Skinny Love escrita por Baby Boomer
Notas iniciais do capítulo
PERGUNTA: na primeira vez deles, vocês querem no POV da Kat ou no POV do Peeta?
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POV Katniss
Minha mãe me abraça com força e diz:
— Você está tão forte… parece tão bem.
Peeta tem me feito bem, eu penso.
— Como vão as coisas aqui na Capital?
— Indo. Tenho ótimos alunos, treinei alguns enfermeiros e tenho treinado alguns futuros médicos.
— NÃO ACREDITO! – uma voz grita ao fundo do corredor da mansão presidencial. – Katniss!
— Olá, Effie.
Ela me abraça, e eu retribuo. Tanto ela quanto minha mãe, Plutarch e Paylor estão vivendo na mansão. A família do presidente Snow foi morar em um apartamento luxuoso no centro da cidade, e eles não têm permissão para irem à mansão. Pelo menos foi isso que Paylor me contou.
Minha mãe toca meu ombro e sussurra:
— Tenho que voltar ao trabalho. Nos vemos depois.
Eu assinto e volto minha atenção para Effie.
— Você parece bem. Está corada, encorpada…
— Com Peeta cozinhando para mim e para Haymitch, se eu não encorpasse estaria com alguma doença.
— Oh! Nem diga isso! – Ela olha ao redor. – Onde ele está?
— Fazendo o tratamento. Vai demorar um pouco.
— Você está acomodada?
— Ah, sim, Paylor nos cedeu um quarto.
— Só um? – Effie estranha.
— Não é mais surpresa pra nenhum de nós, Effie.
Ela suspira, sorrindo, e me abraça de novo, como se pudesse matar a saudade dessa forma. Então, coincidentemente, Plutarch se aproxima de nós.
— Katniss – cumprimenta ele, chegando mais perto. – Que bom revê-la.
— Plutarch – aceno com a cabeça.
— Já que está aqui – diz Effie a mim –, vou pedir para fazerem um belo jantar. Com licença.
Plutarch fica a sós comigo.
— Como está a vida, Katniss?
— Em paz.
— Está vivendo a vida de um vitorioso?
Dou de ombros. Não sei. Tenho Peeta comigo. Isso parece suficiente, mas sei que não é. A única coisa que sei é que estou traumatizada por tudo o que passei. Só que, com Peeta, isso parece algo bem menor. Algo menos importante. Algo em segundo plano. Só o que importa é ele. Eu quero vê-lo vivo, bem e em paz.
— Sabe, Katniss… buscar sua própria felicidade não é nada egoísta considerando tudo pelo que você passou.
— Não é tão fácil quanto parece.
— Aposto que não.
∞
Peeta entra no quarto pálido dos pés à cabeça. Eu corro para abraçá-lo, e ele demora um pouco para retribuir. Respiro fundo para sentir seu cheiro e aliso sua nuca com a mão.
— Acabou – eu digo. – Você tá bem, tá tudo bem.
Ele está trêmulo.
— Venha – eu chamo –, vamos tomar um banho.
Eu o puxo para o banheiro e encho a banheira com água morna. Enquanto ela enche, eu tiro suas roupas. Ele levanta os braços para eu tirar sua camiseta, mas não tira a bermuda. Então, eu mesma tiro. Abro o botão e desço o zíper. Quando tiro a bermuda, percebo que ele está de cueca normal, sem ser boxer. Em seguida, tiro seus sapatos.
— Pronto – falo, conduzindo-o à banheira. Eu sei o quanto o tratamento o afeta, então estou tentando ser o mais delicada possível. – Isso…
A banheira termina de encher e eu passo xampu nos cabelos dele, com bastante calma e delicadeza, observando seus cílios dourados e sua feição amedrontada. Então, começo a cantar uma música antiga, de antes dos Dias Escuros:
— Tell me something, boy… aren’t you tired tryin’ to feel that void?
Peeta olha para mim enquanto eu observo uma lágrima escorrer pela sua bochecha.
— Or do you need more? Ain’t it hard keeping it so hardcore?
Eu enxáguo seus cabelos.
— I’m falling, in all the good times I find myself longing… for change. And in the bad times I fear myself.
Passo mais água em seus cabelos e aliso seu rosto enquanto ele olha para mim. A cor está voltando para o seu rosto.
— I’m off the deep end, watch as I dive in, I’ll never meet the ground. Crash through the surface, where they can’t hurt us, we’re far from the shallow now.
— Estamos longe do raso agora – ele repete.
— Estamos – confirmo. – Longe de tudo de ruim. Longe da arena, longe das armas, dos casulos, do veneno das teleguiadas… longe do perigo, longe do que é mau.
Dou um beijo bem delicado em seus lábios e colo nossas testas. Uma gota de água finda escorrendo pelo meu nariz.
— Katniss, eu te amo tanto…
Eu congelo.
— Não precisa dizer agora – ele fala. – Quando você falar, eu quero que seja de verdade.
— Eu sou uma bagunça, Peeta… eu não sei o que eu sinto.
— Tudo bem.
Eu assinto e passo a esfregar o sabonete em suas costas e peitoral. Peeta é tão forte… física e mentalmente.
Quando o banho acaba, eu o seco com uma toalha.
— Katniss – ele me chama, enquanto eu seco suas pernas, e me puxa para cima. – Katniss…
E me beija. Não é um beijo feroz. É um beijo delicado, apaixonado. Ele demora para tentar invadir minha boca com a língua, mas, quando o faz, é um toque e uma sensação muito serena. Suas mãos estão segurando as minhas, e não as soltam de jeito nenhum.
— Vou trazer uma cueca limpa pra você – falo, dando um último selinho em seus lábios. – Me espera aqui.
Eu vou até nossa mala e pego uma cueca boxer, que entrego para Peeta. Saio do banheiro e sento na cama, tentando absorver o tanto de amor que havia naquele beijo. Quando Peeta sai, só de cueca, eu me levanto e começo a tirar o vestido.
— Katniss?
— Passei a gostar de dormir só com a roupa de baixo – respondo.
Peeta para para me olhar.
— Você não faz ideia do quanto é linda, do efeito que causa… Céus, Katniss…
— Que dia é hoje? – pergunto.
— Dia 18.
— Falta 1 semana pro meu aniversário.
— É verdade – ele se toca, vindo para a cama. Eu me deito também, e me aconchego em seus braços. Não estão mais trêmulos. – O que você quer de presente?
— Você.
— Por que eu?
— Porque eu…
Eu amo você.
— Porque eu não vivo sem você – falo. – Entende isso? Entende que, sem você, eu não tenho nada?
— Não acho que…
— Peeta – repreendo. – Você sabe que é verdade!
— Amanhã voltamos para casa, voltamos à rotina. Vamos nos preparar pro seu aniversário.
— Preparar?
Ele assente.
— Tem que ser algo marcante.
— Como o quê?
— Como dar mais um passo.
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PERGUNTA: na primeira vez deles, vocês querem no POV da Kat ou no POV do Peeta?
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