Minha "Amiga" Vampira escrita por pedrojonassm


Capítulo 20
Capítulo 20 - A cura




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— Existe um código matemático no qual você paga uma letra e pula três letras e a substitui, eu consegui entender o que estava escrito lá, djxd h d fxud, seria o mesmo que agua e a cura e colocando os acentos ficaria.

— Agora eu entendi o porquê de você está empolgado, mas isso não explica como essa frase apareceu nela – Jacob falou, estávamos na sala, caminhando para o banheiro para voltarmos para o laboratório, eu fiz a porta se abrir novamente e as armas apareceram apontando para o local onde Jacob estava.

— Eles conseguem me ver, que dizer, detectar? – Ele perguntou e eu ri de leve.

— E convidada – Falei, ele me fitou e arqueou uma sobrancelha e eu ri de novo e adentrei o elevador – Mãos nos ombros e pernas juntas, se tiver alguma coisa que possa sair voando segure-o firme – Falei e novamente Jacob me fitou com uma sobrancelha arqueada. O chão do elevador se abriu e nós caímos para o laboratório.

— Tá bem, agora me responde, o que estamos fazendo aqui? – Jacob perguntou, eu estava nas tralhas procurando por algo e não o respondi rapidamente – O que está procurando?

— Achei – Falei, puxando um embrulho de presente, eu o abri e revelei o vestido que havia dentro dele – Creio que caiba em você, lamento, mas não tenho roupas íntimas para você vestir – Falei entregando a roupa, que flutuou e começou a ser vestida, logo a pessoa que estava vestindo apareceu. Era uma mulher de cabelo longo, liso de verde, os olhos eram azuis, ou estavam azuis, no mínimo, era mais alta que eu e o rosto lembrava a filha – Ela consegue te ver? – Perguntei fitando Jacob, que estava de queixo caído fitando-a, mas ele acenou a cabeça positivamente, ela começou a suspirar pesado, como se estivesse cansada.

— Tudo bem? – Perguntei pouco depois dela começar a respirar, ela acenou a cabeça positivamente.

— Porque você tinha uma roupa feminina aqui? – Ela perguntou me fitando.

— Era o presente para minha ex, mas ela terminou antes que eu pudesse entregar.

— Minha filha?

— Não, minha ex-namorada, eu nunca namorei sua filha – Falei e ela riu de leve.

— Certo, onde está o livro dos seus pais? – Ela perguntou, eu e Jacob nos entreolhamos – Era o objetivo daquele homem que veio aqui, ele queria te deixar ocupado para o outro roubar o livro – Ela explicou e eu bati na parede em resposta, mas sorri.

— O que você fez? – Falei sorrindo fitando-a, ela sorriu e pegou o livro escondido entre duas bancadas.

— Caia água onde ela estava presa, na boca dela para ser exato, foi uma das coisas mais legais que eu achei quando encontrei o local onde ela estava... Aí – Berrei depois de receber um tapa dela.

— Você nem foi lá, mas está acertando, como sabe disso? – Ela falou, eu acenei e procurei pelo rato e quando eu o encontrei eu o peguei – Você pega essa coisa? – Perguntou com tom de nojo, então ela aproximou o rosto dele com um olhar curioso – Parece muito com o rato que andou perto de mim lá, foi muito estranho, ele parecia até um robô.

— Isso porque é um robô, é quase um rato mesmo, mas ainda é um robô, eu o usei para implantar câmeras e criar um holograma virtual do local onde você estava – Expliquei.

— Holograma? – Ela perguntou, eu levantei o dedo e fui ao computador e mostrei a ela o mesmo que Daniel mostrou, só que um tanto diferente, além do fato de não termos mais a estátua lá, algumas câmeras também mudaram de local, provavelmente devido as armadilhas que eu ativei quando fui sair.

— Não devia ter isso na época que você... bem, digamos que quando você não era cristal, esse bando de tralha que temos aqui foi feita pelos meus pais e eu herdei tudo isso e melhorei o que podia, meu tio cuidou de mim até o ano passado e pedi para ele me deixar morar aqui, descobri esse laboratório pouco tempo depois de chegar, a entrada foi programada para me reconhecer e quando desci encontrei isso e a primeira coisa que fiz foi o Daniel, ou melhor, foquei nele, tive de concertar algumas coisas no meio do caminho, mas pelo menos Daniel está aqui hoje.

— Por falar nisso onde está aquele robô? – Jacob perguntou e eu olhei ao redor, Daniel não estava lá.

— Como ele está? – Ouvi, era a voz do meu tio, me virei para fitar o holograma de lá e me surpreendi com o que vi.

— Sabia disso, senhora? – Eu perguntei, fitando a mãe da Encrenqueira.

— Se isso for verdade, não, eu não sabia – Ela respondeu, eu fitei novamente a tela, ainda sem acreditar que Daniel estava ali, com o livro falso nas mãos.

— Agora eu tendi como ele entrou lá para me salvar – Pensei alto, eu havia analisado o cristal que a mãe dela era enquanto procurava pela cura e realmente havia apenas cristal, ela era cristal puro, o que não é resistente o suficiente para abrir aquela fechadura.

— Ele está bem, eu não deixei o doido machuca-lo realmente – Daniel respondeu, meu tio fitou o lado, havia um homem grande segurando um pé de cabra, o mesmo cara que me atacou quando a Encrenqueira estava aqui.

— Fez bem, Daniel conseguiu roubar o livro ainda, enquanto você distraia meu sobrinho e a garota.

— Contanto que eu seja pago, eu faço o que me pedir – Falou e eu reconheci quem essa pessoa era, o Não-Satã possuía um ajudante que era tão forte quanto ele, que não consigo lembrar o nome dele agora, entretanto, esse só o ajudava sendo pago, não se importava tanto em conviver entre monstros e/ou demônios, mas tinha algo de diferente nele, o cabelo do homem nos quadrinhos eram longos e ele possuía barba e bigode, além de lutar de um jeito diferente, quando o vi seu cabelo estava rapado, sem barba ou bigode, mas ele também era jovem.

— Exatamente como seu pai falaria, muito bem – Meu tio falou, eu arregalei os olhos.

— O Não-Satã possuía um ajudante que só ligava para o dinheiro e o nome dele era... – A mãe dela falou e parou, eu me virei para ela e a fitei sério.

— O nome dele era Monroe – Falei após me virar e para a tela novamente.

— Eu vou assumir o papei do meu amigo e você, meu filho, terminou seu treinamento – Meu tio falou – Hoje você não é mais meu filho e sim um homem que tenho orgulho que chamava de filho, hoje você é Maclaus.

— O lendário caçador de recompensas – Falei, ao mesmo tempo que meu tio e não pude deixar de dar um sorriso.

— Você o conhece?

— Pelo contrário, eu nunca o vi, nem sequer sabia que meu tio tinha um filho... – Falei, então paralisei.

— Novato, tudo bem?

— Se as histórias em quadrinhos são reais, eu sou neto do Não-Satã, que era apenas amigo de Monroe, então, quem é meu tio? – Perguntei e os dois se fitaram. Eu me virei para a tela e apontei para uma coisa que fiz que parecia uma lanterna enquanto digitava no computador – Me dê aquilo, por favor – Ela se moveu rapidamente e pegou a lanterna, quando ela me entregou eu puxei a mão dela e liguei a luz no dedo.

— O que está fazendo? – Ela perguntou e eu arregalei os olhos, então olhei para um local onde tinha uma bandeja e o cabelo dela ainda cristal, eu a soltei e fui em direção aonde estava o cabelo – Pra que isso?

— Eu vou fazer uma estátua do mesmo jeito que você estava antes, já que agora sabemos que Daniel não está conosco, eu preciso fazer com que ele não descubra que encontramos uma cura – Expliquei, então coloquei o cabelo cristalizado na máquina e ela começou a fazer uma cópia – Você consegue ficar invisível ainda? – Perguntei e vi ela fechar os olhos e tentar fazer algo.

— Não – Respondeu balançando a cabeça negativamente, pelo suspiro ela estava cansada.

— Você não é mais vampira, bem-vinda ao mundo dos humanos – Falei e ela me olhou com os olhos arregalados, eu me virei e comecei a mexer no computador, então senti um abraço sobre mim.

— Obrigada.

— Não precisa me agradecer, eu só fiz ajudar alguém que precisava de ajuda, agora nós precisamos descobrir o que fazer com você, porque você não pode simplesmente aparecer na casa de sua família novamente – Falei me levantando e fitando-a novamente.

— Se ela ficar aqui Daniel pode estranhar e relatar ao seu tio, o que faremos? – Jacob perguntou, eu parei por um momento pensativo.

— Alguma ideia, mistério? – Falei alto me escorando na cadeira.

— Essa garota está aqui? – Jacob.

— Quem é mistério? – Ela falou ao mesmo tempo que Jacob.

— Bem, na verdade eu tenho uma ideia sim – Ela respondeu se levantando, estava no meio de algumas tralhas escondida – O que me entregou?

— Daniel não consegue se desligar sozinho e não foi a Encrenqueira que o desligou, nem a mãe dela.

— Assim não vale, como eu ia saber disso? – Ela comentou dando um tapa na cabeça, então parou ao ver que todos estavam fitando-a – Muito bem, meu pai tem uma lanchonete e está contratando, eu posso convence-lo a contrata-la como garçonete de lá e também a dormir lá por enquanto que não possui uma casa.

— Assim poderemos levar o marido e a filha para conhece-la e com algum tempo faze-la morar com eles, nada mal, mistério – Falei e ela acenou com a cabeça em agradecimento.

— Essa garota sabe da minha filha? – Ela perguntou baixo, de modo que nem eu pude ouvir direito, mas Jacob respondeu por mim e eu entendi a pergunta.

— Muito bem, sabemos o que fazer – Falei me virando para o computador, que acabou de clonar a estátua da mãe da Encrenqueira, então senti os braços em volta de mim – Não precisa me agradecer.

— Eu sei como é, a sensação de perder um amigo como ele, eu sinto muito – Ela falou e sem que eu percebesse deixei uma lágrima cair do meu olho e escorei minha cabeça nela, ela estava certa, eu já passei por muita coisa na vida, mas nada se compara a descobri que seu melhor amigo é uma espécie de espião secreto.

— Espião? – Falei levantando a cabeça e arregalando os olhos – Obrigado mistério – Falei, então voltei para o computador e comecei a acessar alguns arquivos de Daniel e a compara-los e encontrei uma diferença entre o último e o penúltimo arquivo do sistema de Daniel e a partir daquele dia somente o backup de memória foi atualizado, eu me levantei sorrindo e abracei a mistério – Ele está bem, ele está bem – Falei rindo, soltei a mistério quando vi o olhar dela – Desculpe, me empolguei, ele sabia que seu sistema foi modificado e parou de atualiza-lo, isso quer dizer que eu posso traze-lo de volta e parece que parte dele sabia que não deveria contar, por isso conseguimos vê-lo agora, ele queria que descobríssemos, ele ainda está do nosso lado e eu vou retirar esse vírus dele.

 


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