Between the Lines escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 3
1995 - III




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Dois momentos na vida em que Nymphadora Tonks foi cruelmente enganada.

Primeiro momento: quando ela decidiu se tornar auror. Pensou que levaria a vida com mais emoção do que de fato estava levando. Papeladas não eram emocionantes nem para corvinos.

Segundo momento: quando Moody invadiu a sua casa e a fez entrar em uma sociedade secreta. Não tinha nada de emocionante em ficar apoiada na parede do corredor do Departamento de Mistérios escondida sob uma capa da invisibilidade madrugada adentro.

Devia ser por esse motivo que a média de idade dos integrantes da Ordem da Fênix era de sessenta anos. Isso era uma droga, já que significava que ela era a mais nova de todos ali. Entre ser conhecida como "protegida do Moody" e usar o cabelo de cores chamativas, ninguém parecia levá-la a sério.

O Salão Comunal da Slytherin tinha os tijolos pretos esverdeados igual ao corredor do nível 9? Foi o único salão comunal que ela nunca conseguiu entrar em seus anos como estudante. Já tinha escutado falar que tinha uma vista direto para o Lago Negro, mas quem se importava? O Salão Comunal da Hufflepuff era do lado das cozinhas!

— Eu tenho certeza de que você não se chama Sirius Black — foi o que ouviu quando aproximou-se do grupo conversando.

Assim que a viu, Arthur inventou uma desculpa para afastar-se e deixar o trio a sós.

— O quê? — ela franziu o cenho.

Aqueles anos em Azkaban tinham o deixado caduco?

— No corredor eu perguntei qual era o seu nome e você disse "Sirius Black" — respondeu o foragido.

Ele esperou a reunião inteira para dizer aquilo?

— Você é um idiota.

Sirius soltou uma risada asmática que podia ser culpa do tabaco ou dos anos preso.

— Entendi o porquê você é a protegida do... — ele comentou, como se fosse um elogio.

— Não sou protegida de ninguém — ela o interrompeu antes que concluísse a frase.

— Conhecendo a sua mãe, eu acredito. Você deve se lembrar do Remus, ele já me ajudou a cuidar de você quando era criança.

Era exatamente como quando um parente distante reaparecia depois de mais de 5 anos, esperando que você se lembrasse de quem ele é, mesmo que você tivesse só 4 anos quando o conheceu.

— A minha mãe te deixou cuidar de mim? — perguntou Tonks.

Não era um cenário que podia imaginar.

— Acho que é por isso que ele estava lá. Andrômeda nunca me deixaria sozinho contigo — ele respondeu, pensativo — Algo sobre ser uma má influência.

Um "Você parou em Azkaban, então acho que sei o que quer dizer" quase escapou de sua boca, mas pensou que seria grosseiro demais, tinha praticamente acabado de conhecê-lo.

— Prazer, eu sou a Tonks — decidiu virar-se na direção de Remus, em vez disso.

Escutou o som de uma cadeira caindo, sobressaltando-a. Enfiou a mão por dentro da capa, tateando o bolso até encontrar a sua varinha. Aquela poderia ser uma estratégia de distração para atraí-la na direção do som e deixar a passagem para o Departamento de Mistérios livre.

"Não no meu turno" ela pensou consigo mesma.

— Você não se lembra dele? — Sirius pareceu surpreso por um momento.

— Desculpe-me, você saiu no Profeta Diário também? — perguntou dissimuladamente para Remus, embora estivesse olhando para Sirius, de braços cruzados — Não sabia que estava na convenção de criminosos fugitivos.

— Ele foi preso por atravessar fora da faixa — o seu primo retrucou debochado.

— Pelas Barbas de Merlin! Temos um maníaco entre nós.

Não puderam conversar muito depois disso, já que Moody estava saindo e ela nunca dispensaria uma aparatação acompanhada se pudesse.

— Tchau, Bill! — ela estava olhando para trás enquanto caminhava pelo corredor e acenava para o ruivo animadamente.

E é óbvio que ela esqueceu-se completamente da maldita perna de trasgo.

— Sangues ruins! Traidores do sangue!

— Foi mal! — Tonks gritou por cima da voz do quadro, antes de apressar-se para a saída.

Moody estava silencioso pelo caminho, o que era algo raro vindo dele. Lembrou-se que ele apenas perguntou a ela o que tinha achado da reunião, cabeceado e logo depois ela estava em casa.

Ela suspirou, olhando outra vez para o relógio no seu pulso.

5 da manhã.

Os inomináveis eram os primeiros a chegar no Ministério. Já havia uma quantidade suficiente deles para que não fosse mais um risco deixar o corredor sem vigilância.

Cuidadosamente, ela esticou as pernas e então levantou-se do seu canto, ainda escondida sob a capa da invisibilidade. Assim que entrou no elevador vazio, guardou o tecido no bolso da capa e apertou no botão do nível 2.

Agora o desafio seria não cair no sono durante o trabalho.

— Primeiro dia difícil?

O quartel general ainda estava vazio, com exceção de alguns madrugadeiros, então não precisavam se preocupar tanto com a discrição.

— Você já teve a sua vigília? — Tonks perguntou de volta, imaginando o quão destruída estava, mesmo que tentasse disfarçar com a metamorfomagia.

— Não, acho que só semana que vem — respondeu Kingsley.

— Eu te odeio.

Ele soltou uma risada rouca.

— E hoje você ainda tem outra vigília — ele lembrou-a.

Ela estaria de guarda junto com Lupin para ficar de olho nos irmãos Carrow.

— Acho que vou pular o almoço e dormir um pouco — Tonks resmungou.

Dois dias seguidos era brincadeira, mas ela sabia que não podia reclamar, ou pareceria fraca. Talvez um pouco de cafeína ajudasse, costumava ajudar.

— Quando é a próxima reunião para falar sobre...? Você sabe — ela perguntou.

— Provavelmente sábado, como foi antes — ele deu de ombros.

Então eles viram Dawlish entrar no quartel e resolveram continuar com as suas tarefas para não levantar suspeitas. No horário de almoço, quando foi para os alojamentos tirar uma soneca, viu alguns aurores ao redor de um mapa da Ásia. Agora que estavam na Ordem, perguntava-se onde que Kingsley ia dizer que Sirius Black estava escondido. Vietnã? Nepal?

Seria engraçado ver aquilo de perto, mas teria que se contentar com os relatos, já que não estava na equipe de buscas. Talvez o Ministério da Magia não a considerasse uma pessoa confiável, talvez até mesmo sua casa estivesse sendo vigiada naquele exato momento, apesar de não terem contato com Sirius desde que ele foi preso.

Moody já tinha dado o endereço de onde seria a casa dos Carrow, mas Tonks pensou que a melhor ideia seria ir a Grimmauld Place após o expediente. Não tinha pisado na casa desde a reunião de sábado, mas era onde Sturgis e Dedalus se encontraram antes de irem vigiar a casa dos Nott na segunda-feira.

Fazia muito tempo desde que esteve ali pela última vez, então é óbvio que ela esqueceu-se que não podia tocar a campainha e esqueceu-se também do maldito porta guarda-chuva no corredor de entrada.

— Você não tinha que fazer guarda hoje? — perguntou Sirius, parecendo estar de mau humor.

Estranhou que ele estivesse usando uma jaqueta e ainda era verão, como se estivesse a ponto de sair quando ela chegou, mas ele não seria tão imbecil a esse ponto.

— Bom, eu não combinei onde me encontrar com o seu amigo, então...

Ele deu um tapa na própria testa, parecendo xingar a si mesmo por um segundo.

— O que houve? — perguntou, confusa.

— Esqueci de te falar — disse Sirius — Então, o Remus não vai poder hoje, então aquele seu amigo, Bill, se ofereceu para te acompanhar na vigília.

— Ele não vai poder? — repetiu.

Que ótimo jeito de começar.

Ela que precisou passar a noite em claro vigiando o Departamento de Mistérios e agora teria que passar mais uma noite em claro seguida vigiando a casa de Comensais da Morte, mas o senhor Remus Lupin é quem não estava disposto.

— E por que não ele vai poder? — perguntou, sentindo a irritação causada pela falta de sono.

— Coisas da Ordem — ele tentou desconversar.

— Eu sou da Ordem — viu-se na obrigação de lembrá-lo.

— E não é porque você é da Ordem que sabe de tudo que acontece na Ordem, não é? — ele ficou na defensiva.

— Atrapalho?

Tonks não escutou quando Bill chegou. Qualquer pessoa conseguia ser mais discreta do que ela quando chegava em Grimmauld Place. Deu uma olhada no relógio de pulso, já estava ficando tarde e ela ainda queria comprar algum hambúrguer para comer antes de aparatarem.

— Vamos logo com isso — ela disse, esfregando o rosto com as mãos.

— Se você quiser eu posso ir sozinho e... — antes que ele pudesse terminar de falar, foi interrompido.

— Não — disse Tonks, um pouco brusca — Vamos.

Saiu sem despedir-se de Sirius. No meio do caminho, entrou em uma lanchonete para comprar hambúrgueres, mas foi Bill quem se ofereceu para pagar, e ela não estava com vontade de discutir.

— Como você tem dinheiro trouxa no bolso?

Ela estava de melhor humor depois de devorar um hambúrguer, os dois já estavam posicionados entre as árvores da floresta que circulava a casa dos Carrow, sob a luz da lua cheia. Não entendia qual era o lance dos Comensais da Morte de sempre morarem próximos de florestas, isso só facilitava para eles se esconderem e espionarem.

— Eu trabalho no Gringotes, não é? — disse Bill, como se fosse óbvio — E o papai sendo obcecado pelos trouxas... Bom, você aprende a manter sempre dinheiro trouxa para emergências.

— Uma boa emergência — ela ajeitou-se, estava sentada de costas para a casa enquanto o amigo estava ajoelhado ao seu lado, observando por cima da sebe — Sua mãe deve ter amado que você voltou para Londres. Tem tentado te convencer a ficar desde que estávamos no último ano em Hogwarts.

— Escolhi um bom momento para voltar — respondeu o ruivo, o rosto ficando um pouco sombrio — Percy foi um idiota com meus pais.

— O que aconteceu? — ela não estava sabendo sobre isso, não tinha muito contato com a família desde que Charlie e Bill foram para o exterior.

— Ele foi promovido ao gabinete do ministro. Papai não ficou animado, é claro, o ministro quer mantê-lo em vigilância por causa de Dumbledore. Então eles brigaram, você pode imaginar como foi. Percy saiu de casa, cortou todos os laços conosco.

— Que imbecil.

Não dava para acreditar que alguém pudesse ser tão babaca tendo uma família tão boa quanto os Weasleys eram. Imaginava como teria sido se sua mãe tivesse tido uma família tão amorosa. Quanto a ela, não poderia reclamar sobre os pais que teve, eles a amavam muito e tentavam demonstrar isso o máximo que podiam.

— Mamãe não para de chorar e papai fica irritado toda vez que mencionam o nome dele — disse Bill.

— Vou me lembrar disso.

Se ela tivesse uma caneta com ela, teria anotado na palma da mão, mesmo que acabasse sumindo com o suor.

— E o que a sua mãe achou sobre você entrar para a Ordem? — ele perguntou, tentando mudar de assunto.

— Essa é uma história engraçada... — comentou, desviando o olhar.

Ela não tinha contado.

— Nymphadora! — Bill demonstrou espanto, não demorando muito para entender — O que sua mãe pensa que você está fazendo?

— Batidas no Ministério? — ela mais perguntou do que afirmou, nem tinha se preocupado em esclarecer suas dúvidas — Olha, mais da metade da Ordem da Fênix original morreu e ela conheceu muita gente de lá. Eu não acho que ela gostaria de saber que a sua filhinha está dentro.

— Mas você é auror.

— É, seria mais uma pauta para discutirmos no jantar, mas ela se acalmou ao ver que eu lido mais com papeladas do que confrontos reais.

Ele negou com a cabeça.

— Não vai conseguir enganá-la para sempre — a alertou — Nunca conseguimos.

— Eu sei, só estou tentando ter um pouco mais de sossego — ela encostou a cabeça na sebe, fechando os olhos.

Estava tão cansada...

Quando abriu os olhos, estava na cama de um quarto que não era seu.

Demorou apenas alguns segundos para entender o que estava acontecendo, deu um pulo na cama, procurando por um relógio, até lembrar-se que tinha um no seu pulso. Ainda era cedo, bem cedo. Isso era bom, a última coisa que precisava era estar atrasada outra vez.

Quase voltou a deitar-se, mas não estava no seu quarto. Não reconheceu onde era, levantou-se e olhou pela janela, só então entendeu onde estava. Tinha dormido na ronda, então só tinha três opções: estar em casa — o que ela não estava —, estar em Grimmauld Place — a vista do lado de fora não era de Londres — ou estar n'A Toca.

Já tinha dormido n'A Toca antes, mas não naquele quarto.

A porta abriu-se silenciosamente e Bill pôs a cabeça para dentro.

— Eu dormi, não foi? — ela perguntou, retoricamente.

Ele entrou, parecendo tomar o máximo de cuidado possível para que o chão de madeira não rangesse sob seus pés e então fechou a porta atrás dele.

— E a sua mãe não sabe que eu estou aqui, não é? — ela voltou a perguntar.

— Eu pensei que se levasse você para sua casa, sua mãe começaria a fazer perguntas, já que eu não sou um auror, e você me mataria — Bill explicou — E não queria te deixar em Grimmauld Place, achei que não gostaria muito da ideia.

Seria uma ideia estranha. A única pessoa que morava naquela casa era Sirius Black, e não é que pensasse mal dele, mas mal se conheciam e a única vez que se falaram foi após a primeira reunião e na noite anterior quando tiveram um pequeno desentendimento.

— Eu pensaria que fui sequestrada — respondeu.

Não era exatamente mentira, aquela casa era tão igual a tantas casas de bruxos das trevas que já teve que visitar antes no trabalho. Bom, não foram tantas assim, mas algumas.

— É melhor eu ir, quero passar em casa antes de ir ao Ministério — ela disse.

Os dois saíram do quarto tomando o máximo de cuidado possível. Ela fez uma careta ao ler "Percy" na placa da porta. De todos os quartos, ele tinha que colocá-la justo naquele?

— É o que tinha — Bill respondeu em um sussurro, entendendo a sua expressão.

Sempre esquecia que Charlie e Bill dividiam quarto.

Tonks segurou o corrimão da escada, tentando não tropeçar no próprio cadarço. Se ela caísse, acordaria a casa inteira. Bill foi atrás dela, já que a escada era um tanto estreita e não dava para ficarem lado a lado, já preparado para segurá-la caso escorregasse.

— Bom dia, Nymphadora. Bom dia, William.

Os dois paralisaram no último degrau da escada e viraram o rosto para ver Molly Weasley com as mãos nos quadris, parada perto da porta da cozinha.

— Bom dia — respondeu Tonks, sem conseguir raciocinar direito.

— Não é o que você está pensando — disse Bill, ao mesmo tempo — Tonks dormiu na ronda e eu não podia levá-la para a casa dela.

— Estou começando a pensar que era melhor ter me levado para a minha casa.

— Vai ficar para o café, querida? — perguntou a Srª Weasley, ignorando o desconcerto deles, mas ainda sorridente demais.

— Não, eu vou para casa antes de ir para o trabalho, mas obrigada, Molly.

Ela conseguiu livrar-se fácil demais, mas imaginava os questionamentos que Bill teria que suportar da sua mãe. Assim que aparatou no seu quarto, percebeu que teria que passar pelos mesmos questionamentos, já que sua mãe parecia já estar esperando-a.

— Passou a noite fora de novo — não era uma pergunta.

— Adoraria conversar, mas estou atrasada — disse Tonks, pegando uma muda de roupa qualquer para ir até o banheiro tomar um banho.

— Nymphadora, você está saindo com alguém? Você passou duas noites seguidas fora de casa, não nos deu notícias! Poderia ter escrito uma carta, poderia ter mandado um patrono, poderia ter simplesmente dito que estava viva!

— Eu sou uma auror, mamãe — ela disse, tentando ignorar o seu nome — Você sabia que eu teria que atender chamadas no meio da noite e passar algumas noites acordadas.

— O que tanto você tem tido para resolver? — Andrômeda cruzou os braços — O que tem tanto acontecido no Ministério?

Não soube o que responder.

— Nymphadora...

— Não me chame de Nymphadora.

— Por um acaso, isso tem alguma coisa a ver com Moody invadindo a nossa casa?

Ela odiava como sua mãe era inteligente.

— Do que está falando? — tentou se fazer de desentendida.

— Não minta para mim.

Por um segundo, pensou em dizer que estava namorando com Charlie só para o assunto ser deixado de lado, mas desistiu ao ver o seu olhar.

— Eu entrei para a Ordem da Fênix — ela disse.

Sua mãe parecia que ia ter uma síncope. Ela pôs a mão no próprio peito, como se estivesse sentindo um ataque cardíaco vir, e procurou com a outra mão pela sua cama para poder sentar-se.

— Mãe, não começa — pediu, fechando os olhos.

— Você vai arriscar a sua vida e nem falou comigo antes sobre isso? Nem perguntou a minha opinião? — ela começou mesmo assim — Nymphadora, você praticamente acabou de se formar como auror, não tem experiência o suficiente. Você só tem 22 anos!

— Estive em treinamento desde que saí da escola. E eles precisam de alguém jovem, a maioria ali tem 60 anos de idade — tentou brincar.

— Isso não tem a menor graça! Você não tem ideia de como as coisas eram da primeira vez que Você-Sabe-Quem esteve no poder!

— Certo, e a sua sugestão é que eu fique parada e de braços cruzados?

— Seria pedir demais que minha filha se mantivesse a salvo?

— Seria, considerando que a sua filha é uma auror.

Escutou passos vindo das escadas. Como sempre quando elas começavam a discutir, seu pai intervinha.

— O que houve? — perguntou Ted, entrando pela porta aberta do quarto.

— Fale com ela, Edward! — Andrômeda implorou, como sempre fazia — Sua filha está querendo se matar!

— Você é sempre tão dramática — Tonks revirou os olhos — Olha, eu tenho que ir trabalhar, falou? Nos vemos de noite.

Ela pegou a muda e deixou os seus pais sozinhos conversando.

— Não dê as costas para a sua mãe! — escutou a voz de sua mãe reclamar.

Se dependesse dela, discutiriam pelo resto do dia e nunca chegariam a um acordo porque nenhuma das duas mudaria de ideia, mas era da sua vida que estavam falando.

Nunca ficou de braços cruzados quando seus amigos estavam em perigo em Hogwarts, e não faria isso agora, gostasse a sua mãe disso ou não.


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