The 39 Clues:Agentes Intermediarios. escrita por Lara635Kookie


Capítulo 20
Tortura e dúvidas


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais.



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Pov Ian:
Assim que voltamos pra casa com o Ronald, Amber e Alex somos bombardeados de perguntas de nossos primos confusos. Com a mesma mentira que contamos ao Ronald, o assunto se encerra.

Dia 4 de Abril de 2011, segunda-feira. Recebo uma mensagem bem...Alarmante da Cara em códigos:

"Tortura. Isabel. Ajuda."

E logo abaixo o endereço da única sede da Founders Media em Londres. E em toda a Inglaterra.

—Como vamos fazer pra entrar na Founders Media?-Pergunto.

—Disfarçados.-Diz Natalie.

—Como você bolou um plano tão rápido?

—É um plano antigo. Uma hora precisaríamos entrar lá. Então vamos usar o plano agora.

Colocamos nossas melhores roupas formais e vamos para lá.

O prédio era alto, branco, com basicamente só vidro. Estávamos acostumados a esse tipo de construção. A maioria das empresas Kabra eram assim.

Na recepção, dizemos pra secretaria que iríamos marcar uma reunião com algum dos sócios de Pierce.

Por dentro também não era muito impressionante. Cubículos de trabalho de escritório, mesas, plantas, café, papéis, telefones, impressoras.

Se tem uma coisa que sabemos sobre o mundo dos negócios é que:

1-Os andares do prédio são como uma hierarquia. Quanto mais alto você está, mais importante você é. E o rei ou rainha está sempre no topo.

2-O chefe sempre chama a atenção. Você sabe que a pessoa é a chefe apenas olhando para ela. Ela tem algo que emana dela que faz você perceber automaticamente que é ela que manda ali.

E J.Rutherford Pierce com toda certeza era o chefe dali. Com um terno com o broche de sua campanha presidencial de um lado, um chapéu com a bandeira americana que Natalie descreveu como "barato e cafona"(e não tinha nem como eu discordar) e a bandeira americana em miniatura do outro lado do terno no bolso, era realmente impossível não nota-lo. Sua presença era óbvia e perceptível.

"E sua falta de estilo também." Isso seria o que a a Natalie diria se ela estivesse me ouvindo agora.

Conseguimos nos esconder dele mas aí damos de cara com ela.

A pessoa que mais entendia sobre o universo dos negócios nesse mundo. Impiedosa e inescrupulosa. Ela podia fazer uma negociação até dormindo e ganharia. Ela poderia fazer qualquer transação comercial até cega, surda e muda e ganharia. Ela poderia fazer qualquer ação extremamente baixa subir com um estalar de dedos. Ela poderia fazer qualquer pessoa se calar(ou abrir a boca)com um simples gesto. Por mais importante que fosse a pessoa, ela não brincava em serviço.

A Ajuda Opera Milagres era uma organização sem fins lucrativos. Como a Isabel nem cuidava de crianças de verdade, e só fazia os outros pensarem que ela fazia isso, e não trabalhava mais no ramo das artes, ela devia ganhar dinheiro de outra maneira. Narcotráfico? Tráfico de armas? Tráfico de informações? Jogos de Azar? Esquadrões da morte? Extorsão? Formação de milícias? Contrabando? Talvez apenas um pouquinho de suborno, manipulação, persuasão, chantagem e ameacas? Empréstimos? Não dava pra saber. Do jeito que Isabel Vesper-Hollingsworth Kabra era, poderia ser qualquer uma das opções. Até todas ao mesmo tempo.

—Ora, ora, ora.-Ronrona Isabel Kabra, com uma voz mansa e uma expressao facial pertubardora.-Olha só quem eu encontrei aqui. Acho que vão querer se juntar aos seus amiguinhos não?

Sabíamos que Isabel deveria estar torturando Galt e Cara sem a permissão do Pierce. Ela não devia saber sobre nosso acordo também. Galt e Cara não teriam contando. Ela só deve saber que soltamos Ronald, Amber e Alex com a ajuda deles.

Ela nos leva para algum lugar no subsolo.

Ela nos prende. Joga gelo em nossos braços e depois joga sal por cima.

—O que vocês vieram fazer aqui?

—Resgatar nossos amigos.-Digo.

—Amigos é? Podem ser mais do que amigos agora. Ambos estão solteiros.

Aí eu começo a pensar...Sera que a Isabel tinha alguma coisa a ver com o meu término com a Amy? Mas o gelo e sal estavam começando a queimar mais intensamente então logo me desconcentrei desse pensamento.

—De qualquer maneira não vão conseguir. Vou usá-los como fonte de entretenimento mais vezes. Eles gritam muito. Voces ja estão quase acostumados com tortura então vai perdendo um pouco a graça.

Assim que ela sai, tiramos o gelo.

—Queimaduras de segundo grau. Precisamos tratar logo.-Falo, soando mais calmo do que deveria.

—Precisamos salvar Galt e Cara primeiro. Eles podem estar em uma situação pior que a nossa.-Fala Natalie.

Nocauteamos os caras que estavam nos vigiando e depois de muito procurar achamos eles.

—Galt!-Exclama Natalie.

—Cara!-Falo, preocupado.

Cadeira elétrica. A clássica. A mãe das torturas e uma das mais dolorosas. Aí a Isabel nunca aprende mesmo...

Conseguimos desligar ambas as máquinas. Apesar dos dois estarem fracos, conseguimos chegar a uma enfermaria que tinha ali naquele lugar do subsolo.

—O que é isso no braço de vocês?-Pergunta Galt, cansado.

—Queimaduras de segundo grau. Relativamente profundas. Gelo e Sal.-Respondo.

—Deve estar doendo.-Comenta Cara.

—Não tanto.-Responde Natalie.-So precisamos aplicar água corrente na temperatura ambiente, passar alguma pomada aliviadora e enraizar até podermos olhar com um médico especializado o que fazer.

—Como sabe disso?-Pergunta Cara.

—E porque vocês dois parecem tão relaxados com essa situação?-Galt complementa a pergunta da irmã.

—Torturados pela primeira vez?-Pergunta Natalie.

—Sim...Essa...Tambem...Foi a primeira vez de vocês...Nao?-Pergunta Cara.

Nenhum de nós precisou responder. Só de os dois olharem para nós já sabiam a resposta. Galt e Cara pareciam horrorizados.

—Porque?-Pergunta Cara.

—Nao tinha um motivo específico.-Respondo.

—Simplismente...Acontecia.-Completa Natalie.-Nossos funcionários faziam tudo para nós mas em coisas das missões tínhamos que nos garantir sozinhos.

—Primeiro socorros não é tão difícil quando se pega a prática.-Falo, tentando amenizar a situação. Não deu muito certo.

—Mas...Pra que?-Pergunta Galt.

—É da Família Cahill que estamos falando.-Diz Natalie.-Nessa família nada é impossível e você tem que estar preparado pra tudo porque esse mundo é imprevisível. Nada é totalmente certo. Existem milhões de possibilidades e as vezes nem nos Lucians pensamos em todas.

—Na família Cahill você não vive, você sobrevive.-Completo.

Ficamos ali. Apenas nos encarando. A primeira coisa que eu pensei foi que eu nunca tinha reparado muito na Cara até aquele momento. Ela era muito bonita mesmo. Formidável...A segunda coisa que eu pensei é que se a Isabel nos encontrar aqui ela nos mata de vez. Olho para a Natalie. Ela devia estar no mesmo transe que eu com o Galt.

—Temos que ir, Nat.

Ela me olha como se tivesse viajado e agora tivesse voltado para a realidade. Como se estivesse acabado de acordar.

—Sim. Tem razão. Vamos lá.

—Esperem.-Diz Cara.-Ian, Natalie...-Ela hesita mas consegue falar.-Seremos seus espiões. Estamos do lado de vocês agora. Oficialmente. Se precisarem de alguma coisa, nos chamem. Seremos seus olhos e ouvidos aqui dentro. Faremos a espionagem pra vocês. Do nosso pai, da Isabel e de...Tudo basicamente...

Eu não tive tempo de perguntar o porque. Tinha alguém vindo. Precisávamos sair dali. Eu e Natalie apenas sorrimos e agradecemos e saímos dali.

A terceira coisa que pensei, agora era que esse negócio de ficar se encarando, se "admirando" sem falar nada, só fazíamos com Amy e Dan. Sophie sempre dizia que em triângulos amorosos você poderia amar as duas pessoas, mas sempre amava mais uma. Mas se você passasse muito tempo com uma poderia esquecer da outra. Ou ter o amor diminuído o suficiente para mudar sua escolha. Mas isso não estava acontecendo agora...Ou estava? Tantas dúvidas para tão poucas respostas...






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Notas finais do capítulo

Formidável é bom Cara, mas o adorável da Amy será sempre melhor. Não me matem por causa desse cap. Amy e Dan ainda vão reconquistar os Kabra e virar o jogo de novo. Enfim é isso. Postando meio tarde mas postando. Tchau e até o próximo cap.



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