Red Moon escrita por Tha


Capítulo 6
Um presentinho dos infernos


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como estão? Preparados para mais um capítulo? Então bora nessa e boa leitura



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Volterra – Itália, 14:00 horas

As ruas de Volterra estavam agitadas, elas eram feitas com pedras claras dando um ar antigo a cidade, suas ruas eram estreitas e movimentadas tanto de moradores quanto de turistas.

Isabelle e Clary viram alguns italianos conversando sobre um feriado muito esperado, elas os viram carregar algumas decorações avermelhadas para dentro de uma loja.

— Vamos entrar no meio dos turistas, mesmo que não somos vistas – propôs Clary – Temos que achar informações.

— Clary você nunca pegou o livro que temos sobre os Volturi na biblioteca do instituto? – Isabelle olhou para a ruiva – Volterra é uma cidade que fora construída para bispos por isso tem tanta coisa católica espalhada por ai, para os vampiros esse é o lar mais protegido de ataques por conta das ordens rígidas impostas pelos Volturi.

— Sim, isso eu sei, pois eu li o livro, mas quero saber mais sobre esse feriado, para eles estarem animados – ela apontou para os dois italianos que estavam na loja. – Deve ser algo bom.

Isabelle deu de ombros e as duas seguiram andando completamente atentas e se juntaram ao grupo de turistas. A guia explicava como a cidade foi construída e os seus propósitos com entusiasmo apontando os melhores restaurantes e lojas, as construções antigas dando os seus dados históricos e complementou contando as lendas sobre vampiros o que chamou a atenção das duas caçadoras.

— Aqui temos muitas lendas sobre criaturas noturnas, o que chamamos de vampiros, mas segundo a crença local um padre chamado Marcus os expulsou a 1.500 anos atrás, tornado Volterra uma cidade purificada dessas criaturas. Por isso vocês chegaram uma boa época, os moradores estão se preparando para o Giorno di san marcus, Dia de São Marcus, que é o feriado que matem essa crença viva. Todos nesse dia se vestem de vermelho e festejam – contou a jovem guia animada

As caçadoras se entreolharam e desviaram do trajeto do grupo parando perto de uma fonte.

— Mais essa agora, mas Marcus não é o nome de um dos Volturi? – Izzy cruzou os braços

— Sim e parece que foi transformado em padre – falou Clary sarcástica e olhou para além da fonte – Izzy.

Clary cutucou a morena e apontou para o outro lado onde se encontrava um beco.

— Tem algo lá – apontou a ruiva e começou a andar com Isabelle em seu encalço

Quando chegaram no local apontado encontraram uma mancha vermelha escura o que contrastava completamente das pedras claras, Isabelle saiu do lado de Clary andando mais um pouco e parou em frente a um saco preto, o cheiro que subia era o mais repugnante o que embrulhou o estomago da caçadora.

— Clary! – chamou

— O que houve... huh! – Clary fez uma careta quando se aproximou – Tem algo morto aí dentro?

Isabelle olhou para Clary que a olhou também e juntas encararam o saco, engolindo em seco a morena abriu o saco e se afastou quase vomitando. Dentro do saco havia realmente algo morto e esse algo era uma pessoa cortada minunciosamente em pedaços, a única coisa que continuava intacta era a cabeça.

— Acho que encontramos a tal secretária – falou Clary enjoada.

— O assassino a deixou aqui, o beco é totalmente sem saída – Isabelle apontou para frente – Não tem outra explicação.

— Aro falou que a pessoa lhe deu sete dias depois do solstício de inverno e provavelmente no percurso desses dias até o solstício, ela começara a matar membros dos Volturi um por um.

— E o dia de São Marcus entra a onde? Acha que mundanos vão entrar nessa?

— Não sei – murmurou Clary pensativa – Melhor encontrarmos com os meninos e com Bella, eles devem ter descoberto algo.

Cede dos Volturi, 15:00 horas

Isabella andava pelos corredores do castelo com Jasper ao seu lado, o empata estava pensando o porquê de ela tê-lo chamado e felizmente não estava sentido aquele descontrole que foi gerado quando ela se cortou.

— Pode falar – falou Bella cortando o silencio – Tudo que você falar aqui não será ouvido por ninguém, exceto por mim.

— Oi? – Jasper olhou confuso para Bella que deu uma leve risada

— Quando eu fui mandada para New York para se tornar uma caçadora, eles me levaram para conhecer os Irmãos do Silencio, cara é arrepiante encontrar com os irmãos na cidade dos ossos – Bella mostrou o seu braço arrepiado – Bom os irmãos revelaram que eu tinha um bloqueio mental que impedia ‘’ataques’’ mentais, com o tempo fui treinando esse dom com a ajuda de Magnus e tanam estamos dentro de uma bolha que bloqueia tudo.

O vampiro olhou para os lados tentando ver algo e não encontrou nada, mas sabia que Isabella contava a verdade e confiou nela.

— Como você não está incomodada com a minha presença? Mesmo sabendo que eu te ataquei coisa que eu me arrependo profundamente. – perguntou o loiro

— Não me sinto incomodada com a sua presença, Jasper, ela é agradável. – ela deu de ombros – No meu estilo de vida e na minha profissão de nascença aprendemos a conviver com todos os tipos de seres do submundo. Por conta do seu irmão cabeçudo mantive uma raiva de vampiros, mas como Isabelle fala com o tempo encontrei com a minha deusa interior tivemos uma conversa sem nem pé nem cabeça e entramos em um acordo de não odiar vampiros por conta de um que veio com uma falha no sistema.

Jasper soltou uma risada verdadeira, ele apenas ria desse jeito quando estava com Alice, mas se sentia à vontade com Isabella agora sabendo que ela não se incomodava com ele.

— Alem disso, acho que os Cullen deveriam confiar mais em você – soltou Isabella – Seu descontrole é mais gerado quando você está em um ambiente cheio de dúvidas sobre o seu controle. Como é um empata sente muito facilmente uma mudança de emoção, essas dúvidas geram uma emoção que você absorve e expõem elas somadas com a sua. Foi por isso que me atacou aquele dia.

— Acha isso? – questionou o vampiro

— Claro – respondeu – Quando estamos em um lugar que exala confiança e positividade não deixamos que coisas ruins nos afete, nós caçadores temos um lema ‘’ a decida ao inferno é fácil’’ por isso trabalhamos duro para manter a confiança tanto em nós mesmos quanto nos outros ao nosso arredor. Por isso que você está se sentindo a vontade comigo, pois eu confio em você e lhe passo essa confiança.

Eles andaram até chegarem em duas portas de madeira escura, Isabella as abriu revelando a enorme biblioteca dos Volturi. As paredes se encontravam prateleiras lotadas de livros em todos os idiomas do inicio ao fim, no meio havia uma mesa de tamanho adequado com cadeiras que pareciam confortáveis, as janelas iam do teto ao chão com grossas cortinas de veludo vermelho escuro que estavam abertas deixando o sol iluminar o ambiente, mas caso precise havia iluminação elétrica e por fim no final da sala se encontrava uma lareira e duas poltronas pretas viradas para ela.

— Pelo menos eles modernizaram um pouco – murmurou a morena sem se importar que Jasper brilhava – Bem vamos ao trabalho.

— O que estamos procurando? – Jasper se encostou na parede

Bella deu um sorrisinho sarcástico e depois olhou para as prateleiras

— Uma bíblia – respondeu

Mesmo sem entender nada e chocado demais para falar algo, o empata foi ajudar a caçadora na procura do livro.

Depois de tanta procura, Jasper acabou encontrando um livro grosso de capa preta com uma cruz dourada no lombo, ele o pegou vendo que a mesma cruz se encontrava na capa.

— Isabella – chamou – Acho que encontrei.

Ele olhou para frente e a encontrou olhando para um quadro de tamanho considerável que repousava na parede acima da lareira, a pintura mostrava os três lideres do clã Volturi com três mulheres sentadas em cadeiras, todos estavam com uma roupa de época e com rostos sérios.

— Quem são as mulheres? – perguntou Isabella sem tirar os olhos da pintura

— São as esposas, Athenodora, Sulpicia e Didyme sendo está última falecida – informou Jasper – As duas estão trancadas já que Aro e Caius se preocupam com as vidas delas.

— O que aconteceu com a outra?

— Segundo o que Carlisle contou, Didyme era a irmã mais nova de Aro e companheira de Marcus, mas ela foi assassinada e até hoje não sabemos quem fez isso com ela.

— Imagino como Marcus ficou quando soube que a companheira foi assassinada. – Isabella se perdeu em pensamentos – Imagino não, eu vejo, ele está sem vontade de viver. Bom, vamos parar de fofocar dos falecidos e dos vivos e bora ler para ver se encaixa as informações.

Os dois se encaminharam para a mesa e se sentaram, Bella abriu vendo que era mesmo o que procuravam.

— Falam que encontramos respostas aqui – ela olhou para Jasper – Vamos ver se isso é verdade.

Bella folhou até achar o primeiro, Isaías 34:14, ela começou a ler sussurrando e Jasper começou a ouvir o coração de Bella alterando os batimentos que ficaram acelerados.

— Não, não – murmurou – Isso de novo não.

— Isso o que? – Jasper se inclinou levemente para frente

— Jasper já imaginou como é o inferno? – Isabella o viu negar com a cabeça – Eu já e minha imaginação nada se compara ao que é realmente... Eu e os outros fomos parar em um lugar chamando Edom foi lá que vimos o pior e encontramos o inferno. Esse capítulo é chamado ‘’ o pequeno apocalipse de Isaías’’ e já tenho um nome para a lacuna.

— Qual?

— Lilith.

Cede temporária dos Cullen, 18:00 horas

Depois que Bella e Jasper saíram, Aro dispensou todos. Seus pensamentos estavam mais acelerados do que nunca, não conseguia acompanhar nenhum direito. Alice me falou que não estava conseguindo prever nada apenas sentia que nada bom estava vindo, mesmo ela estando magoada comigo ainda conversava sobre esse assunto, pois era a vida de nossa família que está em risco.

— Eu não sei Edward – falou Alice andando de um lado para o outro – Ah algo estranho no ar, mas não tenho ideia do que seja.

Ela olhou pela janela parecendo preocupada, olhei para a mesma direção que ela e vi coisas em vermelho sendo montadas lá embaixo e a lua começar a aparecer no céu, mas algo nela estava estranho.

— Tem muita coisa acontecendo junto – murmurei ao lado dela

— Sim, estou preocupada com isso, fico com arrepios só de imaginar que algo possa afetar a nossa família ou nossos primos, amigos e agora os caçadores. Acabei de reencontrar a minha amiga depois de anos afastadas, mas ao mesmo tempo sinto que a perdi – Alice se abraçou

Queria falar algo que poderia reconfortá-la, mas bateram na porta e Emmett que estava mais perto atendeu revelando um Volturi.

— Aro está solicitando a presença de vocês – informou

— Já estamos indo – falou Carlisle cortês

O Volturi se virou e foi embora, logo todos nós descemos e andamos até a sala de reunião, assim que entramos vimos Jasper junto com os Denali e observei que Isabella estava com os caçadores, mas tanto Jazz quanto Isabella estavam tensos. Tentei ler os pensamentos de Jasper, mas encontrei o breu.

Como assim? Pensou Alice me olhando prevendo o que ia lhe falar e dei de ombros não entendendo nada

— E então acharam algo? – perguntou Aro chamando atenção

A sala rapidamente ficou em silencio e olhamos para os caçadores e para Jasper. Vi uma pequena movimentação entre os caçadores e a ruiva que se não me engano se chamava Clary deu um passo para frente.

— Bem, ao andar pela cidade descobrimos algo que não foi informado para nós – ela olhou para Aro – Por que não informou que o dia de São Marcus está para chegar? Teremos mais circulação mundana se algo estourar irá por a vida deles em jogo.

— Não vimos necessidade de informar – respondeu Aro

— Toda informação é bem vinda nessas horas, Aro – Jace? É acho que é Jace cruzou os braços – As meninas acharam os restos mortais da sua secretária, estavam dentro de um saco de lixo preto em um beco sem saída.

 Varias vampiras fizeram uma careta de nojo e seus pensamentos seguiam a mesma linha de suas expressões.

— Bella, o que descobriu? – Aro voltou o seu olhar para ela

Bella? Desde quando ele criou intimidade com ela para chama-la assim, percebi que Isabella não gostou nem um pouco e adquiriu uma expressão neutra.

— Consegui achar mais algo escondido no HD, ao que parece essa pessoa é de certa forma religiosa ou gosta muito de versículos que falam do fim do mundo – ela revirou os olhos, aqueles malditos olhos castanhos que não saiam da minha cabeça – Dessa vez era Atos, cacei na internet e ao que parece o sol vai se transformar em trevas e a lua em sangue.

Sussurros assustados encheram a enorme sala rapidamente, Caius e Marcus se entreolharam e Aro passou a mão no rosto nervoso.

— SILENCIO! – gritou fazendo todos se calarem – Continue, querida.

Isabella trancou a expressão gostando menos ainda, e eu adorei essa reação.

— Continuando – falou rudemente – Eu e Jasper fomos atrás de mais informações em sua biblioteca e por ironia achamos um livro sagrado, acabamos o consultando e já temos um nome para preencher a lacuna da primeira informação.

Ouvi Jasper limpando a garganta e olhamos para ele.

— O nome é Lilith – falou

— Ah puta que o pariu! – exclamou Alec dos caçadores

— Ela de novo não, a bicha não desiste? – questionou Isabelle

Antes que alguém fizesse uma pergunta a porta da sala foi aberta por Heidie que continha uma expressão horrorizada no rosto.

— Aro, Caius, Marcus... Todos, acho que...

Ela foi interrompida por um grito alto e quase no mesmo instante sentimos o cheiro de queimado e não era de madeira queimando era... Puta merda. Olhei para os três que se levantaram rapidamente e correram porta fora, logo a guarda saiu atrás e a gente que não somos bobos nem nada fomos atrás.

Vi os caçadores se preparando com armas que provavelmente eram muito mortais para nós e eles se juntaram a nós na correria.

Chegando no jardim encontramos uma cena que ficará gravada na minha mente por séculos. Ali no meio do jardim havia uma pessoa amarrada e pregada no chão e ela pegava fogo, pelo cheiro descobrimos que era um vampiro e esse vampiro gritava e se debatia, ninguém teve a coragem de chegar perto o deixando agonizar em fogo até a morte.

Aro andou até perto do pó do vampiro e pegou algo que estava um pouco longe, pelo que dava para ver era um envelope. Ele abriu o envelope, retirou um colar com o símbolo dos Volturi pendurado e depois tirou uma carta.

— Eu falei que vocês iam ganhar um presentinho – leu entre dentes amaçando a carta e saindo furiosamente de lá

E realmente esse foi um presente dos infernos, literalmente. Pensei vendo os outros se afastarem e irem para os seus aposentos e pensando quem seria o próximo.

— Esperem – pediu Isabella aos que ficaram – Acho que Aro deixou passar algo, Lilith não ia fazer esse espetáculo todo só para isso.

Ela andou até o envelope novamente e o sacudiu, de lá caiu outro papel e era pequeno, ela o pegou e leu:

— Estou buscando vingança... Espero que aprenda a não querer demais o poder.


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Notas finais do capítulo

E então gostaram? Espero muito que sim
E essas novas informações? É eu acho que pior que está vai ficar essa situação.
Lilith está tentando voltar e quem será essa pessoa que quer vingança? Sinto que as teorias das conspirações estão sendo formadas hahahahaha
Comentários para o capítulo, dúvidas ou críticas são bem vindas
Bjs Bjs Tha



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