Balões Vermelhos escrita por kicaBh


Capítulo 2
Capitulo 2




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CAPITULO 2

Jane observava as pessoas se movimentando pelo parque. O estacionamento de trailers não estava cheio, não era mais uma atividade que atraia seguidores. Os poucos veículos ali continham famílias já de idade, alguns avós com netos e carregavam um ar de nostalgia.

A lua estava linda e ele se sentia em paz. Era bom ver Grace e Wayne com filhos bonitos e saudáveis, era algo que o enchia de orgulho e esperança.

Difícil era ver Lisbon e Pike. Por mais que ele tentasse não conseguia se sentir confortável. Logo ele, um homem que era capaz de se fazer distante em qualquer situação, que já esteve em perigos muito maiores, que já teve que driblar oponentes muito mais severos, se sentia derrotado por uma gladiadora de 1,60m.

Ele não queria se sentir tudo isso, Marcus Pike era o melhor namorado que uma mulher poderia ter: era amoroso e afetuoso, interessado e parecia realmente querer algo sério com Lisbon. E ele, Jane, deveria estar feliz por tudo isso, não paralisado, como se sua vida fosse parar se ela realmente fosse embora para Washington com o namorado, quiçá marido.

Não poderia ser amor, poderia?

Amor era algo que ele sabia que não sentiria novamente. Quando Ângela partiu Jane sabia que o mundo onde ele acreditava em amor e companheirismo havia partido com ela. Ele não poderia, não conseguiria, nunca mais se entregar deste jeito a uma outra pessoa. Seria errado.

Se ainda Teresa não tivesse aqueles lindos olhos verdes que o encantavam a anos e que desde que se vingou nunca mais saíram de sua cabeça. Foi uma tremenda surpresa que o rosto que veio a sua mente, na hora em que acabou com seu inimigo, tenha sido de sua parceira, não de sua esposa. Outra surpresa era constatar que seu coração ficava em paz quando ela estava por perto. E era prazer, não conforto, que ele sentia quando ela sorria para ele, fosse dando ordens ou ralhando de suas piadas. Era assustador pensar que a amava e que queria estar com ela muito além da amizade que compartilhavam.

Talvez fosse apenas ciúme, ele concluiu. Lisbon esteve ao lado dele por muitos anos, foi para ela que ele escreveu em seu exílio. Foi ela quem ele exigiu para voltar a trabalhar. De certa forma ele acha que Lisbon pertencia a ele, daquele jeito torto e amigável que dava certo para ele, que não era preciso que nada fosse cobrado ou oferecido entre eles.

Era uma relação de amizade perfeita, até Marcus Pike chegar e se infiltrar entre eles. E nunca mais ele conseguir jantar com sua amiga, ou levá-la para tomarem sorvete e descobrir os sabores. Marcus Pike estava sempre agradando Lisbon com shows e jantares e eventos. E agora ele a convidava para ir embora com ele. Talvez fosse ciúme por perder a amiga, talvez ele se acostumasse quando ela fosse morar na capital.

Mas não agora, ainda não conseguia. E sequer disfarçava. Ele, mentalista, trapaceiro, mentiroso, era reduzido a menino ciumento toda vez que Lisbon e seu namorado estavam no mesmo recinto.

Tudo que Jane gostaria era de estar feliz com tudo isso, mas mal conseguia falar com Lisbon sobre sua partida. O que ele poderia dizer a ela? O que ele diria sem se entregar totalmente? Não conseguia fazer uma piada, contar uma mentira sobre esse assunto. O que diria a ela sem baixar a guarda?

A noite estava bonita e agradável, por isso Patrick colocou a cadeira do lado de fora e tomava um chá distraidamente enquanto observava as pessoas conversando, tentando não pensar no quão covarde ele se sentia no momento.

Foi pelo canto do olho que a viu chegar: Lisbon. Era bom vê-la, talvez longe do trabalho eles pudessem conversar como nos velhos tempos e conseguissem chegar num veredicto sobre a ida dela para a capital. Um arranjo que satisfizesse a ambos.

Oi. Ela sorriu tímida.

Oi. Ele respondeu, naquela troca de olhares que sempre fez parte da parceria deles, mas agora, desde que jantaram no Il Tavolo Bianco, parecia ter um novo significado. Ele buscou uma cadeira para ela, ofereceu chá, mas ela recusou.

Eles se sentaram confortáveis, observando as pessoas, conversando trivialidades, como se não existisse FBI, passado, CBI. Eram apenas dois amigos, uma bonita lua e afinidade. Durante um bom tempo falaram sobre Sacramento, a CBI, como foi divertido as vezes, como a cidade era bonita e quase sentiam falta de viver ali ainda.

Foi quando o tempo avançou e os vizinhos começaram a se recolher que o assunto entre eles deixou de ser amigável para ser confessional.

A Van Pelt tem sido uma mãe e tanto, é bonito de ver. Jane falou tentando continuar trivial, mas sabia que seria difícil. Ela estava sentada aqui com ele, era hora de tentar deixar a covardia de lado.

Sim. Ela diz não ter saudade alguma da vida corrida de ser policial, disse que se adaptou muito bem a vida de civil.

Daqui a pouco será você, Lisbon. Ele jogou a isca, não querendo ser direto sobre o assunto que era pendencia entre eles: a ida para a capital.

Eu o que? Teresa fingiu uma inocência que não sentia, o clima estava mudando entre eles.

Filhos, emprego, casa para cuidar. Marido.

Talvez.

Talvez? Ainda não disse sim? Ele já a pediu em casamento.  Se fosse religioso, Patrick Jane teria feito uma oração agradecendo o fato da mulher ao lado dele ainda não ter aceitado.

Eu ainda estou pensando em... mas, espera.... como você sabe que Pike me, que ele....

Como se não estivesse escrito num letreiro, Jane pensou. Difícil para ele, nestes tempos, era ler Teresa com medo do que encontraria. E se ele visse amor verdadeiro por Marcus Pike? E se visse amor verdadeiro por ele, Patrick Jane? Duas opções que gelavam seus ossos.

Te pediu em casamento? Não é um segredo, ele faz parte da sua vida cotidiana, ele demonstra interesse, tudo nele denota ter encontrado a mulher certa. Mas você ainda não aceitou?

— Ainda não. Lisbon respondeu, querendo ela mesma entender porque não dizia sim.

E o que está esperando, Lisbon? o que uma garota quer ouvir que Marcus Pike não tenha dito? Ele havia perguntado a ela, num acesso de coragem, o que uma garota queria ouvir. Mas naquele momento somente ele estava corajoso, ela se escondeu dizendo que quem dera soubesse. E o assunto morreu ali.

Não começa, Jane. Ele é um cara legal.

Sim, ele é. Então porque não disse sim?

Vai ver porque sou uma boba. Teresa respondeu quase enraivecida, mas a verdade é que ter essa conversa com Patrick Jane não era tão simples quanto ela pensava.

Nunca diga isso, se há algum bobo aqui, serei sempre eu.

Nisso eu concordo. E não é que eu não queira ir pra Washington, eu quero, mas eu sou independente a tantos anos, eu gosto do trabalho que fazemos, eu gostei de ter vindo para o FBI, para Austin.

E ali estava o ponto, ambos falando sem dizer muito claramente o que realmente pensavam. Era fácil pra Lisbon dizer que era independente, ainda que tenha passado anos na dependência do homem diante dela. E era fácil para Jane brincar sobre Pike, para fugir de admitir que não podia viver sem ela.

Eu sabia que você não gostava de ser chefe de polícia naquele fim de mundo, Lisbon. Nunca combinou com você aquele uniforme. Além, é claro, de sentir terrivelmente falta de trabalhar comigo. Ele terminou essa frase tremendo, o que o espantou. Ele era Patrick Jane, o homem que diminuía a batida do coração para fingir doença, como uma simples frase para sua amiga podia fazer isso com ele?

Como se você não sentisse minha falta naquela ilha. Teresa não ousou olhar para ele, porque se tivesse olhado veria que Jane estava tão apavorado quanto ela nesse momento.

Esperei você aparecer por lá muitas vezes, Lisbon. Ele mal pensou nas palavras que saíram da sua boca.

Eu poderia levar o FBI até você.

Eu não ligaria. Se pudesse te mostrar a beleza daquele lugar, nem que fosse por um dia, valeria a pena. E era verdade, Jane durante muitas noites imaginou como seria estar com ela naquele lugar sereno, vendo o mar, tomando uma cerveja, fazendo com amor com ela. Tanto para negar que ela não o atraia e aqui estava ele, lembrando o quanto desejou acordar ao lado dela nos últimos anos.

— Sério? Lisbon jamais imaginou que Jane esperasse por ela num lugar remoto. E ela sequer cogitou, com medo de fazer algo que o entregasse. Talvez se ela tivesse sido mais aventureira, se controlasse menos sua vida e seus amores, se eles tivessem sido menos cautelosos, ela poderia ter se encontrado com ele muito antes.

Sério. Desejei muito isso, mesmo sabendo que você jamais colocaria minha segurança em risco.

Jamais, Jane, mesmo assim Abbott me visitou e viu o búzio que você me enviou.

As cartas eram totalmente rastreáveis, se você se aventurasse a me ver. Era um lugar maravilhoso, um sol escaldante, mas tranquilo, pouca violência, um mar translúcido. Eu vivia de forma simples. Tenho certeza de que você gostaria, pelo menos por um tempo, de estar lá, tomar um sorvete, caminhar na praia, relaxar.

 E no fim de tudo o FBI iria te oferecer um emprego, não te jogar numa cela.

— Isso também. E veja a ironia disso tudo, agora estamos perto de nos separar novamente. Daqui a pouco você estará indo para Washington. Ele ficou com o semblante triste ao terminar essa frase, tentando não demonstrar o quanto isso o magoava, mas falhando miseravelmente.

Eles pararam para se olhar, naquela conexão tão particular, querendo que as palavras dissessem muito mais do que significavam.

Vai me visitar na Capital? Teresa brincou, porque não conseguia falar sério quando ele a olhava desse jeito. Quando ir para a Capital parecia algo errado, quando tudo que ela queria era um pouco de coragem para que eles não se afastassem. Mas ela já sabia a resposta a essa pergunta, Jane nunca estaria nessa nova fase da vida dela, senão ela nunca estaria inteira com Pike. Ela, Patrick e Marcus sabiam disso.

Eu não posso, Marcus tem ciúme de mim.

Isso não é verd.... Bem, mais ou menos, como você sabe?

Assim como você, ele não mente muito bem. Ele acha que eu quero a garota dele. Patrick Jane tentou injetar diversão nessa colocação, mas não foi bem sucedido.

— E você quer? Teresa tentou ser casual, não conseguiu.

Os olhares nunca se desgrudavam.

—A garota não é dele, é de quem ela escolher. Jane disse com um desdém que estava longe de sentir.

— Então é a garota quem decide? Lisbon desafiou.

— Sempre foi assim, Teresa. Ele respondeu tenso, mas sincero.

— Você não parece querer a garota. Era o máximo que Lisbon poderia dizer. Ele nunca pareceu querer nada além de amizade com ela. Não até a chegada de Marcus Pike.

— Eu esperei por ela naquela ilha e o primeiro item dos meus termos para voltar foi...  Jane deixou a frase morreu, sem necessidade de completar.

— Porque nunca disse nada a ela?  Estranhamente, falar de si mesma em terceira pessoa deixava Lisbon menos apavorada.

— Diferente do outro cara, eu tenho medo. Jane deu de ombros.

— E o que te fez pensar que é diferente para a garota?

—  O fato dela não ter tido medo com o outro cara. 

Lisbon se levantou abruptamente, confusa, surpresa por Patrick Jane estar redonda e completamente enganado. O que ela mais sentia com Pike também era medo, embora fosse um medo diferente do que ela sentia agora, neste momento. E Lisbon não esperava que Patrick Jane, sedutor, trapaceiro, fosse admitir sentir medo. Ao que parece ele sentia tanto medo de se abrir para ela, quanto ela para ele.

Grande dupla.

De repente Teresa sentiu pânico e pensou que era preciso que ela voltasse para a segurança do quarto de Maddie, com Grace e então aguardar Marcus Pike e se casar com ele, ou terminar com ele, ou sumir da vista dele, ela não sabia bem. O que ela sentia é que ficar aqui agora com Jane poderia mudar completamente a vida dela e ela não sabia se tinha coragem para tanto.

Jane ficou olhando-a se levantar e aguardou. Não que ele estivesse calmo, mas pela primeira vez em tempos, ele estava cansado de mentir para si mesmo que não queria a mulher diante dele, namorada do outro cara. Era errado, ele sabia. Ele teve inúmeras chances de se aproximar dela como homem, durante anos, mas ele não foi corajoso o suficiente, arranjando desculpas diversas, a vingança o consumindo e tantas outras dúvidas que mesmo aqui agora, diante dela, ele ainda pensava se era a coisa certa.

Teresa parecia buscar coragem para partir. Estava em pé, grudada no mesmo lugar, de costas para Jane, como se não soubesse trocar passos. Ela respirou fundo, tomando coragem para seguir em frente quando Jane também foi tomado por uma coragem momentânea e colocou a mão no braço dela, mantendo-a no lugar, doce e firmemente.

— Espera. Jane se aproximou e falou suave no ouvido dela, seus lábios encostando de leve na orelha de sua amiga. Ele percebeu que ela ficou arrepiada, era perito em observar reações, a surpresa ficou em reconhecer em si mesmo um arrepio semelhante, esquecido no tempo. Fazia anos que uma mulher não fazia isso com ele, não despertava esse sentimento, essa vontade de tocar o outro. E de ser tocado.

— Jane, eu não acho que... Mas Lisbon não terminou a frase, surpreendida pela respiração de seu parceiro em seu ouvido, pelo peito dele em suas costas, pela mão dele em seu braço, suave e firme, a puxando cada vez mais perto dele.

Jane não a virou para ele, mas com cuidado passou as mãos por ela, mantendo-a colada a ele. E sentiu quando Teresa apoiou a cabeça para trás, se apoiando totalmente nele.

Lisbon, que pretendia dizer que nada disso era uma boa ideia, desistiu. Desistiu porque a sensação de ter o braço dele ao redor de sua cintura, a prendendo, enquanto o outro braço levantava seus cabelos era muito boa, fazia com que ela quisesse retribuir, embora não conseguisse, então Teresa deixou o momento acontecer.

 Ela sentiu o beijo de Jane em sua nuca, arrepiando completamente. Sentiu a mão dele passeando por sua barriga, por baixo da blusa fina que ela estava usando, mantendo-a firme e grudada nele. A respiração dele era entrecortada e a ponta do nariz viajava por suas bochechas e orelhas e ele cheirava seus cabelos enquanto distribuía beijos suaves nesse caminho.

Nem Jane sabia direito de onde vinha a coragem de tocá-la assim, com uma intimidade que eles jamais tiveram. A pele de Teresa era macia, o cheiro dos cabelos lembrava flores e um toque de gengibre ele não conseguia resistir a beijá-la enquanto sua mão vagava por debaixo da blusa dela sentindo a pele dela na palma de sua mão enquanto seu coração galopava.

Jane distribuiu uma serie de beijos no pescoço de Teresa, as vezes subindo até as orelhas, outras traçando um caminho pelos ombros. Quando sentiu que ela estava totalmente entregue em seus braços, virou-a para fitá-la nos olhos. Teresa tinha as faces vermelhas e conseguiu cravar os olhos nos dele, o verde e o azul se misturando quando Patrick Jane aproximou os lábios dos dela e a beijou.

Fácil era dizer que ele não conseguiria amar novamente estando longe dela, mas tendo Teresa Lisbon junto e aparentemente entregue ao momento com ele, era impossível negar que o sentimento existia. Contra todas as possibilidades, ele estava completamente apaixonado por sua colega de trabalho, amiga e confidente.

Foi um beijo de conhecimento, Jane se deixou levar pelo instinto e manteve a mão na nuca de Teresa enquanto invadia a boca dela, exigindo que ela correspondesse e pensando porque nunca fez isso antes se era tão bom. Porque demorou tanto tempo para beijar Teresa Lisbon?

Teresa, por outro lado, se deixou ser beijada, surpresa por corresponder aquele contato que deveria ser errado. Ela era comprometida, ela foi pedida em casamento, ela iria embora com seu namorado. Mas o gosto de chá de hortelã, somado ao passeio da língua de Patrick Jane em sua boca, deixava ela completamente rendida. Ela não queria comparar, mas não era assim com Marcus. Esse calafrio que ela sentia enquanto Jane tinha uma mão em sua nuca e outra em sua cintura, nunca existiu com o namorado. Essa sensação de estar no lugar mais certo do universo também nunca a invadiu.

Eles se beijaram por um tempo, a mãos de Jane sentindo a textura dos cabelos dela, a prendendo cada vez mais perto. Teresa se apoiando no braço dele, retribuindo o beijo, tentando memorizar quando foi que beijou alguém dessa forma íntima.

O beijou terminou tão suave quanto começou, ambos tinham os olhos fechados e as testas coladas quando Jane conseguiu dizer algo.

Pike tem razão, eu quero a garota dele.

Lisbon queria dizer alguma coisa a Patrick Jane, mas não conseguiu, e ainda por cima, ele colocou delicadamente os dedos sobre sua boca E não querendo pensar em nada, ela lambeu de leve os dedos dele, fechou os olhos e retribuiu a altura quando Jane iniciou um beijo feroz que a fez constatar que ela queria ser a garota de Patrick Jane.

O segundo beijo foi um beijo de confirmação, nem Teresa, nem Patrick, esperavam que se beijarem traria algumas certezas em meio aos milhares de receios que possuíam. A língua dele travava contra a dela um duelo que os aquecia e fazia crescer a vontade de ficarem ali naquele momento para sempre. E nenhum deles se preocupou com o tempo, com o fato de que quando um beijo terminava outro começava. E ali naquela noite bonita, num parque repleto de trailers, Jane e Lisbon se descobriam num sentimento que amedrontava a ambos, mas também despertava a melhor das sensações, pertencimento.

Eu realmente preciso ir. Lisbon conseguiu dizer depois de um tempo, depois de vários beijos em Patrick Jane. Ainda que a vontade fosse continuar ali e ver como se sairiam ela sabia que existia um compromisso com outra pessoa que não tinha culpa alguma se ela não era dona dos próprios sentimentos.

Eu sei. Possivelmente o Marcus já está de volta na casa da Van Pelt. Jane não falou com raiva, nem mesmo ciúme, era apenas constatação de que a mulher que ele tinha nos braços não lhe pertencia. Ainda, porque ele duvidava muito que eles pudessem ficar separados a partir de então.

Ele só estará de volta na 2ª feira. Ela não continuou, ela apenas precisa pensar em tudo que estava acontecendo com ela neste momento.

Ele não vai deixar você sozinha. Vai alegar saudade ou qualquer outra coisa.

Jane. Lisbon falou e Patrick segurou de leve a mão dela, sem coragem para pedir qualquer coisa que fosse. Ela tinha um compromisso com Marcus Pike, ele sabia. E ele ainda não tinha coragem para pedir a ela para largar toda a estabilidade que Pike oferecia para então ficar com ele.

Teresa. Ele falou e ela olhou fundo nos olhos dele, sem saber o que dizer, como abrir mão de algo que caminhava pelo caminho correto e apostar numa coisa que poderia simplesmente ser uma curiosidade.

Eles se olharam mais um pouco, um silencio confortável embora milhares de perguntas passassem pela cabeça de ambos, então ela tomou coragem e foi embora. E enquanto ela andava lentamente, Patrick Jane gritou para ela: Eu não quero viver longe de você, Lisbon.

Teresa não se virou, as lágrimas escorreram por sua face junto a um sorriso bonito que ela levou consigo enquanto sussurrava “nem eu”.


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