Minha "Amiga" Vampira escrita por pedrojonassm


Capítulo 11
Capítulo 11 - Olimpíada


Notas iniciais do capítulo

Consegue descobrir os primeiros nomes dos pais dele? (esse tá difícil).



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Já se fazem duas semanas desde aquele dia, dia em que ela foi atropelada por mim e acabou tendo perda de memória recente. Fiquei sabendo que ela não voltará a se lembrar de nada, mas pode saber o que aconteceu após alguém dizer o que ouve, seria como se ela nunca tivesse estado lá e sim outra pessoa em que ela deveria visualizar como se fosse ela, como um jogo

Nesse tempo eu consegui adiantar algumas coisas. Conversei com o pai dela para que ele não falasse nada sobre mim, ele concordou que ela sabendo que eu sabia a verdade poderia ser perigoso para ela, mas disse que se eu quisesse faze-la lembrar ele não se importaria pois confia em mim. Quando ele falou isso eu lembro de ter ficado surpreso, mesmo sem me conhecer direito ele tem confiança em mim não sei porque, me senti satisfeito com isso. A cópia da estátua de cristal da mulher perfeita está pronta, eu iria contar com a ajuda dela e do pai dela para ter sucesso, mas não terei como fazer isso. Ela não sabe quem sou mais, quer dizer, pelo menos não completamente, ela voltou a me odiar agora com Damien sempre ao seu lado, os amigos de Damien não andam com ele pois ele sempre está com a namorada, ele não contou para a polícia sobre a mãe, mas conseguiu faze-la parar graças a mim e por isso me agradeceu. As aulas continuaram normalmente e tiveram as provas, como sempre foi na outra escola eu fui o primeiro a sair, mas ela saiu pouco depois, o que já é novo para mim, ela debochou de mim dizendo que eu havia chutado tudo naquela prova, eu apenas sorri e a ignorei. Depois da prova já pode ir para casa, eu a acompanhei nos dias de prova até sua casa já que é perto da minha, da mesma forma que a acompanho depois do ônibus, desde que ela perdeu a memória, ela nunca mais falou nada na caminhada para casa, mas acho que ela anda ao meu lado de propósito, já que corre quando corro para atravessar a rua mesmo que não haja nenhum carro vindo, talvez seja culpa daquele fantasma que ela falou, talvez ele a esteja fazendo repensar sobre mim, ou talvez ela apenas vê um bom uso para mim. Também nunca mais falei com ela diretamente, principalmente pelo fato que ela mal olha para mim. Nunca a perguntei se ela se lembra de mim, ou sobre a caverna. Fui muito mal com Vivi, acho e por isso ela mal fala comigo direito e Riley nunca falou comigo e nem vai falar agora, embora as duas continuem falando com Jake e Eduardo mesmo que quando estou com eles, mas me ignoram e elas mal andam com a encrenqueira também, principalmente pelo fato dela estar sempre com o namorado de acordo com meus amigos. Daniel diz entender meu lado sobre me afastar dela, mas não vai fingir não a ver quando ela o ver, o que eu já esperava ele fazer.

— Muito bem turma, as provas já foram corrigidas e eu as irei entregar hoje – A professora falou ao entrar na sala segurando as provas, ouvi alguns gemidos de tristeza pela sala assim que ela falou isso – Como sempre, aqueles que tiraram as duas maiores notas entram para a Olimpíada da escola, que será realizada em outra cidade – Ela falou me fazendo arregalar os olhos surpreso. Eu não sabia disso, mas olhando ao redor parece que os outros estão acostumados com isso, voltei a fita-la pelo fato dela voltar a chamar – E a nossa encrenqueira irá fazer a Olimpíada, como sempre – Comentou, então ouviu-se palmas para a encrenqueira que sorriu, mas logo perdeu o sorriso com a continuação da fala da professora – Mas, pela primeira vez, há um aluno na frente dela e não é Vivi, que está com 10 em tudo – Terminou, então sentou-se na cadeira e começou a chamar os outros pelo nome, fitei a encrenqueira e vi sua face surpresa, mas ela estava feliz e fitou Vivi, perguntando sobre como ela conseguiu 10 em tudo, então fitou Damien, ela deve tê-lo ajudado a estudar. Fiquei ansioso, esperando descobrir o nome do mistério, mas a professora a chamou pelo apelido dela, tudo que eu sei é que começa com J, já que antes dela veio Jake e depois veio Joelson, logo veio minha vez e pouco depois a dela. Na vez de Damien eu vi a Encrenqueira ficar feliz ao vê-lo pegar a prova, mas logo desmanchou o sorriso ao vê-lo acenar a cabeça negativamente, quando foi a vez dela ela se virou e falou que tirou 9.8 na prova, muito boa, no entanto, na minha vez eu arregalei os olhos com a nota 10 – Parabéns – Falou depois de rir de leve provavelmente pela minha cara surpresa, eu sorri e dei de ombros.

— Obrigado – Agradeci e voltei para o meu canto, embora tenha parado assim que vi a sala toda me encarando.

— Quanto você tirou? – A mistério perguntou.

— 10 – Respondi enquanto eu voltava para meu lugar e só depois que me sentei notei que estavam me encarando surpresos. Bati na testa, já tinha esquecido – Essa Olimpíada, quando será? – Perguntei fitando a professora.

— Vocês dois deverão vir hoje às 5 da tarde, eu os levarei para o hotel da cidade para amanhã vocês fazerem a prova.

— Certo, obrigado – Falei fitando minha prova, a encrenqueira a pegou sem pedir e começou a compara-la com a dela.

— Foi aqui que eu errei, que droga! – Ela falou, apontando para a prova dela e a minha, onde o erro era apenas a aspas no lugar errado – Obrigada – Agradeceu me devolvendo.

— De nada – Falei arqueando uma sobrancelha, então travei depois de colocar a prova na mesa, eu fui quem tirei a nota maior que ela e ela vai entrar na Olimpíada na segunda colocação, então quer dizer que irei viajar com ela – Droga – Pensei alto e bati a palma da mão na testa, isso pode ser um problema.

***

A professora não havia explicado direito, pensei que iria apenas eu, a encrenqueira, a professora e o marido dela para a viajem, mas na verdade estava indo um ônibus quase lotado apesar de ser pequeno. O que quer dizer que na verdade as duas melhores notas de cada sala iriam, julgando que quase todos estavam em pares e conversavam normalmente, haviam algumas pessoas que estavam "sozinhas", já que cada fila do ônibus possui 2 cadeiras de cada lado, eu não era uma dessas pessoas. Na entrada do ônibus eu a esperei sentar e me dirigi para outro lugar, mas ela pediu que eu sentasse ao lado dela, embora que ela não tenha falado nada, pelo menos não até agora.

— Muito bem pessoal, estamos chegando na cidade onde ocorrerá a Olimpíada, vocês terão de acordar amanhã as 6 para tomar café e estar no ônibus às 7, para fazerem a Olimpíada a tempo, os quartos do hotel já estão reservados, então não se preocupem quanto a isso – A professora falou ao se levantar e fitar todos perto da saída do ônibus. Eu me levantei e fui falar com ela, que estava conversando com a diretora, Dayane.

— Com licença, professora – Falei ao chegar perto, então me fitou e ficou surpresa, por algum motivo – Como é que funciona em relação aos quartos, eu vou ficar sozinho, tem turma, ou como é? – Perguntei.

— Me desculpe, novato, é que é raro ter um novo aluno participando dessa Olimpíada logo no primeiro ano na escola, então eu não tenho costume de explicar e acabei esquecendo de você – Falou me fitando, então fitou a diretora – Eu, Dayane e o motorista estaremos em um quarto e todos saberão onde é, os alunos formarão dupla e a dupla será sempre a mesma, as dos alunos da mesma classe.

— O que quer dizer....

— Que você vai dividir o quarto com a encrenqueira – A diretora concluiu interrompendo-me, eu fitei a encrenqueira que, fitava a cidade pela janela, Chegamos! Vá ver a cidade, é muito bonita a essa hora – Falou fazendo-me voltar a fita-la, eu acenei com a cabeça em concordância, fui para meu lugar e comecei a fitar a cidade. A diretora tinha razão, a cidade é muito bonita, pelo menos vista daqui de dentro do ônibus. Permaneci sem conversar nada até a chegada no hotel, que parecia ser de boa qualidade, principalmente pela organização e pela recepção, mas isso não faz diferença, vários alunos adentraram e ficaram ao meu lado e da encrenqueira para irem para seus quartos, eu olhei os quartos deles e me surpreendi, os quartos eram extremamente arrumados, grandes, ar-condicionado, duas camas de solteiro, cortinas nas janelas, mas isso foi o que vi, no entanto, alguns poderiam dizer o contrário, mas a sorte parecia não estar do meu lado. No meu quarto, havia apenas uma cama e, mesmo sendo de casal, era apenas uma única cama. Eu não havia notado a cama no início, eu havia ido para a sacada para ver a cidade, mas quando me virei notei ela com o rosto levemente vermelho, foi só aí que percebi que era uma cama de casal. Dei de ombros e coloquei minha bolsa na cama.

— Se quiser eu posso pedir para a diretora pedir para trocar nosso quarto – Falei, sentando-me na cama e tirando o sapato.

— Não iria adiantar – Ela falou, então a fitei.

— Por que não?

— Nós passamos em frente a recepção, eu notei a falta de chaves que deveriam estar onde guardam as dos quartos que normalmente ficamos, ou seja, não há mais quartos para ficar além dos com cama casal – Explicou, então se sentou na cama também.

— Então eu vou dormir no chão.

— Não, pode dormir na cama, eu não me importo – Berrou, eu a fitei e notei que ela não havia falado sem querer, já que estava com uma cara surpresa, suas bochechas ficaram levemente vermelhas novamente, então ela se virou rapidamente – Desde que você não vá para meu lugar.

— Certo, mas e se você for para o meu? – Perguntei sorrindo, ela fez um som de surpresa, mas não respondeu.

— Vou tomar banho primeiro – Falou, então se levantou e foi para o banheiro, então eu deitei na cama e que cama confortável. Ouvi a água do chuveiro começar a cair e fitei a porta e acabei imaginando o que está atrás dela, já que tive uma cena um tento semelhante, pelo menos em relação a água, a caverna. Balancei a cabeça para afastar a imagem, mesmo que não seja ruim e acabei notando que a encrenqueira havia separado uma roupa para vestir e que havia esquecido em cima da cama, eu me levantei e coloquei a roupa na trinca da porta, de forma que ela possa pega-las sem dificuldade.

— Ei garota, eu deixei suas roupas na trinca da porta, ok? – Falei depois de bater na porta algumas vezes, então senti algo cair no meu pé, alguma roupa deve ter caído, mas quando olhei para o chão eu vi a calcinha no meu pé. Eu não havia percebido que ela havia separado uma antes, por isso ela deve ter caído, dei de ombros e a peguei, então a porta abriu e eu recebi um tapa na bochecha antes dela tomar a calcinha de minhas mãos.

— O que pensa que está fazendo!? – Berrou, me fazendo fita-la, ela estava usando apenas uma toalha para cobrir o corpo.

— Pegando a roupa que caiu no chão, eu não a havia percebido antes, mas ela deveria estar entre a blusa e o short, por isso ela caiu – Respondi alisando minha bochecha.

— É claro que ela estava no meio, idiota! Eu não queria que você visse ou pegasse nela.

— Certo, me desculpe, agora vai tomar seu banho, por favor – Falei virando-me para ir para a sacada e ouvi a porta bater fortemente, suspirei aliviado e alisei a bochecha novamente, os olhos dela estavam vermelhos – Porque estou chorando? – Perguntei fitando a minha mão molhada, então enxuguei as lágrimas e me forcei a parar para fitar a cidade, pouco depois ouvi a porta do banheiro sendo aberta, esperei um pouco e fui tomar meu banho, ela estava sentada na cama mexendo no celular quando entrei no banheiro, os olhos dela não estavam vermelhos, mas ela deveria estar usando as lentes, já que estavam verdes. Depois do banho eu me deitei na cama de lado, de modo a ficar de costas para ela.

— Você não vai estudar para a Olimpíada? – Ela perguntou depois de um tempo, eu me sentei com a pergunta.

— Por falar nisso, a Olimpíada é de que? – Perguntei, ela bateu na cabeça com a palma da mão.

— Você é um idiota, não é? A Olimpíada é de, basicamente, matemática, mas sempre tem que saber alguma coisa leve de geografia, por exemplo – Respondeu.

— Obrigado – Falei e me deitei novamente.

— De novo, não vai estudar?

— Não, eu não estudo para esse tipo de coisa – Respondi e senti ela me fitar com o porquê na cabeça – Olimpíadas são feitas para ver o que sabemos, se eu estudar para ela eu vou aprender coisas que esquecerei, então eu não rei saber mais, aí eu não acho correto – Expliquei, então a fitei e vi que ela me fitava com uma sobrancelha arqueada.

— Você é estranho – Falou, eu sorri.

— Você não sabe como – Falei, então deitei de lado – De qualquer maneira boa noite.

— Boa – Ela falou, então apagou o abajur e guardou o celular, suspeito que ela tenha retirado as lentes, não tenho certeza pois estava de costas para ela, mas ela estava usando, já que seus olhos estavam verdes.

Eu não estava conseguindo dormir, fiquei trocando de lado na tentativa de dormir, mas não conseguia. Passei cerca de duas horas dessa maneira, até que senti algo em meu braço, então abri os olhos e a enxerguei próximo de mim dormindo, provavelmente havia rolado e se aproximado de mim, eu tentei me afastar, mas não conseguiria pelo fato dela estar em cima do meu braço. Dei de ombros e tentei dormir de novo, então a sentir tremer levemente, tentei alcançar o lençol dela, mas não consegui, então retirei o meu e a cobri, até pensei em dividir o lençol com ela, mas ela estava em cima de parte dele, então não ia dar certo. Depois de cobri-la ela se aproximou mais de mim e encostou a cabeça no meu peito comecei a alisar os cabelos dela sorrindo. Coloquei meu outro braço em cima dela, de forma a abraça-la, então tentei dormir de novo e, finalmente, consegui, mesmo sabendo da enorme pancada que levaria amanhã.

***

Acordei sonolento, abri os olhos devagar e me assustei quando vi que a estava abraçando, mesmo assim estava me sentindo bem. Ela fica tão fofa quando dorme, esses belos cabelos azuis bagunçados escondendo seu belo rosto, sem perceber comecei a alisá-lo e a senti acordando. Ela se sentou, depois bocejou e esticou os braços, então me fitou, depois fitou o outro lado da cama e suspirou.

— Eu enrolei para o seu lado, não foi? – Ela perguntou sem me fitar, eu respondi fazendo um som de confirmação – Me descobri no processo e fiquei em cima do seu braço, tremi um pouco de frio e você me cobriu, me abraçou e me fez carinho até dormir – Falou, embora essa última parte tenha suado como uma pergunta já que ela arregalou os olhos surpresa e ficou levemente vermelha, Jacob deve ter contado isso a ela. Ela se levantou sem dizer nada e foi ao banheiro, depois trocou de roupa para ir para a Olimpíada e eu fiz o mesmo, depois fomos para o ônibus para ir para o local da Olimpíada, não demorou muito para chegarmos lá, fiz a prova rapidamente e tive que esperar cerca de 1 hora pelos outros para irmos embora.

— Então, gostou da prova? – Perguntei depois de sentar ao lado dela no ônibus, mas ela me ignorou – Você sabe que o fato de você ter rolado para o outro lado não foi culpa minha, mas o fato de eu tê-la abraçado foi, me desculpe, é que você estava muito fofa – Falei baixo alisando a nuca. Ela não respondeu, mas vi um pequeno e tímido sorriso surgindo em seu rosto.

 


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