Saints & Storms escrita por BellaNTV


Capítulo 32
Capítulo 30 - More than i thought


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Capítulo longo para vocês ;)
Eu citei no instagram, mas vou deixar registrado aqui também: Estou pensando em fazer algo especial para quando alcançarmos 100 comentários ;)
Quando estivermos mais perto eu dou mais detalhes, mas deixo como spoiler: Vocês vão controlar algo.
Enfim, boa leitura!



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A semana passou rapidamente, nada de realmente interessante aconteceu. Eu apenas andei estudando os livros que vovó passou, mas não me arrisquei a tentar nada deles realmente, senti que deveria primeiro entender melhor aqueles símbolos antes de voltar a tocar neles. Fui me familiarizando com o livro e parecia que ele fazia o mesmo comigo, algo que foi estranho, então evitei falar disso com alguém, afinal já existiam motivos o suficiente para duvidarem de minha sanidade mental.

Minha empolgação foi aumentando durante a semana conforme esperava o sábado, me sentia ansiosa de conhecer a família de Edward e na sexta indo para casa não pude resistir de contar para Madelaine.

— Posso saber o porquê você está tão animada? – Ela perguntou estacionando o carro na frente da minha casa. Mordi os lábios e fiquei corada pensando se deveria falar algo agora. Eu não havia falado muito da minha aproximação com Edward para Madelaine pois não ficávamos juntos na escola, na verdade ficávamos juntos durante a noite. Almoçamos algumas vezes separados de sua família e nossos amigos, mas eu ainda não o havia chamado para sentar na nossa mesa, pois o medo de Logan e Mackenzie fazerem comentários que me matariam de vergonha era maior que qualquer coisa.

— Então... Eu vou na casa dos Cullen amanhã. – Sorri enquanto sussurrava, como se fosse um segredo.

 - Você o que? – Ela piscou ambos os olhos, arqueando as sobrancelhas – Por quê?

—Edward me convidou para ir lá, conhecer a família dele, todos eles vão estar lá então... – Madelaine parecia muda diante da minha resposta.

— Vocês estão namorando? – Ela parecia realmente perdida.

— Ainda não, eu acho, quer dizer, ele não pediu e nem eu, mas talvez a gente namore, provavelmente, eu não sei definir o que a gente tem, mas parece que é sério – Eu mesma não sabia dar uma resposta.

— Você não me falou nada – Um vinco se formou entre suas sobrancelhas.

— É que eu não tinha exatamente algo pra falar, a gente tava tipo só se conhecendo, tá acontecendo meio rápido e – Ela então me interrompeu.

— Vocês já se beijaram?

— Já e... Meu Deus – Comecei a rir enquanto estava corada – Não sei se existe algo melhor que isso, quer dizer, acho que existe, mas não chegamos nessa parte ainda...

Ela se virou para frente, olhando através do painel do carro, as gotas de chuva batendo no vidro.

— Eu já sabia, porque eu to assim – Ela falou baixo, quase que para si mesma, suas duas mãos foram para seus olhos.

— Maddy olha, eu to te falando agora – Disse estranhando seu comportamento – Não é pra tanto...

— Eu sou sua melhor amiga, você sempre me fala tudo, mas eles chegaram e você começou a esconder as coisas de mim, eu me importo com você – Seu tom de voz começou a aumentar e ela se virou no banco do motorista para me olhar. A chuva começou a engrossar.

— Eu sei que você é minha melhor amiga, mas eu não preciso de falar sobre cada vez que eu respiro! – Agora estava irritada, eu não era mais a única surtada aparentemente.

— Não é só um respiro, você já tá indo na casa dele conhecer os pais, se eu não tivesse te perguntado quando você ia me contar? Depois de transar com ele? Quando estivesse com uma aliança na mão? Grávida? – Ela parecia realmente alterada.

— Eu vou te repetir de novo, não te falei porque não tinha nada para falar, você tá agindo que nem louca agora! – Devo admitir, nesse momento, ela não era a única falando alto.

— Louca! Você tá indo sozinha na casa de alguém que nem conhece direito e eu sou a louca!

— Quer saber? Eu não devia ter falado nada pra você!

— Não como se você não estivesse falando antes! – Ela replicou cínica.

— Eu só achei que você ia ficar animada comigo, não que ia surtar assim – Então um pensamento me recorreu, ela estava com ciúmes – Você tá com ciúmes? – Ela abriu a boca e fechou algumas vezes, os olhos arregalados.

— Não! – Sua voz saiu falhada e aguda demais – É claro que eu não to com ciúmes, por que eu estaria com ciúmes? – Ela realmente estava com ciúmes.

— Eu não acredito que vamos brigar por causa de homem, sinto muito se você está com inveja que ele me escolheu e não você – Eu estava provavelmente parecendo uma beterraba nesse momento. As lágrimas embaçavam minha vista diante do sentimento de frustração. Parecíamos duas crianças brigando na creche. Madelaine em resposta apenas fez uma cara de choque e sua boca se abriu em um perfeito “O” que ela abriu e fechou algumas vezes.

— Do que você está falando? – Sua voz saiu com o tom totalmente desuniforme – Por que você acharia que eu estou com inveja de você?

— Bem eu acho que sua reação fala tudo – Repliquei bufando.

Nos encaramos por alguns instantes. O som da chuva na lataria do carro parecia alta demais diante do nosso silêncio. Tive a impressão de que Madelaine parecia querer dizer mais alguma coisa, ela desviou o olhar para baixo e por um momento tive a impressão que seu olhar passou por minha boca, o que realmente acredito que deve ter sido coisa da minha cabeça. Um leve rubor voltou a aparecer em seu rosto e ela fechou os olhos, puxando o ar.

Ela se aproximou e me deu um beijo na bochecha e disse:

— Tchau Freya, sua tia deve estar te esperando lá dentro já. – Se arrumou no banco e colocou de volta seu cinto. Ela manteve seu olhar para frente, parecendo estar segurando o choro, sua perna esquerda tremendo.

— Até logo, eu te mando mensagem amanhã de noite pra falar como tudo foi, se você quiser – Disse mais baixo e mais calma, mas não menos magoada ou envergonhada de falar aquelas coisas.

— Pode ser.

E com isso que peguei minha mochila e sai rapidamente do carro, correndo para a porta, tentando me molhar o menos possível, algo que não funcionou muito bem, abri a porta e quando virei para trás para acenar, a pick-up preta já havia partido.

—Freya fecha logo essa porta, tá acabando com o ar quente da casa – Claire pediu e eu me despertei do transe, fechando porta. Me virei para trás para ver ela com um pano de chão já próxima de mim. – Tira o sapato e esse casaco pingando aí mesmo, eu passei cera no chão hoje, não quero manchas. Vou buscar uma toalha pra você.

— Pode deixar! – Tirei o sapato ali e deixei minha mochila junto com ele. Quando ela voltou com a toalha, tirei meu casaco e joguei a toalha sob minhas costas, me cobrindo. A toalha começou a absorver a humidade do vestido. Subi para meu quarto quando percebi que teria um risco menor de molhar o chão, jogando lá a roupa molhada em uma cadeira para secar antes de jogar no cesto e pegando uma roupa quentinha junto de uma outra toalha para poder tomar banho.

20 minutos depois desci as escadas para o cheiro de macarrão com molho branco que Tia Claire havia preparado, algo que fiquei mais que satisfeita de comer. Conversamos amenidades durante o jantar e eu fui direto para o quarto, ansiosa para mandar uma mensagem para Maddy e saber se ela estava mais calma, porém assim que entrei no quarto, vi Edward sentado na minha cama.

— Desculpe, mas sua janela estava aberta, tomei a liberdade de entrar aqui e secar o piso, ouvi sua tia falando sobre não querer o piso manchado – Ele sorriu e meu coração acelerado pelo susto, se manteve batendo forte em meu peito.

— Se continuar prestativo assim ela vai te amar para sempre – Sorri e tranquei a porta, indo até seu lado.

— Espero que ela goste de mim pelo menos um pouco, antes as opiniões sobre mim não eram exatamente... – Ele apertou os olhos - Favoráveis.

— Eu não lembro dessa parte, eu morava com quem?

— Com seu pai, Charlie Swan. Ele era o chefe de polícia de Forks.

— Caramba acabei de me tocar de uma coisa... Jonathan, o intercambista meu amigo, ele era de Forks, quer dizer, de La Push, a reserva indígena que fica lá...

— Sim ele aparentemente é filho de uma pessoa que você conhecia lá.

— Wow... Isso é...

— Estranho? Bizarro? Coincidência demais?

— Sim... Será que ele conhece o Charlie?

— Acho possível, quer dizer, eu não sei se Charlie ainda está vivo, ele supostamente deveria ter algo em torno de 60 anos, mas não dá para prever, alguns humanos morrem mais cedo. – Apenas concordei com a cabeça.

Eu lembrava que eu tinha me suicidado antes desta vida, o que me fazia questionar como as pessoas que eu tinha deixado para trás na vida passada tinham ficado. Aparentemente eu era idêntica a minha vida passada, então não sei se seria uma boa ideia ir atrás delas, para saber o que tinha acontecido depois.

— Gostaria de ir ver ele? – Ele perguntou.

— Achei que não podia ler minha mente – Eu ri por ele ter descoberto o teor dos meus pensamentos.

— Fica mais fácil decifrar seu rosto com o tempo.

— Bem, eu estava pensando que seria legal, mas talvez só fosse legal para mim, você sabe que eu não parti nas melhores circunstâncias, ver uma pessoa idêntica a filha dele não faria ele sofrer ainda mais? Ele não retomaria todas as emoções perdidas? Quer dizer, eu tenho quase a mesma idade de antes.

— Você tem razão, mas se quiser em algum momento me avise, podemos prover sua viagem para lá. Claro que eu não poderia lhe acompanhar, você aparecer como outra pessoa depois de anos para algumas pessoas pode fazer algum sentido, genética é algo bem peculiar, agora não poderemos explicar nós dois juntos, até porque supostamente eu deveria ter 42 anos. – Ele acompanhou de forma sombria.

As vezes era difícil lembrar que Edward tinha quase 130 anos.

— Bem, de qualquer jeito não estou pensando nisso agora. Estou mais preocupada com um evento para amanhã, Alice disse se vai ter sol?

— Bem ela disse que teremos sol no domingo, mas vou precisar te levar para uma caminhada para isso.

— Oh, ok sem problemas, quantos quilômetros? – Parei para pensar se algum tênis impermeável meu estava limpo para isso, mas fui interrompida por sua risada.

— É você teve algumas mudanças, você era totalmente desastrada, quando citava qualquer tipo de atividade física parecia que eu estava para te levar para uma câmara de tortura.

— Eu avisei que não era a mesma pessoa.

— Sim tem razão. Bem, mas isso me leva para outro ponto importante. – Ele corrigiu sua postura e eu senti a necessidade de fazer o mesmo – Eu vou conhecer formalmente sua tia amanhã e você vai conhecer minha família, porém percebi que deixei algo escapar.

— E o que seria? – Sorri confusa.

— Bem, você mesma disse que não era a mesma pessoa então merece experiências próprias – Concordei com a cabeça diante de suas palavras e ele sorriu torto - Sei que somos muito mais que isso, sempre seremos, nosso amor não é exatamente... Comum. E isso é muito mais do que eu pensei que poderia existir em todo meu tempo de existência... Mas para todos os efeitos sociais: Freya Ward, aceita ser minha namorada?


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Notas finais do capítulo

Fico pensando se existe algum shipper de Madelya/Frelaine hahaha (Se tiver podem decidir um nome melhor)
Acho que o ciúmes subiu um pouco a cabeça da Maddy... Mas a resposta da Freya também não foi bonita então...
Me contem nos comentários o que acharam ;) Comentários sempre motivam!
Bjkas e torta de amora!



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