Minha "Amiga" Vampira escrita por pedrojonassm


Capítulo 24
Capítulo 24 - Enrolação




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— Ei maninho, tá na hora do intervalo, você vai se levantar para comer ou vai ficar dormindo aí? – Falou balançando minhas costas me acordando, abri os olhos e notei a sala praticamente vazia, fitei a pessoa que me acordou e notei que quem havia acordado era Eduardo, que me acordou definitivamente quando derramou um pouco de água fria sobre meu rosto.

— Aí, desgraça.

— Desculpe, foi o melhor jeito de te acordar que encontrei, se quiser posso lhe dar um tapa – Falou sorrindo.

— Agradeço, mas recuso – Falei me levantando, então saímos da sala para comer na mesa onde sempre comemos.

— De onde veio esse sono, novato? – Vivi me perguntou assim que sentei na mesa, paralisei lembrando no porquê de ter dormido apenas de 2 da manhã e pensando em uma desculpa qualquer.

— Eu joguei um pouco demais – Falei colocando a mão na nuca e dando uma pequena risadinha.

— Isso não faz muita diferença, você só tira nota boa mesmo – Riley comentou dando de ombros e eu fiz o mesmo, afinal ela não estava errada.

— Estava jogando o que? – A mistério perguntou antes de mastigar o sanduiche que retirou do meu lanche.

— Isso faz diferença? – Falei ao pega-lo de volta, então parti no meio e dei metade para ela que agradeceu com um aceno com a cabeça.

— Não, só estou com curiosidade – Falou, eu suspirei pesado e a fitei novamente.

— Eu estava jogando um jogo de rato – Respondi e vi tanto a mistério quanto a Encrenqueira me fitarem com uma sobrancelha arqueada.

— Nossa, aquele jogo é velho, eu tenho um amigo que tem uma conta nesse jogo desde 2010 – Jake falou, então riu de leve e as duas pararam de me fitar – O Nick dele no jogo era o nome dele acrescentado de edimas, na época o jogo não permitia acentos ou espaços no nome e ele queria colocar é demais, mas como não podia colocou edimas.

— Parece que ele gosta de outro homem, ou que dimas era o nome dele – Riley falou séria, mas não o fitou, mesmo assim ele riu.

— Sim, ele sempre comentava que o chamavam de Dimas, mesmo assim não é o caso, faz tempo que vi ele, ele se mudou e nunca mais falou comigo e nunca mais entrou no jogo também.

— O jogo mostra quando foi a última vez que logaram na conta – Expliquei antes que Riley perguntasse, ela acenou com a cabeça sinalizando que entendeu.

— Ele era um cara legal, mas já se foi, de qualquer jeito vamos terminar de comer daqui a pouco toca e a gente não quer deixar de prestar atenção na aula por causa de fome – Falou, nós concordamos e voltamos a comer, assim que terminei o sinal tocou sinalizando que era para voltar para a sala, corri para o banheiro para lavar as mãos antes de ir para a sala, a professora passou um filme e para não perder o costume eu dormi rapidamente e só acordei quando o sinal tocou para voltarmos para casa. Dessa vez sentei ao lado da Encrenqueira no ônibus.

— Jogo de rato, não é? Que coincidência, eu tenho uma amiga que saiu do banheiro do quarto dela e encontrou um rato em pé fitando-a a noite – Ela falou me fitando, eu sorri.

— Ok, precisei dele para resolver umas coisas e acabei indo parar lá.

— É, nessa hora eu mentiria, mas eu não sou você então fazer o que – Jacob falou, fitei o lado e vi ele em pé encostado na parede do ônibus em um local reservado para cadeirantes, dei de ombros com o que ele disse.

— Foi atrás do homem que tentou colocar veneno na nossa bebida? – Perguntou, eu acenei positivamente com a cabeça – O que descobriu? – Eu levantei a cabeça e travei, como responder a isso? Descobri que Vivi é uma das pessoas que está atrás dos vampiros para transforma-los em cristal, mas ela está tentando curá-los. Pelo visto colocaram na cabeça dela que há uma cura e ela está tentando encontrar, mesmo assim, se ela descobrir que a Encrenqueira é um deles o que ela faria? Ou ficaria louca pesquisando sem parar para encontrar a cura antes deles descobrissem, ou avisaria eles para que ela também se tornasse uma estátua. Voltei minha atenção para ela depois que ela estalou os dedos em minha frente – Até que enfim voltou, estamos quase no nosso ponto já, tá tudo bem com você?

— Sim, estou bem – Respondi fitando o chão. O ônibus parou e nós saímos para nossa casa, não pude deixar de notar o olhar de preocupação dela comigo enquanto caminhávamos mesmo eu fitando o chão e pensando o tempo todo. Chegando na casa dela ele entrou e eu esperei, depois fui em direção a minha casa, ainda pensando e acabei esbarrando em alguém e derrubando algumas coisas que eu havia segurado – Me desculpe – Falei ao me abaixar para ajudar a juntar os papeis derrubados.

— Não se preocupe, garoto, acidentes acontecem – O homem falou ao se abaixar para juntar seus papeis, entreguei para ele os papeis que juntei após ele se levantar.

— Com licença – Falei, então passei por ele e fui para casa, me virei para fita-lo novamente e notei ele se movendo para longe, dei de ombros e me virei para frente novamente e fui para casa.

— Boa tarde, senhor.

— Boa tarde Daniel – Respondi, então subi para o meu quarto e coloquei a mão no bolso para retirar a chave, então senti um papel no bolso, eu o retirei e pela curiosidade o abri e nele estava escrito uma palavra, uma simples e única palavra: "Obrigado". Eu já havia visto aquele homem em algum lugar, mas não pelos meus próprios olhos, um dos homens que virou estátua quando eu estava usando o rato. Ouvi um barulho e vi o rato se escondendo em baixo da estante – É, a chuva cuidou do resto – Falei dando de ombros sorrindo, então lembrei que não deve haver mais estátuas no local.

 


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