O príncipe babaca e a florista iluminada escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 10
Beijos, Lua, Sol e Piquenique


Notas iniciais do capítulo

Esse foi um pouco menorzinho, mais achei super necessário, e foi muito fofinho escreve-lo, espero de verdade que vocês gostem, e por favor me digam o que estão achando!



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POV Eliza

Quando a mão dele saiu do meu rosto e foi parar na minha coxa, acordei do transe em que estava e sutilmente o empurrei. Então ele começou a distribuir beijos e mordidinhas no meu pescoço, estremeci com a sensação, fazia algum tempo que não me sentia assim desejada, mais não podia deixar continuar.

—Arthur, para, por favor — falei colocando a mão no peito dele e o empurrei novamente.

Ele levantou o rosto um pouco confuso, mas me largou e se sentou passando a mão no cabelo. Eu me ajeitei também, subi a alça da minha blusa que ele tinha baixado e me virei para ficar de frente para ele.

—Me desculpa, eu me empolguei, não devia ter feito nada. - ele encheu a sua taça e deu um gole longo.

Puxei o rosto dele de forma delicada, para que ele me olhasse, e fazendo um carinho, falei.

—Você não precisa me pedir desculpa, de forma alguma, foi algo de momento, mais foi algo que os dois quiseram, e quando eu pedi para você parar, você parou, como sempre fez.  -suspirei antes de continuar - Só não sei se a gente deve misturar as coisas de novo.

Assim que terminei de falar, ele virou o rosto e beijou minha mão, então se levantou e estendeu a mão para mim.

—Vem, vamos dormir, já está tarde e amanhã as crianças vão acordar com energia total, e o dia vai ser longo, tenho bastante coisa planejada.

Aceitei a mão que ele me oferecia, e fomos caminhando de mãos dadas até o quarto que íamos dividir, assim que entrei peguei meu pijama e fui no banheiro me trocar, quando voltei ele já estava deitado, lendo um dos seus muitos livros de poesia.

Me ajeitei na cama e antes de dormir lhe dei um beijo na bochecha, então virei para o lado e fechei os olhos tentando relaxar, algum tempo depois, acho que ele pensou que eu já estava dormindo pois começou a passar a mão nos meus cabelos em um carinho delicado, logo depois ele se deitou e me abraçou, então sussurrou.

—”Bem no regaço da lua, já não padeço. Ai, seja como quiseres, Amor-Perfeito, gostaria que ficasses, mas, se fores, não te esqueço”. Queria que você ficasse comigo Eliza, mas tudo bem, vou carregar esse sentimento comigo para sempre, porque ele me fez uma pessoa melhor. - depois disso deu um beijo no meu pescoço, acho que logo em seguida adormeci.

Acordei algumas horas depois, entrelaçada no Arthur, minha mão descansava no peito dele, nem lembrava de ter me mexido tanto para terminar nessa posição, mais isso não era o mais importante, eu estava muito confusa, quando voltei tinha certeza que poderíamos ser apenas amigos, que meus sentimentos estavam bem enterrados e resolvidos, mais toda vez que estou perto dele, um pedacinho dessa parede cai, e ele bagunça meu coração e minha cabeça.

Levantei o rosto para olhar pra ele, tão sereno enquanto dormia, falei então baixinho.

—Você sempre teve o dom de me deixar confusa, já nem sei mais o que estou sentindo, nem sei mais o que quero sentir, só tenho certeza que não quero te deixar.

Resolvi que pensaria nisso outro dia, quem sabe pedir alguns conselhos, nesse momento apenas deitei a cabeça onde poderia ouvir as batidas do seu coração e me deixei embalar por esse som.

Horas mais tarde, comecei a ouvir uns risinhos, e “senti” alguns flashes, quando tentei me levantar, Arthur me puxou para mais perto, quase como se fosse me beijar inconscientemente, fiz um pouco de força e me soltei um pouco do seu abraço e olhei ao redor, para ver duas garotas tirando fotos e rindo.

—Arthur acorda, que a gente tem companhia.

—Ai, deixa eu dormir vai. 

—Arthur acorda, as crianças já estão de pé, e estão na porta.

Ele resmungou mais um pouco, eu não lembrava que ele era tão preguiçoso de manhã, mas depois de algum tempo, já estamos na cozinha tomando café da manhã, e Arthur estava falando dos planos que tinha feito para gente.

—Pelas minhas contas, vamos chegar em Búzios pouco antes do almoço, vamos comer na cidade, depois podemos passear, andar de bicicleta, e no final da tarde pensei em fazermos um piquenique, depois a gente volta pro Rio.

—Gostei de tudo, vai ser muito divertido. - Dayse estava super animada.

—E vai ser legal, desde que a gente não precise ficar segurando vela pro casal - Jojo falou rindo.

—Jojo, você quer parar com isso, está nos deixando constrangidos, fora que a piada já perdeu a graça. - Arthur falou sério, quase chateado.

Depois que o clima melhorou gradativamente, o restante da manhã foi tranquilo, aproveitei para tomar um pouco de sol, enquanto as crianças jogavam video-game sentados perto de mim, Arthur estava sentando no leme, com um livro aberto, provavelmente lendo poesia, ele tinha estado um pouco distante depois que levantamos.

Quando chegamos a Búzios, Arthur ancorou, e nos ajudou a descer, a primeira parada seria no restaurante, todos estávamos com fome, de forma meio inconsciente, depois de alguns passos procurei a mão do Arthur e entrelacei meus dados aos dele, mais uma vez éramos o retrato de uma família, as crianças estavam um pouco mais a frente, meus irmãos olhando tudo com curiosidade. 

Arthur disse que tinha feito uma reserva para nós no La Tapera, uma casa de massas e pizzas no estilo argentino, que esperava agradar a todos.

Quando chegamos lá, me encantei com o lugar era simples e muito bonito, o almoço foi excelente, a comida era maravilhosa, o atendimento muito bom, quando já estávamos na sobremesa, Arthur contou a surpresa da tarde.

—Então agora nós vamos alugar as bicicletas e o primeiro lugar que eu gostaria de visitar, é a Rua das Pedras, na Praça Santos Dumont, depois a gente vai fazer nosso piquenique no Pier da Praia do Canto e para felicidade de todos vamos terminar o dia no Radical Park, todos de acordo?

—Claro que sim, vai ser muito legal - eu disse, e então nos levantamos e depois de quase brigar com Arthur para dividir o valor da conta no restaurante fomos em direção a loja de bicicletas.

Todos estávamos nos divertindo muito, foram muitas fotos, muitas risadas, muitas compras, ainda estava cedo quando chegamos no Píer, e as crianças foram tomar um banho de mar, enquanto eu e Arthur aguardávamos a comida que tínhamos pedido no restaurante ali perto ficar pronta.

—Obrigada Arthur, o final de semana está sendo maravilhoso, fazia algum tempo que eu não me divertia tanto. - ele pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos.

—Não precisa me agradecer, eu também adorei cada momento desse final de semana — então ele beijou minha mão - serviu para me dar algumas certezas.

Antes que pudéssemos falar mais alguma coisa, que eu pedisse para ele explicar o que queria dizer, a comida chegou e a galerinha saiu da água para comer, todos estavam animados em ir para o tal Parque Radical.

Quando todos estavam alimentados, pegamos as bicicletas e fomos em direção ao que segundo a Jojo e o Carlinhos seria a melhor parte do dia, o lugar oferecia muitas atividades radicais, kart, paintball, tirolesa, escalada, arvorismo, bungee trampolim, e muitas outras.

Chegamos lá perto das 18h, e quando já eram 20h30 e tínhamos que ir embora mesmo, fui bem difícil tirar a galerinha lá de dentro, eles tinham adorado o lugar e tivemos que prometer trazê-los em breve novamente, porque ainda tinham muitas atividades para eles fazerem, foram que ficaram bravos que foram barrados no paintball, eram muito novinhos.

De volta a lancha a caminho do Rio, todos estavam mortos, e depois de obrigar todos a tomar banho, foi um tombo na cama. O caminho de volta que iria durar cerca de 4h, fizemos em um silêncio confortável.

Quando chegamos na marina, foi difícil tirar as crianças do barco, todos queriam ficar dormindo, mais depois de algum tempo, conseguimos colocar todos e tudo no carro, e fomos em direção ao bairro de Fátima.

Quando Arthur parou em frente ao Flor, descemos e antes que eu pudesse abrir a porta para tirar meus irmão, ele me puxou para um abraço, que depois do susto eu retribui, depois de uns segundos, estranhei que ele me olhou bem nos olhos e me pediu desculpa, então me beijou.


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