Diversus - Sede de Vingança escrita por Gabriel Lucena
Depois de saber da morte de Guilherme, Rebekah decidiu que não contaria para Tita, não bastasse o fardo que ela carregava desde muitos anos e ainda tava impactada com a morte de Henrique, o que realmente abusou dela, não seria justo deixar ela ainda mais pra baixo. Porém, ela precisava que Evan agisse logo, tinham que descobrir quem era o assassino.
— Sou um inútil... - lamentou Evan, por não conseguir pegá-lo.
— Você não é um inútil, fez o que você pôde. - disse ela, colocando a mão no seu ombro.
Evan suspirou, se AQUILO que ele fez era seu máximo, então ele estava longe de ser um verdadeiro herói e ainda precisava evoluir muito.
Não muito longe dali, três garotas estavam sentadas em um quarto, um delas era a dona da casa e os pais haviam viajado, então elas aproveitaram para se esconderem do assassino na casa.
— Tem certeza que aqui é seguro? - perguntou a primeira.
— Claro, ele nunca vai saber que estamos aqui. É bem mais fácil ele nos achar em nossas casas. - respondeu outra.
— Só queria entender como ele conseguiu descobrir aonde ficava cada um dos meninos. - disse a terceira.
— Ora, isso é tudo culpa da Tita! Ela deve ter falado pro tal garoto o que aconteceu no passado e onde moramos.
— Como você pode ter certeza Cássia? Ela nem sabe onde moramos.
— E precisa saber Rita? Hoje em dia tudo é tecnologia, até pessoas que não nos conhece consegue nos localizar.
— Nisso eu concordo. Ele pode ter salvo a Terra e a cidade algumas vezes, mas só o fato de já ter matado o próprio pai, já o torna perigoso. - respondeu a última.
Enquanto isso, Augusto estava em sua sala, sentado em sua cadeira, pensativo. Não haveria nenhuma pista de como poderia pegar aquele assassino? E a história do tal sangue do Diversus? Como ficaria aquilo tudo se descobrissem a verdade? Seus pensamentos saíram de transe quando ele percebeu, na tela do seu pequeno monitor, um homem andando de moto com as mesmas roupas que o invasor que matou Henrique usava.
— Senhor, o que o senhor olha tão fixamente? - perguntou um policial.
— Bom, mandei instalar vários drones com minicâmeras por todas as esquinas, ruas, avenidas e estradas da cidade. Assim, quando Diversus entrar em ação, o garoto vai entrar numa fria, pois conseguiremos ver ele agindo e poderemos pegá-lo antes dele conseguir fazer mais uma vítima. - explicou ele.
— E se ele perceber a câmera e quebrar antes?
— Levaremos os outros drones para cá, no dia seguinte, faremos tudo de novo.
Foi então que ele percebeu que o homem que era seguido pelo drone, parou em frente á uma mansão. Em seguida, desceu da moto e pulou o muro alto de concreto, enfeitado por uma cortina de plantas. Mas, Augusto era ágil e se levantou.
— Rápido, acabei de flagrar uma invasão numa casa, vamos! - disse ele, correndo para fora da sala.
Duas viaturas foram correndo até a mansão, onde Rita e Thayanne ficaram abraçadas, com medo, tentando se acalmar para não espantar o invasor, que à essa altura esmurrava a porta com algo, Cássia segurava um bastão.
— Você é muito inteligente pra pensar que vai poder derrubar um bandido com esse bastão! - ironizou Rita.
— Cala a boca, temos que tentar algo! Agora fiquem quietas para ele não nos ouvir. - rebateu ela.
Silencioso e com cautela, logo após conseguir entrar pela porta da frente, o invasor passava pelos arredores da casa, olhando tudo em volta. O silêncio era perturbador, dava para ouvir seus passos, mas também as batidas descompassadas dos corações das meninas.
E ele percebeu isso.
Correu até o quarto delas e começou a esmurrar a porta com o taco de baseball que usou para matar Henrique, duas noites atrás. Enquanto a porta era esmurrada, Cássia fazia sinal para elas ficarem em silêncio, mas quando a fechadura quebrou e ele conseguiu abrir a porta, gritaram de pânico. Cássia não se deixou levar por aquele rosto coberto pelo capuz e acertou-lhe um golpe na testa, o fazendo cair no chão. Mesmo meio zonzo, ele estava se levantando quando levou um chute nas costelas, mas não foi nenhuma das meninas que deu, foi Evan.
— Di-diversus? - exclamou Rita.
Agora complicou tudo na cabeça delas, se não foi ele, quem era o assassino encapuzado que invadiu a casa delas? Não havia tempo para pensar, quando Evan socou o rosto do invasor, ele caiu para trás. Tentou golpear de novo, mas ele segurou sua mão.
— Aí, você joga futebol? - perguntou Evan, dando uma cabeçada no invasor, que soltou sua mão ao cair para trás, as meninas aproveitaram a briga para fugir. O invasor ainda tentou correr atrás delas, mas Evan o agarrou por trás, porém, levou uma cotovelada no nariz, o que o fez recuar, o invasor se virou e tentou o socar, mas ele se defendeu, finalizando com um chute no estômago tão forte que o jogou longe, só parando ao cair sobre o piano que estava na sala. Evan logo se aproximou e o pegou pelo colarinho, tirando o seu capuz, mas assim com da outra vez, ele estava mascarado, mas isso não importava. Quando ele estava prestes a retirar sua máscara, o invasor golpeou-lhe na cabeça com um pedaço de madeira que caiu do piano, o jogando no chão, mas não o nocauteou. O invasor se levantou e começou a correr atrás das meninas. Elas já estavam no portão da frente, que se abria quando ele surgiu na porta da casa e correu atrás dela, mas logo Evan surgiu pulando uma janela, quebrando o vidro da mesma e conseguiu pular em cima dele, ambos rolaram no chão, com direito a socos e chutes.
Nesse momento, o portão se abriu por completo e a polícia logo chegou, foi quando Evan percebeu que havia conseguido vencer e socou a têmpora do invasor, o deixando zonzo mais uma vez.
— Parado, não se mova! - Augusto apontou a arma para os dois, Evan ergueu as mãos para cima e se afastou do corpo do invasor. Mesmo assim, o policial estava preparado para prendê-lo, quando Rita apareceu.
— Ei moço, não prende ele, era esse mascarado aí quem queria nos matar, ele só nos salvou. - pediu ela.
— Cala a boca garota, me deixe terminar meu trabalho. - bufou o policial, a ignorando.
Antes que pudesse algemar Evan, o mesmo deu seu super-pulo e conseguiu parar no teto da casa vizinha e foi pulando as outras casas até sumir de vista.
— Merda! - esbravejou o policial.
Então, os outros policiais se ajoelharam e ajudaram Augusto a prender o invasor, o algemando.
— Antes de ir apodrecer na cadeia, vamos ver quem está por trás da máscara. Assim posso te olhar nos olhos enquanto lhe prendo. - falou ele, retirando a máscara do invasor e logo ao olhar para o rosto dele, ficou em choque.
Era Cléber, policial foragido que havia sumido após a morte de Robert, que sempre o ajudava a tentar prender Diversus.
— Não pode ser... - disse um policial, igualmente em choque.
— Não é aquele policial que ajudava o Robert? Mas ainda falta o Joilson. - falou.o outro.
— É, deve estar querendo se vingar do garoto pelo que aconteceu com o Robert. A filha dele precisa saber disso.
Depois de alguns segundos, sem falar nada, Augusto se recompôs, assim como todos ali. Cássia, Rita e Thayanne foram os acompanhando até a viatura enquanto eles carregavam Cléber, desacordado para a delegacia. Lá, eles pretendiam interrogá-lo e finalmente descobrir o que o levou a fazer tudo aquilo.
***
A notícia logo se espalhou, a mídia ficou sabendo e virou matéria do jornal na televisão, Rebekah viu aquilo tudo e ficou em choque.
— Meu deus! - disse ela, quase deixando o prato cair.
— O que foi filha? - perguntou Tânia.
— Mãe, acredita se eu disser que aquele policial que ajudava meu pai era o assassino?
Tânia logo olhou na televisão e realmente, o retrato de Cléber apareceu por lá, sendo mostrado o momento exato em que ele era capturado por Evan e os policiais.
— Espero que apodreça na cadeia. - disse Tãnia, enojada.
Mas Rebekah, decidida, sabia que Evan precisava saber o motivo de tudo aquilo. Então, terminou de comer, foi deixar o prato na cozinha e então caminhou até seu carro, ligou e saiu da garagem, começando a dirigir para a delegacia o mais rápido possível, estava disposta a tentar descobrir o que Cléber tinha a revelar e contar para Evan depois.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Calma que esse foi só o começo da treta... kkkk