ataque, encontrando apenas Yutaka ajudando Akira á seguir para o quarto.
— Ele já está sem energia novamente. – disse Yutaka em tom baixo. – Algum sinal de Lúcifer?
— Não... ele... Acho que ele não retornará... – disse tentando-se manter sem chorar e soltando o gato.
Sentia-se frágil demais, e qualquer menção ao ‘raptor’ de Yuu, o fazia sentir-se fraco e inútil, já que não conseguira impedir que o outro levasse o seu garoto.
— Vamos ficar todos juntos aqui esperando por ele, em algum momento, ele retornará sim. – disse entrando no quarto, tendo a ajuda do mais alto, que os guiou até a cama, e antes que alcançassem a mesma, ouviram passos no corredor.
Kouyou preparou-se para atacar, mas logo fora surpreendido por Yuu que entrara correndo no quarto, e o abraçou, desesperado, chorando.
— YUU! – Kouyou alegrou-se ao sentir o calor do menor, e deixou as lágrimas correrem por seu rosto mais uma vez. – Yuu... pensei que havia o perdido. – disse próximo ao ouvido do menor.
— Pensei que não o veria mais... – Yuu sussurrou tentando conter o choro.
Kouyou afastou-se assustado. Olhando melhor o garoto, que ainda estava com as vestes repletas de sangue.
Sentia aquilo.
Sentia aquela essência dos sugadores de pecado.
Yuu realmente tornara-se um deles, não sabia como, mas o menor era um deles agora.
Yutaka deixou Akira sentar-se na cama, e ser ajudado, á contragosto, por Índigo, e correu na direção de Yuu tocando seu rosto.
— Como... como?... Como isto é possível?
— Duvidaram de mim? – ouviram Ruki, e Yutaka afastou-se, e Kouyou voltou a abraçar Yuu, como se assim impedisse que o outro levasse o garoto novamente.
— És mesmo nosso criador? – questionou Yutaka, mesmo que em sua cabeça a regra de nunca questionar o criador em hipótese alguma, ficasse como alerta para si.
Ruki sorriu.
— Não preocupe-se, Yutaka. Essa regra era apenas para que não perguntassem coisas desnecessárias. Não incomodo-me quando me perguntam se sou mesmo quem digo ser.
— És... és embaraçoso saber que... – Yutaka embaralhou-se com as palavras, tinha um misto de surpresa e curiosidade sobre Lúcifer,
Mesmo que a presença do criador fosse clara para todos em seu mundo, nenhum deles o viram como humano, ou sugador de pecados, ele era como o vento, um vento forte que os envolvia sempre;
— Que eu nunca menti sobre quem sou? Ou que não pareço ser o criador? Ora, acho que Yuu deve ter contado para vocês, o que os humanos me consideram. Um demônio, pai da mentira, e tantas coisas ruins.
— Yuu... estás bem? – Kouyou disse em tom baixo, ignorando a conversa de Lúcifer com Yutaka.
O menor o encarou, com os pequenos olhos escuros cheios de lágrimas.
— Estou melhor contigo. – respondeu. – Perdoe-me por ter sido imprudente... mas não consegui ver aquele soldado lhe atacar, lhe ferir... eu precisava lhe ajudar em algo;
— Não precisas pedir perdão... – Kouyou permitiu-se sorrir. – Só não me assuste mais dessa forma...
Yuu assentiu, sendo apertado ainda mais no abraço gélido do outro. Se pudesse, nunca sairia daquele abraço. Kouyou não importou-se de ainda serem observados pelos outros, e beijou os lábios do menor, brevemente.
— Se és o criador... podes salvar-me também, Lúcifer? – Akira questionou fraco, a energia se esvaíra quase totalmente de seu corpo.
Ruki aproximou-se da cama, sendo observado por Índigo, que o temia, de certo modo.
— Estás tão fraco Akira. – disse. – Devia ter avisando-lhe de alguma forma, que deixar Kouyou alimentar-se por tanto tempo de ti, causaria algum mal. – disse segurando a mão do sugador, que não recusara o toque amigável; - Mas você sempre foi tempestuoso, não me ouvia mais.
— Sempre soube que a culpa era tua. – disse em tom baixo, fazendo com que Ruki risse.
— Continuas atrevido, até mesmo debilitado. – Continuou sorrindo. – Ajudou-me muito, em todos esses anos, mesmo sem saber. Agradeço-lhe, concedendo isto.
Aproximou seu rosto ao rosto de Akira, do mesmo modo que fizera com Yuu, passando-lhe a energia alaranjada pelos lábios.
Akira calou-se, fechando os olhos. E pareceu repousar.
— Primeiro problema resolvido. – Disse quase cantarolando, e voltando-se para a direção onde Yutaka, Kouyou e Yuu ainda estavam.
— Sabias disso há muito tempo, por que não o ‘curou’ antes? – Yutaka questionou, mais uma vez.
— Não poderia revelar-me tão cedo. Destino descobriria que estava interferindo mais uma vez. E Akira nem deixava que eu me aproximasse dele, imagine curar-lhe?...
— Como assim mais uma vez? – Índigo finalmente questionou, curioso com toda a situação, não sabia como referir-se ao provável deus, ou criador, ou qual fosse o nome correto á chama-lo.
— É uma longa história, e temo nesse momento não seja adequado. A mansão ainda pode atrair humanos, e não quero que sejam pegos desprevenidos mais uma vez.
— Sabia do ataque? – Kouyou perguntou, ainda com Yuu em seus braços. Evitava olhar para Ruki, mas sentia o olhar do menor sobre si.
— Não. Eu não sei de tudo. Eu havia voltado para meu lugar, e quando percebi, já haviam muitos humanos, e eu precisaria de algum tempo para voltar aqui.
— Por que criaste a mim? – Kouyou finalmente perguntou, aquela dúvida precisava ser sanada de alguma forma.
Estava arrastando toda aquela frustração de não saber o porquê era diferente dos outros, por que era o único daquela forma por alguma centena de anos.
Aquilo sempre o machucou, sempre o incomodou.
Lúcifer sorriu, como se esperasse aquele questionamento, e Kouyou finalmente virou-se encarando os olhos castanhos escuros do menor.
— Contar-lhe-ei, depois... Espere alguns minutos... – fez sinal, e fechou os olhos.
Seu corpo emanou uma luz alaranjada, que iluminou o quarto totalmente, como um sol, fazendo com que Índigo corresse para fora do quarto se encolhendo protegendo o rosto, e Kouyou abraçasse mais forte Yuu, que ainda parecia confuso com a situação. Yutaka ocultou o rosto com a mão, e Akira despertou tentando entender a situação, novamente.
— O que fizeste? – Kouyou questionou após a claridade diminuir, e Ruki voltar a olhá-lo.
— Humanos só verão este lugar se não tiverem intenções ruins – disse – Estão seguros enquanto estiverem aqui. Está tudo no lugar agora.
O silencio fez-se presente mais uma vez.
E Ruki logo o quebrou com um riso alto.
— Agora sim, posso contar toda a história sem preocupar-me com distrações. Não haverá nenhuma inverdade. E após isso, sei que se lembrará dos fatos, Kouyou.
— Porque me criaste? – disse Kouyou, ainda incomodado com a ‘alegria’ alheia.
— Tudo começou, quando me apaixonei por uma pequena criatura humana... – Ruki sorriu.
[...]
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Então esse capítulo foi bem leve perto dos ultimos, o próximo é uma memória (não é spoiler) XD
Obrigada por não desistirem de mim XD
Beijinhos