Red Moon escrita por Tha


Capítulo 9
De uma chance


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como vão?
Agradeço pelos comentários ~coraçãozinho~
Boa para o capítulo?



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Biblioteca, Castelo Volturi - Itália

Após os caçadores saírem, começamos a procurar algo nas prateleiras, mas conhecendo pouco os Volturi já era obvio que não teria nada a vista o que eles estivessem escondendo em teoria estaria muito bem guardado.

Aro era o que dava mais ordens, já que Caius cuidava da justiça e não ligava muito para as coisas burocráticas, e Marcus era o imparcial se sentia tedioso a maior parte do tempo segundo Jasper, não tinha como negar que os três funcionavam bem e fizeram um clã poderoso.

— Nunca pensei que iria participar de algo nessa magnitude – falou Eleazar debruçado em um livro – E de bônus encontrar um escudo tão poderoso quando o de Renata.

— Se Bella não tivesse se tornado uma caçadora e sim um vampira ela seria um objeto de interesse de Aro assim como Edward e Alice são – comentou Tanya

— Ela nunca iria ser uma Volturi – Esme balançou a cabeça – Bella está melhor como caçadora, servindo a um propósito nobre.

— E pensar que caçadores seriam iguais os irmãos Winchester – Emmett deu risada afastando um pouco a cortina – Estou curioso para saber como eles lutam e matam os demônios, será que essas lâminas têm sal grosso ou são banhadas em água benta?

Revirei os olhos enquanto colocava um livro de volta no lugar e ouvi pequenas risadas de Irina e Carmem.

— Isabella falou que eles têm um material que é diretamente extraído do céu, então não precisam dessas coisas inventadas por Aro para fazerem os humanos acreditarem que tinham algo para se defender – opinou Eleazar dando de ombros

Continuamos a folhar os livros, e nem nos tocamos que havíamos ficado a madrugada inteira por lá até começarmos a ver e sentir os primeiros raios de sol vindos das janelas. Carlisle decidiu que teríamos que voltar aos nossos respectivos andares para se trocar e depois talvez poderíamos nos encontrar com os caçadores. Nos despedimos e fomos para os nossos andares.

Já estava planejando um jeito de conversar com Bella sem ela tentar me matar ou me bater, confesso que aquele tapa chegou a doer um pouco e fiquei preocupado pensando que ela havia quebrado a mão, mas não ela continuou intacta.

Me arrependo amargamente por ter mentido para Bella e agora estava colhendo os frutos dessa mentira, quando ela apareceu na sala de reunião sozinha aquele dia, consegui pegar pensamentos interessados vindos de Demetri e do irmão gêmeo de Jane, Alec, e não gostei nada daquilo.

Segundo os seus pensamentos, minha Bella se encaixava facilmente na guarda Volturi e era a mulher perfeita para eles, naquele dia tentei disfarçar o meu olhar de ódio, mas Demetri percebeu e me deu um sorriso cheio de escarnio.

Quando chegamos em nosso andar, andei até o meu quarto, escolhi uma roupa e resolvi tomar um banho, apesar de nós vampiros não precisarmos o banho era algo que ficava como um costume que não se perde com o tempo se fazendo necessário para alguns.

Assim que acabei o banho e estava devidamente vestido comecei a ouvir passos vindo o andar de cima denunciando que os caçadores haviam acordado, alguns conversavam com outra pessoa pois as vozes eram desconhecidas e os outros três andavam pelo andar falando pouca coisa.

Fiquei imaginando o porquê de eles usarem preto, dos dias em que estávamos aqui a cor preta era o que mais predominava nunca os vi usarem outro tipo de cor. Era muita coisa que não sabíamos e cada vez que eles contavam algo, mas interessado ficávamos.

Quando eu me aproximei de minha cama comecei a pegar pensamentos acelerados de dois vampiros e eram de Jane e Chelsea

Puta que me pariu, Aro e Caius vão nos matar certeza pensou Jane

Vou começar a fazer algo que não faço a muito tempo... Orar pensou Chelsea

Confuso sai do quarto para avisar que algo não estava certo ao mesmo tempo em que ouvimos um grito e era um grito irado de Aro. Olhei para todos alarmado, uma batida em nossa porta se fez presente e Jazz correu para atendê-la.

— Que grito foi aquele? – perguntou Isabelle sem enrolação

— Não foi de nós – neguei – Jane e Chelsea estavam pensando em Aro e Caius antes do grito, algo deve ter acontecido.

— Pai – Alice olhou para Carlisle – Acho melhor ir ver o que está acontecendo, não estou conseguido ver nada ainda estão me bloqueando.

Olhei para Bella que sustentou o meu olhar entendendo rapidamente a mensagem, Alice não está conseguindo prever o futuro desde que pisou em Volterra.

— Concordo com Alice – Falou Bella quebrando o contato visual

Logo descemos as escadas, nos encontrando com outros clãs que desceram após ouvir o grito, os pensamentos estavam agitados todos pensando o que havia acontecido a essa hora da manhã.

— Sabe o que está acontecendo, Carlisle? – perguntou uma mulher de cabelos ruivos, Sobian

— Não faço a mínima ideia, Sobian – respondeu meu pai

Vi os caçadores tomando a frente e nós os seguimos, no caminho encontramos outros Volturi da guarda e estavam com os semblantes preocupados. Assim que entramos na sala dos tronos vimos Aro segurando Chelsea pelo pescoço com a expressão irada e Caius não estavam muito atrás olhando de forma assassina para as duas vampiras a sua frente e pela primeira vez vi Jane com medo.

— COMO ELAS SUMIRAM? – gritou Caius descendo um dos degraus

— E-Eu não sei, senhor – respondeu Jane gaguejando

Aro fechou os olhos e percebi que estava lendo os pensamentos de Chelsea, usei o meu ‘’dom’’ e li que o quarto onde ficavam as esposas estava com algumas coisas no chão espalhadas pelo quarto e no canto havia o corpo morto de uma vampira.

— Elas não usaram pó magico para sumirem – Aro abriu os olhos e encarou Jane – E de brinde deixar o corpo de Corin.

Carlisle e Eleazar arregalaram os olhos ao se darem conta do que estava acontecendo.

— Se me permitem – Clary ergueu a mão chamando atenção

— Fale caçadora – permitiu Marcus ignorando os olhares suicidas dos irmãos

Clary limpou a garganta antes de falar.

— Mas que porra está acontecendo aqui? – perguntou calmamente

Aro jogou Chelsea no chão de forma bruta e andou até Clary, os outros caçadores deram um passo para frente prontos para a defenderem de qualquer ataque, rapidamente fiquei sem acesso aos pensamentos de Clary era como um buraco negro sem a ausência de som, olhei para Bella sabendo que de alguma forma era intervenção dela. Eleazar não explicou como funcionava esse escudo que Bella projetava, mas acabei entendendo por si só a mecânica desse dom.

Bella é simplesmente perfeita pensei reprimindo um suspiro

— Me permite pegar a sua mão, Clary? – perguntou Aro 

— Para fuçar a minha mente, Aro? – Clary devolveu a pergunta – Não iria conseguir mesmo se eu desse permissão, não fuja do assunto como um covarde vampiro, fale imediatamente o que está acontecendo. Não estamos aqui para brincadeira, se isso é uma encenação Shakespeare ganharia fácil de vocês.

— Espero que não tenha ficado ofendido, já que vocês têm a tendência de se ofenderem por qualquer coisa – Bella revirou os olhos – Responde à pergunta dela, Aro ou melhor ainda Caius nos conte.

Todos os olhares se voltaram para Caius que se encontrava espumando de raiva.

— O maldito assassino de esposas sequestrou minha esposa e a de Aro – falou Caius entredentes – Ao que parece não ficou satisfeito por ter matado a esposa de Marcus

— Não coloque Didyme na conversa – rosnou Marcus se desencostando um pouco do encosto de seu trono – O assunto é envolto de Athenodora e Sulpicia.

Observei que aqueles que tinham companheiros se aproximaram mais um do outro, senti uma vontade enorme de ficar ao lado de Bella, mas suas palavras ecoaram em minha cabeça e fiquei onde estava respeitando o seu espaço.

— Não sei se podemos fazer algo a respeito – falou Jace mantendo uma pose indiferente – Se fosse algo demoníaco já teríamos rastreado.

Pelos pensamentos de Aro, ele estava prestes a pular em Jace, mas sabia que os outros poderiam matá-lo sem restrições.

— O assassino deixou algo? – perguntou Liam

Os olhares de Aro e Caius caíram em Jane e Chelsea que não os encararam mantendo o olhar abaixado.

— Não – respondeu Jane – Ele matou Corin, aparentemente, minhas senhoras, lutaram, mas não obtiveram sucesso.

— Incrível! – exclamou Aro com a palavra pingando sarcasmo – Descubram para onde ele as levou... AGORA!

Os vampiros da guarda arregalaram os olhos e saíram correndo da sala. Aro e Caius sabiam que não podiam matar Chelsea e Jane pois elas eram da guarda e desempenham um papel importante para eles, então eles a deixaram ir junto com os outros.

— Acha que isso não acabou coincidindo com o que está acontecendo, Aro? – questionou meu pai

— A essa altura parece que tudo saiu do controle – respondeu Aro com uma falsa calma

Ele andou de volta para o seu trono e se sentou, seus pensamentos estavam inteiramente voltados para Sulpicia.

— Caçadores, o café da manhã está posto na mesa do jardim – falou Marcus – E depois, Isabella?

Bella olhou para Marcus com uma sobrancelha arqueada e esperou, peguei pensamentos surpresos dos outros já que Marcus raramente conversa com outra pessoa além de Aro e Caius.

— Poderia falar com você? Depois de seu café, é claro – perguntou

— Hum... Claro – respondeu Bella

— Não se preocupe, irei até o jardim. – Marcus balançou a cabeça

— Ok – Bella se voltou para os outros – Vamos? Estou morrendo de fome.

Jardim, ala sul do castelo, 08:00 am

— Aquilo foi uma cena e tanto – afirmou Alec se sentando na cadeira e pegando uma torrada

— Acham mesmo que esse ‘’assassino de esposas’’ existe mesmo? – Jace fez aspas com os dedos antes de se sentar 

— Provavelmente sim, se ele matou a esposa de Marcus estava demorando para atacar novamente – dei de ombros caçando um pão tipicamente italiano na mesa

— Mas que é estranho é – comentou Izzy ao meu lado – Segundo o que sabemos as esposas eram muito bem guardadas em uma torre e agora parece que tudo era mentira, pois elas sumiram da noite para o dia.

Acabamos concordando com Izzy era realmente muito estranho e ficou ainda mais estranho por Marcus querer falar comigo dada a sua fama de antipático.

— O que aquele telepata do Paraguai passou para você, Bells? – Clary me olhou tomando o seu chá

— Vocês sabem que Alice pode prever o futuro – olhei para eles que concordaram com a cabeça – Acontece que ela não está conseguindo ver absolutamente nada, alguém sabe sobre o poder dela e está a impedindo.

— Então não temos nada do futuro? – questionou Alec

— Enquanto a pessoa não tomar nenhuma decisão, não teremos nada – neguei com a cabeça – Esse é o lado falho do dom dela.

— Pensei que estava ignorando os olhos dourados – falou Jace

— E estou – revirei os olhos – Acontece que me preocupo com a família Cullen, Alice era a minha melhor amiga e saber que não está conseguindo ver o futuro traz uma preocupação.

Comemos em silencio até que vejo um leve olhar de divertimento vindo de Izzy e aguardei sabia que algo viria da cabeça mirabolante dela, ainda me lembro do dia da nossa cerimonia de parabatai foi um belo dia em Alicante nossas famílias gostaram, minha mãe e Maryse ficaram bem emocionadas e os meninos Jace e Alec nos zoaram mais tarde por conta de nossos nomes serem quase iguais.

Isabelle não era apenas uma pessoa que lutava ao meu lado, ela é uma amiga, uma irmã e eu presava muito essa nossa conexão. Sabia que ela também achava isso depois de sairmos vivas de Edom, Izzy passou a noite na minha casa em Alicante ficamos conversando a madrugada toda e ela acabou me revelando isso.

— Já repararam que o Jace é parecido com Caius? – Izzy deu um sorriso inocente

Olhamos para Jace e inclinamos a cabeça o observando bem para logo em seguida cairmos na gargalhada.

— Haha muito engraçado – Jace olhou feio para nós que continuávamos a rir – Até parece que o purpurina vai chegar aos meus pés.

— E não vai, meu amor – falou Clary secando uma lágrima

— Vocês são patéticos, acabou com a diversão – Alec negou com a cabeça se levantando – Vou dar uma volta pelo castelo, alguém quer me acompanhar?

— Eu bem que gostaria, mas tenho que esperar Marcus – dei um suspiro entediada

— Falando nele – Izzy apontou para a parte coberta – Boa sorte, bora pessoal.

Alec e Isabelle saíram arrastando Jace e Clary, me deixando sozinha. Vi Marcus se aproximar e não liguei para seu rosto estar brilhando, fiz um movimento com a mão apontando para a cadeira a minha frente e esperei ele se sentar.

— O que quer falar comigo, Marcus? – perguntei

Ele olhou todos os alimentos da mesa com desgosto antes de me encarar, os olhos vermelhos intensos de Marcus refletiam uma alma sem cor e sem vontade.

— Isabella, normalmente eu não ajudo ninguém dado a minha fama consolidada de antipatia – a voz de Marcus soou rouca – Mas acho que vou quebrar um pouco dessa barreira.

O olhei confusa não estava entendendo a onde ele queria chegar com isso.

— Perdão, onde quer chegar com isso? – fiz mais uma pergunta

— Senti uma certa intensidade de um relacionamento antigo seu, assim que você e os outros entraram na sala de reuniões no primeiro dia – ele deu de ombros – Não ligaria muito se essa intensidade não se complementasse com outra.

— Marcus, entendo que você sente os relacionamentos...

— Criança, eu era muito feliz ao lado de minha esposa, nosso relacionamento era profundo, a aura de felicidade dela era contagiosa – o olhar dele estava longe – Planejávamos sair dos Volturi recebemos até a benção de Aro, mas dias depois Didyme foi encontrada morta, meu mundo desapareceu por completo, eu apenas existo.

Por um momento senti pena dele, imaginando a dor que ele sentiu quando ouviu que a amada esposa havia falecido.

— Ainda não entendi a onde vamos chegar com essa conversa? – passei a mão no cabelo

— Senti um velho sentimento vindo de você e do mais velho dos Cullen, ele foi quebrado por algo, não sei o que é e não vou querer saber o que aconteceu, mas ele ainda ter sua força não perdemos o amor de um dia para o outro ou de um ano para o outro, ele é um sentimento persistente. – Marcus deu um suspiro cansado – Não o deixe desaparecer por completo, de uma chance a esse sentimento.

— Edward falou para você vir falar comigo? – senti a ironia em minha voz

— Não, vim por vontade própria – Marcus se levantou – Caso quiserem descobrir como esse assassino sequestrou Athenodora e Sulpicia, começaria infelizmente pelo assassinato de minha esposa. A uma sala na ala oeste do castelo ela está em reformas desde o ano passado, quem está supervisionando isso é Demetri.

Antes que eu perguntasse algo Marcus havia desaparecido, fechei os meus olhos e apertei a ponta do meu nariz tentando ficar calma. Acho que preciso da noite das meninas no meu quarto para desabafar, mas antes temos mais um peso em nossos ombros, se a Clave descobrir o sequestro das esposas estaremos ferrados de todas as formas possíveis.


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Notas finais do capítulo

E então gostaram? Espero muito que sim
não gosto de ficar pedindo ou mendigando, porem tem 60 pessoas acompanhando a história e somente 7 pessoas comentam regularmente quero saber o que vocês estão achando da história, por meio dos comentários tenho essa noção e me motiva a continuar.
Well, e esse Marcus ajudando um pouco a Bella?
Comentários para o capítulo, perguntas ou críticas podem mandar elas são bem vindas
Bjs Bjs Tha