Too Late escrita por ro_dollores


Capítulo 11
Capitulo 11




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/794648/chapter/11

O que estava acontecendo com ela?

Seu corpo estava estranho, quase dormente, os braços pesados, ela esfregava as mãos a todo momento, a hora estava se aproximando e estaria frente a frente com Grissom, como nos velhos tempos. Como ele tinha um nível acima, seria o supervisor dela também, tinha feito aquela fusão tantas vezes, sempre do outro lado! Ela se lembrava de uma daquelas vezes em que esteve a ponto de esganar uma CSI de nome Joanna, com seu interesse escancarado em Grissom, chegava a ser vulgar, eles ficaram por quase uma semana com aquela descarada que não perdia a chance de se esfregar nele. Tinha sido tenso. Catherine precisou dar um chega para lá, pedindo concentração e foco. Ela era uma boa profissional, mas sem o mínimo de senso.

“Sara?”

Ela se virou devagar, aquela voz que fazia uma bagunça em seu interior, mas precisava segurar firme as emoções. Ele estava muito bonito com seu terno azul marinho e a camisa branca, tinha uma pasta nas mãos, com certeza vindo do tribunal.

“Oi Grissom …”

“Eu … cheguei mais cedo … estava …”

“No tribunal!”

Ele apenas balançou de leve a cabeça em concordância, a encarando. Ele estava muito nervoso também e ela tão linda.

“Você precisa se inteirar do que temos, pode me dar um minuto? Apenas uma troca de roupa.”

“Claro … estarei aqui!”

Ele entrou no vestiário e se encarou no espelho, ela estava ali, bem dentro de seus olhos, de seu coração. Talvez se ela pertencesse desde sempre a outro turno … as coisas poderiam ter sido diferentes, por outro lado, conviver e perceber tudo que ela era, havia o ensinado amá-la tanto. Ele suspirou.

Mas era tarde demais! 

Ele levaria aquele amor para sempre, se culpando a cada dia, a cada descoberta do quanto ela parecia bem com Calebe.

Alguns minutos depois, ele estava diante dela, apontando sua sala para conversarem.

“Está tudo bem?”

“Sim … bem.”

Ele bateu a caneta sobre a pasta, e entrou em transe, sem perceber,  estava a encarando como se quisesse fazer uma confissão. Se ele pudesse dizer, e ela pudesse ouvir!

Mas era tarde demais!

“Grissom?”

De repente ele voltou de seu devaneio, abrindo a pasta e distribuindo suas provas na mesa.

Eles conversaram por quase uma hora, falando do caso, das descobertas, as impressões e ajustes de nivelamento, com as atualizações em conjunto era como se sempre estivessem na mesma sintonia. Era um trabalho grandioso e ela poderia ter sua própria equipe se sua avaliação fosse favorável.

Aquele caso lhe daria o espaço e degrau que ela tanto almejava. Ross estava preparando três CSIs para compor um novo agrupamento. Era uma ideia nova do laboratório, com tanto desgaste, eles poderiam auxiliar qualquer turno, sem  necessariamente pertencer a nenhum. Se houvesse plantões duplos ou triplos, eles estariam aptos a auxiliar no que fosse necessário. Como era um trabalho de extremo conhecimento analítico, grau três, o último na cadeia de dificuldade, era necessário muita competência e habilitação. E ela era a mais preparada!

Ao fim, ele devolveu suas provas à pasta e observou ela fazer o mesmo.

“Eu … eu falei com Ross, ele está extremamente animado com sua competência. Preciso lhe dar os parabéns, você é merecedora.

Ela apertou os olhos e encarou seus lábios bonitos. Ele tinha tudo que a deixava sem ar.

“Eu preciso te lembrar que você foi meu professor, e sou grata por tudo que aprendi.”

“Um aluno só se torna uma grande estrela quando tem luz própria, mérito todo seu!”

Não teria cabimento discordar dele, ela sabia de sua capacidade, ele é quem nunca lhe deu uma verdadeira oportunidade.

“Sara … acho que preciso te dizer sobre algo muito importante.”

“Importante?”

Algo nela se acendeu!

“Sobre a nova modalidade do laboratório … a equipe do terceiro posto ... você precisa saber que Catherine se inscreveu para a vaga também!”

“Como é?”

Grissom sabia que ela estava naquilo, tinha sido aberto a todo os superiores.

Sara estava possessa. Catherine não poderia almejar dois cargos. O noturno precisava de supervisão final de um CSI Senior Extraordinary, chamado de CSI S.E., que no caso era ele e CSI Sênior na cadeia imediata de sucessão, que era exatamente o nível de Catherine. Cargos para turnos criados ou não, nem deveriam estar na ordem de possibilidades.

“Ela abrirá mão do noturno? Das conquistas que você tem ajudado a conseguir?”

Ele arregalou os olhos, sabia que era uma boa cutucada em suas escolhas e indicações, sem deixar que outros CSIs, também com igual competência, galgassem outros níveis.

“Sara … não é bem assim …”

“Enfim … eu agradeço por estar me alertando, e não querer que tenhamos um embate se descobrisse por acaso, mas isso não funciona assim, desta vez, nem sua força de indicação irá ajudar.”

“Eu não estou nessa, já discutimos que ela não tem como ser duas pessoas. O noturno será deixado de lado, claro, se ela conseguir.”

“Ela sabe que por conta deste caso, muito se pode ser realizado, não é?”

“Sim!”

“E também sabe que Ross e o diretor geral estarão acompanhando a evolução? Meu supervisor é habilitado em recursos humanos, e tem a palavra final, embora seja muito imparcial e coerente, senão não teria este cargo, não é uma amizade ou o apelo sexual de um integrante que pesará.”

“SARA!”

Aquilo tinha soado um tanto vil, mas ela precisava extravasar sua indignação, mais uma vez, mal estava ali com ele e já estavam em um embate ridículo por conta de uma pretensão de alguém que não sabia na verdade o que queria!

“Isso não foi muito elegante!”

Ela sabia que se algum medalhão do laboratório tivesse ouvido, ela estaria encrencada, mas não ia medir palavras com quem estava longe de ser insubordinada. De novo não!

“Eu preciso ir …”

“Espere …” - Ela já havia se levantado e estava quase à porta, então se virou e viu a tristeza crua que seus olhos expressavam. Doeu! 

Ele abriu a boca e fechou, seu olhar foi para o chão. Nenhuma palavra.

Cansada, zangada, triste, ela voou pelos corredores como se fugindo, pudesse apagar aquela sensação angustiante que era descobrir que ainda o amava muito! 

No estacionamento, ela se entregou às lágrimas e elas vieram primeiro silenciosas, depois em ondas de raiva e rancor.

Por alguns minutos foi só o que conseguiu fazer. Chorar!  Mais calma, contornou os pilares e ganhou a saída para a rua sem perceber que Grissom estava sentado nos degraus que levavam ao piso inferior da garagem, se punindo mentalmente e observando covardemente o quanto ela também estava sofrendo com aquela aproximação.

“Você é um idiota!”

...

Calebe estava zanzando pelo salão com a cabeça rodando feito peão, uma sensação horrível de que algo não estava bem, ele ligou para Sara, mas ela não atendeu.

Saber que ela estava tão próxima ao seu ex supervisor estava lhe tirando a paz, mas ele precisava parar de ser tão paranóico e aproveitar um pouco mais a confraternização.

Ele havia encontrado as gêmeas Carly e Olivia, já havia se divertido com as duas em tempos passados, depois descoberto que elas tinham o hábito de apostar aquele tipo de envolvimento.

Enquanto enchia seu copo com um bom uísque, sentiu alguém se aproximar.

“Meu ruivo favorito.”

Ele se virou para encontrar uma garota de olhos tão verdes quanto contas de esmeralda, ela estava magnificamente linda, como ele nunca havia visto.

Nunca tiveram nada, quando ela estava sozinha, ele é quem estaria com alguém e a situação inversa também era verdadeira.

“Sasha!”

“Onde está sua companhia? Vi que está só!”

“Trabalhando!”

“É uma criatura da noite como você?”

“Mais ou menos!” - Ele não queria entrar em detalhes, não queria falar sobre Sara. “Então … estou sempre chegando em hora errada?”

Calebe olhou em seus olhos, os cílios longos destacavam ainda mais a sensação de que ela estava mais parecia com uma atriz de cinema. Perfeita. Lábios um tanto diferentes e seios ainda mais fartos, cintura fina e quadris tentadores. Talvez fosse seu vestido justo. Não era vulgar, mas estava chamando a atenção da maioria dos homens daquela sala, olhando para eles como se fossem de outra galáxia. 

“Eu …” - A bebida estava fazendo seu raciocínio um tanto lento. - “Você está diferente …”

“Melhor, espero. Houve … um episódio na minha vida que destruiu minha auto estima, só o que fiz foi muita terapia e me cuidar. Foi o meu refúgio e minha salvação. Desculpe falar tanto, sempre acontece quando estou perto de ti.”

Ele sorriu sem graça e surpreso, tomando de um só gole todo o líquido de seu copo recém abastecido. Um onda de calor deixou seu corpo mais flexível e relaxado, com uma sensação de leveza, que há dias não sentia.

Ela sorriu de uma maneira muito simpática. Sasha sempre foi uma mulher interessante com seu charme natural, mas antes era preciso prestar um pouco mais de atenção para reparar em suas qualidades físicas, diferente do momento presente. O cara, pelo menos ele imaginou que fosse um, que a fez tomar a decisão de se cuidar, deveria estar se remoendo de arrependimento.

“Você se importa da gente se sentar em algum canto? Esses saltos estão me matando!”

Ainda existia a porção Sasha antiga debaixo de toda aquela super produção. Ele ficou um tanto surpreso de reconhecer que tinha gostado daquilo.

Meus Deus, só podia ser a bebida. E Sara?

Ele se viu seguindo os passos dela até uma sacada carregada de plantas e algumas cadeiras, já que estavam em um pavimento superior, logo acima do estacionamento da construção que usavam para eventos.

Sara parou em uma lanchonete para comprar mais algumas cervejas, precisava aliviar toda a tensão que aquele encontro profissional havia lhe imputado.

No fundo ela sabia que toda sua indignação nada tinha a ver com a sensação que apertava seu peito. Descobrir que a CSI do noturno também estava no páreo de seu novo objetivo só mascarou uma verdade dolorida, e não era frustração de trabalho. Catherine poderia fazer o que bem entendesse, se candidatar a mil projetos ao mesmo tempo, querer o mundo só pra ela, era um direito seu, mas o que doía era descobrir o quão assustadora era a dor de estar tão perto dele.

Ela pode perceber que alguma coisa nele parecia diferente, não era apenas impressão.

“Deus, o que há com este homem que me desestabiliza desse jeito?”

Ao abrir a porta se lembrou de Calebe, pegou seu telefone e viu que havia uma chamada perdida. Ela estava tão envolvida com tudo que sequer percebeu seu telefone tocando, ele estava no seu bolso, e não se lembrava de ter mudado a configuração para silencioso. 

Ela retornou a chamada, sem sucesso!

Talvez fosse tarde, mas a necessidade de ouvir a voz dele diminuiu quando pensamentos de muitas perguntas vieram a sua mente. Não queria ser questionada, só queria tomar pelo menos duas de suas cervejas e ouvir um som legal enquanto enchia sua banheira e se deleitava com a espuma aromática agraciando seu corpo, acalmando a sensação de desejo que aqueles olhos azuis hipnotizantes transmitiam a ela.

Acabou adormecendo na banheira e a chamada de seu namorado ... nunca veio.

Calebe sentiu o telefone tocando mas resolveu ignorar, não ia conseguir abandonar a conversa leve e agradável para encher sua cabeça com o medo de ouvir a voz dela e desmontar de incertezas, perceber que estava diferente, notar a voz de tristeza, ou sei lá mais o que, sua cabeça ia inventar mil coisas, ele sabia. No momento só o que precisava era aquilo, alguém interessante e animada. Não que Sara não fosse, ele a amava, apesar dos últimos dias estar lhe causando tantas preocupações,  sabia que era apenas questão de momento.

“Meu pai me diz que não tenho um pingo de jeito para isso, mas eu juro, Calebe, que se ele me desse uma chance e acreditasse mais em mim, o surpreenderia!”

“E o que te impede de tentar por suas próprias pernas?”

Mais alguns  copos haviam sido esvaziados lentamente sem que eles pudessem perceber.

“Minhas finanças ainda não são suficientes para um projeto como esse! Já que tenho que fazer, exijo que seja da melhor maneira possível, e isso não se consegue sem investimento. Tenho um apartamento que está alugado para dois estudantes e meu pai não admitiria que o vendesse.”

“Não sei se ele está errado. Você poderia ter um investidor, que não tivesse nada a ver com seu pai!”

Sasha confessou que era o sonho dela ter um negócio parecido com o de Calebe, que estar à frente da loja de materiais de construção de seu pai era interessante mas nem chegava perto de seu desejo real.

“Desde que meu irmão se foi, ele tem apenas a mim e minha mãe. Ela me fez prometer que continuaria o negócio da família. Eu acho que sou uma covarde!”

“Você é apenas uma moça de família!”

“É …” - Sasha olhou para ele e encostou a cabeça no encosto da cadeira dupla de rattan que ocupavam. - “Você é feliz, Calebe?”

“Sim ...”

“Que sorte a sua … eu não saberia responder esta pergunta, embora o contrário não seja verdadeiro também. Não sou infeliz, mas … eu sinto que … posso mais … que … aquela parte que a gente se torna fraca e boba ainda faça falta. O cara certo!”

“Como você vê o cara certo?”

Ele não queria ter feito aquela pergunta, demonstrava interesse em algo que ele não deveria, mas era tarde demais.

“Há quanto tempo nos conhecemos?”

“Eu não sei … acho que há muito tempo, mas o que isso tem a ver?”

“Sempre achei que o cara certo fosse você!”

 Sara acordou assustada, a almofada inflável sob sua nuca a relaxou de uma maneira inacreditável. Ela riu, o objeto macio tinha feito um bom trabalho, ou seriam as duas cervejas? Era madrugada e a música ao piano que vinha da sala lembrava os filmes clássicos da Disney.

Ela puxou uma toalha enorme e se enrolou nela, sentindo o frio da água bater seus ossos, vestiu seu velho pijama e se entregou aos lençóis perfumados, nem se importar em desligar o doce som, estava lhe fazendo bem. Dormiu imediatamente sem pensar em nada, apenas que estava muito cansada.

Ele não havia dormido, estava aceso feito uma holofote de jardim, limpando como louco o chão do bar, esfregando, puxando a água, levantando as banquetas no balcão, as cadeiras nas mesas e se amaldiçoando.

“Droga … droga … droga!”

“Ei … o que faz aqui uma hora dessas, chefe? Que roupas são essas?”

Brian, um de seus colaboradores, olhou para suas calças dobradas nas canelas e a camisa amassada, que deveria fazer parte de um traje clássico de festa.

“Limpando essa bagunça …”

“Por isso estou aqui, só fui até em casa vestir algo apropriado para fazer toda a arrumação. A equipe da limpeza não virá hoje, estão na Inglaterra,  encaminhando a filha na Universidade de Oxford.”

“Miranda conseguiu? Meu Deus, eles devem estar radiantes.” Por alguns minutos ele esqueceu de seus próprios problemas para celebrar a felicidade que aquela notícia lhe proporcionou. Sam e Melissa tinham uma empresa familiar de limpeza comercial, muitas vezes ele havia ajudado Miranda, a filha mais velha, com dicas e exercícios para conseguir passar na universidade.

“Eles estão, disseram que depois falam com você!”  

A porta dos fundos do bar se abriu e uma linda mulher vestida com roupas masculinas e descalça, surgiu. Calças de agasalho dois números maior e uma camiseta dos Rockets que as mangas chegavam até o antebraço.

Brian não acreditou! Ela era uma belezura, mas e Sara? Eles gostavam tanto da morena que estava fazendo o patrão estar sempre bem humorado, ainda mais. Será que haviam brigado?

Calebe abandonou o esfregão nas mãos de seu funcionário e sumiu com sua acompanhante para os fundos do bar, em sua casa funcional.

“Desculpe Sasha … acho que precisamos conversar!”

“Não precisa Calebe, eu já sei o que vai dizer … eu só preciso de seu telefone para chamar um táxi. É que … a casa estava vazia e …”

“Me perdoa … eu nunca fiz isso na minha vida … “

“O quê? Deixar alguém acordar só, depois de estar com ela ... ou … trair?”

Aquela palavra rasgou seu coração. 

“Os dois!”

“Eu sei … a culpa também foi minha e acredite, não é um hábito!”

“Acho que nós dois fizemos uma grande besteira … eu sinto muito, mas muito mesmo. Sara não merecia  …”

Era a primeira vez que ele tocava no nome dela, Sasha suspirou e se levantou para ir até o quarto vestir suas roupas, voltando alguns poucos minutos depois.

“Posso usar seu telefone?”

Sem uma palavra ele entregou o aparelho a ela e desabou de novo no sofá, com a cabeça entre as mãos grandes, angustiado.

Que espécie de homem era ele, por mais errado que tudo tinha sido, ele precisava ser um cavalheiro e levá-la até o estacionamento do prédio em que havia acontecido a fatídica festa, onde ela havia deixado seu carro 

“Espere! Vou levar você …”

“Não precisa … eu entendo, de verdade!”

“Ainda tenho princípios, me deixe fazer algo à você, não me conteste, por favor!”

A mais pura verdade era que Sasha era apaixonada por ele desde a adolescência, ela viu a vida dele acontecer, sendo espectadora, amando platonicamente, morrendo a cada nova namorada, se acabando de chorar na porta da igreja quando ele se casou, por isso tinha resolvido mudar, para satisfazer seu ego. Ela também sabia de Sara. Tinha a vida dele detalhadamente vigiada, desde sempre!

Eles não disseram uma palavra por todo o caminho, assim que ela abriu a porta, ele precisou dizer a verdade, mesmo sabendo que doeria.

“Se fossem outras circunstâncias, eu estaria radiante, porque, mesmo estando errado e muito arrependido, foi … foi … bom!”

As lágrimas dela estavam rolando soltas, ele a viu entrar em seu carro e depois partiu, querendo voltar o tempo e nunca ter aparecido naquela festa!

Ele voltou para sua casa oficial e entrou debaixo do chuveiro, se martirizando com os flashes daquele encontro. Sabia que o álcool havia feito aquele estrago, deveria ter sido mais firme e queria culpar sua fraqueza com o medo que tinha de perder Sara, o medo de saber que ela amava Grissom, mesmo não querendo, e o pior, era correspondida!

“Cara, você se tornou um mau caráter!” - O espelho embaçado só confirmou o que ele estava se negando a acreditar. Havia jurado que nunca faria, e foi quebrar justamente sua promessa com a pessoa que menos merecia!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Too Late" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.