Pontual escrita por Lina Limao


Capítulo 7
Capítulo Um




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Se aproximou do portão do prédio e ficou atento, aguardando-a.

Deu para notar que os olhares curiosos ainda o seguiam, sem entender ao certo a discussão que acabara de acontecer. Draco não se preocupou muito com isso, apenas começou a torcer a barra da camisa. Estava absolutamente ensopado e tinha certeza que acordaria com o nariz entupido no dia seguinte. Não era mentira quando disse que era altamente suscetível às doenças respiratórias.

Deu para ouvir os passos de Ginevra se aproximando e quase sorriu ao vê-la ali, de pijama, com uma toalha no antebraço. Por mais que já a houvesse visto de pijama antes, aquela sempre seria sua vez favorita. A blusa rosa, a calça com estampas de coelhos, os cabelos desgrenhados e os olhos castanhos oscilantes, meio chateados, mas ainda assim preocupados o suficiente para levar-lhe algo para se enxugar (mesmo num mundo onde a magia de secar já existia).

— Toma.

Draco preferiu nem falar nada. Apenas aceitou a toalha e começou a secar o rosto. Foi passando bruscamente por seu cabelo, deixando-o completamente desgrenhado e, logo em seguida, voltou sua atenção para Ginevra, que o observava. Não soube direito o que dizer, ela parecia instável, como se fosse sair correndo a qualquer derrapada com as palavras que ele pudesse cometer.

Foi dela que veio, então, a primeira frase.

— Você tem cinco minutos.

De uma maneira inesperada, Ginevra virou as costas para ele e começou a subir as escadas. Draco prendeu a respiração por alguns segundos, mas a seguiu. “Pense, Draco, pense! ” Cobrou-se mentalmente entre um degrau e outro, tentando bolar alguma coisa para dizer. No geral se virava bem em situações de improviso, mas aquela ali estava o corroendo.

— Ok. Ok. Olha, eu sei que eu fui um idiota com você.

— Você é.

“Muito obrigado”, pensou ainda esfregando a toalha em seus braços. Não que aquilo fosse resolver alguma coisa, mas precisava mesmo se esquentar. Decidiu que era melhor não ficar contrariando Ginevra naquele nível de raiva e continuou a segui-la pelos degraus.

— Eu sou. Eu sou mesmo, idiota é pouco.

— Muito pouco.

Assim que atingiram o andar dela, Ginevra seguiu caminhando até a porta do apartamento e Draco continuou em seu encalço. Ah, se ao menos pudesse ler a mente daquela garota...

— Viu? Já entramos em consenso sobre alguma coisa!

A ruiva virou-se de frente para ele e se escorou ao batente da porta, meio que bloqueando a passagem de Draco. Era como se a entrada dele no apartamento fosse depender do desfecho daquela conversa. Viu o rosto sardento se inclinar de uma forma meio irônica, observando-o.

— Seu tempo está passando.

Encheu o pulmão de ar e tentou tocá-la no antebraço, mas Ginevra se esquivou, desviando o olhar para o chão. Não haveria de ser com carícias que a convenceria de que valia a pena investirem um no outro. Teria de oferecer muito mais do que isso. Imaginou que seria melhor se deixasse as gracinhas de escanteio e tentasse persuadi-la de uma maneira mais séria.

— Foi tudo um mal-entendido, não foi? Quer dizer, você e eu, nós...

— “Nós”? Não existe nenhum “nós”. Na verdade, para “mim” não existe mais nenhum “você”.

Isso o fez querer rir. O tom amargurado na voz de Ginevra o impediu de achar muita graça, e tentou novamente lhe fazer um carinho no braço. Se aproximou dela, mesmo que ainda estivesse molhado da chuva, e deu para sentir aquele aroma de baunilha tão característico. Ficou um pouco mais tranquilo quando notou que a ruiva não se esquivou novamente e desfrutou da sensação boa que era tocar-lhe a pele quente e sardenta.

— Mas poderia existir um “nós”. Estava prestes a existir, se não me engano.

Ainda que estivesse tendendo a ceder, Ginevra continuava emburrada, com aquele jeito pensativo e irritadiço que o deixavam confuso, sem saber exatamente o que dizer. Ela rodou os olhos na direção de Draco, mas não o fitou por muito tempo. Dava para ver que estava em conflito consigo mesma.

— Isso não faz diferença agora.

No intuito de olhá-la nos olhos, Draco teve que se abaixar um pouco. E funcionou, pois deu para ver aquele semblante incerto de olhos bem abertos que Ginevra mantinha. Teve de se segurar para não sorrir ao notar que estava mesmo conseguindo convence-la.

— Como que não faz? Claro que faz. Tudo que vivemos nesses dias faz toda a diferença do mundo.

Foi erguendo-se devagar, chegando mais perto a ponto de roçar seu nariz na testa da ruiva, que estremeceu ao senti-lo. Talvez fosse pelo contato, ou quem sabe por estar gelado feito uma pedra, mas preferia acreditar que era por que se abalava quando ficavam próximos daquele jeito. E aquilo lhe deu um incentivo para continuar dizendo as coisas difíceis que Ginevra precisava escutar. Valia a pena passar por cima de seu orgulho por aquela demônia.

— Olhe, eu sinto muito.

A cabeça de Ginevra virou-se tão rapidamente em sua direção que foi até meio ofensivo. Com os olhos arregalados, meio assustada. Óbvio que fazia sentido, afinal de contas nem mesmo o próprio Draco se lembrava de quando havia dito coisas como “Por favor”, “Sinto muito” ou “Obrigado”. Imagine duas dessas coisas no mesmo dia? Praticamente impossível. Mas sabia que precisava. Realmente sentia que devia um belo pedido de desculpas à Weasley e aquele era o melhor que sua falta de experiência e inabilidade com as palavras permitiam.

— Não devia ter tratado você daquela forma, eu só fui idiota...

— Você estava com ciúmes.

Estreitou os olhos na direção de Ginevra, como se tivesse ficado nervoso. Ela arqueou as sobrancelhas.

— Não força a barra, Weasley.

— Oh, voltei a ser Weasley?

Foi desvencilhando-se dele e ameaçando entrar em casa, ao que Draco respondeu prontamente, sacudindo as mãos de maneira frenética.

— Ginevra! Ginevra! Gina! Gi! Como você quer que eu te chame?

Aquela foi a primeira vez que Draco a fez rir aquele dia. Era realmente tranquilizador vê-la daquela forma, mais tranquila, parecendo próxima de seu estado normal. Então arriscou-se novamente e enroscou seus dedos finos na mão dela, entrelaçando e puxando-a para perto. Lhe acarinhou a bochecha sardenta com a mão livre, esperando que as coisas estivessem muito perto de voltarem ao normal.

— Olhe, não posso prometer para você que não vai mais acontecer por que é bem provável que aconteça. Você sabe, eu sou idiota.

— Você é mesmo.

— Porém, posso te prometer que vou tentar melhorar. Estou tentando. É disso que um “nós” é feito, não é? De esforço e concessões?

Em silêncio Ginevra maneou a cabeça, consentindo. Começou a brincar, meio sem perceber, com os dedos de Draco entrelaçados nos dela, como costumava fazer. Ficou alguns segundos observando-a, concluindo que não queria mesmo ver mais um dia sequer se não fosse ao lado daquela Weasley faladeira. Atreveu-se a beijar-lhe a testa num gesto rápido, que a fez erguer os olhos em sua direção.

— Além disso, eu mantenho o que te disse no primeiro dia em que pisei aqui. Eu vou ficar enquanto você quiser que eu fique. Quando você quiser que eu vá, eu vou.

Foi se aproximando aos poucos do rosto atento de Ginevra, deixando sua testa colar na dela de uma maneira aconchegante. Por mais que tivessem ficado brigados por pouco tempo, sentiu-se profundamente satisfeito em notar que as coisas voltavam ao normal. Draco permitiu-se fechar os olhos e desfrutar daquela proximidade com a ruiva, que fazia com que todos seus músculos relaxassem. Conseguia até se esquecer das roupas úmidas, da pele gelada e do resfriado que o aguardava.

Não soube dizer ao certo como ela estava reagindo, mas achou um bom sinal ao sentir os dedos hesitantes tocando sua bochecha. Respirou fundo, com medo de fazer a pergunta que quebraria aquela pequena barreira entre eles. Mas sentiu-se confiante, acreditando que receberia uma resposta melhor do que da primeira vez em que questionara Ginevra sobre aquilo.

— Você quer que eu vá?

E então ela o beijou.

Como se não pudesse aguentar mais, como se precisasse dele na mesma intensidade que Draco sabia precisar dela. Suas mãos ágeis e trêmulas agarraram-se a ele, puxando-o para perto, ao que o loiro correspondeu abraçando-a pela cintura e erguendo, fazendo os pés de Ginevra saírem do chão.

Empurrou a porta de entrada com o cotovelo, sentindo-a se acomodar em seus braços e erguer as pernas, contornando-o na altura dos quadris. O aroma de baunilha mais presente que nunca, fazendo com que Draco sentisse novamente que estava exatamente onde devia estar. Sabia que ali, ao lado dela, sempre se sentiria daquela maneira.

Caminhou com ela em seu colo até o quarto, deitando-a na cama da maneira mais gentil que conseguiu, ficando sobre o corpo pequeno da ruiva e ignorando completamente o fato de estar molhando seus lençóis. Aquilo não pareceu incomodá-la de forma alguma, estava tão envolvida com aquele beijo que certamente nem havia percebido. Os dedos apertados nos ombros de Draco, como se temesse que ele pudesse partir a qualquer momento.

Pensou em interromper o beijo para dizer a ela que não pretendia sair de seu lado nem mesmo por uma maldição imperdoável. Quis falar que seria sempre dela, que seu lugar era ali, no meio daqueles braços e entre aquelas pernas, sentindo-se mais completo que já experimentara durante toda a vida. Quis muito, de coração, mas julgou que seria melhor mostrar a Ginevra. E mostraria, todos os dias, o quanto pertencia a ela.

(N/A: Se você não tem idade suficiente / não gosta de cenas de NC, recomendo pular para a próxima parte do capítulo.)

Seus dedos passeavam sutilmente pelo tronco da ruiva, atrevendo-se por debaixo do tecido do pijama naquela pele alva, quente e salpicada, tão macia e suave que lhe parecia preciosa ao toque. Os suspiros de Ginevra começaram a surgir entre o beijo, fazendo-o sentir um forte arrepio na espinha. Se tinha uma coisa de que gostava, era de ouvi-la.

Se separaram por um momento, em busca de ar. Suas respirações descompassadas revelavam a ansiedade que os preenchia. Seus olhos se encontraram durante alguns segundos, parecendo compartilhar o mesmo sentimento de entrega. As mãos apressadas de Ginevra não tardaram em puxar sua camisa, meio sem jeito, fazendo com que o tecido ficasse todo embolado na frente de seus olhos.

Não conseguiram evitar um sorriso, tão íntimo que parecia um segredo. Draco livrou-se da camisa e voltou sua atenção para o pescoço da ruiva, que fechou os olhos e afundou os dedos dentre seus cabelos loiros, como se sentisse falta dele. Quando a tinha daquela forma, tão entregue e passional, pensava que havia valido a pena passar por tudo que passara durante a vida para tê-la como recompensa.

Atrevidamente direcionou seus dedos até o ventre dela, puxando a calça do pijama para baixo num gesto brusco e começando a lhe dedilhar a região interna das coxas. Quem diria que seria ela, logo ela, a Weasley fêmea, Weasley sete, a traidora de sangue que iria despertar nele tantos sentimentos. Que se danasse aquele maldito sobrenome, era sua.

Com os gemidos de Ginevra lhe atiçando, Draco sentiu-se mais do que a vontade para afastar a calcinha dela e estimula-la em seu ponto mais sensível. A sensação de paz lhe invadindo, sentindo em seu coração que as coisas estavam realmente bem entre eles. Sentiu as unhas se apertarem em sua pele, o que sempre era um bom sinal. O pescoço erguido, os olhos fechados e a respiração acelerada, ansiosa por mais.

— Ah, Draco...

O quadril dela movia-se de maneira compassada com seus dedos, que ainda lhe tocava com delicadeza. Escorregou a mão livre por sua barriga, embolando um pouco a blusinha do pijama, até que a segurou pelas costas e puxou para cima, deixando-a completamente apoiada em seu braço, com o pescoço ainda mais acessível.

Nunca havia visto-a tão entregue.

Foi deslizando o dedo para dentro dela, iniciando um vai e vem sutil, que a fez mordiscar os lábios. Ao mesmo tempo que queria que aquilo durasse para sempre, sentia sua própria ansiedade pulsar e crescer junto com seu desejo. Viu então os dedos de Ginevra, meio trêmulos, guiarem-se descoordenados para a blusa do pijama, abrindo os botões e deixando o tecido escorregar para o lado, revelando seu tronco e seus seios. Draco não precisou pensar duas vezes para começar a beijá-la, suspirando ao sentir o calor que emanava daquela pele.

Quando menos esperava, ela movimentou-se de maneira abrupta, empurrando-o para o lado e sentando em seu colo, roçando seu corpo no dele e claramente sentindo a rigidez de sua excitação. Sorriu, travessa, se desvencilhando do tecido da blusa e começando a desabotoar a calça que Draco usava. Olhando ali, daquela forma, Ginevra parecia tão linda quanto uma pintura de algum artista renomado.

Jogou os cabelos de fogo para trás e se ergueu, puxando a calça dele sem muita delicadeza, como se estivesse mesmo ansiosa para continuar. Com aquele sorriso maroto, como se estivesse aprontando alguma coisa, Ginevra o observou. Seus dedos o massagearam sobre a cueca, fazendo com que os olhos cinzentos de Draco se fechassem enquanto um suspiro quase mudo tremulava em seus lábios finos.

Debruçou-se sobre o peito dele enquanto seguia massageando-o, o que fez Draco perder um pouco o controle da situação. Se Ginevra pudesse ler seus pensamentos, certamente que ruborizaria. Viu que ela mantinha o olhar interessado e os lábios entreabertos, como se fosse dizer alguma coisa. E, de fato, disse.

— Te quero, Draco.

Ao mesmo tempo, deslizou os dedos para dentro da cueca dele e recomeçou o gesto, massageando-o de forma ritmada. Draco deixou escapar um gemido, sentindo sua respiração pesar logo em seguida. Ergueu uma das mãos e alcançou o seio da ruiva, massageando um pouco, sentindo-a com a palma da mão. Aquilo era tão bom que parecia um delírio.

Os lábios de Ginevra começaram a percorrer um caminho por sua pele, descendo de maneira provocante. Ela seguiu até a região de sua virilha, começando a beijá-lo de uma maneira que Draco simplesmente não conseguia resistir.

Segurou-a pelos ombros e a fez virar, derrubando-a de costas na cama. Ginevra soltou um riso curto de quem sabe o que está prestes a acontecer. Lhe ergueu os olhos castanhos ao senti-lo puxá-la para perto pelos quadris. Draco piscou para ela e livrou-se das peças de roupa que ainda se mantinham emboladas em suas canelas. Foi se posicionando entre as pernas da ruiva, começando a lamber sua intimidade.

Conforme ele continuava, a respiração da Weasley se acelerava, mesclada com suspiros e gemidos que denunciavam sua excitação. Só de ouvi-la sentia-se pulsar, ansiando por penetrá-la. Suas mãos acariciavam as coxas firmes de Ginevra num gesto suave, daquela forma que a ouvia dizer que gostava. Ao sentir os quadris acompanharem o ritmo de seus carinhos, percebeu que não faltava muito para que ela atingisse o clímax.

Viu as costas da ruiva se arquearem e a ouvir gemer, ofegando conforme se entregava à sensação. Se manteve ali até que a respiração dela se acalmasse um pouco, beijando-lhe as coxas em forma de despedida. Foi logo ficando sobre seu corpo e deslizando para dentro dela, provocando um gemido.

— Te quero, Ginevra.

E começou a mover os quadris, indo e vindo de maneira ritmada.

As pernas de Ginevra se apertaram em volta dele, realizando um movimento suave que o acompanhava conforme ele estocava. Era como se não houvesse mais nada ou ninguém no mundo, somente eles. Somente aquele momento importava, nada mais.

Conforme estocava, sentia os quadris da ruiva se movimentando e sua vontade crescia gradativamente. Explorou o corpo dela com a ponta de seus dedos, como se quisesse memorizar cada pedacinho. As mãos de Ginevra permaneciam em suas costas e peito, lhe apertando conforme o sentia. As respirações se misturavam, seguindo um ritmo semelhante.

A cada suspiro, Draco lutava para fazer aquele momento durar mais um pouquinho. Era tão bom estar ali, saber que sempre estaria, sentir Ginevra tão entregue àquele sentimento, tão entregue a ele... Era irresistível. Sentiu seus músculos enrijecerem e percebeu que estava próximo de seu ápice.

Assim que atingiu o próprio clímax, Draco deixou seu corpo pesar sobre o de Ginevra, que o abraçou de maneira instintiva. Os dedos dela escorregaram pelo pescoço do Malfoy até os cabelos loiros, num carinho demorado. Ficou deitado até estabilizar a respiração, sentindo aquele aroma de baunilha em toda parte, inclusive nele. Sorriu, meio cansado, fitando os cabelos vermelhos da Weasley esparramados pelo travesseiro.

Como deve ser”, concluiu.

 

#

 

Assim que abriu os olhos, Gina bocejou, espreguiçando-se na cama e esbarrando em Draco. Surpreendeu-se levemente, lembrando do que havia acontecido um pouco mais cedo. Ele a fitava com os olhos cinzentos bem abertos, sem qualquer sinal de sono. Será que estava acordado há muito tempo?

Percebeu então que ainda estava nua. Foi puxando os lençóis e se cobrindo, sentando-se na cama e olhando pela janela. Ainda era noite, mas não fazia a menor ideia de quanto tempo se passara. Virou-se na direção de Draco, bocejando novamente, enquanto falava.

— Que horas são?

Ele estava tão bonito ali, iluminado só pela luz da lua. O semblante tranquilo logo se curvou em um sorriso.

— Você tem a equivocada ideia de que eu me atenho a horários fora do ministério.

Girou os olhos nas órbitas. Já devia ter se acostumado com essa falta de apreço por horários que o Malfoy desenvolvera. Decidiu que não valia a pena se levantar e voltou a deitar-se no peito dele, aninhando-se. Gostava de sentir o cheiro dele, tinha um suave aroma meio amadeirado que Gina não sabia dizer exatamente do que era, só sabia que gostava.

Agora, então, aquele cheiro estava por toda parte. Inclusive nela.

— Não vai para casa? A gente trabalha amanhã.

Ficou torcendo para que ele respondesse que não ia embora. Não era muito comum que ficassem juntos em plena segunda-feira, mas já que estavam ali, bem que Draco podia permanecer. Estava tão quentinho, bem colocado em sua cama, não havia a menor razão para ir embora para aquele apartamento gelado ficar lá sozinho.

— Eu tenho uma camisa aí, dá para usar.

Gina nem questionou. Só deu a ele um sorriso, toda preguiçosa, fechando os olhos e passando o braço por cima do peito nu do Malfoy. Ele tocou-lhe o pulso e começou um carinho sutil, como os que costumava fazer em seus cabelos, nas tardes de domingo. Estava tão contente e tão satisfeita que queria mesmo era dormir, aproveitar aquele chamego antes que o sol raiasse e os fizesse ir trabalhar.

— Ginevra...

A voz de Draco a fez abrir os olhos. Ele ainda parecia calmo, mas mantinha um certo incômodo no olhar, como se estivesse sem jeito de falar alguma coisa. O viu respirar fundo, parecendo tentar transformar o ar que inalava em coragem. Gina assentiu suavemente, tentando encorajá-lo a continuar.

— Você pensa em mim como um assassino?

Piscou, meio atônita. Aquilo realmente lhe pegou de surpresa. Gina passou a mão no rosto, tentando afastar um pouco o sono, percebendo que era um assunto delicado para Draco. Foi só por consideração que tentou ficar acordada, pois não queria acabar dando alguma resposta mal pensada que pudesse fazê-lo sentir-se mal.

— Por que isso agora?

— Só responde.

Então ergueu a mão de uma forma carinhosa, passando pela bochecha de Draco, que lhe fitava com certa ansiedade. Gina tinha certeza que ele estava com aquilo na cabeça desde a discussão com Harry, mas decidiu que iria fazê-lo esquecer disso de uma vez por todas.

— Não, não penso.

Observou aqueles olhos cinzentos meio preocupados que a observavam analiticamente, como se tentasse perceber se ela mentia ou dizia a verdade. Então Gina sacudiu a cabeça negativamente, como se estivesse desconsiderando totalmente a ideia.

— Penso em você como um ser humano. Feito de erros e acertos. E também não acredito que você tenha matado alguém.

Um suspiro aliviado saiu pelos lábios de Draco, que apoiou as mãos atrás da nuca, um pouco pensativo. Gina foi se sentando na cama, enrolada nos lençóis e observando-o. As vezes queria muito saber o que se passava dentro daquela cabeça sonserina. Em momentos como aquele, em que o via distante, não fazia a menor ideia do que devia imaginar.

— Sempre fui muito covarde para esse tipo de coisa. Você deve ter ficado sabendo do fracasso que foi com Dumbledore.

E sim, Gina sabia muito bem dessa história. Ouvira umas trinta vezes durante o período que namorou com Harry, detalhe por detalhe. Ele fazia questão de contar como Snape era incrível por ter feito algo do tipo para poder continuar com os planos e etecetera. Apenas assentiu suavemente, apoiando a mão na testa de Draco e lhe acariciando os cabelos bagunçados. Achava ele muito mais bonito quando ficava dessa forma, mais natural.

— Engraçado você dizer isso. Esse foi o primeiro ato seu que eu achei corajoso.

A forma incrédula com que Draco lhe olhou quase a fez rir. Mas era a mais pura verdade, a grifinória inteira ficou surpresa com a revelação de que o Malfoy tivera a oportunidade, liberdade, varinha e feitiço para matar o velho Dumbledore e optou por não o fazer. Mesmo na época, Gina lembrava-se de ter achado uma atitude bem corajosa. Meio tardia, claro, mas muito melhor do que se tornar um assassino.

— Qual é, todo mundo esperava que você fosse mata-lo por medo do que Voldemort estava fazendo com sua família, mas você não fez. Você confiou que ele poderia protege-los e preferiu fazer o que era certo. Isso parece covardia para você?

Pela maneira com que o Malfoy maneou a cabeça, parecia que nunca havia pensado desta forma. Ficou em silêncio por alguns segundos, antes de voltar a olhar para Gina. Ela torcia para que, um dia, esses fantasmas do passado pudessem parar de assombrá-lo.

— Todos os Weasley pensam assim?

Não”, pensou de imediato, enquanto coçava a cabeça e tentava formular uma resposta melhor. A primeira coisa que lhe veio à cabeça foi a forma com que Rony se referia à Draco. Somente por aí já se anulava essa teoria de que todos os Weasley pensavam da mesma forma... E, também, quem se importava com a opinião de Rony? Se dependesse dele, nem a amizade com Hermione teria se iniciado.

Logo em seguida lembrou-se do pai, que chegou um dia do ministério falando bem sobre alguma coisa (que ela não conseguia se lembrar o que era), mas que certamente Draco havia feito. Sim, recordava-se perfeitamente, pois fora o maior bafafá no jantar, com Rony dizendo que nada de bom poderia vir de um Malfoy e tudo mais. Era isso. Arthur Weasley é quem ia lhe ajudar naquela resposta.

— Eu não sei. Talvez meu pai?

Por incrível que fosse, isso pareceu convencer Draco. Talvez por já terem se conhecido no ministério ou algo assim, mas Gina acreditava que ele não possuía más impressões de seu pai. Ainda mais agora, que simplesmente havia aceitado a resposta e permanecia em silêncio, encarando o teto.

Entretanto, havia algo na cabeça de Gina que ainda não estava solucionado. Ela pretendia deixar isso para outro dia, mas já que estavam acordados, acreditou que seria uma boa hora para lhe perguntar.

— Escuta, eu fiquei com uma coisa na cabeça...

Automaticamente os olhos de Draco voltaram-se em sua direção. Gina coçou a cabeça, meio sem jeito de perguntar e parecer muito invasiva, mas era algo que realmente precisava saber. Era melhor tomar uma má resposta do que simplesmente se condenar a viver na dúvida.

— Onde você foi domingo? Eu realmente fui no seu apartamento te procurar.

Parecendo até mesmo aliviado com a pergunta, Draco deu um meio sorriso. Ficou olhando para Gina como se houvesse se lembrado de algo divertido. Só de vê-lo daquela forma já se sentiu um pouco melhor, sabendo que não tinha cruzado nenhuma linha imaginária de privacidade. Mas sua curiosidade aumentou, ficando realmente interessada na história que ele parecia ter para lhe contar.

— Ah, eu fui buscar uma coisa que comprei para você. Eu já havia encomendado, mas só chegou domingo. Ainda bem que nós nos acertamos, eu teria que jogar aquilo fora e, bem, não foi exatamente barato...

Draco gesticulou enquanto falava, parecendo se divertir enquanto ouvia a própria voz. “Não duvido nada”, Gina pensou sacudindo a mão de repente, tentando fazê-lo parar de tagarelar por um segundo. Ele direcionou os olhos na direção dela, como se pedisse que falasse.

— Pensei que você fosse rico.

Quando disse isso, Draco estreitou os olhos em sua direção.

— Eu te disse bem claramente que era só consideravelmente rico. Consideravelmente, Gina, só consideravelmente...

Começou a pontuar as palavras no ar, simulando um falso tom de irritação que a fez rir. Aquela era a segunda vez no dia que ele a chamava de Gina, mas achou melhor não fazer caso e deixar assim. Quem sabe ele continuava chamando, não é? De toda forma, seguia curiosa com o assunto.

— E o que você foi buscar?

— Ah, é um pomo de ouro. Eu comprei por que acho que você vai precisar praticar um pouco.

Não pôde evitar e franziu as sobrancelhas. Praticar? Por que raios teria de praticar com um pomo de ouro? Tudo bem que parecia um presente bem bacaninha, especialmente por ela se dar bem na posição de apanhadora, mas daí a ter de voltar a treinar era meio esquisito. Será que Draco queria que ela usasse o presente e ia inventar alguma desculpa mirabolante? Era bem típico dele...

— Como assim?

Estranhou ao vê-lo se ajeitar, ficando apoiado aos cotovelos para poder melhor observá-la. Um sorriso travesso começou a brotar nos lábios de Draco, como se houvesse feito alguma “arte”. Gina cruzou os braços contra o peito, meio desconfiada, aguardando para ver onde aquela conversa lhe levaria.

— Eu mexi os meus pauzinhos e consegui um teste para você no Harpias de Holyhead mês que vem. Sabe, até que ser chefe do departamento de esportes do ministério tem lá suas regalias...

— Espere. O que?

Gina apoiou a mão no antebraço de Draco, como se quisesse fazê-lo parar de falar. Não era possível que estava escutando o que achava que estava. Se aquilo fosse alguma espécie de piada ou de brincadeira de mau gosto, faria questão de fritar os olhos cinzas do Malfoy numa fogueira. Pela maneira que ele sorria, imaginou que fosse verdade, pois parecia estar se divertindo muito ao vê-la com aquela cara de surpresa.

— É isso aí, Weasley. Eles já haviam ouvido falar de você, então não foi muito difícil. Vê se não faz feio no dia do teste.

Ainda não havia no dicionário alguma palavra capaz de descrever o que estava sentindo. Um misto de surpresa com alegria, medo e receio. Apertou os punhos, tentando encontrar alguma coisa para dizer, mas simplesmente não conseguia. Sua cabeça estava trabalhando em uma velocidade alucinante, digna de dar inveja à um carro de fórmula um. Já conseguia até se ver nos jogos com o uniforme do time.

Ficou olhando com aquela expressão embasbacada para Draco, sem saber o que dizer. Ele segurou sua mão e apertou os dedos, como se dissesse “está tudo bem”.

— Feliz aniversário, Ginevra.

Quando deu por si, já havia pulado no pescoço do Malfoy e o abraçava como se sua vida dependesse disso. Estava tão feliz que mal cabia em si. Poderia voltar a jogar! Não ficaria mais arrumando prateleiras infinitas (por mais que houvesse até se dado bem com o Sr. Futton), presa naquele ministério como um passarinho engaiolado. Ali estava Draco, lhe oferecendo sua liberdade.

— Não acredito que você fez isso!

Foi logo tascando um baita beijão nos lábios do loiro que sorriu, segurando-a pela cintura e lançando-a um dos olhares mais satisfeitos que Gina já vira na vida.

— Bem, eu te disse que eu era magnífico.

— Você é mesmo! Quando quer, você é o melhor do mundo!

Acomodou-se aos poucos no peito do Malfoy, aninhando-se enquanto ele também voltava a se deitar. Sentiu aquele costumeiro abraço, seguido dos carinhos no cabelo. Decidiu dividir o lençol e jogou sobre o tronco de Draco meio sem jeito, deixando para que ele mesmo ajeitasse.

— Eu vou fingir que não ouvi a parte do “quando quer” e aceitar o elogio, está bem?

A ruiva sorria. Nada seria capaz de acabar com o bom humor que se instalara em seu semblante. Não conseguiu deixar de imaginar como teria sido se a surpresa de Draco houvesse sucedido, por mais que o momento ali, singelo, na cama, soasse muito especial. Certamente que não contaria com a ilustre presença do pomo de ouro, mas ainda assim, deveria ter sido bem bacana. Ficou feliz, entretanto, de terem reatado logo. Começou a lhe acariciar a bochecha, imaginando o mundo de possibilidades que se abria a sua volta.

— Eu não sei nem como te agradecer.

E ele piscou um dos olhos cinzentos.

— Ah, Ginevra, você já me agradeceu o bastante por hoje.

Suas bochechas ruborizaram quase que automaticamente, fazendo-o rir. Gina deu-lhe um tapa no ombro, repreendendo-o, mesmo que não tenha ficado verdadeiramente ofendida. Suspirou, sentindo o cheiro dele e fechando os olhos. Ah, como gostaria que Draco ficasse com ela mais vezes. Sua cama parecia tão mais confortável e conseguia se sentir até mais relaxada, especialmente por saber que as coisas entre eles estavam bem novamente.

— Sabe, eu estava pensando, é só uma ideia.

Dava para notar que Draco parecia meio sem jeito, com a voz oscilante e a mão movimentando-se freneticamente pelos cabelos ruivos dela, como se não prestasse muita atenção ao movimento que fazia. Gina ergueu os olhos em sua direção e ficou analisando seu semblante, tentando ter alguma dica do que ele lhe diria.

— O que foi?

Novamente aquela oscilação no olhar. Deu até para sentir que sua mão estava começando a suar. Fosse o que fosse, o loiro realmente parecia estar em um certo conflito interno. Gina afastou uma mecha de cabelo da frente do rosto e permaneceu observando-o com interesse. Para o bem dele, era bom que não fosse nada do tipo “fiz uma besteira”, por que sabia que sua varinha estava bem próxima e poderia, de repente, colocar em prática algumas maldições...

— É sobre aquele “nós” que eu te falei mais cedo.

Menos mal”, Gina pensou começando a descartar a ideia de amaldiçoa-lo.

— Sim.

— Você gostaria? Quer dizer, comigo. Digo, nós. Você e eu...?

Foi engraçada a forma com que Draco se embolou nas palavras. Gina não conseguiu conter um sorriso, virando o rosto e fitando o teto, imaginando como seria oficializar as coisas com ele. Obviamente que haveria uma sequência praticamente interminável de contratempos, especialmente envolvendo os Weasley. Não tinha certeza de que iriam aceita-lo muito bem, por mais que já houvesse algum tempo desde as últimas peripécias do Malfoy.

Não sabia ainda dizer com muita certeza se aquele sentimento que crescia entre eles seria forte o suficiente para suportar o que estava por vir. Quer dizer, será que não era melhor esperar um pouco mais? Não queria começar a desgastar a relação, pelo contrário, queria curtir aqueles momentos de paz atendo-se ao acordo inicial de deixar essa coisa de família e sobrenome meio que de escanteio.

Conseguia praticamente ouvir a voz de Rony gritando “você deve estar de brincadeira, Gina!

Era evidente que, ao longo dos anos, aprendera muito bem a ignorar os comentários dos irmãos. Até por que não seria a primeira vez que tentariam dar palpites em seus relacionamentos, então não era algo que lhe desestimulava a ficar com Draco. Já esperava mesmo esse pampeiro quando apresentasse qualquer namorado que não fosse o já conhecido e famigerado Harry Potter.

No entanto, não tinha muita certeza sobre a paciência do Malfoy. Ele realmente havia amadurecido desde a época de Hogwarts, isso era incontestável. Contudo, imaginava nitidamente a cara de nojo que ele faria ao receber uma das blusas de lã que Molly fazia, resmungando sobre coisas de pobre e etecetera. Podia até vê-lo num atrito com seus irmãos, especialmente com Rony, e não sabia se ele conseguiria passar por cima desses obstáculos.

Coçou a cabeça enquanto imaginava este cenário aterrorizante. Dava para ver as discussões sobre irem até A Toca nos feriados, sobre as visitas familiares, sobre como Draco só buscava por um pouco de paz no meio de todos aqueles coelhos ruivos... E essa ideia a fez suspirar, esfregando a mão no rosto com um pouquinho de agonia.

— Não sei não.

Disse, sincera. Draco arregalou os olhos cinzentos, como se houvesse tomado um baita tapão e só então a ruiva percebeu a gravidade do que acabara de dizer. Sacudiu as mãos rapidamente, como se tentasse apagar as próprias palavras enquanto praguejava mentalmente.

— Quero dizer, eu gostaria muito! Não me interprete errado! Mas... é isso que você quer, Draco?

Ele apertou as sobrancelhas e os olhos, meio confuso, observando-a com atenção. Dava para ver que não estava entendendo absolutamente nada. Teria gargalhado daquela cara de indagação que o Malfoy fazia, se a situação não fosse meio séria.

— Como assim?

— Você entende o que isso implica, não entende? Que as coisas ficarão mais complicadas...

Gesticulou de uma maneira que tentasse fazê-lo perceber que se tratava das pessoas ao redor. E a forma exagerada de seu movimento fez Draco rir, girando os olhos nas órbitas, fazendo pouco caso da preocupação de Gina.

— Entendo sim.

Por mais que a frase tenha soado tão natural quando a risada, Gina seguiu um pouco incerta. Curvou as sobrancelhas, montando um semblante meio preocupado, correndo seus dedos até a mão do Malfoy, que continuou olhando para ela com um ar de divertimento. Era como se, para ele, fosse engraçadíssimo que a ruiva se preocupasse com aquilo. Como se não fosse justificável, como se fosse uma bobagem.

— E está tudo bem para você?

Draco assentiu prontamente, parecendo estar diante da pergunta mais fácil do mundo. Seus dedos finos contornaram os de Gina e ele apertou sua mão, trazendo em seguida para junto do coração. Sorriu, de uma maneira meio preguiçosa, meio aliviada fazendo-a acha-lo incrivelmente bonito. Os olhos cinzentos pareciam tão tranquilos, tão calmos e complacentes...

— Pela primeira vez em muito tempo, Ginevra, está tudo bem.

Vê-lo assim, tão convicto, fez uma chama de confiança queimar em Gina. Não dava para resistir àquele charme que Draco exalava, olhando-a de forma tão carinhosa e esperançosa, como se estivesse encantado com a possibilidade de firmarem um relacionamento. Como se quisesse mesmo, de coração, estar ao lado dela – e somente dela – independente dos obstáculos que pudessem aparecer.

Umedeceu os lábios, já sorrindo de maneira infantil, sem saber ao certo o que dizer. Dava para sentir o frio em sua barriga, como o bater de asas de uma série de borboletas, e teve de se controlar para não gritar. Era meio embaraçoso, mas sentia-se como uma adolescente! Cheia de vontade de viver tudo o que poderia ao lado daquele homem.

Teve certeza de que estava diante de uma baita aventura. Não fazia ideia de quais caminhos sua vida poderia tomar a partir dali e, honestamente, isso a deixava animada. Todos os futuros que conseguia imaginar pareciam tão incríveis e palpáveis que mal podia se conter. Sentia que aquele era o início de algo grande e inusitado, completamente imprevisível, mas certamente delicioso.

Apertou os dedos em volta dos dele.

Seus olhos castanhos sorriram.

— Está certo, Draco Malfoy. Vamos ver onde essa história de “nós” vai nos levar.


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Notas finais do capítulo

N/A: Oi pessoal!
ACABOOOU! Vocês acreditam no processo rápido, prático, simples e indolor que foi essa fanfic? Eu não tô nem acreditando, foi tão organizado, tão fácil e funcional, nem parece que fui eu que fiz. Um post por semana, direitinho, nossa, que evolução! Hahahahahaha Mas e aí, gostaram da forma que os dois reataram? Não foi tão melosa quanto vocês esperavam, mas acho que ficou convincente, não ficou? Eu quero acreditar que sim.
Ah, sim, mais uma coisa:
SE VOCÊ LEU ESSA FANFIC, NÃO É POR QUE ELA ACABOU QUE NÃO MERECE UM REVIEW, OK? INDEPENDENTE DO DIA, DO MÊS, DO ANO, ME ESCREVE AÍ!
OBRIGADA PELA CONSIDERAÇÃO!
Só por que é de graça todo mundo acha que é bagunça. Comenta aí, criatura, me deixa saber se tu gostou. Eu perdi muito tempo escrevendo isso aqui!
Preciso fazer algumas considerações finais aqui, então vamos lá:
1º - Essa fanfic toda foi premeditada naquela letrinha de música que eu coloquei no primeiro capítulo, sabe? Foi dali que me veio toda a ideia desse romance fugaz após um relacionamento cansativo e desgastado, com direito até à diálogos que eu surrupiei. Não sei se vocês prestaram atenção quando leram, mas a fanfic tá toda resumida ali.
2º - Fiz algumas referências ao filme “E o Vento Levou...”. E digo filme por que nunca fui agraciada com um exemplar do livro. Inclusive, se alguém quiser me mandar... hahahaha é um dos meus filmes favoritos e aquela cena da dança do Draco com a Gina no ministério tem uma inspiração sutil de uma cena de baile do filme.
3º - O primeiro capítulo se chama Epílogo e o último se chama Capítulo Um (como vocês bem puderam notar). Isso é para aludir a uma coisa que eu acredito muito, que é sobre nossa vida ser vivida em ciclos. É preciso que um ciclo se encerre para que o outro comece, então com o fim do relacionamento da Gina com o Harry é que se iniciaram os eventos pontuais que guiaram ao relacionamento com o Draco, e por isso encerro no capítulo um, na primeira parte desse novo ciclo que a Gina entrou. Não sei se vocês encararam desta forma, então achei melhor explicar meus motivos e provar que eu não sou maluca. Até pensei em colocar o nome da fanfic de “Ciclos”, mas achei muito péssimo hahahahaha.
4º - Não estou muito certa sobre essa NC e se consegui deixa-la um pouco divertida. A maioria das NC que eu já vi (a maioria, não todas) se voltam para um lado bem romântico ou um bem impessoal, mas eu quis tentar trazer uma versão mais leve, meio de quem acabou de fazer as pazes mesmo, sabe? Com aquela sensação de alívio, achando graça nas coisas... não sei se atingi meu objetivo, mas tentei. Achei que ficava cabível coloca-la nesse capítulo, por que é o último e ninguém pode mais sair correndo e abandonando a fanfic na metade, me chamando de impura e etc. Enfim, opinem.
5º - Sim, eu estou com uma fanfic nova engatilhada. Acabei de postar o prólogo no ff.net, onde eu tenho mais comentários, e espero que vocês deem uma passadinha lá para me dar uma força. Para mim é bem complicado escrever, por que eu não tenho uma beta para me ajudar (inclusive, alguém se habilita?), então tenho que escrever e ler e reler umas 4x cada capítulo e, mesmo assim, como vocês puderam constatar, ainda rolam uns erros. O “v” do meu teclado está péssimo, então calculem. O que acaba atrasando bastante o ritmo da escrita, sabe? Mas enquanto eu tiver ideias, vou continuar escrevendo.



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