O Mundo de Pocema escrita por Suzanah


Capítulo 14
Capítulo 14: Eu te amo em Cristo!




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 Pocema acordou aos gritos por causa da explosão e viu três pessoas a encarando.

— Então era verdade...- Disse para si.

— Pocema!- O garoto pulou em cima dela.

— Daniel, sai de cima da Pocema! Ela acabou de acordar!- Disse a mãe.

Era muito estranho essa nova realidade —, parecia um sonho do sonho, mas o que restou era vivê-la. Pocema caiu em lágrimas. Estava feliz por descobrir a realidade, mas triste pela saudade de seus personagens.

— Então vocês são minha família, não é?

Os pais olharam preocupados para o médico. — Pocema percebeu isso.

— Doutor, há um nome na minha cabeça. É Miguel. — Mamãe, papai, eu conheço alguém com esse nome?

De repente o pai ficou sério, mas a mãe sorria.

— Sim, filha, existe! — Ainda há uma esperança, doutor?

O médico fez alguns exames e chegou a uma conclusão:

— A filha de vocês está com uma perda de memória temporária, "adormecida" para ser mais exato. A convivência com vocês, os amigos e afins, será de grande ajuda. — Porém, não garanto que voltará a 100 por cento como antes.

— Obrigada, doutor!- Disse a mãe da Pocema.

*   *   *

Depois da Pocema ser liberada, a família foi de carro até o aeroporto.

— Por que moramos tão longe do hospital?

— Minha filha, você ficou em coma no dia da nossa mudança. — Disse o pai emocionado. Essa palavra não é muito agradável. — Você vai gostar do apartamento!

— Uhm! —Ela olhara para a sua mãe com ternura. — Mãe — Era estranho chamar uma estranha assim —, você está grávida?

— Aham! É uma menininha!

— Mamãe tá com um barrigão! — Disse o pequeno Daniel.

Depois de muito tempo, Pocema gargalhou.

— Uma melancia! — Foi a vez da Pocema.

Até a mãe admitiu que foi engraçado. Pois parecia mesmo com uma melancia.

— Eu lembrei de uma coisa! — Daniel pegou um presente da sua mochila. — Toma, um amigo te deu isso.

— Um amigo?

Ela desembrulhou o pequeno presente e abriu a caixinha.

— É um colar de coração!

— O nome dele é Miguel. Vocês eram bem próximos. — Disse a mãe, nostálgica.

— Devemos mesmo. Pra um presente tão bonito assim!

— Chegamos, crianças!- Disse o pai.

 

*  *  *

Depois da viagem, eles comeram um lanchinho na cantina e depois foram para a casa.

— Esse é o nosso quarto! — Disse Daniel. — Na nossa antiga casa, cada um tinha o seu, mas vai ser legal dividir com você!

— Mas é claro! Vamos nos divertir bastante!- Ela foi até uma escrivaninha cheia de papéis.

— É onde fazemos arte e deveres de casa! E desculpe pela bagunça. Estava procurando meu caderno.

— E essa bolsa de cordinha azul?

— É sua. Você a levava para todo o canto! Não cabia tanto dinheiro assim, mas você sempre tinha alguma coisa quando precisava de algo. — Você era rica!- Ele ria a toa. — Você até fez um desenho de uma menina com essa bolsa. Ela era loira dos olhos azuis eu acho.

— Talita? — Sussurrou.

— Sim!- Ele abriu a gaveta e tirou um papel.— E uma com o nome de Lokita também! Era as suas amigas imaginárias. Você até desenhou elas!

Pocema pegou o papel com cuidado e deu uma olhada.

— Daniel, eu quero ficar um pouco sozinha, por favor.

— Tá bom!- Ele saiu correndo como um macaco, literalmente.

Pocema sentou na cadeira que gira e pegara o seu lápis de cor. Quando Pocema se concentrou no seu desenho, algo mais sobrenatural agira em seu entorno.

 

— Toc toc!- Uma anjinha de uma aparência infantil entrara. — Boa noite! — Ela disse para os outros anjos.

Anjos entravam e saíam da casa da Pocema. Era uma constante luta contra o mal.

— Olá, Teresa! — Disse um anjo qualquer para ela.

— Oi, amigos! O que a Pocema está fazendo?

Teresa voou e se apoiou no ombro da Pocema.

— Está desenhando os personagens do seu sonho, né? —Ela arregalou os olhos. — Espera, essa é a Dona Branca?

— Chamou? — Um sorriso foi formado.

Teresa deu um gritou, que se soltou da Pocema. Caiu, mas não chegou ao chão.

— Você me assustou! — Ela voou para ficar cara a cara com a sua amiga alta.

— Feliz em me ver?

— Claro! — Então você apareceu para ela, hein?

— Foi necessário. — Ela fez um carinho na cabeça da Pocema. — Vou sentir falta dela.

— Você já vai?

Dona Branca andava para trás.

— Tenho que ir. — O mal ainda existe neste mundo!

E pulou, de costas, na sacada da janela.

— Peraí! Quando você vai voltar?

— Quando Ele mandar. — Tchau pessoal, tchau, Teresa! — E caiu de costas e voou para longe.

Daniel veio correndo.

— Hora do jantar! — Ele chegou mais perto. — Quem são esses?

Pocema deixara cair uma lágrima, mas logo a limpou.

— Vou contar durante o jantar. — É uma estória...ou melhor, história que ensina amizade, fidelidade e honestidade.

— Vamos, estou faminto! — Disse, impaciente.

Os dois apostaram corrida até a cozinha.

— Mamãe, papai, eu tenho um testemunho para contar!

 


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