A Haruno cruzou suas pernas incomodada não sabia que teria de aguardar, afinal tinha um trabalho para fazer. Notou os seguranças fitarem seriamente qualquer movimento humano, depois do atentado certamente dobrou a guarda. 

— Desculpe fazer esperar, tratava alguns assuntos com meu acessor. 

— Conte-nos sobre o ataque - expressou direta.

— Havia terminado de tomar banho quando escutei barulhos estranhos. Saí do quarto então alguém surgiu por trás e tentou me asfixiar usando uma corda. Foram momentos tão ruins tenho arrepios ainda - proferiu a modelo com voz falha.

— Imagino seu susto, mas depois o sujeito fugiu?

— A empregada viu tudo e esbravejou por ajuda fazendo este correr.

— Precisarei das filmagens para vermos se encontramos algo. 

— Os funcionários no qual fazem parte do monitoramento observaram nada errado quando Inoichi morreu? - questionou Hinata. 

— A-ah……. logo vieram após eu gritar. 

— Então precisou de você avisar, ninguém entrou na casa?

— Bem...… s-sim.....

                    ……...….

Ela se espreguiçou na cadeira giratória, o dia passou rápido logo tinha anoitecido. Sakura anotava combinações daqueles números numa agenda antiga, os cabelos rosas amarrados num coque desgrenhado, olhos cansados e respiração pesada indicava sua insônia. O relógio ao lado do notebook indicava ser 02h00 da madrugada. 

Lembrava da mulher deitada sobre si ainda produzia efeitos, queria tanto tocar nos lábios tão próximos, ficar encarando aquelas íris peroladas, acariciar cada parte das curvas bem delineadas. Mordeu o lábio se repreendendo por tais pensamentos, a legista era um caminho da perdição.

                    ……….....

A Hyuuga não conseguiu dormir, lembranças do passado quando tomava álcool até cair em bares para esquecer das frustrações bombardevam sua mente. Estranhamente sentiu-se tão alegre ao ver a rosada descontraída, os toques dela pareciam marcados, recordou da detetive tocando suas mãos quando estava preocupada pela mãe. Mesmo se conhecendo pouco, os olhos verdes fitavam com tanta ternura. O calor emanado na hora que dançaram permanecia provocando-a. 

O celular vibrou em cima da escrivaninha.

— Venha até minha casa! - exprimiu Sakura.

— Ah….. ok.

Chegou depois de uns minutos na moradia da outra no qual recebeu sorridente, entrou notando como tudo estava organizado, o ambiente exalava um perfume doce.

— Fiz várias pesquisas sobre a vida de Inoichi, li notícias, redes sociais, busquei informações com colegas de  trabalho. Ele andou questionando muito os contabilistas, pedia diversos documentos alguns até sigilosos que claramente foram recusados. Mas teve ajuda de Chouza Akimichi, este forneceu vários documentos ao amigo. 

— Interessante - disse tentando seguir a linha de raciocínio.

— O escritório do Sr. Yamamaka realmente passou por limpeza, tanto na empresa quanto da mansão. Existe diversas contas não batendo nessas folhas, investimentos mal explicados. Seu último destino segundo esse homem foi Amegakure, sendo conhecida pela população de baixa renda.

— Qual foi o motivo dele ir lá?

—  Nem Chouza sabe, somente dava os papéis porque confiava no Sr. Yamanaka, contudo desconhece as intenções.

— Amanhã faremos uma viagem então.