As duas levantaram vendo o carro queimar, imediatamente Sakura ligou para os bombeiros e a polícia vir. Observou uma Hyuuga nervosa, esta apertava seus dedos na barra da blusa. Os oficiais demoraram alguns minutos para chegarem, todos assistiam impressionados. Elas comunicaram o que viram, depois prosseguiram na investigação.

Outra vez estavam ali em frente daquela grande moradia, Ino veio recepcioná-las, incrível como sempre se vestia de maneira impecável. As duas percorreram alguns corredores e o quarto do falecido, olharam seus pertences. Posteriormente caminharam até onde ficava o escritório dele, a modelo facilitava bastante trazendo inúmeras pastas de documentos. Também falou do pai sendo um ótimo profissional e constantemente preocupado com a empresa, passava longas horas se empenhando para isso.

Leram os vários papéis no qual tinham respeito sobre a parte financeira da firma, continha muitos números e gráficos. Hinata percebeu algumas prateleiras vazias na estante, então questionou para a loira.

— Não sei exatamente, acredito que ele estava limpando. 

Sakura tirou fotos dos papéis para saber o último trabalho do homem depois agradeceu Ino. Também conversaram com os seguranças daquela noite, todos lembram de Kurenai e Shikaku, as câmeras confirmaram o horário deles em 11h00 e 11h30, respectivamente. Enquanto que Inoichi morreu por volta das 01h30. 

Na rua olharam para o meio fio vazio, respiraram fundo pedindo outro táxi.

— Você está bem? - indagou a legista.

— Hum..... sim.

— Acabaram de explodir seu carro e logo teve que vir investigar um caso.

— Sou detetive, estou acostumada com ameaças.

— Já detonaram seu veículo antes?

— Não - respondeu rindo - Ninguém nunca foi tão extremo, mas coisas assim são os males do meu emprego. Você agiu bem, eu distraída nem percebi nada. 

— Obrigada. Conseguiu ser bem profissional, provavelmente eu estaria abalada até agora.

                     ……...…

A Haruno tomou café na sua mesa vendo as imagens no computador, além dos documentos tirou fotos de vários lugares daquela mansão, nada parecia indicar um assassinato exceto pela cozinha desorganizada. Escutou Hinata aproximar-se usando seu jaleco, virou a cabeça para o lado corada. Como ela consegue ser tão sexy sendo casual?, pensou.

— Não encontrei digitais na análise do corpo, a pessoa preparou-se para isso. 

— Merda - xingou depois virou-se encarando a médica - Sabe, olhando essas folhas fiz uma descoberta. Reparando bem dá para ver alguns números em fontes diferentes. Ele teve o cuidado de colocar algo diferenciado entretanto não tanto, assim seria dificilmente percebido.

— Nossa, você deve ter ficado muito tempo vendo isso. 

— Algumas horas e após umas vinte canecas de café.

— Então os numerais são: 13-9-14-1-20-15-11-26-5. Será uma conta de banco?

— Talvez ou alguma senha.

— Posso pesquisar também, Shizune está cuidando de tudo no necrotério.

— Aceita ir num lugar para beber? Nem agradeci por salvar minha vida.

— Imagina, eu fiz nada.

— Preciso descansar um pouco.

Ela pensou bastante, fazia tempo desde que tomou algo alcoólico e não acabou bem. Mas a detetive parecia tão animada então aceitou, esperava esquecer o acontecimento da última vez.