Forever Unchanging escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 27
Tweenty Seven - Escolhas...


Notas iniciais do capítulo

Ah demorei hoje, desculpa kkkk

Boa Leitura!!!



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Akira ainda sentia-se sem forças, precisava de mais energia, mas não poderia obtê-la de Yuu, já que o garoto estava bem fraco.

Levantou-se, cambaleante. E seguiu para fora do quarto, ainda impossibilitado de voltar ao seu rosto humano.

Tentou concentrar-se em não gastar mais energia do que deveria, e teria que ir até o vilarejo mais próximo, e alimentar-se o mais rápido possível.

A mansão parecia mais silenciosa, e provavelmente Yutaka deveria estar analisando a situação, e Kouyou deveria estar escondido se lamentando. Ninguém notaria sua saída. 

Caminhou o mais breve que poderia, e assim que conseguiu alcançar o ultimo degrau, ergueu os olhos, tendo a visão de Lúcifer á sua frente.

Piscou algumas vezes, talvez sua condição o fizesse ter alucinações, e no tom mais baixo que poderia questionou o outro.

Se fosse mera aparição, não lhe responderia, e ele poderia seguir seu caminho.

— O... o que faz aqui... está tudo trancado como entraste? – disse balbuciando ainda fraco.

— Akira, não tem sido cuidadoso. Mesmo eu estando observando de fora, tenho visto isto. Cuidado com os humanos, eles não são somente um brinquedo.

— Suma daqui! Suma antes que eu acabe com sua existência. – vociferou, vendo o outro sorrir.

— Não parece que estás tão bem assim para cumprir a ameaça. – acenou. –  Não poderei ficar por mais tempo aqui, irão descobrir-me... Vim despedir-me, e não queria que se tornassem prisioneiros achando que eu não poderia entrar aqui sem ser pelas portas.  – continuou com um sorriso. – Avise á todos...

Afastou-se, ainda sendo encarado por Akira que estava confuso com a situação, e com sua condição.

Desapareceu em segundos, logo ao ver Yutaka surgir no alto da escadaria.

— O... o que ele estava fazendo aqui? – questionou descendo rapidamente. – E o que faz de pé? Precisas poupar energia.

— Esse serzinho prepotente.... disse que veio se despedir. Para que não nos mantivéssemos trancados...

— Ou seja, ele pode entrar aqui a hora que desejar, mesmo que tudo esteja trancado.  – Yutaka aproximou-se do outro. – Eu lhe ajudo a voltar para o quarto.

— Não quero sua ajuda... – afastou-se. – Preciso me alimentar, e irei ao vilarejo.

— Irão lhe descobrir assim, não pode sair se não consegue manter suas feições humanas. – avisou;

— Não preciso dos seus conselhos Yutaka.  – Akira apontou-lhe o dedo indicador. – Preciso me alimentar, e não irei ficar esperando algum de vocês ir buscar uma presa para mim. Isso soa ridículo.

— Orgulho é um sentimento humano. Não precisa tê-lo. – Yutaka aumentou o tom. – Se saires assim, irá atrair humanos até nós, e isso sim é perigoso!

— Yutaka, cala a boca. – continuou o caminho. -
Conheço a região melhor do que imaginas, e posso ocultar-me até esperar o momento certo.

— Não diga que não avisei se der errado. - Yutaka deu-lhe as costas, e retornou a escadaria.

[...]

Kouyou ficara encolhido, ainda sentado ao lado de Índigo, mas ouvira a conversa acima, e levantou-se bruscamente.

— Eu volto aqui depois.  – Disse em tom baixo, sendo encarado pelo vampiro.

— Akira está sendo tempestuoso como sempre. – disse. – Como aguenta ele?

Kouyou o olhou por alguns segundos.

— Você muda tão rapidamente, que esqueço o que és. – manteve o tom. – Poderia ter fugido, eu deixei a cela aberta.

— Já está clareando. – Riu. – Mas não iria fugir. Não precisa de mais problemas.  Eu posso não expressar mais nenhum sentimento, mas não feriria os seus. Estou tentando me comportar.

O mais alto, sorriu levemente, Índigo estava tentando ajudar, e isso era um pequeno conforto pra si, seguiu para fora da cela, voltando a fechá-la.

Aquele sentimento de culpa parecia maior ainda. Sentia um vazio dentro de si, sentia-se um ser horroroso, por deixar com que Akira chegasse naquele estado.

A culpa era sua, sabia disso. Sabia que seu medo havia feito aquilo com seu ‘irmão’.

— Por que me fizeste assim? Por que me fizeste desta forma? – continuou andando e secando as lágrimas do rosto. – O que sou?

[...]

Yutaka entrou no quarto de Yuu, o vendo dormir tranquilamente.

— Kouyou saiu. Ótima hora pra ele se esconder. – Resmungou, recuando e voltando para o andar inferior, vendo Kouyou segurando Akira pela mão, impedindo-o de abrir a porta.

— Não faça isto. – disse o mais alto, com a voz calma. – Não está em condição, poderá expor á todos nós.

— Eu não vou ficar aqui esperando que me traga presas como faz com o Índigo.

— Não podes sair. Escute-me, isso não resultará em boa coisa. Por favor.

— Não Kouyou. Se a preocupação é que eu seja visto pelos humanos e os atraia até aqui, não voltarei a mansão. Vou esconder-me em outro lugar.

— Não! Não quero que vá... por favor... fique aqui. – Kouyou se aproximou mais, o abraçado, como no passado.

Akira apenas fechou os olhos, sem corresponder o abraço.

— Preciso alimentar-me. Preciso ir agora, enquanto está amanhecendo e os humanos não estão tão ativos.

— Eu o levarei então. – Kouyou afastou-se. – Se tanto insistes em sair, eu irei contigo. Yutaka tomará conta de Yuu.  – Olhou para trás, vendo Yutaka no alto da escadaria, que logo assentiu.

— Você não aprende, Kouyou; - Akira murmurou.

Ambos seguiram para fora da mansão, e Yutaka seguiu até o quarto onde Yuu estava dormindo.

O observou por longos segundos, só para garantir que o mais novo estivesse bem.  Voltou a sair, e seguiu até seu quarto, um pouco mais distante. Sentou-se na cama, encarando a janela, mostrando a claridade matinal já alcançando as montanhas.

Ainda estava tentando entender o como Kouyou poderia sugar a energia de outros ‘sugadores’, como deixara Akira naquele estado, tudo estava ainda muito confuso para si.

Ouviu uma movimentação, e levantou-se rapidamente, chegando ao corredor, e vendo Yuu desperto.

— Yuu? Como... não devia estar adormecido? – estranhou, já que pelo estado que Akira estava, devesse ter sugado quase todas as energias do mais novo, mas se aproximou ao notar que mais novo cairia. Segurando-o de modo desajeitado.

— Onde está o Kouyou? – sussurrou.  – Não quero ficar sozinho...

— Kouyou levou Akira até o vilarejo. Estamos somente nós dois aqui... – o manteve de pé, e levou novamente para dentro do quarto.

— Não quero ficar sozinho... – fechou os olhos. – Estou com medo...

Yutaka o deitou na cama, e cobriu, sentando-se ao seu lado.

— Não está sozinho. Não precisa ter medo. – disse em tom baixo. – Kouyou não demorará a retornar.

Não demorou para que garoto adormecesse novamente.  O silencio fez com que Yutaka relembrasse o passado.

Kouyou agia daquele mesmo modo, como um humano amedrontado com os próprios pensamentos, com a solidão.

 - Chego a conclusão, que Kouyou é tão humano quanto você. – Sussurrou. – Tudo sua maneira de ser, me faz recordar ele. Talvez se eu tivesse entendido isso antes, ele não teria sofrido tanto; Teria o poupado de fingir que não sentia para que eu soubesse lidar com ele.

— Por favor... não me machuque...  – Yuu murmurou, em meio a agitação de algum pesadelo.

Yutaka prontamente lhe segurou a mão. Já havia visto humanos com pesadelos, e sabia que nada era muito agradável.

Continuou ali, segurando sua mão, por longos minutos, até ouvir a porta principal ser aberta.

— Bom... Kouyou chegou... não precisa mais temer. – se levantou, saindo rapidamente do quarto. Vendo Akira passar quase correndo, o que o fez apenas revirar os olhos, e continuar seguindo pelo corredor, até o inicio da escadaria.

Kouyou subia tranquilamente os degraus; parecia pensativo, e entristecido.

— Kouyou... – o mais velho o chamou, e os olhos castanhos brilhantes voltaram-se para ele rapidamente.

— Yuu está bem? – questionou.

— Tendo um sono agitado. Mas acho que se acalma, ao sentir sua presença. – disse em tom mediano.

— Obrigado por cuidar dele, nesse pequeno período. – fez uma breve reverencia, e seguiu para o quarto.

— Akira conseguiu se alimentar sem chamar a atenção? – questionou antes que o mais alto fechasse a porta e parasse de lhe dar atenção

— Sim... havia alguns caçadores na floresta. Foi rápido. – disse brevemente.

— Kouyou... – Yutaka deu uma pausa, ainda sendo observado atentamente pelo  outro. – Eu irei embora...

— Voltará ao nosso mundo? Contara o que está acontecendo para os anciões? – disse tentando manter o tom baixo, mas transmitindo sua raiva com as atitudes alheias. Se Yutaka dissesse algo sobre sua presença ali, juntamente com Akira. Imediatamente viriam buscá-lo. E Yuu ficaria sozinho com Índigo.

— Não voltarei ao nosso mundo. Fugi de lá, se não notaste. Mas vejo que aqui não sou bem vindo, nunca fui bem vindo entre você e Akira. Espero que superem esse problema dele, já que não posso fazer nada por vocês. Partirei durante a noite. – desceu a escadaria, sem esperar que Kouyou respondesse.

O mais alto o observou, e antes que Yutaka seguisse para á sala de estar, chamou-lhe a atenção.

— Não quero que vá embora. – disse em tom alto. – Assim como Akira, você é minha família.  O passado somente foi daquela forma, por que os anciões estavam lhe usando para fazer de mim um prisioneiro, você não via isto... e cada vez que dizia algo, eles me mantinham mais longe do Akira, até que ele foi expulso.

— Está errado... Nunca disse uma palavra sobre as coisas que fazia... Akira encheu sua cabeça com essas idéias. Você sempre nos surpreendia, e sempre havia vigilância.

Kouyou calou-se.

— Se fosse desta forma, por que eu transformaria o Índigo em um sugador de sangue, e esse segredo existiria até hoje? Já não és mais um filhote. Pense por si só. – seguiu o caminho, e Kouyou apenas fechou os olhos por alguns segundos, e retornou ao quarto.

Vendo Yuu sentado, com a expressão de cansaço, o gato estava ao seu lado, e parecia expressar certa preocupação com o garoto.

— Deveria estar descansando. – disse em tom ameno, e sentando-se ao lado do menor, o sentindo lhe abraçar possessivamente.

— Não saia sem que eu lhe veja... não fique longe de mim... Estou com medo... – chorou, fazendo o mais velho preocupar-se. Não havia motivos para que estivesse tão assustado. Mas talvez fosse só por causa da situação atual de Akira.

— Está seguro, estou aqui e não sairei mais.. – beijou seu rosto, o vendo mais uma vez adormecer.  – Nada vai acontecer...

[...]


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Notas finais do capítulo

Akira é tão teimoso quanto eu. Vish. kkkkkkk
As coisas estão começando a ficar tensas, né? Talvez eu seja um pouco malvada kkkkkk

Então até amanhã XD
Beijinhos



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