Os Mistérios do Amor escrita por AmanteSolitária


Capítulo 18
Preciso de um favor (Cam)


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Sei que ainda não respondi os comentários do último capítulo, mas preferi liberar o capítulo para vocês o quanto antes, já que passei o dia pintando a parede do quarto da minha irmã. Juro que não deixarei vocês sem resposta!
Boa leitura!



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P.O.V Cameron

 No sábado da semana seguinte, havia combinado com Sammy de estudarmos para a prova de biologia. Eu sabia que ela seria extremamente pontual e por isso acordei ainda mais cedo para comprar café da manhã para ela, que ficou muito feliz com a supresa.

 Eu quase a beijei naquele momento, mas não aguentaria que ela me negasse outro beijo por causa de Nate. Além disso, tentar outra vez poderia fazer com que a nossa relação ficasse estranha

A tarde, quando já não estávamos mais processando nenhuma informação, decidimos fazer uma pausa. Sam foi diretamente para o piano e começou a tocar “Para Elise”. Por sorte, aquela era uma da únicas coisas que eu sabia tocar no piano. Me sentei ao lado dela e a ajudei na melodia, cada um tocando com uma mão.

Eu errei uma tecla e ela gargalhou. Não era para me julgar nem nada parecido, era apenas um sinal de que ela tinha se divertido. Eu sabia disso. Ela encostou sua cabeça em meu peito e ficamos assim por um tempo. Eu torcia para que ela não conseguisse ouvir meu coração, que batia rápido e forte naquele momento. Não, eu não podia nutrir sentimentos por ela. Quando afastou, nos encaramos por um tempo. A boca dela me chamava, o olhar dela expressava… Desejo?

Me aproximei dela, e com medo de que ela fugisse, não percorri todo o caminho. Ela uniu nossos lábios, percorrendo o espaço que faltava. Como eu precisava daquilo. Desde o final da peça, eu não conseguia parar de pensar naqueles lábios. E mais uma vez vieram os fogos de artifício. Eu precisava de mais. Passei a mão por sua cintura e a puxei mais para perto. Em resposta, ela passou as mãos pelos meus cabelos. Eu queria tudo com aquela garota. Queria estar com ela. Queria que ele gemesse meu nome novamente, mas em outro contexto. Eu queria Samantha Vermond.

A distância entre nós nunca parecia ter fim. Eu a puxava em minha direção e ela fazia o mesmo. Coloquei levemente meu peso sobre ela, que arqueou as costas para trás. Eu precisava, desesperadamente, dela. Comecei a ouvir um barulho que não identifiquei, mas nenhum dos dois parecia se importar. Na verdade, depois de um tempo, ela se importou e me afastou bruscamente. A separação foi dolorosa:

—Oi, meu amor. O que foi? -Ela disse, atendendo o telefone. Argh, Nathan.-Eu estou estudando para a prova de biologia que teremos na segunda-feira. -Eu? Por que ela não contou que estava comigo?- E meu pai está viajando, não sei de gostaria da ideia de ficarmos sozinhos aqui.- Espera. Ela realmente estava recusando um convite do namorado para passar mais tempo comigo? -Eu sei, Nate. Mas hoje realmente eu não consigo.- Sim, ela estava. Abri um sorriso. - Me desculpa. - E desligou.

Samantha tinha mentido para o namorado e recusado um convite dele para passar mais tempo comigo, estudando, uma atividade nada interessante. Além disso, ela tinha recusado Nathan bem no dia em que o pai dela não estava em casa, o que significava que ela não estava interessada em ir para a cama com ela. Mas tinha acabado de me beijar. Comecei a me aproximar dela, cruzando a sala:

—Sammy, -Ela me olhou.- Por que não contou para o Nate que eu estou aqui? -Sam deu de ombros antes de responder. Continuei andando em direção a ela.

—Não queria brigar com ele outra vez. - Ela olhou para baixo. Mesmo assim, não mudei meu objetivo.- Parece que todas as nossas brigas ultimamente têm sido sobre você. - Ela brigava com o namorado por minha causa?

—E por que isso, Sammy? - Questionei.

—Porque ele afirma que eu sinto algo por você. Como mais que amigo.- Eu não creio. Queria muito que ele estivesse certo. Será que ele estava certo?

—E isso tem algum embasamento, Sam? -  Eu olhava em seus olhos. A distância entre nós era bem menor agora, mas ela virou de costas para mim.

—Ele diz que passamos muito tempo juntos e que eu não dou mais atenção para ele. -  Isso era de certa forma verdade, eu demandava cada vez mais atenção dela. - Alias, me desculpe pelo beijo, eu não tive a intenção.- Não teve a intenção? Ok, talvez eu tivesse interpretado errado os sinais. Aquilo me quebrou.

Pensei em como consertar aquela situação para que não ficasse estranha. Sem pensar duas vezes, a abracei por trás, colocando meu queixo em cima de sua cabeça. A senti arrepiar antes de se aconchegar em meus braços.

—Tudo bem, Sammy.- Disse com ternura.- Só não quero perder a sua amizade. -Disse a verdade. 

Precisaria controlar muito bem meus impulsos, pensamentos e sentimentos a partir daquele momento.

 ***

Na terça-feira pós prova de biologia, que eu achava ter ido muito bem, graças a Sam, Tyler apareceu na minha casa no começo da tarde com a guitarra em mãos. Antes que eu pudesse convida-lo a isso, ele entrou na minha casa já dizendo:

—Tenho novidades. - Ele bateu na case da guitarra.- Vamos tocar no baile.

—Você está completamente louco? - Respondi bravo. - Eu me recuso a subir no palco com Jason. Você sabe do acordo dele com o Nathan. Não quero esse cara na minha casa.

—Eu disse que temos que tocar com Jason? - Perguntou ele sarcástico. - Não, né? Podemos tocar apenas nós dois ou procurar outro tecladista. A única pergunta é: Onde encontraremos um tecladista bom e disposto a te aguentar e ensaiar com a gente para tocar neste final de semana? - Ponderei por um tempo.

—Tenho uma ideia. - Disse, pegando o celular e ligando sem questionar Tyler.- Alô, Sammy? Poderia colar na minha casa agora rapidinho? Preciso da sua ajuda com uma coisa.

***

—Não, Cameron. - Respondeu ela, para minha tristeza. - Tem anos que não me apresento em público.

—Por favor, Sammy. - Retruquei sorrindo.- Eu nunca mais te peço nada.

—Até você sabe que isso é mentira.- Ela negava com a cabeça. - Está até rindo.

—Talvez eu não tenha certeza de que essa será a última coisa que eu te peço, mas seria muito bom se você me ajudasse. - Eu chacoalhava seus ombros.- Qual é, Sam? Você não quer contar para os seus filhos que tocou em um baile da escola? Além disso, podemos até tocar uma música do Shawn Mendes. - Ela ponderou alguns instantes e então respirou fundo.

—O que você não me pede sorrindo que eu não faço chorando?- Respondeu, por fim, abrindo os braços e soltando ao lado do corpo.

—Ô Sam, - Disse Tyler. - O ditado é ao contrário.

—Eu sei, Ty, mas eu falei exatamente o que eu quis dizer. - Disse antes de soltar uma gargalhada gostosa. Como eu amava aquela gargalhada…

 Ao final do ensaio, Tyler estava boquiaberto com a nossa nova integrante:

—Vou te contar que não botei fé quando Cam te ligou,- Disse ele.- mas estou impressionado. - Ele se virou para mim. -A baixinha toca e canta bem melhor que o Jason. - Eu olhei para ela. Como ela conseguia?

—Você dança, canta, atua, toca, vai bem na escola… -Disse contando nos dedos.-Tem alguma coisa no mundo que você não consiga fazer? - Perguntei com um sorriso bobo na cara.

—Resolver cubo mágico. - Respondeu ela sorrindo.

—Não foi isso que eu…- Ela me cortou

—Malabares

—Sam, eu queria dizer…- Tentei me explicar novamente, mas ela me cortou outra vez.

—Tocar trompete- Ela sorria… E que sorriso.

—Eu só…- Fui interrompido outra vez.

—Costurar.- Eu soltei as baquetas no chão, correndo até ela e fazendo cócegas. Ela ria sem parar.- Chega. Está bem, Está bem - Ela dizia entre gargalhadas.- Para, Cameron. - Ela realmente tinha me chamado pelo nome?

—Não sei quem é esse. - Eu continuava e ela ria.

—Cam. Cam. Para, Cam.- Parei ao ouvir meu apelido.

—Boa garota.- A soltei e pisquei para ela. Sam arrumou o cabelo, que eu tinha bagunçado na nossa brincadeira, e saiu por dentro da casa.

—E quando foi que isso aconteceu? - Perguntou Tyler assim que Samantha saiu.

—Isso o que? - Perguntei sem entender.

—Quando foi que você se apaixonou pela garota, Cameron? - Ele cruzou os braços e arqueou uma sobrancelha.- Não se faça de sonso.

—E quem disse que eu estou apaixonado? - Meu coração começou a bater mais forte. Tyler continuava a me encarar.- Mesmo que eu goste dela, a Sammy tem namorado. Além disso, ela é a melhor amiga de Emma e não quero que as coisas fiquem estranhas com ela. Somos apenas amigos e vamos continuar assim.

—Se você não admitir logo, pode correr o risco de perder a garota de vez. - Ele retrucou, desligando os cabos.

—Eu não posso estar apaixonado pela Samantha, Ty.

—O que tem a Sammy, Cam? - Me virei para porta e vi Emma encostada no batente desta. Gelei. Em não podia saber. Ela ficaria furiosa comigo.

—Nada, Em. Só estávamos falando que ela é boa demais para ser verdade. - Consegui olhar para ela novamente.- Ela acabou de entrar para a banda.

—Caam, - Ela disse jogando a cabeça para trás como uma criança fazendo birra. - Desse jeito não vai sobrar Sammy pra mim. - Ela fez um bico.- Você e Nate roubaram todo o meu tempo com ela. - Se dependesse de mim, Nate sairia da jogada em breve.

—Prometo deixar um pouco pra você.- Olhei para cima fingindo pensar.- Depois do baile. - Disse piscando para ela, que saiu de volta para dentro da casa batendo os pés.


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Notas finais do capítulo

Eita que esse baile vai dar o que falar.
Me contem: O que acharam da Sam entrar para a banda do Cam? Gostam da ideia ou acham perigoso? O que estão achando da história? O que esperam que aconteça no baile?
Nos vemos na quarta com um capítulo fresquinho!



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