Minha "Amiga" Vampira escrita por pedrojonassm


Capítulo 23
Capítulo 23 - A volta do Rato


Notas iniciais do capítulo

O rato tem um nome?



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— Então senhor, como foi o encontro? – Daniel falou assim que o avistei, ele estava na sala varrendo o local, o visor que servia para mostrar seus olhos estava mostrando "k" no lugar. Devo entender isso como se fosse sarcasmo?

— Deu tudo certo, embora que com um imprevisto – Respondi.

— Como assim o imprevisto?

— Um cara tentou envenenar o suco na esperança de matar algum de nós três, mas a mãe da Encrenqueira o viu e trocou os sucos, ele foi envenenado e deve estar no hospital agora – Expliquei, eu ouvi uma pequena risada dele.

— Já até sei, vou busca-lo – Falou indo ao banheiro, claramente é Daniel que está dentro daquela lataria já que um dos poucos que sabem do Rato é ele, subi para meu quarto em busca da bolsa que usei quando fui na casa de meu tio, quando a encontrei coloquei meu notebook para carregar e peguei o óculos – Aqui está – Falou ao chegar na porta do quarto, ele estava com o Rato nas mãos.

— Obrigado, vou precisar de carona – Agradeci, então peguei o caderno dentro de minha bolsa, arranquei uma folha e estendi a mão para ele segurando-a, ele colocou o Rato na mesa e o acariciou, então pegou o papel e fez um avião controlável, depois colocou o Rato nele.

— Muito bem, para onde devo lança-lo? – Perguntou, eu liguei o notebook e comecei a hackear as redes dos hospitais da cidade, procurando pela ficha do homem que tentou envenenar. Eu podia não saber o nome, mas sabia o rosto e a causa de estar no hospital, não foi difícil acha-lo.

— Então o nome dele é Jeramy. Você vai precisar subir no telhado, 115,8 graus ou seja, entre leste e sudeste – Falei, ele acenou com a cabeça e foi para a janela para subir no telhado, eu sentei na cama e coloquei o óculos e comecei a ver o que o rato via e já coloquei as "mãos" na manivela, testei os controles e funcionava perfeitamente, eu conseguia mover a manivela e controlar o avião, fitei Daniel que acenou com a cabeça, então moveu o braço e jogou o avião, "fazendo-me" alçar voo. Controlei o avião para que ele subisse alto para que eu me situasse logo, já que conhecia bem a cidade.

— Está em voo – Falou ao voltar da janela, eu fiz um sinal com a mão agradecendo e foquei no voo.

Não demorou muito para chegar no hospital e consegui pousar no telhado facilitando a entrada pelo duto de ventilação. A parte difícil foi encontrar o cara, não que tenha sido difícil, o problema foi chegar até onde ele estava, havia muitos entupimentos na tubulação do local, o que deveria causar um enorme surto caso um vírus entrasse ali, mas depois de alguns minutos dentro de um verdadeiro labirinto eu encontrei ele e para minha surpresa, ele não estava só.

— Vivi? – Falei surpreso ao ver ela conversando com ele.

— Infelizmente, não deu certo, um dos garçons confundiu meu pedido com o deles e eu acabei sendo envenenado, mas estou bem.

— Não tem problema, agora temos mais informações sobre ela.

— Isso, nós vamos conseguir derrubar aquele restaurante, nem que isso seja a última coisa que eu faça – Ele falou com convicção, então tudo isso era apenas para derrubar o restaurante dela? Um envenenamento para isso, quem é esse homem.

— É, vamos – Ela falou. Eu percebi que havia algo de errado nessa fala dela, ela se levantou para sair e eu fui correndo para o elevador, mas quando cheguei ele já havia começado a descer. Eu pulei e consegui segurar na corda para descer sem quebrar uma pata, mas não vi a porta de cima do elevador aberta e acabei caindo dentro de uma bolsa, olhei para cima e vi a cabeça de uma mulher, mas não consegui adivinhar de quem era, cruzei os dedos, torci para que fosse Vivi e me escondi, de modo que não fosse visto dentro da bolsa.

Depois de algum tempo a bolsa foi deixada em cima de uma mesa, esperei algum sinal de que ela não estivesse olhando para sair de dentro da bolsa. Escutei o som de uma porta se fechando e logo depois o som de água caindo no chão, como se alguém tivesse ligado o chuveiro, movimentei-me para abrir o zíper por dentro, entretanto assim que toquei nele ele se abriu revelando uma mulher de cabelos longos e pretos e um rosto sério, mas mudou a face do rosto quando me viu e eu corri dali para me salvar, aquela não era Vivi, o que quer dizer que eu não consegui segui-la, mas não podia desativar o rato agora, pelo motivo de ter uma mulher com uma vassoura o seguindo. Corri rapidamente para um dos quartos e acabei localizando o barulho do banheiro e me surpreendi com a pessoa que vi saindo no momento em que cheguei.

— Riley? – Falei sem querer, ela viu o rato e se assustou, soltando a toalha e cobrindo o corpo logo em seguida com as mãos, acabei não conseguindo desviar o olhar e quando percebi estava caindo a uma altura elevada e concluí que estava em um prédio, ativei o modo planador do Rato para evitar que ele se machucasse e segui rumo de volta para casa. Havia um homem que possuía um dos nomes de Riley entre as pessoas que estava no hospital, Pai talvez? Ou Tio, não sei, mas também há a possibilidade de ela estar com Vivi quando falou com Jeramy – O que? – Berrei ao ouvir um som um tanto alto, então percebi algumas pessoas em cima de um telhado do que se parecia um armazém e decidi segui-los, mas eles entraram antes que eu chegasse no telhado e quando cheguei fiquei surpreso com a cena, mas reconheci a pessoa que estava ali.

— Vocês se acham diferentes um do outro, mas é impressionante como vocês pensam igual – Maclaus falou caminhando para perto de dois homens, que julguei ser os mesmos que estavam no telhado a alguns minutos atrás, eles estavam acorrentados um no outro – Eu já estava esperando por vocês aqui, mas já que insistem eu vou mostrar para vocês – Falou se movendo para o lado, então riu e ligou a luz, arregalei os olhos com a visão que tive, várias estátuas de cristal no local, todas elas fitando o céu da mesma forma que a mãe da encrenqueira. Berrei ao levar um susto devido o barulho, fitei os dois homens e arregalei os olhos novamente pela quantidade imensa de choque que eles estavam levando.

— Mas tem uma coisa que nunca muda, vocês sempre perdem – Maclaus falou por fim, um dos homens sumiu e apareceu ao lado dele, então o socou e libertou o amigo, mas assim que o amigo se levantou eles começaram a virar cristal – Uma das coisas que eu mais me impressiono, é que essas luzes de raio ultravioleta não são nem um pouco caras – Comentou sorrindo, os dois homens gritaram e se tornaram cristal completamente – Coloque eles no lugar deles, temos apenas mais dois para pegar – Falou, então dois homens apareceram e carregaram as estátuas para um local, de forma que as estátuas ficassem organizadas, assim que terminaram eles começaram a sair do local, comecei a ouvi passos e fitei eles de novo e consegui ver Vivi correndo atrás deles.

— Desculpe a demora, estava cuidando de algo importante, espera, esqueci de fechar a porta – Falou, então voltou para uma porta aberta a fechou e foi atrás deles. Me movimentei a procura de um local para entrar, havia visto de onde ela saiu era simples de chegar lá. Encontrei um duto de ventilação e através dele cheguei no quarto onde ela estava e vi um homem fitando um caderno.

— Pobre garota, acha mesmo que vai achar uma cura para eles, não é? – Ele falou, eu consegui ver o caderno e vi várias anotações riscadas de tentativas de cura para as estátuas e em cima da mesa, um pedaço de cristal da mesma forma que eu fiz para curar a mãe da Encrenqueira, ela não quer fazer mal, ela está procurando uma cura. Voltei com o rato para o telhado e comecei a fazer buracos exatamente em cima da boca de cada um deles.

— A chuva cuidará do resto – Falei colocando os óculos na bancada depois de ter feito o rato voltar sozinho.

 


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