Os Mistérios do Amor escrita por AmanteSolitária


Capítulo 22
A minha família


Notas iniciais do capítulo

Oi, meus amores!
SURPRESAAA!
Cá está o capítulo extra que eu tinha prometido! (Cheio de emoções)
Um agradecimento especial para MeuNomeéElio, que favoritou a história!
Boa leitura!



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—Sammy.- Era Cameron. Ele atravessava o gramado, correndo em minha direção.- Sam, por favor. Me escuta. - Ele estava ofegante.

 

As gotas da chuva forte escorriam pelo seu rosto e suas roupas, deixando-o molhado. O olhar de súplica em seu rosto me fez parar. Fechei novamente a porta do carro e olhei para ele:

—Eu não sei o que você pode me dizer neste momento, Cameron. Eu estou indo conhecer a minha família. - Disse, me apropriando das palavras da minha mãe na noite anterior.

Ele pareceu gostar tanto da frase quanto meu pai gostou na noite anterior, quando minha mãe as proferiu. Ele respirou fundo antes de continuar:

—Sua família está aqui, Sam. Emma, seu pai, eu, meus pais. Nós somos sua família.- Sério? Ele queria usar aquele termo comigo?

—Família, Cameron?- Eu praticamente cuspia as palavras.- Família que mente? Que omite? Que não cuida? Como você pode dizer que é minha família depois de tudo? - Eu via dor em seu olhar e parei. Por mais raiva que eu tivesse dele, eu ainda sentia em mim a dor que ele traspassava.

—Família também erra, Sam. - Ele gritou.- Família também erra. - Ele já estava ensopado a este ponto. Sem pensar, abaixei o guarda-chuva, e comecei a sentir as gotas de chuva caindo sobre mim. - Você está indo com ela, mas ela também errou. Ela foi embora.

—Cameron, eu…- Não sabia o que dizer. Ele estava completo de razão.

—Sammy,- Ele chorava, mas suas lágrimas se misturavam com a chuva em seu rosto. Eu também chorava.- eu não posso te prometer que eu não vou errar de vez em quando.- Ele bufou e passou as mãos pelos cabelos.- Eu sou humano, poxa. - Seus olhos verdes encontraram os meus. Ele segurou minhas duas mãos.- Mas eu posso te prometer que eu, assim como esse tantão de gente, - Ele se virou para trás, apontando para o meu pai e para sua família na porta da casa dele, encarando a cena.- vamos estar aqui por você e vamos te defender com unhas e dentes.

—Samantha, - Minha mãe se pronunciou, saindo do carro.- vamos perder o voo. - Dizia ela irritada.- Entre no carro.

—Promete? - Olhei no fundo de seus olhos, que mostravam desespero, buscando a verdade neles.- Promete que vai me considerar família, não importa o que aconteça?-Ele assentiu.

—Alguma razão existiu para eu vir morar na casa ao lado da sua.- Ele deu de ombros, como se percebesse naquele minuto o que estava falando.- Estamos juntos nessa, Sam. - Respirei fundo e me virei de volta para a minha mãe.

—Não, mãe. - Respondi sem pensar duas vezes. - Eu vou ficar.

—Jura? - Cam me olhava esperançoso, com um sorriso nos lábios.

—Eu ficarei ansiosa para conhecer meu irmão no verão. - Disse virando para minha mãe.- Se você ainda me quiser por lá.

—Tem certeza, Samantha? Já falamos sobre isso ontem. Você terá uma família e condições muito melhores. - Ela perguntou. Cam tirou o guarda-chuva da minha mão e segurou em cima de minha cabeça. Assenti.

—Eu estou em ótimas condições aqui, mãe. Além disso, não acho que uma transferência será favorável para a minha inscrição na faculdade.

—Tudo bem, minha filha. - Disse ela, suspirando cansada. Cam jogou o guarda-chuva no chão e me abraçou com força, passando a mão pelos meus ombros e me guiando para o coberto da casa. Meu pai me abraçou.

—Senhor Vermond, - Disse Cam quando meu pai me soltou. - você me ajudaria a tirar as malas do carro? - Eles saíram e minha mãe veio até mim, me abraçando em seguida.

—Avisarei Maxon que você estará conosco no verão.- Ela disse durante o abraço.- Meu marido também está ansioso para te conhecer. - Ela se afastou um pouco e segurou meus ombros.- E, se mudar de ideia, tem meu telefone. - Ela bufou, com lágrimas nos olhos. - Não quero me afastar de você outra vez. - Sorri para ela.

—Nem eu, mãe. Me avise quando chegar em casa, ok? - Ela assentiu e voltou para o taxi, falando algo para Cam e meu pai antes de partir.

Meu pai entrou na casa e eu me virei para Cam na entrada. Ele levou sua mão ao meu rosto, afastando uma mecha de cabelo molhada. Ele desceu a mão para meu queixo, me fazendo olhar para ele.

Aqueles olhos verdes me hipnotizavam, seus lábios me chamavam. Ele estava tão lindo, com a água da chuva percorrendo seu corpo e fazendo com que a camiseta grudasse nela, deixando em evidencia seu abdome de atleta.

—Sammy, eu queria…- Ele não terminou a frase e começou a aproximar seu rosto do meu, lentamente.

Foi quando eu senti um impacto, nos afastando:

—Eu não acredito que você vai ficar! - Era Emma, me abraçando animada. - Eu estou tão feliz!- Ela me soltou e olhou para Cam.- Ainda bem que você criou vergonha na cara e pediu desculpa para a nossa amiga.

Amigos. Isso. Era exatamente isso que eu e Cam éramos. E Emma nos odiaria se fossemos outra coisa. Eu não aguentaria ficar se Emma me odiasse.

***

Naquela noite, eu e meu pai jantamos na casa dos Woods. Todos estavam animados e felizes. Diversas conversas paralelas aconteciam ao mesmo tempo. Eu não via meu pai feliz daquela forma há anos. E foi exatamente neste momento que eu tive certeza: Eu realmente já tinha um lar.


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Notas finais do capítulo

Eai, o que acharam? Aqueceu o coração? Ou ficou clichê demais para suportar? hahahahah
Nos vemos amanha!
Um beijo!



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