Minha "Amiga" Vampira escrita por pedrojonassm
quAndO subI Em cIma do aRmário nada aconteceu, mas queria poder dizer o mesmo de quando entrei no duto de VentiLação. Peguei um impulso um tanto forte e empurrei o armário um pouco para trás, isso não é nenhum problema, o problema é o botão que tem atrás dele e com esse pequeno empurrão eu acabei fazendo o armário aperta-lo. Isso ativou um alarme e pouco depois alguns vigias chegaram na sala da diretora, eles puxaram o armário e começaram a procurar o que deveria ter movido o armário, me escondi me afastando da entrada do tubo, foi por pouco, assim QUE me afasteI vi uma luz ser dIReciOnada para a ventilação.
— Filho, você mexeu em alguma coiSa? – A mulher falou, era a mesma voz que havia chamado o menino que salvei antes.
— Não mexi em nada mãe, já disse que pensei ter visto algo, mas quando cheguei não vi nada – Ele respondeu, me virei para sair pelo mesmo local que entrei.
— Muito bem, aparentemente tem alguma coisa aqui, vamos fechar todas as saídas, tem alguém aqui – Ela falou, então eu escutei sons de metal colidindo no chão, fui para o local onde entrei torcendo para não ser o que pensei, entretanto quando cheguei me decepcionei. A saída estava bloqueada por uma espécie de chapa de metal.
— Merda! – Falei.
— Todas as saídas pelo duto de ventilação foram fechadas, alguma ideia? – Jacob falou aparecendo.
— Uma, uma que eu não queria ter que fazer – Reclamei.
— Esgoto?
— Sim, isso realmente não valeu a pena.
— Berrei então voltei para a sala da diretora e desci calmamente do duto para sair da sala pela porta tomando cuidado para não me avistarem, até que cheguei no bueiro onde poderia ir para o esgoto, antigamente esse corredor era parte de uma rua, mas ela não estava sendo usada e construíram uma escola nela, entretanto ouve coisas que eles não puderam tirar. Botei a mão na tampa para levanta-lo, mas me agarraram por trás tampando minha boca e me puxaram para uma sala.
— Silêncio – Falou, era o garoto de novo, fiquei calma e escutei passos do lado de fora da sala, assim que os passos diminuíram ele me soltou – Desculpe pela força – Falou, eu acenei com a cabeça e olhei em volta, estávamos na tesouraria, sempre tive memória boa, não havia nada de diferente aqui, exceto pelo garoto que estava comigo – Você precisará de ajuda para sair por ali, se for sozinha eles vão ouvir você saindo, espere um pouco e te ajudo a sair – Falou.
— Obrigada, garoto – Agradeci.
— EI Melissa! Veja só isso daqui – Jacob falou me fazendo virar para fitar onde ele estava, ele estava acima da mesa apontando para uma parte específica da mesa, andei para ver o que ele apontava. Era um bilhete.
— O que ouve garota, tá tudo bem?
— Está sim, só quero ver isso – Falei pegando o bilhete que Jacob mostrou, o garoto acendeu a luz para que eu pudesse ler e eu arregalei os olhos não acreditando no que vi, era um bilhete de aniversário, o aniversário do novato era depois de amanhã, sorri pela coincidência e me virei para o garoto – Certo, vamos – Falei, então nós saímos da tesouraria e ele abriu a tampa do bueiro – Obrigada – Falei e pulei dentro do esgoto.
— De nada – Ouvi antes de cair no chão, fechei meus olhos por um tempo e os abri rapidamente, agora conseguia enxergar perfeitamente no escuro e já estava vendo uma saída daqui, usei minha velocidade e corri para a saída, em pouco tempo estava em casa com o celular em mãos. Riley e Vivi estavam preocupadas comigo, haviam inúmeras mensagens perguntando se eu estava bem desde a hora que chegaram em casa, a julgar pela hora. Respondi as perguntas que me fizeram calmamente e pedi para que elas viessem em casa amanhã, tenho uma festa surpresa a preparar e não farei isso sozinha.
— Bom dia – Falei ao atender a porta, as duas chegaram perto de duas horas e nós saímos para conversar e dar uma caminhada. Perto da esquina da rua onde o ônibus vem eu parei, a distância da roda para minha camisa era menor que a grossura do meu dedo quando ele parou completamente– Vê se olha por onde anda, novato – Falei emburrando a cara, notei Vivi me fitar por um momento, mas Riley entendeu.
— É.
— Isso... – Vivi disse, eu a fitei e vi ela arregalar os olhos – Espera, o que está fazendo aqui? – Ela perguntou, fiz uma cara séria por um momento, elas já sabiam que ele mora aqui perto, garota esperta.
— Eu moro aqui perto, eu saí para cumprir uma promessa e agora vim guardar minha bicicleta para passear com Jake e Eduardo – Respondeu – Então se me derem licença eu vou indo – Falou passando por nós.
— Espera, podemos ir? – Riley perguntou – Se quiserem, claro! – Vocês me esperam aí ou me acompanham até minha casa? – Perguntou descendo da bicicleta e nós nos aproximamos dele. Sabíamos a data de seu aniversário, que estava próximo, agora precisamos saber o que fazer nesse dia.
— Vamos – Falei e o acompanhamos até sua casa, quando ele chegou lá ele apenas colocou a bicicleta no muro, a mochila em cima dela então se virou e saiu andando, nós ficamos no meio do caminho.
— Você não tem medo de ser roubado não? – Riley perguntou, ele riu.
— Daniel, venha aqui, por favor.
— Pois não senhor? – Falou se aproximando, era o mesmo robô que eu vi quando fui na casa dele verificar se meu pai o tinha matado.
— Sim, você pode guardar as coisas por favor? Você sabe o local delas.
— Certo – Falou pegando as coisas – Algum pedido, garotas? – Perguntou, por um momento fiquei surpresa, mas lembrei que Riley e Vivi estavam ao meu lado. O que acabou me deixando um pouco triste.
— Não, obrigada – Falamos em uníssono.
— Vocês devem ser Riley e Vivi certo? – Perguntou apontando para as duas, forcei um sorriso, mas essa é a única parte triste de ser vampira, não posso interagir com certos equipamentos eletrônicos já que eles não me veem – E você a encrenqueira original – Falou apontando para mim, fiquei surpresa por um instante, como ele me vê agora e não me viu antes?
— Ficamos famosos facilmente. Isso, sou eu mesmo – Respondi apertando a mão de robô que ele estendeu para mim.
— Senhor devo guardar o hacker dos desenhos? Ele está sem marcador e isso, geralmente, quer dizer que o senhor terminou – Perguntou, gelei por um momento e vi o sorriso dele.
— Eu devo ter esquecido de marcar, me faça um favor e marque na página 322, por favor – Pediu, o robô fez um gesto com as mãos e levou as coisas dele para dentro da casa – Então, vamos? – Chamou.
— Acorda garota! Eles estão indo – Jacob gritou.
— O que? Ah, certo – Falei balançando a cabeça e corri para acompanha-los. Quando me aproximei escutei o meio da frase do novato e corri para entender sobre o que estavam falando, apesar de não ter sido difícil.
—...De ônibus, onde eles estão me esperando – Falou apontando para o ponto, já dava para ver Jake e Eduardo esperando por ele.
— O que elas estão fazendo aqui? – Jake perguntou assim que nos aproximamos, ele estava fitando o novato surpreso.
— Elas perguntaram se poderiam ir conosco e eu não vi problema – Respondeu, os dois se entreolharam e deram de ombros.
— Ok então, é bom que a caverna fica mais famosa – Eduardo falou, então ele se virou e começou a andar, nós nos entreolhamos e o seguimos.
— Caverna? – Eu, Riley e Vivi falamos.
— Sim, algum problema? – O novato falou nos fitando ao parar.
— Não, nenhum – Falei passando ao lado dele, algum tempo depois Riley e Vivi ficaram a meu lado. Jake e Eduardo falavam de detalhes da caverna que encontraram enquanto caminhávamos e alguns minutos depois nós finalmente chegamos. Jake e Eduardo começaram a falar de mais coisas sobre a caverna, mas eu não prestei muita atenção, havia 3 árvores estranhas perto. Uma delas parecia me chamar, vozes estranhas que me guiavam para a árvore que tinha um buraco enorme, eu estava perto da árvore quando ele me tirou desse transe que eu me encontrava.
— Tudo bem? – O Novato perguntou com a mão no meu ombro, eu subi na árvore para colocar a mão dentro, mas ele não deixou, eu o fitei furiosa – Pode ter aranhas, insetos ou qualquer coisa aí, é melhor não – Falou, eu fitei o buraco novamente então desci da árvore e fiquei fitando-o.
— Não se sente atraído por ele? – Falei fitando a árvore, estava tão distraída que nem percebi que falei errado – Como se ele te chamasse para pôr a mão dentro – Expliquei.
— Sim, mas não pretendo fazer isso, pelo menos não agora – Respondeu, então ele procurou algo no chão e depois de um tempo pegou uma pedra grande que permitiu enxergar dentro do buraco.
— Já veio aqui, novato? – Jake perguntou atrás de mim me assustando.
— Não, porque? – Perguntou.
— Veja por si só – Jake falou apontando para o buraco, ele fitou lá dentro arregalou os olhos e fitou Jake novamente – Pode puxar – Falou, então ele colocou o braço dentro e pareceu mover uma alavanca, o chão tremeu enquanto uma rachadura se formava criando uma espécie de entrada e ele caiu, Eduardo foi ajudá-lo a se levantar.
— Bem louco né? – Falou ajudando-o, o Novato acenou com a cabeça e os dois desceram pela rachadura.
— Não havia nenhum inseto ou aranha, apenas uma alavanca – Explicou. Eu acenei com a cabeça. Ele seguiu os dois e eu o segui, quando entramos ficamos diante de três caminhos, Riley ficou com Eduardo Vivi com Jake e eu com o Novato, mesmo sabendo que elas fizeram isso propositalmente. Agradeci, pois precisava saber o que seria bom ter na festa, já que o aniversário era dele, entretanto assim que demos o primeiro passo adiante ouvimos um barulho.
— Ouviu isso? – Perguntei e ele afirmou positivamente com a cabeça e o som repetiu, mas eu ainda não soube o que era.
— Segure firme seu chapéu – Falou me surpreendendo.
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