Fora da Lei escrita por Neline
Notas iniciais do capítulo
Enjoy ;*
Abri os olhos, sem vontade. Reconheci aquelas paredes. Reconheci aquela televisão, e com certeza, reconheci aquela cama. Suspirei. A luz que entrava da janela era forte, então levantei e puxei a cortina. Bem melhor.
- Olá! - Escutei a voz animada da Serena atrás de mim. Me virei e a abracei, e aparentemente, isso a pegou de surpresa.
- Estou presa aqui de novo? - Ela gargalhou.
- Aparentemente Chuck não quer te deixar ir. - Ela falou em um tom alegre e eu franzi o cenho.
- Isso devia me alegrar? - Ela assentiu.
- Ele não gosta de manter reféns no nosso apartamento. Geralmente as mata na rua, como você deve perceber. - Eu sorri. Ela tinha razão. De qualquer maneira, eu ainda era uma refém, prestes a morrer. Viva!
- Preciso te perguntar uma coisa. - Ela me olhou, curiosa. - Como vocês conseguem armas de agentes federais? - Ela olhou para o chão.
- Eu sabia que você pediria isso, mais cedo ou mais tarde. - Ela disse sorrido. - Nós temos várias ligações com o FBI. - Ela deu de ombros. - Eles mandam essas armas para nós.
- Espere, deixe-me ver se estou acompanhando. - Eu interrompi. - Os orgãos que deveriam estar prendendo vocês estão, na verdade, ajudando vocês? - Era surreal demais.
- É. - Ela deu de ombros. Eu não conseguia acreditar. Não faz sentido! É como... você alimentar um animal que vai te matar. É idiotice.
- Certo. Isso é bizarro. - Ela sentou na cama.
- Não, faz tanto sentido que chega a ser idiota. É só você pensar que o... - A porta se abriu, nesse oportuno momento.
- Falando mais do que devia maninha? - Chuck pediu, entrando no quarto e me fazendo bufar.
- Ela tem o direito de saber, não acha? Quer dizer, envolve diretamente ela! - Ele revirou os olhos.
- Ela não tem direito nenhum aqui. Agora está na hora da sessão de fotos, vamos. - Ele olhou para mim com uma face indecifrável enquanto saia do quarto.
Eu fiquei olhando para o teto. S. disse que tudo era óbvio. Por que parecia tão confuso para mim?
- Achei que estivesse dormindo. - Ouvi aquela voz pouco rouca atrás de mim e me virei. Chuck estava sentado na cama, ao lado contrário do meu, me olhando com a mesma face indecifrável de antes.
- Não consigo. - Disse, indiferente. Ele se levantou e abriu o armário.
- Temos um jantar hoje a noite e não vou te deixar aqui sozinha. - Ele falou, vendo algumas roupas que haviam ali dentro.
- Por quê? Eu não posso fazer nada aqui dentro mesmo. - Ele parou. Ficou estático.
- Mas eles sim. - Ele falou tão baixo que eu quase não ouvi. Depois, maneou a cabeça negativamente. - Escolha algo, deve servir. - Ele ia saindo.
- Espere, eles quem? - Aporta se fechou e eu suspirei. Ótimo!
Me arrumei, colocando um vestido* não tão casual, não tão formal. É, estava bem. Minha cabeça pulsava e meu sangue não corria. Era uma sensação estranha. Espero que não seja 6° sentido feminino, porque ele nunca falha. De qualquer maneira, calcei o sapato e sorri para o espelho. Não estava tão mal no fim das contas.
- Está pronta? - Chuck perguntou enquanto entrava.
- Acho que sim. - Eu falei, olhando para o chão. Resolvi levantar o olhar. Ele estava com uma camisa social, com os primeiros botões aberto e a manga dobrada até o cotovelo. Uma calça jeans escura e um tênis. Aquele olhar ainda me assustava. Eu não conseguia ler o que ele queria dizer.
- Vamos. - Ele falou, enquanto vinha na minha direção e passava a mão pela minha cintura, me deixando completamente sem reação. Ele sorriu com aquilo, me guiando até a porta.
Estávamos em um restaurante. Era poucas pessoas, e falavam sobre coisas bem tensas como "Eu degolei aquele" ou "Eu envenenei aquele outro".
- Essa é aquela delegada? - Em homem de cabelos negros e curtos perguntou.
- Sim. - S. respondeu, sorrindo. Eu me sentia desconfortável. Quer dizer, estava em uma mesa de assassinos, sendo tachada com "a delegada". Isso definitivamente não é uma coisa boa no meio deles.
- Eu vou até o toillet. - Falei para Serena, me levantando.
Olhei para o espelho, fixamente. Suspirei, pegando um batom da minha bolsa. Comecei a passar quando escutei um tiro. Exatamente: um tiro. É, talvez realmente fosse minha intuição feminina falando comigo. Os tiros continuaram. Eu estava desarmada. Me conmti em caminhar até a porta, quando do nada ela se abriu. Chuck estava com uma arma, me olhando.
- Fique atrás de mim. - Ele falou em um tom baixo e eu escutei mais tiros.
- O que está acontecendo? - Ele não respondeu, apenas me jogou um revolver menor, que eu peguei sem muito jeito. Ele estava carregado. - Me fale o que está acontecendo! - Eu quase gritei, mesmo sabendo que isso não era muito inteligente.
- Dá pra gritar mais alto? O cara da bazuca não deve ter escutado! - Chuck falou revirando os olhos. - Eles chegaram.
- Eles quem? - Nessa deixa maravilhosa, a porta se abriu. Lá estava a última pessoa que eu esperava ver nesse momento. - Senhor... senhor Smith? - Ele sorriu. Um sorriso sujo e nojento, enquanto levantava uma arma.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
* Roupa da Blair: http://www.polyvore.com/crazy_tch/set?id=22259331
Então... deixei vocês curiosos? *--*
O próximo capitulo vai ser MUITO BOM, modestia parte... então, esperem ansiosas e deixem reviews pra mim postar mais rápido... o que vocês acham? -q
XOXO. Neli ;*