Minha "Amiga" Vampira escrita por pedrojonassm


Capítulo 16
Capítulo 16 - O chapéu a Beira do Rio




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O evento já havia acabado, eu estava caminhando ao lado do rio a caminho da ponte onde deixei a bala. Praticamente ninguém andava naquele rio a menos que quisesse não ser visto, ainda estava de dia apesar do evento ir até as 8 da noite. Eu sempre saia antes do sol se pôr sem explicações, claro que eu aviso, não que eu não possa ficar até 8 da noite, mas eu não gosto de ficar até essa hora. Me perguntava sobre o porquê de a Encrenqueira não ter ido para o evento, principalmente pelo fato de Jacob que me fez voltar a ser o Panda, a reativar o panda.

Cheguei na ponte e retirei a fantasia, deixei a cabeça fora, coloquei o resto dentro da bala e quando voltei para pegar a cabeça da fantasia encontrei um chapéu vindo no rio, deixei a cabeça da fantasia no chão e pulei no rio para pegá-lo. O rio não era tão fundo, se eu ficar em pé fico metade do meu corpo fique fora da água, a correnteza não era forte o suficiente para me empurrar o que me permitiu pegar o chapéu e sair do rio facilmente. Fitei o lado que a água vinha e fitei o chapéu, então peguei a cabeça da fantasia, coloquei na bala e a fiz voltar para o laboratório sem mim, depois fui em direção onde a água do rio vinha. Seja lá quem for o dono desse chapéu deve estar à procura dele, na esperança em que ele pare em alguma pedra. Pela hora a água ainda não estava fria e devido ao vento razoavelmente forte qualquer um sentiria frio, mas não sofri muito pela roupa que eu estava vestindo que impedia o vento de bater em todo meu corpo.

Depois de cerca de 3 minutos andando eu cheguei em outra ponte e lá na ponte havia uma garota sentada em baixo dela escorada na parede, estava com a cabeça entre os joelhos como se estivesse chorando. devido à sombra mal dava para vê-la, apenas a forma dela encostada na parede, mas dava para concluir que o cabelo dela era curto e que ela havia seios naturais. Me aproximei da ponte sem chamar a atenção dela e quando cheguei perto consegui ver a garota mais claramente, o cabelo era curto e vermelho-claro, estava usando uma camisa preta e uma calça jeans além da sapatilha em seus pés. Me aproximando eu comecei a ouvir o choro dela, concluindo assim que ela realmente estava chorando.

— Porquê está chorando garota? – Perguntei sentando ao lado dela, ela pensou um pouco antes de responder parecendo surpresa com algo.

— Eu sou uma idiota – Ela berrou.

— Porquê acha isso? – Perguntei.

— Eu decidir ir para o evento mesmo meu namorado não permitindo, me arrumei completamente e vim pelo local menos óbvio possível, o rio. Meu namorado me pegou, terminou comigo e ainda jogou meu chapéu no rio – Explicou tirando a cabeça dentre os joelhos para poder expressar-se com as mãos, ela não me fitou em nenhum momento e quando terminou colocou a cabeça entre os joelhos novamente – Tem vezes que eu queria ser inteligente.

— Certo, bom acho melhor devolver isso daqui – Falei, então coloquei o chapéu na cabeça dela, devido ao vento que me deixava com frio durante a caminhada pra cá, tanto eu quanto o chapéu estávamos praticamente secos, ela colocou a mão no chapéu e o fitou, mesmo no escuro deu pra notar pequeno sorriso em seu rosto – Eu vi isso no rio e pulei para pegar, sabendo que alguém estaria procurando por ele subi o rio a procura desse alguém e eu até acabei secando olha só que legal.

— Você é muito estranho – Ela falou e eu ri de leve me lembrando do dia da Olímpiada, onde eu e a Encrenqueira dividimos o apartamento.

— Você não faz a menor ideia – Falei sem querer.

— Estranho, isso foi familiar? – Perguntou.

— Sim, isso me fez lembrar de um dia que tive de ir para uma Olímpiada e dividir um quarto com uma garota que finge não gostar de mim.

— Como assim finge?

— Bem, o pior daquele dia, pior entre aspas, foi a cama casal, naquela noite eu não estava conseguindo dormir direito, mas no meio da noite ela enrolou e deitou sobre meu braço e, devido não querer acorda-la, eu não me afastei, mas admito que aproveitei. Ao notar que ela estava com frio a cobri e a abracei, então fiz cafuné nela até dormir, no dia seguinte ela pareceu não se importar com o fato de ter dormido abraçado comigo, eu sei que ela gosta de mim por vários motivos, mas um dos principais é que eu sei que ela não estava dormindo quando rolou para perto de mim – Expliquei, ela me fitou quando terminei de falar.

— Como sabe disso? – Ela perguntou.

— Tenho 2 motivos, eu conseguia sentir a respiração dela quando a abracei e ficou mais calma depois de um tempo, ou seja, a abraçando-me a fiz com que dormisse, segundo um grande amigo dela me confirmou.

— E você gosta dela? – Ela perguntou e eu sorri com a pergunta.

— Gosto sim, mas isso não faz diferença, ela sofreu um acidente e perdeu a memória, não se lembra de mim, ela ainda gosta de mim, no entanto não sabe.

— Como assim não sabe?

— A memória fica na cabeça, o amor fica no coração um sem outro não fazem sentido, um com o outro tem progresso – Falei, ela me fitou com um olhar de que não havia entendido, eu suspirei e pensei em um exemplo – A Encrenqueira, é assim que chamam ela, antes de saber quem eu sou me odiava, jogava comida em mim me xingava, etc. quando descobriu que gostava de mim me tratou diferente, quando perdeu a memória voltou com o namorado que a havia traído, na memória ela ama ele, no coração não, um sem outro não fazem sentido.

— O que!? – Ela berrou, eu a fitei e vi a face surpresa dela me encarando.

— Ela havia terminado com o namorado quando o pegou traindo com outra garota, então ela terminou com ele, mas com a perca de memória recente dela... bem você já pode concluir o que aconteceu.

— Enquanto a você?

— Esquecido, mas foi melhor assim. Ela me esqueceu e ficou segura, eu trazia certo risco a ela mesmo sem saber. Impedi que ela se lembrasse de mim, avisando aos outros para que dissesse que nós somos apenas alunos da mesma classe, fora isso nada.

— E porque não falou a ela sobre o ex-namorado dela?

— Em primeiro lugar ela não acreditaria em mim, segundo eu sabia que ele a trataria corretamente agora e até o momento a trata bem.

— Entendi – ela falou e fitou o rio, eu suspirei e me levantei.

— Então, agora que consegui ver sua camisa direito, eu percebi que ela contém o desenho de um anime, você estava indo para o evento? – Perguntei e vi ela acenar a cabeça positivamente – Então vamos? – Perguntei estendendo a mão para ela, ela sorriu, segurou a minha mão e se levantou.

— Vamos – Falou, então saímos de baixo da ponte e fomos para o evento. Quando chegamos lá, eu paguei a nossa entrada e aproveitamos o resto do evento.

— Olha só se não é o cara que falou que não viria ao evento, perdeu a melhor parte – A mistério falou, ela estava no evento desde cedo. Quando estava como panda, ela foi uma das poucas garotas que dançou muito bem.

— Poxa, ele já foi? – A ruiva perguntou.

— Quem é essa? – Mistério perguntou sorrindo maliciosamente para mim.

— Oi mistério, eu vim por causa dela, a encontrei por aí e percebi que ela estava vindo para o evento e a chamei e estamos aqui.

— Prazer, mistério – Ela falou esticando a mão para ela, mistério apertou a mão dela e sorriu.

— Eu te conheço de algum lugar, garota... Deve ser coisa da minha cabeça. Bem, aproveitem o resto do evento – Ela falou, então se afastou e sumiu no meio da multidão.

— Mistério e Encrenqueira e você, quem é? – A ruiva perguntou me fazendo rir de leve.

— Eu sou o Novato – Falei me virando para ela e apontando para mim mesmo com o polegar.

— Todos na sua turma têm apelidos assim? – Ela perguntou, eu coloquei a mão no queixo para pensar.

— Novato, Encrenqueira, Mistério, acho que somos só nós mesmo.

— E eu sou quem, a Ruivinha? – Ela perguntou, eu ri de leve e me virei novamente, a procura de um local para ir, então segurei a mão dela e a puxei para uma sala. A levai para a sala da luta de espadas, não passam de cabos de vassouras com uma parte recheado de isopor para não machucar, as armas são variadas, 2 acertos no corpo ou 1 na cabeça para vitória.

— Pronta? – Falei ao pegar uma arma e apontar para ela, ela sorriu e pegou outra arma.

— Pronta – Respondeu, então eu avancei sobre ela, girando minha arma, ela defendeu o golpe e revidou, eu consegui desviar me afastando – Nada mal, novato.

— Você também não é nada mal, ruivinha – Retruquei, então avancei contra ela novamente, ela defendeu e contra-atacou e eu fiz o mesmo, repetimos isso algumas vezes até cansarmos.

— Ok chega, vamos considerar isso como um empate – Ela falou, estava respirando pesado de cansaço, assim como eu. Quando eu estava como o Panda, houveram disputas de 2 contra 1 e ouve uma dupla que se destacou, Eduardo e Jake foram os únicos que eu realmente me mexi, fora com a Ruivinha que fiz agora.

— De acordo – Falei, então me aproximei dela para pegar as armas e guarda-las, mas outras espadas impediram de coloca-las no chão, levantei a cabeça e fitei Jake que me fitava sorrindo e logo atrás dele estava Eduardo.

— Se não é o cara que não viria para o evento – Eduardo falou, eu sorri ao vê-los.

— Eai, pessoal.

— É a sua namorada? – Jake perguntou apontando para a ruivinha, eu acenei negativamente com a cabeça.

— Uma amiga, nada mais – Respondi e os dois riram, chequei minhas bochechas, eu não estava vermelho, então do que eles estavam rindo?

— Muito bem, vamos ver se você é bom – Jake falou e passou ao meu lado, ele me cutucou com o cotovelo ao passar do meu lado e eu fitei a ruivinha e percebi a razão deles rirem, ela estava levemente vermelha, sorri ao perceber e levantei a espada para defender do golpe dele.

— Boa distração, mas não vai dar certo – Falei, então revidei tentando acertar os pés dele, ele pulou e tentou acertar minha cabeça, eu levantei a espada e defendi o golpe e a gravidade fez o pescoço dele tocar a espada.

— Nada mal, quer tentar uma em duplas, eu e Eduardo contra você e sua namorada, enfrentamos o cara fantasiado, dois contra um, ele é muito bom, ainda conseguiu nos vencer – Comentou e ficou ao lado de Eduardo, que pegou uma arma e jogou outra para a ruivinha, ela agarrou a arma e ficou ao meu lado, estava sorrindo, logo avançamos contra os dois e os atacamos, eu estava contra Eduardo e a ruivinha estava contra Jake, não demorou muito para ganharmos, mas eu não fiz praticamente nada, a ruivinha encurralou Eduardo depois de acabar com Jake.

— Quem é essa garota? – Jake perguntou.

— Sou a Ruivinha – Ela falou torcendo o pescoço e piscando para ele.

— Muito bem, vamos? – Chamei segurando a mão dela e a puxando levemente.

— Para onde estamos indo? – Ela perguntou, eu a fitei sorrindo e vi o sorriso na face dela.

— Outro desafio – Respondi, estava a levando para a sala do jogo de dança, a sala onde se destacaram duas garotas, Riley e Vivi, as garotas que conseguiram me vencer no jogo.

— Eu não sei dançar – Ela falou e eu ri.

— Não esquenta com isso, eu também não sei – Falei, então dei start no jogo e começamos a dançar, eu acabei me empolgando ao ver a perfeição do ritmo dela e me deixei levar, dançando como o Panda, o que ainda me fez perder com uma diferença de 200 pontos no jogo.

— Não sabe dançar é? – Falamos simultaneamente, então rimos, saímos da sala e fomos atrás de outro local e nos deparamos na sala de dança. Nessa sala foi onde eu fiquei o maior tempo como o Panda, dancei com bastante gente, mas a que mais se destacou foi a.

— Vai dançar, Novato? – A mistério perguntou aparecendo ao meu lado.

— Eu... – Tentei dizer que não sabia dançar, mas a ruivinha me puxou para a área de dança e começou a dançar travado, na frente dela, mas acabei não me segurando novamente e quando notei havia um círculo de pessoas ao nosso redor, batendo palmas junto ao ritmo da música, enquanto dançávamos e pulávamos e no final da música não podia acabar de outra maneira, eu a abraçando fortemente e ela praticamente deitada em mim, nos fitamos sorrindo e suspirando de cansados, enquanto ouvíamos os aplausos das pessoas ao redor – Esse é um dos momentos em que geralmente o cara beija a garota.

— No caso só se eu fosse a garota que o cara gosta – Ela falou, eu ri de leve e a beijei, foi um beijo longo e não demorou muito para ela ceder assim como as palmas do povo ao redor, quando terminamos nos separamos lentamente – Acha mesmo que não te reconheci, ruivinha, ou devo te chamar de Encrenqueira? – Falei, ela sorriu e ficou em pé e nós curvamos em agradecimento aos que nos assistiram e ela me puxou para fora da sala.

— Desde quando você sabe? – Ela perguntou.

— Desde que cheguei ao seu lado em baixo da ponte.

— O que foi que me entregou?

— A gente sabe quando se está com alguém que gosta, além do mais eu sei o motivo de você não ter vindo ao evento quando o Panda estava aqui – Respondi.

— E qual motivo seria esse? – Ela perguntou.

— Não sabe dançar, não é? – A mistério falou batendo em minhas costas.

— Tem certeza que não é sua namorada? – Jake falou ao chegar com Eduardo.

— E ela não é, calma gente eu só a beijei.

— E quem é essa garota afinal? – Eduardo perguntou.

— Eu sabia que te reconhecia de algum lugar, não está reconhecendo a nossa querida Encrenqueira, Eduardo? – A mistério falou e os dois a fitaram surpreso.

— Você sabia? – Perguntaram e eu acenei positivamente com a cabeça em resposta.

— Damien vai matar você, sabe disso, não é? – Falaram e eu ri em silêncio.

— Não se preocupa com isso, eu me viro – Falei dando de ombros.

— Tá bom então – Os dois falaram e saíram de onde estávamos, eu vi a Encrenqueira fitar a Mistério, que eu sabia que estava me encarando com um sorriso malicioso.

— Está esperando o que? – A Encrenqueira perguntou.

— Não é óbvio? – Perguntei sorrindo e ela me fitou com um olhar de que não estava entendendo – Ela está esperando eu te pedir em namoro – Falei sem fita-la – Coisa que não vou saber porque sei que você não gosta de mim, então Mistério, lamento, mas... – Falei, me virando para a mistério, mas fui interrompido pela Encrenqueira que puxou minha camisa e me beijou.

— Eu te amo, por favor namore comigo – Ela falou sem me soltar e eu sorri e a beijei novamente.

— Não vejo porque não – Falei, então vi Jacob atrás dela, ele estava fazendo um sinal com a mão dizendo que eu fiz bem, eu sorri ao fita-lo e ele fez o mesmo.

— Está olhando o que? – Ela perguntou se virando e Jacob disfarçou fazendo o mesmo símbolo para ela, mas retirou o sorriso depois de um tempo fomos embora e eu acompanhei até sua casa, principalmente pelo fato dela morar perto né.

 


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