Forever Unchanging escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 28
Tweenty Eight - Aqueles que trazem...


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Vim no horário certinho XD
Esse capítulo conta o que aconteceu na saída do Kouyou com Akira (que foi no capítulo 27) - Só pra não ficar confuso, por que está fora de ordem cronológica.


Sem enrolação, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/795410/chapter/28

Chegaram á floresta, Akira parecia estar esmaecendo mais uma vez. Precisavam encontrar algum humano desavisado para que pudessem retornar o mais rápido possível á mansão.

Kouyou olhava para todos os lados, para não serem notados, e pegos desprevenidos.

— Ali... – Akira segurou seu braço, e apontou para o pequeno acampamento, onde haviam seis homens apagando uma pequena fogueira, e preparando-se para a caça.

— Temos que ser discretos, somos dois, e eles seis... alias, praticamente somente eu estou em condição de brigar com alguém. – Kouyou disse em tom baixo, vendo Akira correr em direção aos homens e derrubar dois de uma vez.

Desesperado com atitude alheia, correu para derrubar os que estavam partindo para cima do mais velho, logo notando que Akira já os havia sugado também. Sobrara apenas um que estava tão apavorado, que caíra no chão, e se arrastara tentando escapar em vão.

Kouyou o segurou, também precisava de energia, e não iria tão longe buscar por alimento.

— Perdoe-me... – disse encostando os lábios na testa do homem, que apenas choramingava e logo cessou.

Kouyou estava com os olhos marejados, pela dor que sentia, voltou o olhar para Akira, que se livrava dos corpos jogando os no rio que havia ali.

— Vamos! – Akira disse animado, voltando com sua expressão humana.

— Devia enterrá-los. – disse em tom alto.

— Não gastarei energia cavando covas para humanos ruins. - disse. - Voltarei para casa. - sem esperar, começou a retornar o caminho, a passos rápidos, Kouyou o seguiu devagar, inconformado com a atitude alheia,

— Fora imprudente! Poderíamos ter nos prejudicado com isso! – gritou.

— Ah, conseguimos não é? – sorriu ao olhar a feição irritadiça do mais novo, com os olhos cheios de lágrimas.

— Nunca mais faça isto. NUNCA MAIS! – esbravejou, vendo o outro rir alto, e continuar andando sem olhar para trás.

Caminharam sem preocupações, não notando que foram vistos por um sétimo homem, que se ocultara nos arbustos espinhentos, emudecido de pavor.

Ao notar-se aparentemente seguro, o homem retornou ao vilarejo, em uma corrida de medo e imaginando que o que vira fora o ato de demônios, que logo atacariam sua moradia.

Depois de quase meia hora, alcançou o vilarejo, com os poucos habitantes despertos, começando seus afazeres matinais.

—DEMÔNIOS! – gritou assustando os demais, e fazendo alguns abrirem as janelas para ouvir o que tinha a dizer. – Há demônios na floresta! Mataram todos, levaram suas almas, jogaram todos no rio!

Logo fora rodeado por uma pequena multidão, narrando seus minutos, segundos de pavor ao ver tal cena e não poder salvar nenhum dos seus amigos.

— Um tinha o rosto.... o rosto assustador, como uma gárgula da catedral na capital...  O outro tinha o rosto bonito... Estava vestido como um nobre... um nobre e um demônio.... roubaram as almas dos meus companheiros!

— Temos que tomar providencia... Temos que matar essas criaturas! Eles podem vir roubar mais almas!  - Disse um dos moradores que estavam ao redor do homem apavorado.

O pequeno alvoroço chamou a atenção dos soldados, que logo estavam informados o suficiente para agirem.

Os homens do vilarejo se juntaram aos homens da lei, armados com foices, forcados e outras ferramentas que poderiam usar como armas. Se haviam demônios nas redondezas deveriam eliminá-los antes que matassem suas mulheres e crianças.

Separaram se em dois grupos, um cuidaria do vilarejo, caso um dos demônios fosse até o local, e os outros se embrenhariam na mata atrás das criaturas.

Aproveitariam a manhã, a claridade do sol os ajudaria a seguir sem medo pela floresta.

Alcançaram a clareira com o sol já forte. Haviam andado sem direção procurando pelos demônios, mas nem rastros encontraram;

— Devíamos retornar. Não conseguiremos encontrar aquelas criaturas. – disse um dos soldados. – Já andamos há horas.

— Não desistiremos! – a testemunha se impôs, armado com um forcado. – Eles mataram meus companheiros, não houve chance de nos defendermos! Eles têm que estar na floresta!

— Podíamos pedir abrigo na mansão dos Lilac. – um dos homens apontou para a direção que poderiam ver parte da mansão mórbida, ainda distante.

— Dizem que o velho conde morreu e o filho ficou ali definhando pela doença, sendo cuidado por um estrangeiro. Suponho que seja assombrada, não tivemos mais noticias do garoto. – disse outro.

— O estrangeiro sempre vai ao vilarejo comprar mantimentos e vestimentas. Não há assombrações em lugares habitados. – disse um dos soldados. – Vamos verificar se está tudo bem com ambos, e avisá-los dos demônios.

— Disseste que um dos demônios parecia se com um nobre. Será que é o filho do conde Lilac? Ele pode ter vendido sua alma para o diabo para que a doença fosse curada. – disse um senhor, que mal conseguia manter a foice firme em suas mãos.

— Se for iremos descobrir e matá-lo. Não podemos deixar demônios ameaçarem nosso lar. - gritou outro.

Seguiram furiosos, acelerando os passos para alcançarem o local mais brevemente possível.

[...]

Akira voltara a encarar o teto. Talvez devesse parar de se alimentar e seu corpo pararia e entraria em um sono longo, uma "morte" digna.

A porta de seu quarto fora aberta. E Kouyou adentrou em silencio.

— O que houve agora Kouyou? –murmurou, sentando-se e encarando o mais alto, que anda parecia preocupado com a situação.

— Vim apenas verificar se está bem.  – disse em tom baixo.

— Ainda com energia. Mas não posso abusar. Ficarei quieto aqui. – disse monótono.

— Vim pedir que não pensasse na possibilidade de deixar sua energia findar. Vamos encontrar uma forma de "curar" isso que tens. – disse tentando soar positivamente, mas sua feição era totalmente contrária ao seu tom de voz.

— Não há cura. – disse de forma seca.

— Se pedirmos ao criador, a culpa é dele também. Ele me fez assim e não interferiu quando eu estava me alimentando de você.

— Ele não fara nada. Não é como o criador dos humanos que atende a pedidos. Não seja bobo. Conviveste tanto com humanos que esqueceu-se deste detalhe?

— Não seja pessimista – insistiu Kouyou.

— Discutir não nos levara a lugar algum. Vá fazer companhia para Yuu, ouvi ele chorando mais cedo, não é certo deixa-lo sozinho num momento assim.

— Akira...

— Por favor Kouyou, deixe-me com meus pensamentos. Você não poderá mudar nada, nem eu mesmo.  Estou morrendo de uma forma ridícula.

— Não morremos...

— Isso é o que os anciões dizem. Eles também diziam que não poderíamos ‘adoecer’. E vejamos, o que está acontecendo comigo? Sim, de alguma forma estou doente. Agora me deixe sozinho Kouyou, não quero ouvir seu choramingo.

— Não deixarei que faça isso – Kouyou soou nervoso, e saiu batendo a porta.

Logo ouviu o som de uma pequena multidão, e desceu a escadaria rapidamente, abrindo a porta e vendo no jardim, os homens do vilarejo.

Sentiu um calafrio.

— É ele... um dos demônios! – ouviu gritos.

[...]


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

eu sei que provavelvemente vocês tem uma idéia do que vai acontecer, mas por favor, se me matarem não tem como continuar repostando kkkkkkkkkkkkk
Bom, já estamos mais perto do fim, (eu não sei se vou aumentar ou diminuir algum capitulo ainda, mas eu irei avisar se fizer)
Obrigada por estarem acompanhando, e comentando (juro que vou me organizar pra poder responder tudo certinho)
Então... até amanhã!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Forever Unchanging" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.