Minha "Amiga" Vampira escrita por pedrojonassm


Capítulo 4
Capítulo 4 - Planejamento




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No dia seguinte eu não acordei cedo como esperava, mas também não acordei tarde, me arrumei e fui para a escola, mas dessa vez eu tive companhia. Depois da metade do caminho Eduardo e Jake apareceram andando de bicicleta, eu falei para eles seguirem na frente, mas preferiram descer e me acompanhar até a escola.

— Não precisam descer da bicicleta, podem ir na frente – Continuei insistindo, mas eles continuaram andando a pé. Desisti e começamos a conversar, sobre jogos, livros, etc. Até que Jake diz que eu esqueci meu pen drive na escola e que o pegou, me entregando rapidamente.

— Obrigado, Daniel foi quem me lembrou ontem – Comentei.

— Por que você não vem para a escola de bicicleta? – Eduardo perguntou.

— Minha pele, estou com perigo de desenvolver câncer de pele devido ao sol de meio dia e eu não volto de casaco por conta do calor – Afirmei e eles acenaram positivamente com a cabeça.

— Concordo, realmente é muito quente, mas a gente pegou a mania – Comentaram.

— É, isso realmente é algo que eu poderia fazer – Comentei para mim mesmo, baixo o suficiente para que eles não me ouvissem.

— Ei, vamos andar de bicicleta um dia desses? A gente vai na floresta e mostra lugar que você encontrou, Jake.

— É, não parece má ideia, você vai, novato?

— É claro, por que não? Quando? – Perguntei e eles pareceram pensar um pouco.

— Que tal em algum fim de semana? Nesse ou no da semana que vem.

— Não me parece má ideia.

— Fechado, nos encontramos aonde?

— No ponto perto de sua casa, você fala conosco pelo grupo da sala – O grupo da sala! Eu havia esquecido dele já que praticamente não uso meu celular. É Daniel quem gerencia tudo, acho que ele pode me avisar quando eles ligarem para mim.

Continuamos conversando até chegarmos na escola, eu fui para a sala e os dois foram guardar as bicicletas. No corredor, pouco antes de chegar a minha sala, eu vi um um garoto estranho, com olhos e cabelos castanhos, casaco preto, luvas vermelhas, sapatos pretos com cadarços vermelhos e uma calça rasgada nos joelhos. Ele me encarou e andou até mim, por algum motivo ele decidiu me socar, acertando em cheio minha mão, que posicionei em frente em meu rosto para deter seu golpe. Ele pareceu surpreso com o fato de eu ter detido o golpe dele.

— Desculpe, você tentou me bater? – Eu perguntei encarando-o sério, ele puxou a mão de volta e vai embora. Ouvi ele sussurrar alguma coisa, mas não consegui ouvir e ignorei. Voltei a caminhar para a sala e assim que cheguei fui conversar com Jake e Eduardo.

— Ei, por onde vocês entraram, eu não vi vocês passando por mim – Comentei e eles arregalaram os olhos.

— Você não o viu ali não? – Jake perguntou.

— O cara de cabelos marrons e roupa preta e vermelha – Eduardo completou.

— O bad-boy da escola – Disseram em uníssono.

— Aquele cara que tentou me bater? Vi sim, mas ele não fez nada ou ao menos não conseguiu.

— Espera! Ele tentou te bater, o que aconteceu?

— Eu defendi o golpe dele e depois ele desistiu, embora ele tenha sussurrado algo que eu não consegui ouvir – Eu disse e eles se entreolharam.

— Mano, ele vai atrás de você.

— E ele é diferente dela, ele não joga comida, ele bate em você, nós dois não podemos contra ele e você diz que defendeu um golpe dele?

— Sim, o que que eu fiz demais?

— Você impediu o bad-boy de te bater! – Jake disse alto.

— Gente, eu não fiz nada de mais, eu apenas me defendi, só isso – Afirmei.

— Você sem dúvida está ferrado!

— Ele vai atrás de você com certeza agora.

— Então façam o seguinte, fiquem longe de mim no intervalo, se ele vier ele não bate em vocês, certo? – Pedi, eu poderia me defender, mas talvez não desse conta de defende-los também caso necessário.

— Certo.

A professora chegou e eu fui para o meu lugar ao lado da encrenqueira, que estava sorrindo por alguma razão.

Na hora do intervalo, eu me sentei sozinho novamente e depois de comer minha comida inteira, ela, Vivi e Riley chegaram para jogar a comida em mim, mas elas não fizeram isso pelo fato de dois garotos aparecerem e me segurarem por trás retirando-me do lugar onde eu estava e me jogando no chão, depois me levantaram e me seguraram firmemente. Eu não reagi, não ainda.

— Então, achou que eu ia deixar você sair sem sequer uma parte do corpo roxa? – O bad-boy falou – Estava muito enganado.

— Então você vai bater em mim e pronto? Legal, você é tão forte com os dois amiguinhos segurando a mim – Comentei e ele sorriu.

— Eu também já assistir esse filme – Ele comentou sorrindo – E eu quero te machucar, não estou nem aí para honra ou coisa do tipo – Explicou, então tentou se aproximar para dar um golpe, mas eu chutei sua cara, acertando em cheio seu nariz depois dei outro chute fazendo com que ele girasse o rosto e fingi que ia chutar seu queixo, fazendo com que ele desse um passo para a esquerda, mas na verdade eu joguei as pernas para cima e depois para o chão, fazendo com que os dois caras que estavam me segurando caíssem em cima dele.

— De que adianta força contra um inimigo com agilidade – Comentei e percebi que havia se formado um círculo ao redor de onde eu estava e eles se levantaram.

— Ele é meu! – Avisou e correu para cima de mim, eu agarrei seu punho e o joguei para trás, fazendo com que ele desviasse o caminho errando o alvo que era eu então dei um giro e chutei sua perna fazendo com que ele caísse. Olhei para trás, os dois amigos deles estavam hesitando em partir para cima mas eu vi um sorriso deles, então eu olhei para frente novamente e recebi um soco em minha bochecha esquerda – Toma essa, desgraçado – Falou depois de me socar sorrindo o encarei com um rosto de fúria, ele acertou a bochecha que eu havia recebido o último beijo de minha mãe.

— Isso não foi legal – Falei, então coloquei dois dedos em seu ombro e apertei com força, fazendo-o gemer de dor – Eu posso não ter força, mas sei as fraquezas humanas e também sei muitas técnicas – Comentei apertando um pouco mais forte e ele parou de gemer, então eu o coloquei no chão cuidadosamente – Vocês dois – Falei apontando para os dois amigos dele que haviam me derrubado – ou venham para cima ou levem ele para outro lugar, por favor – Pedi e eles pegaram o garoto e começaram a caminhar, saindo dali – Ei! – Chamei assustando os dois – Ele não está machucado, só dormindo, ele vai acordar em 1 ou 2 duras – Eu disse e eles acenaram a cabeça positivamente – Vocês três vão vir ou não? – Eu disse encarando Riley, Vivi e ela que estavam de queixo caído assim como todos os outros. Vivi chegou e jogou um pouco de comida em mim e depois saiu, as outras duas a seguiram reclamando de Vivi um pouco, mas fora isso não fizeram nada. O sinal tocou e eu fui ao banheiro limpar essa comida do meu rosto, mesmo que tenha sido pouca – Eu não esperava por essa, mas ok – Comentei, então me olhei no espelho e sorri – Pois é, eu não sai dali sem uma parte roxa – Comentei me virando para sair do banheiro e foi aí que vi o papel, mas o que me fez pegá-lo foi a assinatura.

"Certo, o que você fez lá foi incrível, mas não é por isso que eu escrevi essa mensagem. Eu gostaria de sua ajuda, notei que você ficava olhando-a no ônibus e também que estava preocupado com ela, mesmo ela tendo feito tudo que fez, eu achei legal de sua parte, voltando. Nos encontre na biblioteca depois da aula, temos de ser rápidos, se não perderemos o ônibus e, por favor, jogue esse papel fora ok?"

VR.

— VR? – Perguntei a mim mesmo – Vivi e Riley, é claro – Eu disse a mim mesmo amassando o papel, depois joguei fora e voltei para a aula. Cheguei lá um pouco atrasado, mas deu para entrar na sala e após sentar em minha cadeira comecei a pensar se iria ou não até que me dei conta que elas nem sequer falaram sobre o que iriam falar, provavelmente iria ser sobre ela, claro, mas elas não especificaram, o que quer dizer que pode ser uma armadilha, mas e se não for?

— Quer saber, eu vou – Eu disse para mim mesmo baixo o suficiente para que ninguém ouvisse ou entendesse, nem mesmo as três que estavam ao meu lado.

Depois que as aulas acabaram, fui para a biblioteca rapidamente e não demorou muito para que Vivi e Riley chegassem, elas se aproximaram de mim e eu não falei nada, pois não queria ser grosso dizendo um simples o que que foi, ou dizer qual o problema.

— Nós duas escrevemos essa carta – Vivi começou falando, mas foi interrompida por Riley coçando a garganta.

— Eu não ajudei, foi só ela. Ela me disse essa ideia boba de te pedir ajuda a pouco tempo, eu já disse que você não vai nos ajudar, então eu já vou indo – Ela disse e se retirou, pouco se importando com Vivi ou comigo – Me desculpe, ela....

— Eu sei, ela não confia em mim – Eu disse, tentando tranquiliza-la – Mas qual o problema?

— Sabe aquele garoto que tentou te bater hoje? – Ela perguntou e eu acenei com a cabeça positivamente – Ele é o problema.

— Como assim?

— Ela é desse jeito com você por que ela gosta de você, essas coisas de jogar comida em você e fingir que não gosta de você, é para tentar colocar na cabeça dela que ela não gosta de você – Ela parou como se esperasse alguma reação minha. Fiz um gesto com a mão pedindo para que ela continuasse, eu não havia acreditado nessa explicação – O ex dela, que é aquele garoto, disse que se ela ficasse com você, ele te mataria e pelo visto ele não estava brincando, então eu queria sua ajuda para fazer algo com ele – Eu coloquei a mão no queixo fingindo pensar um pouco, então eu levantei e coloquei a mão no ombro dela.

— Eu não vou ajudar – Eu disse frio e ela arregalou os olhos e ela abriu a boca para falar algo, mas eu não deixei – Pode ser perigoso, eu faço isso sozinho, fique na sua, não quero saber de pessoas correndo perigo por minha causa, certo? – Comentei e ela acenou com a cabeça e sorriu, então eu peguei minha bolsa e sai pela saída da biblioteca.

— Vai aonde? E o ônibus? – Ela perguntou e eu respondi.

— Tenho um problema para resolver antes – Falei virando-me para ela e piscando o olho, então saí da biblioteca. Acho que eu a vi corando, dei de ombros e procurei por aquele encrenqueiro – ameaçar a ex-namorada? De jeito nenhum que eu vou deixar isso desse jeito – Eu disse para mim mesmo enquanto vasculhava a escola, então o encontrei ali, bebendo água, ele estava de saída e sozinho. O segui, esperando que ele me levasse até sua casa – Pelo visto chegarei em casa à noite – Falei baixo e o segui. Fiquei seguindo-o por cerca de meia hora andando a pé, ele não mora muito longe e a casa dele era bonita.

— Será que eu ainda tenho aquelas câmeras? – Perguntei a mim mesmo, já pensando em um plano que eu, finalmente, chantagearia alguém, mas para isso eu vou precisar saber um horário para ficar sozinho nessa casa. Acabo interrompendo meus pensamentos para ouvir a conversa entre ele e a mãe dele.

— Filho, não se esqueça que amanhã eu vou passar o dia inteiro fora e você vai ficar na casa de sua tia lá na outra cidade já que voltarei no domingo – A mãe dele disse, me dando um final de semana inteiro para que eu conseguisse alguma coisa naquela sala.

— Sim mãe – Ele disse sem olhar ela e entrou em sua casa. Estranho esse comportamento, ele respondeu como se não se importasse com a mãe dele, com medo ou algo do tipo. Dei de ombros e me movimentei para ir para casa, mas notei duas pessoas escondidas me observando. Andei ignorando-as, então entrei em um beco e as esperei passarem por mim, então as surpreendi e a mim também assim que as reconheci.

— O que você está fazendo aqui? – Eduardo e Jake perguntaram ao mesmo tempo sabendo que não adiantava mais se esconder.

— É uma longa história, mas resumindo. Eu vou tirar esse garoto da nossa escola – Respondi me segurando para não perguntar o mesmo para eles.

— E como vai fazer isso? – Eduardo perguntou.

— Você não vai matar ele, não é? – Pelo amor de Deus Jake! É sério isso!?

— Claro que não, vamos andando, eu explico no caminho – Falei voltando a andar, eles me acompanharam e eu não contei praticamente nada verdadeiro. Comentei que não queria um garoto como ele assim na escola como motivo e passei o plano, evitando ao máximo falar sobre Vivi ou sobre ela e só terminei quando estávamos chegando perto da casa deles – Então, querem ir comigo? Vamos amanhã – Perguntei e vi eles se entreolharem para se decidir. É estranho a intimidade deles, como se conhecessem desde pequenos e por isso inseparáveis, principalmente que moram perto um do outro. Fico imaginando como seria se eles gostassem da mesma garota.

— Conte comigo.

— Comigo também, mas não vai ser de graça – Eduardo falou me fazendo arquear uma sobrancelha – Depois de fizemos tudo, nós vamos passear naquele lugar que eu falei, beleza? – Concluiu, eu sorri e acenei com a cabeça positivamente, então eles se separaram, cada um indo para sua casa.

— Parece que eu não vou chegar de noite em casa – Comentei para mim mesmo dando uma pequena risada, então voltei a andar para minha casa.

Chegando em casa, eu fui para meu quarto e joguei minha bolsa na cama, então desci para o porão onde encontrei as câmeras que precisaria para colocar na casa do ex dela. Foi bastante fácil encontra-las, sorte talvez? Estavam na primeira caixa que abri do porão e acabei encontrando algo que não me lembrava na mesma caixa, as velhas câmeras de Daniel, que fariam com que ele pudesse enxergar os vampiros, já que sua visão atual era basicamente térmica e vampiros possuem sangue frio. Dei de ombro quando as encontrei, então sai do porão e voltei para meu quarto. Guardei as coisas da bolsa na estante e coloquei as câmeras e outras coisas necessárias dentro da bolsa, então chamei Daniel.

— Sim senhor?

— Vamos melhorar seus olhos!? – Perguntei e pelo jeito que ele me olhou, se tivesse boca, ele estaria sorrindo, eu lembro de ter dito a ele que estava trabalhando para melhorar os olhos dele e realmente estava, mas em meu laboratório e estava quase terminando. Só precisava usar minha máquina de fundição para fundir essas câmeras em minhas mãos com as que estão em seu rosto e depois inserir o novo software, não seria trabalhoso. Me levantei e fui até o banheiro. Ele me seguiu e, depois que eu fechei a porta, eu ativei a abertura secreta que ficava no mesmo lugar onde a toalha fica estendida. Havia uma câmera lá onde mapearia minha pupila, um microfone aparece depois dela ter terminado de me analisar para eu dizer quem sou e quem vai entrar, o que sempre causa um susto em Daniel já que eu sempre falo meu nome primeiro e o sistema de segurança aparece e mira nele, confesso que me baseei em um filme para isso. Depois de ter dito meu nome e o de Daniel a porta se abriu, revelando o elevador, nós entramos e o elevador abriu seu chão, para que nós possamos descer mais rapidamente através do escorregador – Eu adoro isso! – Comentei sorrindo depois de termos chegado ao meu laboratório subterrâneo – Ligue as luzes, por favor – Pedi, Daniel as ligou rapidamente e eu guardei o analógico que estava em meu bolso em um dos pilares que guardo minhas invenções.

— Vou pegar as coisas – Ele falou e eu acenei positivamente.

Basicamente meu laboratório é um local aberto onde há alguns pilares que ficam minhas invenções, com exceção de Daniel que fica em cima comigo, e o computador onde uso para testar algumas coisas. Tem umas tralhas aqui e ali que eu sei que vou precisar algum dia espera, dia!?

— Daniel, me faça um favor e descubra onde está a estátua de cristal de uma mulher perfeita – Pedi quando ele chegou com a máquina de fundição.

— Certo – Falou, então foi para o computador depois de eu ter pego um de seus olhos e colocado o antigo.

— Muito bem, vamos nessa – Falei, então comecei a desmontar as peças de seus olhos para fundi-las, o que não demorou muito já que projetei seus olhos para que com apenas dois parafusos pudessem ser totalmente desmontados. Fazer isso que deu trabalho.

— Senhor, eu a encontrei – Daniel falou se aproximando de mim pouco depois de eu ter terminado de fundir seus olhos.

— Ótimo, obrigado – Agradeci retirando seus olhos para colocar o novo – Em que museu ela está? Eu vou visita-la – Falei colocando o novo olho no canto esquerdo, depois me sentei na cadeira para fundir os outros dois.

— Estava no museu de seu tio – Ele respondeu me surpreendendo. Meu tio tinha um museu sim, um simples, não há nada valioso lá e por isso a segurança é péssima, o que era bom. Eu o fitei com minha surpresa expressa na face.

— Tem certeza? – Eu perguntei e ele balançou a cabeça negativamente e comecei a fundir os olhos dele.

— A última notícia dessa estátua foi que ela foi comprada a mais de 80 anos e guardada no mesmo lugar que o museu de seu tio, mas no subsolo em um local secreto.

— Então quer dizer que, provavelmente, ele nem sabe disso.

— Isso mesmo.

— Ótimo, assim eu posso conseguir pega-la mais facilmente.

— Você vai pedir para seu tio? – Ele perguntou e eu ri.

— Nós dois sabemos que ele não deixaria – Eu respondi colocando seu outro olho novo – Nós vamos rouba-la – Falei dando ênfase no nós, então o conectei ao computador e comecei a instalar o novo software. Assim que instalou nós fomos para o elevador para subir de volta para casa.

 


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