For you escrita por Deh


Capítulo 3
Been waiting for a lifetime for you


Notas iniciais do capítulo

Sei que a maioria espera ver a Anne nesse capítulo ou quem sabia alguém da família, entretanto, achei que seria justo colocar mais sobre esse cara misterioso, vcs não acham?



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Acordo no sábado e já é meio dia, não demora muito para que ouça o meu celular bipando feito um louco, na tentativa de silenciá-lo eu pego o pego e logo estou vendo as dezenas de marcações no twitter e instagram. Juro que pensei que depois que eu largasse hollywood o burburinho que se fazia sempre que eu fazia algo de diferente iria parar, mas aparentemente depois que você é estrela de uma trilogia e sua mãe continua sendo uma estrela, certas coisas não param.

Abro mais do que depressa a primeira marcaçãoe não deixo de sorrir diante das minhas fotos com ela. Definitivamente Ariane Hotchner era uma boa companhia, quem diria que entrar naquela aula de introdução a psicologia seria um bom negócio. Acho que vou ter que acabar pegando uma aula de extra de direito internacional, soube por aí que ainda posso me inscrever.

Sou tirado do meu devaneio pelo celular tocando, não demora e vejo o nome do meu pai. Sério? O grande e poderoso Harvey Specter não tem nada melhor para fazer em um sábado de manhã não?

Pondero se devo atendê-lo, no fim acabo deixando meu celular em cima da cama e vou procurar algo para fazer.

Novamente o celular toca e eu verifico, não que se for meu pai eu vá atender, no entanto eu vejo o nome da minha mãe no visor e sou obrigado a atender:

—Bom dia flor do dia! –Digo assim que atendo.

—Bom dia seria se eu não tivesse acordado logo pela manhã com uma manchete daquelas Liam. –Meu pai disse do outro lado da linha.

—Pai? –É a única coisa que digo, eu não acredito que ele me ligou do celular da minha mãe.

—Por que você atendeu sua mãe e não me atendeu? –Ele perguntou irritado, como se já não soubesse a resposta...

—Só agora peguei meu celular. –Menti.

—Se eu ganhasse um dólar a cada vez que você mente Liam eu estaria rico. –Ele resmungou, acho que o velho Harvey se estressou.

—Certo coroa.... Mas para que tanta urgência em me ligar tão cedo? –Mudei de assunto.

—Pensei que tínhamos combinado de você sair da mídia Liam, acredite ou não sua fama de namorador não é bom para o meu trabalho. –Meu pai expressou sua frustração.

Então era isso... Não que eu não desconfiasse....

—Pai, ela não é filha de nenhum cliente e não foi nada demais. –Eu tentei amenizar a situação, dando graças ao bom Deus, por ela ser filha de agentes do FBI, não que isso também não seja perigoso, mas é um risco menor do que namorar uma modelo que coincidentemente é filha do maior cliente do pai, nunca mais cometo esse erro.

—Você investigou a garota Liam? –Meu pai perguntou cético.

—Sim. –Disse dando de ombros, não que ele pudesse me ver.

—Então fez um péssimo trabalho. –Meu pai voltou ao tom irritado.

—Ah? Por que? –Perguntei realmente confuso.

—A menina é filha da diretora do FBI Liam, que coincidentemente também é herdeira de uma empresa, que pasme, é minha cliente. –Dizer que eu não podia ouvir o sarcasmo escorrendo em suas palavras, seria uma grande mentira.

—Merda. –Eu murmurei.

—É uma grande merda mesmo, porque se isso atrapalhar meus negócios Liam.... –Ele deixou a ameaça no ar.

—Tá pai, não vai acontecer nada demais. –Eu disse na inútil tentativa de acalmá-lo.

—Acho bom mesmo. –Ele disse irritado.

—Sua mãe mandou um beijo. –E assim desligou sem me dar chances de responder.

—É pai, acho que você tá precisando de férias. –murmurei encarando o telefone.

Depois disso, decidi enviar uma mensagem para ela, afinal de contas não é hoje que vou começar a ouvir meu pai não é?

E depois da breve, quase nula, conversa com ela decido que tenho que dar um jeito de estar na aula de direito internacional na segunda. Acho que preciso fazer umas ligações.

Minha tarde passa comigo tentando me inscrever na tal aula, claro que sendo sábado isso não seria possível, mas eu sou Liam Specter e se eu quero, eu consigo.

A noite pensei em ir vê-la, quando fui até seu dormitório, uma garota loira me informou que Anne havia viajado, suspirei frustrado, geralmente eu não corro atrás de garotas, na verdade nem me lembro de já ter corrido atrás de alguma garota, exceto a Hanna na quinta série.

Assim, optei por mandar uma mensagem para ela e fui sair com meus amigos.

—Ei Liam, achei que não apareceria hoje, ao menos não sozinho. –Luke disse assim que me viu se juntar a turma na nossa mesa usual.

—Como eu iria deixar vocês idiotas curtirem um sábado à noite sem mim? –Eu brinquei.

—Nada que fizermos hoje vai superar a noite louca de ontem. –Rachel disse rindo.

—Então meus amigos proponho um brinde. –Theo já bêbado ergue seu copo.

In omnia paratus. –Dissemos nos juntando ao brinde, a essa altura eu já me encontrava com uma garrafa de cerveja, não me perguntem como.

—Sabe, na nossa próxima reunião podíamos fazer uma rave na reserva ambiental. –Theo disse.

—Claro, tudo o que precisamos é de você bêbado no meio do mato né Theo. –Rachel disse.

—Como se você também não ficasse bêbada não é senhorita House? –Theo implicou.

—Vá ver se eu tô na esquina Theo. –Rachel disse dando um tapa no braço de Theo.

—Não comecem crianças.... –Luke tentou apaziguar.

E assim passamos o restante da noite...

No domingo eu não tinha nada para fazer, então me reuni com a brigada em uma corrida de kart.

Já na segunda, por algum estranho motivo eu me encontrava ansioso para uma certa aula de direito internacional.

Fiz questão de aguardar nos corredores até que eu visse ela entrar e só após adentrei, não preciso dizer que sentei ao seu lado.

—Bom dia morena, como foi o fim de semana? –Perguntei para ela.

Ela limitou-se a rolar os olhos.

—Não acho que seja da sua conta, mas foi bom. –Ela respondeu desinteressada.

Quando a aula finalmente acaba, ela sai quase que imediatamente e eu tenho que correr para alcança-la.

—Ei Aria espere. –Digo alto o suficiente e instantaneamente ela me encara confusa.

—É Ariane. –Ela corrigiu, apesar de na sexta a noite ela ter confessado que preferia ser chamada de Anne.

—O que você quer? –Ela perguntou.

—Bem... o pessoal quer saber se você aceita o convite. –Eu disse.

—Convite? –Ela perguntou com o cenho franzido.

—Não me diga que você não se lembra? –Perguntei tentando ao máximo esconder o meu sorriso.

Ao invés de responder eu a vi morder o lábio inferior.

—Meu Deus, você deu amnésia alcoólica? –Não pude evitar o tom divertido em minha voz.

No entanto, acho que isso não foi bem visto por ela, que me deu as costas e voltou a andar.

—Anne... –Eu digo, mas ela continua a andar. Não vendo opções eu prossigo. –Em algumas semanas teremos um grande evento, você está convidada.

Ela parou para me encarar.

—Me envolver com você uma noite já me deu muita dor de cabeça Specter. –Ela disse.

Inevitavelmente eu ri.

—Ah senhorita Hotchner, você deveria aproveitar mais a vida. –Eu disse antes de finalmente deixa-la sozinha.

No outro dia eu tive aula de introdução a psicologia com ela, mas dessa vez ela estava acompanhada daquela ruiva que sempre anda com ela. Por isso, não me aproximei.

Mas quarta-feira foi definitivamente o meu dia de sorte.

Adentrei o pub como de costume e a primeira pessoa que vejo sentada em uma mesa ao canto é Anne Hotchner e alguns livros. Logicamente sigo em direção a ela.

—Estudando? –Pergunto assim que me acomodo ao seu lado.

—Não que seja da sua conta, mas sim e gosto de fazer isso sozinha. –Ela diz, sem me encarar.

—Não, você não gosta. –Eu disse e instantaneamente ela ergueu o olhar para me encarar, aproveitando que agora ela prestava atenção em mim eu prossegui –Se gostasse você estaria fazendo isso no seu dormitório.

—Ok senhor sabichão, agora me diga o que você quer? –Ela disse antes de pegar o copo, com o que parece ser chá gelado dentro.

—Primeiro, saber por que você está aqui, o resto a gente vê depois. –Eu disse.

Ela ergueu a sobrancelha.

—Sério, me conte mais sobre você. –Eu a incentivei.

Ela suspirou.

—Apesar de reclamar do barulho, em casa eu sempre estudava ouvindo meus irmãos mais novos fazerem algum barulho irritante e por incrível que pareça eu meio que sinto falta disso e por isso, as vezes venho para cá quando quero estudar. –Ela disse dando de ombros.

—Uau, então você é realmente uma nerd. –Eu disse e ela limitou-se a dar de ombros.

—E você o que faz aqui? –Ela perguntou.

—Ah você sabe eu adoro um local em que tenha bebida e moças bonitas. –Eu disse com um sorriso.

E então ela me dirigiu um olhar repreendedor.

—Sinta-se a vontade para conversar com elas então. -Ela disse voltando sua atenção para o livro.

—Já estou conversando com a mais bonita delas. –Eu disse lhe dirigindo o meu melhor sorriso sedutor.

Ela riu e céus como eu gostei de ouvir o som da melodia que é sua risada sóbria, não que a versão bêbada também não seja encantadora, mas é mais escandalosa e ela sempre acabava tossindo.

—Você é realmente um conquistador não é mesmo? –Ela disse voltando a me encarar.

—Na verdade acho que eu é quem fui conquistado por uma moça bebendo um projeto de Cosmopolitan no dia dos namorados. –Eu disse.

—Nem me lembre daquela água rosa horrorosa. –Ela fez disse terminando com uma careta engraçada.

—Sobre aquela noite.... –Ela começou e então eu vi o lampejo de insegurança naquele olhar.

—Não aconteceu nada entre nós, você apenas conheceu a brigada de vida e morte. –Eu a tranquilizei, juro que por um segundo pensei em mentir para ela, mas algo me diz que Anne Hotchner, não é do tipo que lida bem com trapaças.

Ela franziu o cenho confusa, então ela realmente não se lembrava de nada.

—O que é isso? Uma fraternidade? –Ela questionou.

Eu sorri.

—É uma sociedade secreta que remota há décadas, fazemos umas coisas legais... –Eu disse.

—Como descer um prédio de rapel? –Ela perguntou.

Eu ri.

—Então você lembra? –Questionei.

Ela fez que não com a cabeça.

—Mas minha mãe conseguiu as gravações. Nem me pergunte como. –Ela dizia suspirando.

—Então acho que o seu fim de semana em casa, você passou de castigo princesa? –Perguntei.

Ela me fuzilou com o olhar.

—Não me chame de princesa. –Ela repreendeu.

—Okay, senhorita. –Eu digo em falso tom de desculpas em resposta ela apenas rola os olhos e toma mais um gole da sua bebida.

—Então... você está estudando o que? –Perguntei.

—Revisando a matéria de direito internacional. –Ela disse.

—Então você poderia me dar uma ajudinha, já que cheguei essa semana... –Sugeri.

Ela me encarou fixamente, antes de dizer:

—Eu posso até ajudar, entretanto, não pense que você está me seduzindo, porque eu não tô caindo no seu charme Specter.

Touché, a moça é mais arredia do que eu achei que seria.

Foi então que eu invadi o seu espaço pessoal, bem próximo ao seu rosto, com nossos narizes se tocando eu disse:

—Isso é uma pena Hotchner, porque eu acho que estou caindo no seu charme. –Murmurei.

Eu senti ela prender a respiração, entretanto, ela não se afastou e nem mesmo tentou me bater como eu pensei que ela poderia fazer.

—Specter... –Ela disse em um suspiro.

Eu sabia que tinha que me afastar, mas ao mesmo tempo eu não queria, provar do seu beijo estava sendo o que eu mais desejava no momento, talvez o que eu mais desejasse desde a noite de sexta. No entanto, o toque irritante do meu celular nos tirou do nosso “momento” e eu fui obrigado a me afastar dela.

Assim que vi o nome de Theo no visor eu tive a grande vontade de estrangular meu amigo.

—Fala Theo. –Eu disse não muito feliz.

—Onde você está cara? –Meu amigo perguntou.

—No pub. –Respondo.

—Certo, estamos chegando.... –Ele diz e eu desligo o telefone, ele pode ser meu amigo, mas definitivamente sabe bem como ser inconveniente.

Dez minutos depois, Theo, Rachel e Luke se juntavam a nós na mesa de Anne.

—Oi casal. –Theo disse assim que se sentou.

—Ei pessoal, tudo bem? –Rachel disse.

—Boa tarde Anne e aí cara? –Luke disse.

—Morena, você se lembra do Theo, Rachel e Luke né? –Perguntei à ela.

—Não muito. –Ela disse baixinho.

—Tudo bem gata, logo, logo seremos grandes amigos. –Theo disse piscando para ela.

Rachel deu um tapa no braço dele e tranquilizou Anne:

—Ignore-o ele é idiota assim mesmo, no máximo você só aproveita dez por cento do que ele fala.

—É um prazer conhecê-la novamente senhorita Hotchner. –Luke diz não poupando o charme, acho que terei que ter uma conversinha com ele depois.

—Então vamos beber o que? –Theo pergunta.

—Eu não vou beber nada, por que tenho prova amanhã. –Rachel respondeu.

—Você é tão careta House. –Theo disse a ela.

—Hoje uma cerveja me deixa feliz. –Luke disse.

—Café, preciso estudar essa noite. –Eu digo.

E todos ali me encararam espantados.

—Okay vou buscar. –Theo disse se levantando.

—Theo se você for pagar, pode trazer um suco para mim? –Rachel pediu.

—Só porque você vai fazer meu trabalho de economia. –Ele respondeu antes de sair.

De repente, percebi que Anne havia fechado seu livro e já estava engajada em uma conversa conosco.

Talvez eu realmente pudesse conquista-la.

Ou simplesmente ela estaria mais apaixonada pelos meus amigos do que por mim. Credo, balancei minha cabeça na esperança de me livrar desse pensamento.

—Bem pessoal eu tenho que ir. –Anne diz se levantando.

—Eu vou com você. –Eu digo.

—Oh definitivamente eu não preciso de companhia Specter. Até a próxima pessoal. –Ela diz com um sorriso dirigido ao meu grupo de amigos.

Assim eu a vejo sair do pub.

—Uau, o Liam tá apaixonado cara. –Theo dizia rindo.

—Eu não tô apaixonado. –Eu disse, ao menos era isso o que eu estava tentando me convencer.

—Ah você tá sim e dessa vez é por uma garota legal. –Rachel disse um tanto, quanto surpresa.

—Vocês não tem mais o que fazer não? –Perguntei a eles.

—Ahhh ele tá apaixonadinho. –Theo debochou.

—Apaixonadinho você me deixou.... –Rachel começou a cantar.

—Deus, faça eles pararem.... –Murmurei.

—Seja lá o que você for fazer, tome cuidado cara, soube que os pais dela são do FBI. –Theo disse rindo.

—Christine disse que se tem alguém que pode sumir com um cara do mapa é eles. –Luke disse.

—Você e a Booth ainda tão se vendo? –Rachel perguntou franzindo o cenho.

Luke limitou-se a dar de ombros.

—Rachel, ninguém é tão bom com informações, quanto Christine. –Luke disse.

—Oh claro... –A garota de cabelos ondulados e olhos esverdeados tomou o último gole de seu suco.

In omnia paratus meu amigos. –Theo disse erguendo sua cerveja e rindo.

Definitivamente eu deveria parar de andar com esses loucos, pois eles são uma má influência para a minha pessoa, da mesma forma que eu não deveria mais ir atrás da senhorita Hotchner, afinal de contas desde quando uma garota me deixa tão atraído assim sem nem mesmo me beijar? No entanto quando é que eu fiz o que devia?

 


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Notas finais do capítulo

Sério que não tem nenhum fã de Suits aqui? Juro que pensei que na hora em que vissem o sobrenome do Liam alguém daria o grito, mas aparentemente não há nenhum fã aqui, poxa... Gente vcs nunca assistiram mesmo não? Essa série é MARA!!!

Já que não gostam de séries jurídicas, teria algum fã de séries médicas aí (por favor, não ignorem o sobrenome e até o nome clássico, embora para a minha tristeza na série o nome e o sobrenome não este junto, mas quem disse que eu não posso fazer uma fanfic e colocar?)


Então pessoal, depois de tanto blá, blá, acho que vcs já se cansaram de mim, por isso acho que já é hora de me despedir. Não vou mentir, minha mão chegou a coçar para que eu escrevesse sobre o dia dos namorados de Jesse e também mostrasse como hotchniss havia reagido as fofocas, além de quem sabe mostrar a noite que Anne esqueceu, entretanto, minha disponibilidade está pouca e achei melhor por um fim por aqui, para que assim não deixasse mais uma fic pelas metades.Isto posto, gostaria de pedir desculpas se ficou algo que vcs queriam ver, mas não mostrei, no entanto, lembrem-se: sempre podemos usar a criatividade para imaginar o quão irritada Emily ficou (pq na minha cabeça quem surtou foi ela), o quão louca foram as aventuras de Anne, se Aaron surtou ou não, enfim.... Vou parando por aqui, antes que eu escreva um capítulo aqui nas notas u-u
Sendo assim, obrigada a todos que leram esse surto e principalmente os meus mais sinceros agradecimentos aqueles que tiraram um tempinho para comentar (nd contra os leitores fantasmas, mas vcs não me deixam conhecê-los, aí magoam a tia. Gente tô mt dramática hj, será que é a quarentena ou a data?)



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