The 39 Clues:Agentes Intermediarios. escrita por Lara635Kookie


Capítulo 28
Caçados


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais.



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Pov Natalie:
Depois de escalar um pequeno monte bem ingrime, chego a uma hidrelétrica abandonada.

—Uou.

Lá dentro estava saindo fumaça e tinha uma parte pegando fogo, além de gritos de homens e barulhos de animais. Entro discretamente e fico horrorizada com o que vi lá. Isabel mandando vários homens matarem as mães de vários filhotes de várias espécies. Ela ia colocar a culpa na queimada e ia explodir o lugar, contaminando o rio e matando muitas espécies que estivessem perto daqui.

Tinha que impedir. Atiro nela, que desmaia. A rainha dos venenos e com a melhor mira sendo envenenada. Que ironia. Foi ate fácil e por sorte ela não me viu. Mas o veneno não era letal. Só meio incapacitante por um tempo. Iria atirar nos funcionários mas não tinha flechas o suficiente. Por sorte eles começaram a sair um por um. Eles deviam estar cheios da Isabel também. Talvez fosse hora do intervalo. Bem não importa. Vejo um filhote de caracal preso e um filhote de (aparentemente) um gato tentando sair da gaiola. Abro o lugar e todos os animais fogem antes da explosão. Pego o filhote de caracal e o filhote de gato(eu acho) e os pego porque ambos estavam machucados. E a última coisa que vejo é Isabel olhando para mim com fúria e correndo da explosão. Eu achava que o veneno durava mais. Mas comecei a correr também.

Logo depois o lugar explode.

Ouço passos cada vez mais fortes em minha direção.

Isabel. Ela estava me seguindo.

Corro com os dois animais no colo. Precisava despista-la. Subo em uma árvore e por sorte ela não me acha.

Quando percebo que ela estava longe desço. Os dois animais estavam machucados. Não podia deixa-los sozinhos ali. Então os levo para a Mansão.

—Eu sei, eu sei estou atrasada mas eu tenho uma boa explicação pra estar toda machucada e estar com dois animaizinhos fofinhos mas ainda mais machucados.

—Estou ouvindo.-Diz Ian, que não parecia feliz.

Conto a história toda com detalhes.

—Natalie...Esse gato que você pegou...

—O que tem ele Sinead?

—Voce é alérgica. Se fosse um gato doméstico, você estaria espirrando. Não é um gato qualquer. É um raríssimo gato-raposa.

—Sério??

—Sério. E tanto ele quanto o caracal parecem pensar que você é a mãe deles.

Isabel torturava os animais antes de matar. Deveria ter acontecido o mesmo com a mãe de ambos os filhotes. Como uma pessoa poderia ser tão horrível?

O caracal era laranja e tinha olhos ambar alaranjados que me lembravam os da Prada. Já o gato-raposa era cinzento e o olho esquerdo era ambar amarelado como os meu e os outro era verde jade, como os de Dan e Amy.

—A Chanel e o Valentino devem estar cansados.

—Ah não você não vai dar nome a eles.

—Porque não?

Os filhotes da Prada se chamavam Yves Kabra, Christian Dior Kabra, Louis Vuitton Kabra, Gucci Kabra, Dolce Kabra, Gabbana Kabra, Celine Kabra, Tiffany Kabra, Giorgio Kabra e Armani Kabra. Todos inspirados em marcas de luxo. Porque então eu não podia nomear a caracal de Chanel Kabra e o gato-raposa de Valentino Kabra?

—Porque eu te conheço? Se você der nomes vai se apegar e vai querer ficar com eles, o que você não pode fazer.

—De novo, porque não?

—Porque são animais selvagens Natalie. Mesmo machucados eles têm que viver na natureza. Você acha eles fofinhos e bonitinhos agora porque são filhotes. Logo eles vão crescer e vão dar mais trabalho.

—Eu cuidei da Prada posso cuidar deles também.

—Voce poderia ter escolhido qualquer coisa Natalie. Um cachorro, um macaco, um coelho, um hamster. Até um gato doméstico normal se fosse o caso eu te dava. Mas você me vem com uma raposa, um caracal e um gato-raposa. Qual será o próximo?

—Nao tenho culpa se meu charme exótico atrai animais exóticos. Ian...Por favor...

—Nao Natalie. Eles vão ficar aqui por uma noite pra cuidarem dos machucados. Depois, de volta na natureza.

—Voce é inacreditável.

Essa é a única coisa que consigo dizer. Estava tão decepcionada e chateada. Não tinha outra coisa para eu falar.

—A enfermaria é pra lá.-Diz Ian.

O olho com raiva.

—Consigo cuidar desses machucados com kit de primeiros socorros.

Digo subindo as escadas.
==========NO DIA SEGUINTE==========
O psicólogo de animais disse que ambos os animais estavam com depressão e estavam com trauma da natureza por acharem um lugar perigoso agora, visto que pessoas importantes para eles morreram la. Estavam se sentindo carentes e estavam dependentes de mim porque eu os salvei. E se eu não ficasse com eles, teríamos que mata-los. Isso se a depressão não os fizesse se suicidarem. Parece que os animais são mais parecidos com os humanos do que eu pensava.

Olho para o Ian com o olhar mais triste e ao mesmo tempo raivoso que conseguia dar a ele.

—Natalie...-Ele começa.-Pode ficar com eles. Você ficaria mesmo se eu não deixasse.

—Isso!!!-Falo, um pouco alto demais.-Obrigada Ian. Não vai se arrepender dessa decisão.

Depois de o psicólogo me dar todas as recomendações fui sair com o Ian.

E adivinha quem encontramos?

Pov Ian:
—Ian. Natalie. Oi.-Diz a voz suave de Cara Pierce. Ou melhor April May.

Nao estavamos sozinhos. Amy, Dan, Hamilton, Nellie e Jonah estavam com a gente.

—Estamos em Ajacio, capital da Córsega.-Diz Natalie.-Como chegaram até aqui? Estão nos seguindo?

—Na verdade não.-Fala Galt.-Estamos aqui na casa vizinha do sítio de vocês. Nao é muito longe. Viemos explorar a área.

Começamos a conversar com eles um pouco. Mas aí depois Amy e Dan ameaçam sair. Aí nos despedimos dos dois.

—Nao. Podem voltar pra lá.-Diz Dan.

—É. Fiquem lá com seus amiguinhos suspeitos.-Completa Amy.-Desaparecam.

Amy parecia ter se arrependido de ter falado a última frase. Mas fiz o que ela mandou.

Fui para a ponte e fiquei observando o lago. Depois de algum tempo:

—Ei quer dar uma trégua ou quer brigar de verdade, Cobra? Eu tô prontinha pra te envenenar.

Olho para trás. Estava sentado na ponte observando o lago. Natalie descia rapidamente as escadas com duas xícaras de café. Rimos do infame apelido que nossos primos inventaram pra nós. Era até...Criativo. Acho que até Cobra seria melhor do que Kabra...

—Primeiro:Natalie já te falei que veneno, infelizmente não é a solução pra todos os problemas do mundo. Segundo:Eu deveria mesmo beber esse café?

Natalie ri.

—Primeiro:Veneno é a solução pra quase todos os meus problemas, Ian. Segundo:Já envenei muitas coisas na minha vida mas esse café tá livre.

Bebo.

—Muito açúcar.

—Ai devo ter trocado com o meu.

Nos trocamos as xícaras. Eu e Natalie sempre fomos muito diferentes em tudo. Na maioria das vezes ela era bem calma. E eu me exaltava. Ela preferia café com muito açúcar e eu sem açúcar nenhum. Mas ainda assim conseguiamos nos completar. Eram poucas as coisas nas quais concordavamos, porque sempre brigamos muito. Isabel queria fazer com a gente o que ela fez com o Vikram com a gente. Impedir que ele se aproximasse de nós. Ficar perto somente o necessário para ele não se apegar. Pra depois nós não crescermos "coraçoes moles". E depois, se for preciso, matarmos um ao outro, sem recentimentos. Mas não foi assim. Podíamos ser tudo de ruim que todo mundo dizia sobre a gente, mas não assassinos. Aí já estava indo longe demais.

—Seria tão mais fácil se o mundo fosse do jeito que a Isabel nos ensinou:O mundo dos ricos, onde todas as coisas más são boas, onde nos iríamos liderar, onde as coisas caiam na nossa mão. Fomos idiotas de achar que seria assim.

—Também nunca colaboramos muito com ela, Natalie. Desenvolvemos a típica ligação que irmãos tem.

—E que ligação típica seria essa?

—Eu...Acho que é diferente com cada irmão mas pelo menos comigo...Quando se trata de você seria algo mais ou menos como:Ei eu falo mal dela mas só eu posso fazer isso. E se alguém tentasse ameaçar tocar em você teria que passar por cima do meu cadáver antes. Eu quero...Proteger você...Nao de tudo...Ate Porque eu sei que isso é impossível mais do que eu puder. Quero te ajudar, te apoiar e quero que você saiba que nunca vai estar sozinha, porque eu vou estar sempre lá quando você precisar.

—Isso foi tão fofo. Obrigada. Mas...

Ela começa a rir.

—O que foi?

—As vezes nosso pouco conhecimento sobre sentimentos me assusta. Fico pensando se a gente não os tivesse. Como a Isabel queria. Se fossemos os filhos que ela sempre sonhou que fossemos.

—Isso seria ruim...E aí seríamos máquinas mortíferas. Como a Isabel é. Faria nossos queridos primos nos odiarem ainda mais...

—Eles ainda nos odeiam?

—Pois é. O pior é que ainda gostamos de alguns deles. Americanos...Uma espécie de humanos que é difícil de entender...

—Americanos nem humanos são. Mas isso é verdade. Nao nos apaixonariamos por nossos piores inimigos se não tivéssemos sentimentos.

—Amy e Daniel...

—Ei pra você é a Amy, mas eu nunca citei o nome do Daniel aqui.

—Aham sei.

—Idiota.

Ela dá um tapinha no meu ombro. Bebo mais uma xícara do café.

—Queria poder odiar nossos primos da maneira que eles nos odeiam.-Diz Natalie.-Quer dizer...Sei que eles não tem culpa do que acontecia com a gente mas...Lembra do quanto a Isabel nos fazia sentir culpados? Insuficientes? Nos comparava com a Amy e com o Daniel? Falava que eles eram mais inteligentes e mais espertos do que nós. Que nos dois éramos fracos por sermos superados por "dois pirralhos americanos." E nos nos sentíamos assim. Inferiores. E inferioridade não é algo que um Kabra deveria sentir. Estava pensando nisso esses dias. Ela duvidava tanto da nossa capacidade...Era por isso que tentou fazer parceria com Amy e Daniel tantas vezes. Porque ela achava que a gente não ia conseguir. E de fato não conseguimos...

—Teria sido pior se tivéssemos conseguido. Um mundo governado pela Isabel seria...

Tento pensar em como seria um mundo do jeito que a Isabel idealizava. Acho que seria tão ruim que não tinham inventado uma palavra para descrever ainda. Não conseguia terminar a frase. Resolvo mudar um pouco o rumo da conversa.

—Natalie...Porque acha que a Isabel...Foi um fardo que logo nos dois tivemos que carregar?

—Sinceramente...Penso nisso o tempo todo...Mais do que deveria pensar...E Eu concluí que...Somos muito bonitos e muito ricos e tudo de bom. Aí o universo pensou:"Eles não podem ser perfeitos e ter a vida perfeita. Vamos dar um pequeno castigo a eles."

—Pequeno? Ter a Isabel Kabra como mãe foi um castigo e tanto. Se fosse desse jeito eu preferia ser feio e pobre.

—É eu também...Se dependesse da nossa beleza quanto mais bonitos nós somos mais malvada ela seria. Acho que o universo não faria isso com a gente. Talvez simplismente...Precisava ter alguém ruim no mundo como ela e o universo simplismente jogou nas nossas costas esse fardo achando que a gente dava conta do recado.

—É...O universo achou errado.

—É...Eu também já pensei muito sobre...O que acha que aconteceria se ela fosse uma mãe normal? Sei lá que...Aparece nas homenagens de família da escola, vai ver seus jogos de polo e os meus de tênis, ou simplismente...Nos amasse...

—Bom...Acho que assim você não seria você...

—Eu não gosto de mim mesma o tempo todo.

—É. Nem eu.

—Mas sabe...Pelo menos temos um ao outro. Acho que seria pior se estivéssemos sozinhos. Quer dizer mesmo agora com a Amber e o Alex...Você ainda é a única coisa que eu tenho porque...Você passou pelo que eu passei...Amo a Amber e o Alex...Mas com eles não é a mesma coisa. Era sempre na sua cama que eu ia dormir quando tinha um pesadelo. Era sempre pra você que eu ia chorar e pedir consolo depois de um dia de treinamento difícil. Era sempre você que enquanto eu era torturada segurava a minha mão. E eu me sinto tao mal porque...Eu nunca tive a sua coragem pra ir e segurar a sua mão de volta. Foi você que se emancipou da Isabel. O que você fez na ilha na Irlanda...Eu não teria coragem para fazer. Eu apenas segui você. Talvez todo mundo tenha razão em me subestimar e achar que você é o melhor dos irmãos Kabra.

—Natalie...O que todo mundo pensa não importa. Nós nos completamos. Sem você eu já teria socado a cara de muita gente e provavelmente estaria na cadeia. Sem você não teria nada pra lutar além de mim mesmo. E você também fez muita coisa boa por mim. As vezes em um dia de treinamento difícil ver você, pensar no seu sorriso deixava tudo mais fácil. As vezes na biblioteca, ler pra você era tão legal. E eram poucas as noites nas quais eu conseguia dormir sem a pequena Natalie do meu lado. Você sempre tentava me alegrar quando eu ficava doente. Foi você que inventou sairmos de madrugada pra brincarmos no observatório e fez a nossa infância ser um pouco menos ruim. Ambos fizemos coisas boas e sacrifícios um pelo outro. Não teríamos sobrevivido sozinhos. E olha pra gente. Somos diferentes dos nossos antepassados Kabra. Impiedosos, implacáveis, com sede de poder. Acho que já está na hora da gente mudar o rumo da reputação do nosso sobrenome e dar um caminho diferente para a família Kabra.

—E como faremos isso?

—Eu não sei. Mas se a gente não tentar nunca vamos descobrir. E ficar com a reputação de agora não dá mais.

—Voce tem razão...Sabe...Você pode ser impaciente, insensato, impulsivo e imprudente mas ainda é o meu irmão mais velho que...Eu...Amo. E muito.

—É...E você pode ser...Consumista, chata, petulante e irritante mas ainda é minha irmãzinha pirralha. Que eu também amo muito.

Aí eu reparo que antes daquele dia nunca tinhamos dito eu te amo um para o outro antes. Sorrimos um para o outro. Acho que vamos fazer isso mais vezes.

—Voce reparou que estamos tendo muitas conversas sobre sentimentos ultimamente?

—Acho que é porque...Sempre escondiamos nossos sentimentos da Isabel. Mas eles sempre estiveram lá. E agora só precisamos dar um jeito de...Colocar pra fora e não guardar mais só para nós...

—Faz sentido. E se isso for verdade essa provavelmente não vai ser nossa última conversa profunda e sobre temas delicados.

É...Mas talvez essas conversas sejam necessárias. E foi melhor do que eu esperava.

—Acho melhor voltarmos, Nat.

—Por que? Amy deixou bem claro que ela queria que a gente desaparecesse. Talvez a gente devesse mesmo. Voltar pra Noruega. Esquecer de tudo. Ficar mais dois anos sumidos...

—Essa ideia me parece ótima, honestamente. Eu queria muito poder fazer isso. Mas querendo ou não...Nossos queridos primos precisam da gente. E foi você que disse que não podíamos fugir dos nossos problemas pra sempre.

—Infelizmente, sei disso. Mas...Podemos ficar aqui mais um pouco...So pra deixar a Amy desesperada procurando por nós. Deixar ela achar que aquela frase nos afetou.

—Nao seja tão má Natalie. Está ficando frio e tarde. Vamos voltar.

Valentino e Chanel estavam dormindo. Mas quando eu e Natalie estavamos voltando ouvimos tiros em nossa direção. Estávamos sendo caçados...

 

 


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Notas finais do capítulo

Viu? Ian e Natalie tem dificuldades em expressar seus sentimentos mas podem ser fofos quando querem. O ciúme de Amy e Dan ainda vai mata-los. E acabou tenso. Veremos o que acontece no próximo capítulo.



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