Invisible String escrita por Sunny Deep


Capítulo 1
PRÓLOGO


Notas iniciais do capítulo

Olá, querido leitor!

Sim, surtei e vim postar fanfic no impulso.

Esta é uma short inspirada em muitos filmes sobre amores que se encontram e desencontram durante a vida. É uma ideia que tenho há uns meses, porém se não fosse pela música que é o próprio título, eu não estaria aqui. Obrigada por isso, Taylor Swift hahaha! Como avisei no disclaimer, a fic possuirá sete capítulos (provavelmente) e este é apenas um prólogo curtinho para mostrar a vocês um pouquinho da história.

Link da música tema: https://www.youtube.com/watch?v=OuFnpmGwg5k

Espero que gostem! ♥



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PRÓLOGO

Time, curious time

Gave me no compasses, gave me no signs

Were there clues

I didn't see?


Tia, você já viveu uma história de amor?

Rose Weasley desviou o olhar do prato que colocava na pia, encarando a pequena garotinha na sua frente. Joanna usava pijamas de passarinhos e estava comportada com as pantufas ao invés de ficar com os pés no chão, como sempre. Sua mãe deveria ter dado várias instruções sobre como se comportar na casa da madrinha. 

— De onde veio essa pergunta? — sorriu, terminando de tirar os restos de lasanha da mesa. — Vai me dizer que está apaixonada?

Ela arregalou os olhos e franziu o nariz. 

Ugh! Não! Eca! 

Riu da careta, aproximando-se para afagar seu cabelo. Crianças. Essa, em especial, era muito enxerida para seus sete anos de idade.  

— Ainda bem, você é novinha demais pra isso. Por que a curiosidade? 

Pegou o avental colorido do gancho e amarrou as tiras, esperando Jo desenvolver a ideia que atormentava sua mente. Estaria curiosa com o sentimento? Possuía algum crush na escola? Roxy não comentara nada antes de deixar a filha ali para passar o final de semana.

Sei lá, só deu vontade de perguntar — deu de ombros, um pouco envergonhada. — E eu não conheço nenhum namorado seu.

Riu, ligando a torneira. A menina conhecera dois de seus ex-namorados, mas sua memória não deveria ter registrado com tanta profundidade. Não era algo memorável para a criança, pelo menos. 

— Você acha que eu preciso de um namorado? — instigou, sabendo que isso lhe daria mais tempo.

Tempo. Era isso que precisava.

Uma pergunta tão inocente era o suficiente para revirar o coração, dentro do peito. Um coração há muito adormecido. E Rose preferia manter-se longe dos sentimentos nostálgicos.

— Não, a mamãe também não tem um e vocês são as pessoas que eu mais amo. Eu só... queria ter mais um padrinho.

Riu. Típica Weasley. Sempre querendo mais.

— Mesmo com todos os tios te paparicando, você ainda quer mais? Garota exigente. 

A menininha compartilhou a risada, pegando o primeiro prato para secar. Era sim muito mimada pela família, não havia como negar.

Durante os minutos que passaram ali, a conversa tomou outros rumos, nem um pouco próximos ao passado romântico de Rose Weasley. O que era, de fato, um alívio.

Apenas quando os créditos de um filme infantil subiam na tela na televisão e elas arrumavam os travesseiros para dormirem na sala, horas depois, é que Jo pigarreou. E a ruiva teve a certeza de que deveria ter esperado por aquilo.

— Tia Rô... é o garoto loiro do trem?

— O quê?

— Seu grande amor. O da foto do trem.

Piscou, só então compreendendo o que a afilhada queria dizer.

— Andou mexendo nas minhas coisas?

Não estava irritada, apenas alarmada.

— Eu só ‘tava procurando uma tesoura. Juro juradinho, não olhei mais nada!

Comprimiu os lábios, mexendo a cabeça. Deveria ter jogado fora aquela foto, mas nunca conseguiu. Guardara na segunda gaveta da escrivaninha, como uma pequena relíquia. Um portal. Era como se conseguisse viajar no tempo apenas encarando as duas figuras abraçadas na Plataforma 9 ¾, os rostos alegres demais pela bebida da madrugada.  

— É ele, ?

Não respondeu, mas guardava um sorriso no rosto. Desligou a televisão e acomodou-se no colchão.

— Vocês forma um casal lindo. Tipo um príncipe e uma princesa.

— Obrigada.

— E eu posso saber o nome dele? — perguntou, aconchegando-se na tia. — Juro juradinho que não conto pra mamãe. Nem pro tio Al.

— Você e seus “juro juradinhos”, né mocinha? Ele não tinha um nome muito bonito.

A menina mexeu os pés animada, dando-se conta de que conseguiria alguma informação. Rose sabia que era inútil esconder qualquer coisa dela.

— Aposto que você 'tá tirando comigo.

— Acredite em mim.

— Mas eu quero saber!

Deu de ombros, abraçando ela e olhando para o teto. Mesmo com a cortina, algumas luzes da rua entravam pelos tecidos e pintavam o teto como caleidoscópios. Era um pouco cômico falar dele para alguém que não o conhecia, alguém que não fazia ideia da história dos dois.

Tudo bem, então. Scorpius.

— Credo!

Gargalhou, sentindo a corpinho chacoalhar de risada ao seu lado também.

— Eu avisei.

— Ainda bem que é bonitão. E onde ele 'tá agora?

Tudo seria mais fácil se ele estivesse apenas na foto que tiraram anos antes. Mais simples e tranquilizador.

— Eu não sei. Deve estar vivendo suas aventuras de príncipe por aí, quem sabe?

— É, ele tem pinta de príncipe mesmo. Pena você não saber. Podia ir atrás dele e ficarem juntos, né? Triste isso...

Sorriu condescendente e acariciou os cabelos cacheados da sobrinha. Não diria que era triste, apenas como as coisas funcionavam.

Era engraçado, até, na personificação mais impiedosa do destino. Por anos, nunca conseguiu entender como ou porquê o encontrava e reencontrava. Como se um barbante dourado estivesse amarrado em ambos, não importava onde estavam ou com quem estavam – aquela força maior os faziam esbarrar um no outro.

Contudo, depois de um tempo, acostumou-se a estar ciente de sua presença – e da falta dela.

Rose Weasley e Scorpius Malfoy haviam sido feitos para invadirem a vida um do outro, sem freios e de formas incoerentes. Tornando toda a arrumação de suas rotinas em bagunça. No entanto, não haviam sido feitos para permanecerem.

Ela não gostava de ser saudosista. Porém, se fechasse os olhos, conseguia relembrar de cada pequeno encontro e desencontro. Como uma trágica história de amor. Um caleidoscópio de sentimentos. 


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Notas finais do capítulo

EU JURO QUE A FIC NÃO É TRISTE!

Sério, não é. Talvez um pouco melancólica em alguns momentos, mas prometo que vocês vão ficar felizinhos com a história. Estou curiosa pra saber o que acharam! Que tal me contarem nos comentários as expectativas e teorias de vocês?

Semana que vem sai o próximo capítulo.

Até lá!

Beijinhos, Sunny ♥